Hola, amigos!
Hoje acordamos cedo e fomos para a ferrovia pegar o trem para Toledo, uma cidade medieval a 33 minutos de Madri. Ao chegarmos já ficamos encantadas com a estação de Toledo que é uma gracinha! Cheia de vitrais e azulejos coloridos. A arquitetura do prédio é linda!
Bem em frente dela,com os horários coordenados aos horários dos trens, existem dois ônibus turísticos que levam até a cidade, um que vai direto ao centro e custa 5 euros e outro que tem dois andares, você pode subir e descer quantas vezes quiser e custa 8 euros. Ficamos com o segundo, pois poderíamos voltar nele também. Além disso, ele vai por fora da cidade e para no meio do caminho para que possamos tirar fotos da vista panorâmica. Linda!
Toledo foi capital dos visigodos e, ao longo do tempo, foi ocupada ao mesmo tempo por cristãos, judeus e muçulmanos, por isso ela é conhecida como a “cidade das três culturas”. O centro histórico fica no alto, de onde se vê, entre as montanhas, o rio Tajo, que nasce em Portugal com o nome de Tejo.
O ônibus para na Plaza Zocodover, onde há um centro de informação turística chamado “La casa de mapa”, entramos e pegamos o nosso. A partir dali, nos encaminhamos através das ruazinhas medievais cheias de referência a Dom Quixote (Toledo é a capital da região de La Mancha, de onde vem o personagem) até a Santa Iglesia Catedral Primada. Pagamos 7 euros por pessoa para poder entrar e é proibido tirar fotos de seu interior (mas é claro que eu tirei algumas). Uma pena, pois o templo é belíssimo, cheio de detalhes, vitrais e capelas ricamente ornadas. Na sacristia está o quadro de El Greco “el Expolio”, pintado ali mesmo, em 1587. Toledo, aliás, é a cidade de El Greco, não onde ele nasceu (afinal, ele era grego), mas onde ele se tornou famoso e onde viveu nos últimos anos de sua vida.
Da Catedral, passeamos um pouco, até encontrarmos um simpático restaurante chamado “La Taberna del pescador”, onde almoçamos comida típica daqui. Primeiro prato: paella. Segundo prato: Cuchinillo, um porquinho assado com batatas. Saboroso, barato e bom para repor as energias já que Toledo, assim como Madri, é cheia de ladeiras.
Passamos em diversas lojinhas com produtos da região, compramos umas lembrancinhas e nos encaminhamos à Sinagoga del Transito, um dos mais importantes exemplos de arte judaica-espanhola, que sedia o museu Sefardi (nome dado ao judeu oriundo da Espanha). O lugar é bonito, pode-se tirar fotos sem flash, é pequeno e vale a visita. Se for sábado, após as 14h, a entrada é grátis. Ao lado da Sinagoga, também grátis aos sábados após 14h, está o Museu El Greco, feita à semelhança da casa do pintor e que possui um bom acervo de obras, não apenas dele, mas também de pintores que seguiram sua escola.
Como estávamos cansadas e nosso trem sairia dali a 2 horas, voltamos até a Plaza Zocodover para pegarmos o ônibus turístico que nos deixaria na estação. Comemos algo no café da ferrovia e vimos que, nessa época, na Europa, só existem brasileiros! Só ali eram 3 mesas com brasileiros, além da nossa. Trocamos algumas informações e pegamos o trem de volta. Descansamos um pouco no hotel e saímos para passear. Demos uma volta pela Gran Via, rua famosa daqui, fomos à Fuente de Cibeles (mas não deu para nos aproximarmos muito porque estava havendo mais uma manifestação) e à Puerta de Alcalá e, ao retornarmos para a Puerta del Sol, nos deparamos com mais uma manifestação (foram duas no mesmo dia!)
Com uma certa dificuldade, conseguimos atravessar a praça e chegamos ao hotel. Ufa! O dia hoje foi puxado!
Hasta Luego!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2011
Imagine este blog como um laboratório de química: são muitas informações, sendo algumas conflitantes, algumas explosivas, algumas sem efeito, mas que no fim, acabam se transformando em um fantástico experimento! Viajar foi, sem dúvida, o melhor experimento da minha vida!
Sobre mim
Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.
domingo, 24 de julho de 2011
Ida para Madri de AVE
Hola, amigos!
Saímos cedo de Barcelona para pegar o trem AVE até Madri. São 3h15 de viagem em um trem bem confortável. É engraçado como os controles mudam de um país para o outro. Quando saímos de Montpellier para Barcelona não houve qualquer controle nas passagens e quando chegamos na estação espanhola o guarda mal olhou nossos passaportes. Aqui na Espanha tudo é bem controlado: há um código de barras na passagem que é passado pelo funcionário da ferrovia e as bagagens passam por um raio X.
A viagem foi tranquila e chegamos por volta de 13h30 em Madri, só que tivemos que enfrentar outra daquelas filas com senha para comprar a passagem para Toledo. Dessa vez durou apenas uma hora. Passagens compradas, pegamos o táxi e fomos até a Puerta del Sol, onde fica o Hostal Ana Belen, onde nos hospedamos. Muito limpo, quarto grande, tv, conexão ADSL de internet e ar condicionado. Fica bem na saída do metrô. Melhor localização, impossível! Dica do blog Turomaquia (http://turomaquia.com/), que está entre os meus blogs preferidos.
Depois do check-in, fomos dar uma volta na cidade e comer alguma coisa. Descobrimos que Madri não é plana! Ladeiras e mais ladeiras para todo lado e como está calor, fica ainda mais difícil...também descobrimos que a crise está pesada aqui na Espanha. Chegamos em um época de liquidações, está tudo tão barato que nem se acredita. Vimos sapatos a 5 euros! Vimos também muito mendigos nas ruas e muitas manifestações públicas para que o governo pare de apertar tanto o cinto das pessoas. Tem o lado bom de estar tudo barato, mas tem o lado triste de ver como um continente inteiro está indo à bancarrota pouco a pouco.
Fomos até a Plaza Mayor, lugar onde aconteceram, durante séculos, os mercados públicos, as peças de teatro ao ar livre, a praça de touros, o local de enforcamentos de criminosos, as sessões de inquisição e as cerimônias de humilhação e castigo dos acusados de heresia e bruxaria. O local é enorme e muito bonito. Almoçamos em um restaurante bem baratinho que encontramos ali. Comida boa. Saiu tudo por menos de 20 euros, para duas pessoas!!
Depois fomos passear um pouco pelas ruas no entorno da praça, mas como estávamos cansadas, decidimos vir cedo para o hotel para descansar.
Hasta Luego!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Gaudí, o arquiteto de Barcelona
Hola, amigos!
Acordamos tarde hoje. Tomamos um excelente café da manhã no hotel (pago à parte) e saímos com destino à Plaza de la Catalunya para pegar o Bus Turistíc, um ônibus daqueles de dois andares em que se pode subir e descer quantas vezes quiser nos pontos turísticos. São duas linhas que percorrem a cidade e, ao entrar, além do mapa das linhas, ganhamos também um bloquinho com cupons de desconto em vários monumentos e restaurantes.
A primeira parada que fizemos foi a Sagrada Família, templo construído por Antonio Gaudí, arquiteto modernista, que iniciou a construção em 1883 e morreu antes de finalizá-la. Na verdade, quando ele fez o projeto da igreja, já sabia que não poderia terminá-la devido a quantidade de detalhes que ela possui. Seus projetos já foram feitos para serem concluídos por outros arquitetos. Gaudí se inspirou na força da Natureza para criá-la e viveu recluso nela nos últimos 16 anos até sua morte em 1926. Foi a obra da sua vida e é tão cheia de detalhes que pode-se passar o dia inteiro dentro dela sem que se consiga perceber ou compreender todos eles.
Ao chegarmos havia uma fila enorme, mas incrivelmente rápida! Demoramos só uma hora para chegarmos à bilheteria (falando assim parece muito, mas pela quantidade de gente, calculei ficar lá duas horas ou mais!). O ingresso custa 13,50 sem audioguia e 16,50 com audioguia (pagamos 14,50 porque tínhamos aquele cupom de descontos do ônibus), mais 3 euros para subir pelo elevador até o cume (não recomendo, pois a vista nem é isso tudo).
O lugar é enorme, muito bonito, mas não chegou a me encantar. Ficamos lá umas 3 horas e tiramos dúzias de fotos.
Saímos, pegamos novamente o ônibus turístico, e voltamos a Plaza de la Catalunya. Entramos no “El corte ingles” uma famosa loja de departamentos da Espanha, pois eu precisava comprar uma mochila já que a minha tinha arrebentado. Não achamos. De lá, fomos à Casa Batlló, outra obra de Gaudí (43, Passeing de Grácia), com entrada cara a 18,50 por pessoa (inclui audioguia). Pagamos 16,30 porque usamos o cupom de descontos (esse cupom vale muito a pena! Principalmente se você for passar mais tempo na cidade). O lugar é lindo! Foi criada para ser uma casa residencial da família Batlló, depois acabou virando essa espécie de museu. As curvas de Gaudí estão todas ali. Sua paixão pela água aparece nos ladrilhos azuis e nas formas que lembram ondas.
Os terraços têm aquele mosaico de ladrilhos característico do artista e são bonitos. Foi outro lugar de que gostei, mas pelo qual não me encantei. Na verdade, não sou muito dada ao modernismo, talvez seja por isso que as obras do Gaudí não me deixem de boca aberta, como acontece com tanta gente.
De lá voltamos para o hotel. No caminho passamos para ver a Casa Milá, outra obra de Gaudí, também criada originalmente como residência. Só tiramos fotos da fachada, estávamos cansadas demais para entrar. Essa obra é também conhecida como “La Pedrera”pois tem o formato de uma falésia rochosa.
Na vota, achei uma mochila em uma das tantas lojas de árabes que existem por aqui. Jantamos no “Senyor Parellada”, o restaurante do próprio hotel que é muito bonito, com cara de ser super chique, mas com preços bem populares. Adoramos!
Amanhã vamos a Madri. Minha impressão de Barcelona, até agora, é de uma cidade limpa, organizada, com pessoas simpáticas, mas que não chega a ser encantadora.
Hasta Luego!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2011
Acordamos tarde hoje. Tomamos um excelente café da manhã no hotel (pago à parte) e saímos com destino à Plaza de la Catalunya para pegar o Bus Turistíc, um ônibus daqueles de dois andares em que se pode subir e descer quantas vezes quiser nos pontos turísticos. São duas linhas que percorrem a cidade e, ao entrar, além do mapa das linhas, ganhamos também um bloquinho com cupons de desconto em vários monumentos e restaurantes.
A primeira parada que fizemos foi a Sagrada Família, templo construído por Antonio Gaudí, arquiteto modernista, que iniciou a construção em 1883 e morreu antes de finalizá-la. Na verdade, quando ele fez o projeto da igreja, já sabia que não poderia terminá-la devido a quantidade de detalhes que ela possui. Seus projetos já foram feitos para serem concluídos por outros arquitetos. Gaudí se inspirou na força da Natureza para criá-la e viveu recluso nela nos últimos 16 anos até sua morte em 1926. Foi a obra da sua vida e é tão cheia de detalhes que pode-se passar o dia inteiro dentro dela sem que se consiga perceber ou compreender todos eles.
Ao chegarmos havia uma fila enorme, mas incrivelmente rápida! Demoramos só uma hora para chegarmos à bilheteria (falando assim parece muito, mas pela quantidade de gente, calculei ficar lá duas horas ou mais!). O ingresso custa 13,50 sem audioguia e 16,50 com audioguia (pagamos 14,50 porque tínhamos aquele cupom de descontos do ônibus), mais 3 euros para subir pelo elevador até o cume (não recomendo, pois a vista nem é isso tudo).
O lugar é enorme, muito bonito, mas não chegou a me encantar. Ficamos lá umas 3 horas e tiramos dúzias de fotos.
Saímos, pegamos novamente o ônibus turístico, e voltamos a Plaza de la Catalunya. Entramos no “El corte ingles” uma famosa loja de departamentos da Espanha, pois eu precisava comprar uma mochila já que a minha tinha arrebentado. Não achamos. De lá, fomos à Casa Batlló, outra obra de Gaudí (43, Passeing de Grácia), com entrada cara a 18,50 por pessoa (inclui audioguia). Pagamos 16,30 porque usamos o cupom de descontos (esse cupom vale muito a pena! Principalmente se você for passar mais tempo na cidade). O lugar é lindo! Foi criada para ser uma casa residencial da família Batlló, depois acabou virando essa espécie de museu. As curvas de Gaudí estão todas ali. Sua paixão pela água aparece nos ladrilhos azuis e nas formas que lembram ondas.
Os terraços têm aquele mosaico de ladrilhos característico do artista e são bonitos. Foi outro lugar de que gostei, mas pelo qual não me encantei. Na verdade, não sou muito dada ao modernismo, talvez seja por isso que as obras do Gaudí não me deixem de boca aberta, como acontece com tanta gente.
De lá voltamos para o hotel. No caminho passamos para ver a Casa Milá, outra obra de Gaudí, também criada originalmente como residência. Só tiramos fotos da fachada, estávamos cansadas demais para entrar. Essa obra é também conhecida como “La Pedrera”pois tem o formato de uma falésia rochosa.
Na vota, achei uma mochila em uma das tantas lojas de árabes que existem por aqui. Jantamos no “Senyor Parellada”, o restaurante do próprio hotel que é muito bonito, com cara de ser super chique, mas com preços bem populares. Adoramos!
Amanhã vamos a Madri. Minha impressão de Barcelona, até agora, é de uma cidade limpa, organizada, com pessoas simpáticas, mas que não chega a ser encantadora.
Hasta Luego!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2011
Barcelona: uma cidade de longas filas
Hola, amigos!
Saímos de Montpellier pela manhã com destino a Barcelona. Fizemos baldeação em Port Bou, uma cidade já na Espanha, onde o controle de imigração é só de fachada pois eles mal olham o passaporte. Chegamos à estação Barcelona Sants por volta de 16 h e fomos nos informar onde deveríamos fazer a reserva para Madri. O rapaz da estação apontou para um aglomerado de pessoas e disse algo como “há uma fila de mais de 500 pessoas e é preciso pegar senha”. Eu achei que ele estava exagerando, mas era verdade mesmo. Peguei o número 032 e o quadro de senhas estava no 504, ou seja, eu teria que esperar até o 999 e só depois começaria de novo do 001 em diante. Havia mesmo mais de 500 pessoas na minha frente!!!
Resolvemos pegar um táxi até o hotel para não perdermos o check-in e voltarmos depois. O Bany's Orientals Hotel (calle de l'Argenteria, 37) é um hotel boutique que me foi indicado por uma amiga. Excelente indicação, pois é super bem localizado e muito confortável.E o preço é bem em conta! Menos de 100 euros para duas pessoas.
Deixamos as malas e voltamos para a estação, dessa vez de metrô, para ver se conseguíamos fazer a tal reserva. Chegamos lá e já estava no número 773. Esperamos umas duas horas para sermos atendidas, mas, pelo menos, resolvemos todas as reservas que precisávamos. Havia, de fato, muita gente, mas o atendimento era bem rápido.
Saímos de lá e fomos até as Ramblas (espécie de calçadão sem praia) para ver o Mercado de la Boqueria, famoso na cidade.
É lindo! Muitos doces e frutas coloridas, mas como já era tarde, não conseguimos comer lá. Fomos a um restaurante chamado “Xerinola” e jantamos. Comida boa, preço razoável. Depois voltamos para descansar no hotel, pois o dia havia sido puxado.
Hasta Luego!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2011
Saímos de Montpellier pela manhã com destino a Barcelona. Fizemos baldeação em Port Bou, uma cidade já na Espanha, onde o controle de imigração é só de fachada pois eles mal olham o passaporte. Chegamos à estação Barcelona Sants por volta de 16 h e fomos nos informar onde deveríamos fazer a reserva para Madri. O rapaz da estação apontou para um aglomerado de pessoas e disse algo como “há uma fila de mais de 500 pessoas e é preciso pegar senha”. Eu achei que ele estava exagerando, mas era verdade mesmo. Peguei o número 032 e o quadro de senhas estava no 504, ou seja, eu teria que esperar até o 999 e só depois começaria de novo do 001 em diante. Havia mesmo mais de 500 pessoas na minha frente!!!
Resolvemos pegar um táxi até o hotel para não perdermos o check-in e voltarmos depois. O Bany's Orientals Hotel (calle de l'Argenteria, 37) é um hotel boutique que me foi indicado por uma amiga. Excelente indicação, pois é super bem localizado e muito confortável.E o preço é bem em conta! Menos de 100 euros para duas pessoas.
Deixamos as malas e voltamos para a estação, dessa vez de metrô, para ver se conseguíamos fazer a tal reserva. Chegamos lá e já estava no número 773. Esperamos umas duas horas para sermos atendidas, mas, pelo menos, resolvemos todas as reservas que precisávamos. Havia, de fato, muita gente, mas o atendimento era bem rápido.
Saímos de lá e fomos até as Ramblas (espécie de calçadão sem praia) para ver o Mercado de la Boqueria, famoso na cidade.
É lindo! Muitos doces e frutas coloridas, mas como já era tarde, não conseguimos comer lá. Fomos a um restaurante chamado “Xerinola” e jantamos. Comida boa, preço razoável. Depois voltamos para descansar no hotel, pois o dia havia sido puxado.
Hasta Luego!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2011
Carcassone: uma cidade de contos de fada
Bonjour, amigos!
Hoje fomos a Carcassonne, uma cidade medieval no sul da França. Minha história com essa cidade começou quando eu li em um guia que ela era uma cidade medieval que havia inspirado a história da Bela Adormecida. Como adoro histórias infantis, achei que deveria ver isso de perto!
Pegamos o trem que partia às 7 da manhã de Montpellier, ou seja, acordamos super cedo! Na verdade eu tinha a intenção inicial de pegar o trem de 9 horas, mas qual não foi a nossa surpresa quando descobrimos que não havia mais vaga para reserva pelo passe nesse trem? É que compramos um passe Eurail que dá direito a sete dias de viagem em um período de 2 meses entre França e Espanha, contudo, apenas o passe não é suficiente para determinados tipos de trem, é preciso também fazer a reserva, só que como há um número finito de vagas para reserva do passe, se você chega muito perto do dia de viajar, corre o risco de não conseguir, principalmente no verão que é quando todos os europeus saem de férias e lotam os trens por aqui.
Há possibilidades de se ir nos trens que não necessitam de reserva, mas nesse caso, temos que seguir os horários desses trens, o nosso era às 7 e chegou em Carcassone às 08h45. A gare fica na parte baixa da cidade, chamada de “ ville basse” ou “Bastide saint Louis”, mas o centro histórico, que era o que nos interessava, fica um pouco longe em um local conhecido como “La Cité”. É fácil de chegar: saindo da Gare, atravesse a ponte sobre o rio e na pracinha à direita, em frente a um hotel chamado “Terminus” há o ponto final do ônibus número 4 que te deixa em frente ao Centro Histórico. Na volta é só atravessar a rua, em frente a onde o ônibus te deixou e pegar o mesmo ônibus até a gare. Custa 1,20 euros a passagem.
Carcassonne ficava num ponto estratégico entre a França e a Espanha e por isso era disputada por elas, o que a levou a erguer duas muralhas em volta da cidade e não apenas uma como era de costume nas cidades medievais do século XIII. Depois de guerras e pestes, a cidade ficou meio esquecida e abandonada por vários séculos, até que no século XIX, o arquiteto Violet Le-Duc (o mesmo que reformou a Notre Dame de Paris) fez da reforma de Carcassonne o projeto de sua vida.
Começamos a visita entrando pela Porta Narbonnaise, passamos no centro de informações turísticas para pegar um mapa e fomos passear pelas ruas ainda vazias. Primeiro fomos a Basilique Saint Nazaire (aberta de 9 h às 18 h), entrada gratuita. Seu estilo é uma mistura de gótico com romanesco e lá dentro descobri um fragmento da Pedra do Cerco, que retrata o período das cruzadas contra os Cátaros na cidade. Essa basílica começou a ser construída no século IX e possui o mais antigo órgão da França.
De lá fomos conhecer o “Chatêau Comtal, , do século XII, o tal da história da Bela Adormecida. Ele é cercado por um fosso e 5 torres. Exitem dois tipos de visita, uma comum, onde você mesmo segue o fluxo (custa 8,50 euros) e outra guiada onde você vai a lugares dentro do castelo em que só é possível chegar com o guia (mais 6,50 euros, além dos 8,50). Fizemos a primeira. Há um filme de uns 20 minutos logo, na entrada, que conta a história da cidade e sua reforma (narrado em francês e com legendas em inglês e espanhol). Muito interessante! Há também remanescentes de objetos arqueológicos que formam descobertos no local. Demoramos umas duas horas dentro do castelo.
Almoçamos em um restaurante chamado “Auberge de Dame Carcas” (3, Place du Château) onde há menu com entrada + prato + sobremesa a 15 euros. Bem gostoso. O nome desse restaurante vem da lenda da cidade. Conta a história que durante o cerco de Carlos Magno, a população da cidade já faminta estava quase se rendendo quando Dame Carcas, mulher de um nobre, pegou todo o trigo que sobrava na cidade, alimentou o último porco e o lançou através das muralhas. Ao cair do outro lado, o animal se espatifou mostrando todo o trigo dentro de si e o exército de Carlos Margno pensou: “Há tanto trigo sobrando nessa cidade que eles alimentam com ele até os porcos, eles nunca vão se render” e retiraram as tropas. Para que a população soubesse de quem foi a ideia brilhante, mandaram soar os sinos gritando “Carcas sonnes” (em francês: “ Carcas soa”) e daí veio o nome da cidade.
Não sei se a historia é verdadeira, mas é bonitinha.
Após o almoço fizemos um passeio de trenzinho pelo entorno das muralhas (duração de 20 minutos a 7 euros por pessoa) e depois fomos ver um Festival Medieval que acontece apenas nos meses de julho e agosto na cidade. Ele remonta às justas medievais onde cavaleiros se enfrentavam com lanças e cavalos. É bem diferente.
Saímos um pouco antes do show acabar, pois não queríamos perder o último trem de volta a Montpellier. Chovia quando pegamos o ônibus número 4 para voltar à estação. Aliás, um conselho para quem pretende conhecer a cidade: mesmo que seja verão, leve casaco e guarda-chuva, pois venta demais lá! Um vento bem gelado. E chove! Ou melhor: dá pequenas pancadas de chuva entremeadas com um lindo sol, por isso não se engane: leve agasalho!
Outro bom conselho é ir cedo, pois quando chegamos (9 h da manhã) havia pouca gente e as filas estavam pequenas, entretanto, após o almoço a cidade fica de um jeito que só se caminha em fila indiana! Uma loucura!
Carcassonne é uma bela cidade medieval, com encantos que só são possíveis de serem vistos aqui na Europa, já que no Brasil não existiu Idade Média.
Au Revoir!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2011
Hoje fomos a Carcassonne, uma cidade medieval no sul da França. Minha história com essa cidade começou quando eu li em um guia que ela era uma cidade medieval que havia inspirado a história da Bela Adormecida. Como adoro histórias infantis, achei que deveria ver isso de perto!
Pegamos o trem que partia às 7 da manhã de Montpellier, ou seja, acordamos super cedo! Na verdade eu tinha a intenção inicial de pegar o trem de 9 horas, mas qual não foi a nossa surpresa quando descobrimos que não havia mais vaga para reserva pelo passe nesse trem? É que compramos um passe Eurail que dá direito a sete dias de viagem em um período de 2 meses entre França e Espanha, contudo, apenas o passe não é suficiente para determinados tipos de trem, é preciso também fazer a reserva, só que como há um número finito de vagas para reserva do passe, se você chega muito perto do dia de viajar, corre o risco de não conseguir, principalmente no verão que é quando todos os europeus saem de férias e lotam os trens por aqui.
Há possibilidades de se ir nos trens que não necessitam de reserva, mas nesse caso, temos que seguir os horários desses trens, o nosso era às 7 e chegou em Carcassone às 08h45. A gare fica na parte baixa da cidade, chamada de “ ville basse” ou “Bastide saint Louis”, mas o centro histórico, que era o que nos interessava, fica um pouco longe em um local conhecido como “La Cité”. É fácil de chegar: saindo da Gare, atravesse a ponte sobre o rio e na pracinha à direita, em frente a um hotel chamado “Terminus” há o ponto final do ônibus número 4 que te deixa em frente ao Centro Histórico. Na volta é só atravessar a rua, em frente a onde o ônibus te deixou e pegar o mesmo ônibus até a gare. Custa 1,20 euros a passagem.
Carcassonne ficava num ponto estratégico entre a França e a Espanha e por isso era disputada por elas, o que a levou a erguer duas muralhas em volta da cidade e não apenas uma como era de costume nas cidades medievais do século XIII. Depois de guerras e pestes, a cidade ficou meio esquecida e abandonada por vários séculos, até que no século XIX, o arquiteto Violet Le-Duc (o mesmo que reformou a Notre Dame de Paris) fez da reforma de Carcassonne o projeto de sua vida.
Começamos a visita entrando pela Porta Narbonnaise, passamos no centro de informações turísticas para pegar um mapa e fomos passear pelas ruas ainda vazias. Primeiro fomos a Basilique Saint Nazaire (aberta de 9 h às 18 h), entrada gratuita. Seu estilo é uma mistura de gótico com romanesco e lá dentro descobri um fragmento da Pedra do Cerco, que retrata o período das cruzadas contra os Cátaros na cidade. Essa basílica começou a ser construída no século IX e possui o mais antigo órgão da França.
pedra do Cerco |
De lá fomos conhecer o “Chatêau Comtal, , do século XII, o tal da história da Bela Adormecida. Ele é cercado por um fosso e 5 torres. Exitem dois tipos de visita, uma comum, onde você mesmo segue o fluxo (custa 8,50 euros) e outra guiada onde você vai a lugares dentro do castelo em que só é possível chegar com o guia (mais 6,50 euros, além dos 8,50). Fizemos a primeira. Há um filme de uns 20 minutos logo, na entrada, que conta a história da cidade e sua reforma (narrado em francês e com legendas em inglês e espanhol). Muito interessante! Há também remanescentes de objetos arqueológicos que formam descobertos no local. Demoramos umas duas horas dentro do castelo.
pátio interior do castelo |
vista de dentro do castelo |
Almoçamos em um restaurante chamado “Auberge de Dame Carcas” (3, Place du Château) onde há menu com entrada + prato + sobremesa a 15 euros. Bem gostoso. O nome desse restaurante vem da lenda da cidade. Conta a história que durante o cerco de Carlos Magno, a população da cidade já faminta estava quase se rendendo quando Dame Carcas, mulher de um nobre, pegou todo o trigo que sobrava na cidade, alimentou o último porco e o lançou através das muralhas. Ao cair do outro lado, o animal se espatifou mostrando todo o trigo dentro de si e o exército de Carlos Margno pensou: “Há tanto trigo sobrando nessa cidade que eles alimentam com ele até os porcos, eles nunca vão se render” e retiraram as tropas. Para que a população soubesse de quem foi a ideia brilhante, mandaram soar os sinos gritando “Carcas sonnes” (em francês: “ Carcas soa”) e daí veio o nome da cidade.
Não sei se a historia é verdadeira, mas é bonitinha.
Após o almoço fizemos um passeio de trenzinho pelo entorno das muralhas (duração de 20 minutos a 7 euros por pessoa) e depois fomos ver um Festival Medieval que acontece apenas nos meses de julho e agosto na cidade. Ele remonta às justas medievais onde cavaleiros se enfrentavam com lanças e cavalos. É bem diferente.
Saímos um pouco antes do show acabar, pois não queríamos perder o último trem de volta a Montpellier. Chovia quando pegamos o ônibus número 4 para voltar à estação. Aliás, um conselho para quem pretende conhecer a cidade: mesmo que seja verão, leve casaco e guarda-chuva, pois venta demais lá! Um vento bem gelado. E chove! Ou melhor: dá pequenas pancadas de chuva entremeadas com um lindo sol, por isso não se engane: leve agasalho!
Outro bom conselho é ir cedo, pois quando chegamos (9 h da manhã) havia pouca gente e as filas estavam pequenas, entretanto, após o almoço a cidade fica de um jeito que só se caminha em fila indiana! Uma loucura!
Carcassonne é uma bela cidade medieval, com encantos que só são possíveis de serem vistos aqui na Europa, já que no Brasil não existiu Idade Média.
Au Revoir!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2011
Labels:
Carcassonne,
Europa,
França,
Languedoc-Roussillon
terça-feira, 19 de julho de 2011
Viagem à Montpellier, uma cidade no sudoeste da França
Bonjour, amigos!
Saímos de Paris hoje cedo. Pegamos o ônibus 63 e fomos até a Gare de Lyon para pegar o trem que nos levaria a Montpellier, cidade no sudoeste da França. É muito mais fácil ir para as gares de ônibus, principalmente porque estamos com uma grande e pesada mala, então as escadas do metrô seriam bem complicadas.
O trem saiu no horário e a viagem corria bem até sentar na nossa frente uma mãe com uma criança que não parava de falar um só minuto! Parecia que ela tinha engolido a pílula falante da Emília, personagem de Monteiro Lobato, pois ela só calou a boca no fim da viagem, quando a mãe conseguiu fazê-la dormir um pouco. Ufa! Por que será que as crianças falam tão alto?
Chegamos tranquilamente e fomos reservar nossos próximos trens, contudo, por ser alta temporada, as reservas estavam esgotadas. Resultado: Teremos que viajar sem reservas, correndo o risco de não termos assentos. Mas é um risco que se corre quando se viaja no verão europeu.
Achamos facilmente nosso hotel chamado “Hotel de Paris”, ele fica logo na saída da gare, muito bem localizado, com várias lojas por perto como mercados, restaurantes e até lavanderia. Dá para fazer quase tudo a pé. O staff do hotel é bem simpático e o quarto, além de grande e limpo, tem ar condicionado! Recomendo esse hotel! Bom e barato! Para quem for à Montpellier, vale a pena!
Saímos para conhecer a cidade. Almoçamos uma massa em um restaurante na praça central e fomos a um museu chamado “Languedocien” com um acervo que vai desde o império Romano até a idade média. Muito bonito! Inclusive o prédio do museu era sobre umas ruínas romanas e o pátio interno tinha uma arquitetura belíssima, o único senão era não podermos fotografar lá dentro.
Depois fomos ao “Promenade du Peyrou”, uma espécie de parque onde estão os antigos aquedutos romanos. O lugar é muito bem conservado e bem bonito.
Aliás, Montpellier foi uma grata surpresa, pois a cidade tem uma bela arquitetura e parece ser bem animada, já que tudo fecha tarde.
Amanhã vamos conhecer Carcassonne, uma cidadezinha medieval a uma hora daqui.
Au Revoir!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2011
Saímos de Paris hoje cedo. Pegamos o ônibus 63 e fomos até a Gare de Lyon para pegar o trem que nos levaria a Montpellier, cidade no sudoeste da França. É muito mais fácil ir para as gares de ônibus, principalmente porque estamos com uma grande e pesada mala, então as escadas do metrô seriam bem complicadas.
O trem saiu no horário e a viagem corria bem até sentar na nossa frente uma mãe com uma criança que não parava de falar um só minuto! Parecia que ela tinha engolido a pílula falante da Emília, personagem de Monteiro Lobato, pois ela só calou a boca no fim da viagem, quando a mãe conseguiu fazê-la dormir um pouco. Ufa! Por que será que as crianças falam tão alto?
Chegamos tranquilamente e fomos reservar nossos próximos trens, contudo, por ser alta temporada, as reservas estavam esgotadas. Resultado: Teremos que viajar sem reservas, correndo o risco de não termos assentos. Mas é um risco que se corre quando se viaja no verão europeu.
Achamos facilmente nosso hotel chamado “Hotel de Paris”, ele fica logo na saída da gare, muito bem localizado, com várias lojas por perto como mercados, restaurantes e até lavanderia. Dá para fazer quase tudo a pé. O staff do hotel é bem simpático e o quarto, além de grande e limpo, tem ar condicionado! Recomendo esse hotel! Bom e barato! Para quem for à Montpellier, vale a pena!
Saímos para conhecer a cidade. Almoçamos uma massa em um restaurante na praça central e fomos a um museu chamado “Languedocien” com um acervo que vai desde o império Romano até a idade média. Muito bonito! Inclusive o prédio do museu era sobre umas ruínas romanas e o pátio interno tinha uma arquitetura belíssima, o único senão era não podermos fotografar lá dentro.
Depois fomos ao “Promenade du Peyrou”, uma espécie de parque onde estão os antigos aquedutos romanos. O lugar é muito bem conservado e bem bonito.
Aliás, Montpellier foi uma grata surpresa, pois a cidade tem uma bela arquitetura e parece ser bem animada, já que tudo fecha tarde.
Amanhã vamos conhecer Carcassonne, uma cidadezinha medieval a uma hora daqui.
Au Revoir!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2011
Passeio na chuvosa Paris
Bonjour, amigos!
Acordamos muito cedo hoje e resolvemos sair para ver uma Paris que eu não conhecia: a Paris matutina! Ninguém na rua, lojas fechadas e todos o monumentos ali, lindos, para serem fotografados sem aquela horda de turistas! Fomos a Place Saint Sulpice, que fica atrás do nosso hotel. Como é bonito ver Paris acordar!
Sentamos para tomar um café no Starbucks que era a única cafeteria aberta as 7 da manhã de um domingo! Comi panquecas. Muito bom!
Dali, fomos a Gare de Lyon para validar nosso passe de trem e para reservar o trem para Montpellier, nosso próximo destino. Da Gare pegamos o metrô direto até o Museu Marmotan-Monet, um museu lindo, com obras de vários impressionistas e com uma sala enorme dedicada a Monet, onde se encontra o belíssimo quadro "Impression: Soleil Levant" que foi o quadro que deu o nome ao movimento impressionista. Além dos quadros, o museu conta também com um mobiliário muito bonito. A entrada custa 10 euros e ele fica perto da saída de metrô La Muette.
Depois fomos almoçar no “Le Lutéce”, um restaurante que fica no Quartier Latin e que descobri ano passado. Bom e barato! O menu com entrada + prato saiu a 13,10 euros.
Fomos descansar um pouco no hotel, pois a noite queríamos ir a Torre de Montparnasse. Eu já tinha ido no ano passado e quis mostrar a bela vista para minha mãe. Ela amou! Chegamos lá já era noite e em pouco tempo a Torre Eiffel começou a piscar e ficamos ali, extasiadas, olhando. Quem deu a ideia de colocar aquelas luzes para piscar na torre foi muito inteligente pois ela fica deslumbrante!
Saímos de lá já era quase meia noite e voltamos, tranquilamente, andando pelas ruas até o hotel. Essa é uma das grandes vantagens de estar em Paris. Poder passear à noite, sem aquele medo característico dos cariocas é uma sensação que só entende quem já viveu!
Embora eu tenha percebido uma Paris bem diferente esse ano, com mais moradores de rua, mais pedintes e custo de vida maior que no ano passado, ela ainda é uma cidade tranquila e boa para caminhar.
Au Revoir!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2011
Acordamos muito cedo hoje e resolvemos sair para ver uma Paris que eu não conhecia: a Paris matutina! Ninguém na rua, lojas fechadas e todos o monumentos ali, lindos, para serem fotografados sem aquela horda de turistas! Fomos a Place Saint Sulpice, que fica atrás do nosso hotel. Como é bonito ver Paris acordar!
Sentamos para tomar um café no Starbucks que era a única cafeteria aberta as 7 da manhã de um domingo! Comi panquecas. Muito bom!
Dali, fomos a Gare de Lyon para validar nosso passe de trem e para reservar o trem para Montpellier, nosso próximo destino. Da Gare pegamos o metrô direto até o Museu Marmotan-Monet, um museu lindo, com obras de vários impressionistas e com uma sala enorme dedicada a Monet, onde se encontra o belíssimo quadro "Impression: Soleil Levant" que foi o quadro que deu o nome ao movimento impressionista. Além dos quadros, o museu conta também com um mobiliário muito bonito. A entrada custa 10 euros e ele fica perto da saída de metrô La Muette.
Depois fomos almoçar no “Le Lutéce”, um restaurante que fica no Quartier Latin e que descobri ano passado. Bom e barato! O menu com entrada + prato saiu a 13,10 euros.
Fomos descansar um pouco no hotel, pois a noite queríamos ir a Torre de Montparnasse. Eu já tinha ido no ano passado e quis mostrar a bela vista para minha mãe. Ela amou! Chegamos lá já era noite e em pouco tempo a Torre Eiffel começou a piscar e ficamos ali, extasiadas, olhando. Quem deu a ideia de colocar aquelas luzes para piscar na torre foi muito inteligente pois ela fica deslumbrante!
Saímos de lá já era quase meia noite e voltamos, tranquilamente, andando pelas ruas até o hotel. Essa é uma das grandes vantagens de estar em Paris. Poder passear à noite, sem aquele medo característico dos cariocas é uma sensação que só entende quem já viveu!
Embora eu tenha percebido uma Paris bem diferente esse ano, com mais moradores de rua, mais pedintes e custo de vida maior que no ano passado, ela ainda é uma cidade tranquila e boa para caminhar.
Au Revoir!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2011
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Viajar já foi mais fácil
Bonjour, amigos!
Finalmente estou em Paris! Depois de uma saga para chegar aqui! Nessas horas a gente vê que a lei de Murphy realmente existe! Eu que sou super organizada e planejo tudo com antecedência detesto quando as coisas saem dos planos e foi exatamente o que aconteceu com essa viagem.
Primeiro foi a Air France que modificou o horário do voo em 3 horas, depois, não satisfeita com isso, ainda saiu com atraso de 1 hora. A Aeronave dessa vez era melhor que a do ano passado, pois eram um boing 777 e as cadeiras eram mais espaçosas.
Contudo, antes de chegarmos à Paris houve outro contratempo com a nossa reserva na cidade, pois havíamos reservado hotel com meu cartão e como ele foi trocado, cancelaram nossa reserva, ou seja, em cima da hora, tive que fazer outra reserva e, é claro, não consegui um hotel no local que eu queria. (Custava eles terem mandado um email dizendo que eu deveria trocar o número do cartão?). Acabamos ficando no “Hotel des Canettes” em Saint Germain des Prés, cuja localização é boa, mas o hotel em si é bem ruinzinho. Mas como só ficaríamos duas noites, tudo bem. De qualquer modo, não recomendo esse hotel.
Chegamos super cansadas, pois não conseguimos dormir na viagem e logo depois do check-in fomos ao Hôtel de Ville ver a exposição “Paris des impressionistes” com obras de Renoir, Van Gogh, Monet entre outros. Era pequena, apenas duas salas, mas bem bonita e como era uma exposição temporária, que só ficava até hoje, não queríamos perder!
Depois fomos comer um crepe perto da Notre Dame, afinal eu não posso chegar a Paris sem passar pela Notre Dame! Linda, linda, linda!
Dali passamos no supermercado e voltamos para o hotel porque estávamos super cansadas!
O dia foi difícil, mas estamos em Paris!
Au Revoir!
Finalmente estou em Paris! Depois de uma saga para chegar aqui! Nessas horas a gente vê que a lei de Murphy realmente existe! Eu que sou super organizada e planejo tudo com antecedência detesto quando as coisas saem dos planos e foi exatamente o que aconteceu com essa viagem.
Primeiro foi a Air France que modificou o horário do voo em 3 horas, depois, não satisfeita com isso, ainda saiu com atraso de 1 hora. A Aeronave dessa vez era melhor que a do ano passado, pois eram um boing 777 e as cadeiras eram mais espaçosas.
Contudo, antes de chegarmos à Paris houve outro contratempo com a nossa reserva na cidade, pois havíamos reservado hotel com meu cartão e como ele foi trocado, cancelaram nossa reserva, ou seja, em cima da hora, tive que fazer outra reserva e, é claro, não consegui um hotel no local que eu queria. (Custava eles terem mandado um email dizendo que eu deveria trocar o número do cartão?). Acabamos ficando no “Hotel des Canettes” em Saint Germain des Prés, cuja localização é boa, mas o hotel em si é bem ruinzinho. Mas como só ficaríamos duas noites, tudo bem. De qualquer modo, não recomendo esse hotel.
Chegamos super cansadas, pois não conseguimos dormir na viagem e logo depois do check-in fomos ao Hôtel de Ville ver a exposição “Paris des impressionistes” com obras de Renoir, Van Gogh, Monet entre outros. Era pequena, apenas duas salas, mas bem bonita e como era uma exposição temporária, que só ficava até hoje, não queríamos perder!
Depois fomos comer um crepe perto da Notre Dame, afinal eu não posso chegar a Paris sem passar pela Notre Dame! Linda, linda, linda!
Dali passamos no supermercado e voltamos para o hotel porque estávamos super cansadas!
O dia foi difícil, mas estamos em Paris!
Au Revoir!
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Uruguai - um país a ser desvendado
Olá, amigos!!
De repente, me peguei com vontade de conhecer mais a América do Sul...principalmente o Uruguai. Não sei por que, de uns tempos para cá, desenvolvi um carinho por aquele país e resolvi ir até lá conhecer suas principais cidades! Claro que isso ainda demora um pouquinho, estou na fase de planejamento.
Minhas intenções são conhecer a capital Montevidéu, onde descobri que existe um lindo teatro (Solís) com visitas guiadas. Há também as ramblas, assim como existem em Barcelona, um grande calçadão para a caminhada dos pedestres.
Outro destino que tem me interessado é Colônia del Sacramento, uma pequena cidade que fica a 1 hora de barco de Buenos Aires, e que, segundo li, se parece muito com a nossa Paraty.
Alguns dizem que Colônia se conhece em apenas 3 ou 4 horas, outros dizem que há um charme todo especial em se pernoitar na cidade por causa de sua iluminação e calma noturna. Ainda não decidi se pernoitarei ou não...
Há ainda Punta del Leste, uma cidade de praia, cujo monumento mais conhecido é La Mano de diós, uma mão saindo da areia. Dizem que é uma cidade cara e não tenho certeza se vale a pena um bate e volta de Montevidéu para uma pessoa como eu que nem gosta de praia...
Alguém teria alguma dica para dar? :)
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Vulcão Chileno
Olá, amigos
As coisas andam complicadas no mundo...é terremoto, tsunami, vulcão...parece que o mundo está implodindo!
A última noticia que preocupou sulamericanos e até neozelandeses foi a erupção do vulcão chileno Puyehue. As cinzas expelidas por ele fecharam e ainda estão fechando o espaço aéreo de vários países, incluindo o Brasil, Argentina, Uruguai e até a Nova Zelândia que já tinha problemas suficientes com seus terremotos!
Ano passado um vulcão de nome impronunciável, na Islândia, também fechou o espaço aéreo europeu por um mês. Alguns amigos meus tiveram que cancelar ou modificar as datas de suas viagens. Esse ano a Islândia deu o ar da graça novamente com outro vulcão, mas esse era menos feroz e tudo se normalizou rápido.
Hoje eu já soube que outro vulcão em Eritreia, que fica entre o Sudão e a Etiópia, também entrou em erupção e prejudicou o espaço aéreo no Oriente Médio e na África.
O que está havendo com a Terra, afinal?
Talvez seja a resposta a anos em que ela aguentou o ser humano destruindo, desmatando, jogando resíduos em rios, gases na atmosfera e toda a sorte de malefícios que fizemos com nosso planeta nos últimos anos pós revolução industrial.
Muito triste ver que justamente agora, quando as viagens estão economicamente mais acessíveis, o planeta resolveu se vingar de tudo o que fizemos com ele e temos que deixar de viajar não por falta de dinheiro, mas por falta de condições meteorológicas provocadas por eventos que eram extremamente sazonais e que se tornaram corriqueiros.
Vamos esperar para ver como as coisas ficam nas próximas semanas, nos próximos meses e até nos próximos anos, mas algo me diz que em 2021, daqui a 10 anos, será muito mais complicado viajar, pois esses eventos serão muito mais frequentes. Não que eu seja pessimista, mas a realidade se coloca em nossa frente de uma forma tão explícita que fica difícil ter complexo de Pollyana numa hora dessas.
Até Breve!
p.s. A foto foi copiada do Google imagens, mas infelizmente não consegui descobrir o autor.
sábado, 9 de abril de 2011
Saudade
Olá, amigos!!
Ando com saudade de Paris, com saudade de Veneza, com saudade de viajar...mas acho que estou com saudade da liberdade que uma viagem sozinha me proporciona. Viajar sozinha tem inúmeras vantagens: você faz tudo no seu ritmo, sem se preocupar com ninguém. Acorda a hora que quer, planeja e replaneja o dia à medida que as vontades de ir ali ou acolá vão surgindo, come o que quer, na hora que quer e SE quiser!
Ouve a música que quer no MP3, fica no computador o tempo que achar que deve, passa nos lugares que quer e olha os museus do jeito que acha melhor, sem ter de se deter em uma obra que não interessou ou ficando mais de meia hora em frente a um quadro que ama.
Viajar sozinho só tem duas desvantagens a meu ver: não há ninguém para registrar que você esteve ali nas suas fotos e, a não ser que você seja cara de pau e peça a desconhecidos para tirarem fotos suas (que nem sempre ficam boas!), você não terá muitas fotos com a sua presença diante dos monumentos e paisagens mais interessantes que visitou.
A outra desvantagem é a conversa. Pode ficar chato passar muito tempo sem ter com quem compartilhar o que está vivendo, contudo, eu resolvi esse problema blogando e tendo o retorno dos meus amigos e leitores em tempo real, além disso, sempre que eu ouvia algum brasileiro conversando, me metia e começava a conversar também. Aliás, brasileiro tem essa característica quando viaja sozinho: não pode ouvir português que já quer logo virar amigo de infância da pessoa. Eu era meio cara de pau mesmo, mas nunca excedia os 15 minutos de conversa. Algumas vezes levei foras, mas na maioria, todos estavam querendo compartilhar suas vivências também.
Tirando isso, só vi vantagens em viajar sozinha e estou com saudade disso. Não é que eu não goste de viajar acompanhada (que isso fique bem claro!), mas acho que, vez por outra, preciso dessa liberdade de sair pelo mundo (nem precisa ser para longe, pode ser até para São Paulo) e ver tudo no meu ritmo, do meu jeito, comigo mesma.
Nem sei explicar por que inventei de fazer esse post hoje, mas acho que, como minha vida pessoal anda passando por turbulências, acabei lembrando de como foram prazerosas as viagens que fiz comigo.
De qualquer modo, sou uma defensora das viagens solo! Acho que, ao menos uma vez na vida, as pessoas deveriam ter o prazer e o direito de viver essa experiência!
Até!
terça-feira, 22 de março de 2011
A paciência "tsunâmica" dos japoneses
Olá, amigos!
Passado algum tempo do terrível terremoto/tsunami que atingiu o Japão, não venho aqui com nenhuma intenção de dar notícias sobre o assunto, até porque esse é um blog de viagens, contudo, apesar de o Japão nunca ter feito parte das minhas intenções de viagem, tenho que mencionar a admirável paciência que venho percebendo nos japoneses! É incrível como eles se importam com o outro!
Tenho um conhecido que mora lá (a cidade dele não foi atingida!) e ele já havia me falado sobre essa cultura oriental de tentar importunar o mínimo possível o outro. Ele havia dito que os japoneses usam máscaras no seu dia a dia justamente para não contaminar o outro com uma possível gripe; os japoneses, ao chegarem em casa, tiram seus sapatos para não importunar o vizinho do apartamento de baixo; ou ainda: no metrô todos ouvem suas músicas (COM FONES DE OUVIDO!!! Será que os cariocas já ouviram falar nisso??) e nem olham para os outros para não correr o risco de estarem sendo inoportunos e indelicados. Achei tudo isso muito estranho, mas agora, vendo a tragédia que se abateu sobre aquele país, percebo o quanto esse tipo de cultura é importante para manter a ordem.
Vi pessoas ficando horas (literalmente!) nas filas dos postos para abastecerem seus carros. Sem reclamar. Sem buzinar. Apenas esperando, pois todos estavam ali na mesma situação! E, como eles têm a consciência de que ninguém é melhor que ninguém, de que ninguém precisa mais que ninguém, simplesmente não há arruaça, não há confusão. TODOS esperam sua vez com calma.
Também vi senhores e senhoras ficarem horas em filas para receberem um bolinho de arroz, o que seria toda a sua refeição diária, pois é o que o governo está podendo dar a todos. Ninguém reclama ou protesta. Todos sabem que, quem está ali, naquela situação, está porque não tem o que fazer, por isso, protestar seria inútil.
Há uma cultura de paciência intrínsica aos orientais e é isso que evita o caos de saques, assaltos e imposição de toque de recolher, que é o que normalmente acontece nos países ocidentais que passam por tragédias semelhantes. Fiquei admirada em ver como um país pode reagir de forma tão positiva e pacífica a uma tragédia dessa proporção! Até tive vontade de estudar mais sobre essa cultura que, confesso, nunca me interessou muito. Porém, agora, vendo o comportamento exemplar desse povo passei a admirá-los e até a ter vontade de conhecer tudo mais de perto um dia.
Fico vendo o brasileiro que nem precisa de tragédia para mostrar seu imenso egoísmo! Sua política de "farinha pouca, o meu pirão primeiro!". É tão triste perceber o pouco que as pessoas se importam umas com as outras. Vejo gente nos ônibus, literalmente, roubando o lugar dos idosos, grávidas e deficientes. E nem se importam! Acham que têm razão! São as mesmas pessoas que ouvem música em seus celulares SEM fone de ouvindo, obrigando todo o ônibus a compartilhar de seu mau gosto musical. Certamente são as mesmas pessoas que furam fila no banco, que não devolvem um troco que recebem a mais ou que sonegam impostos inventando dependentes inexistentes para poderem pagar menos.
Todas essas atitudes revelam a falha de caráter latente no brasileiro (provavelmente na maioria dos ocidentais, mas só posso falar pelo meu país) que aprendeu que o certo é levar vantagem em tudo, mesmo que, para isso, tenha que prejudicar outras pessoas. E isso vai desde o limpador de rua até o presidente da república. São poucos os que escapam! Honestidade virou artigo de luxo nesse país! Pior: quem é honesto passou a ser visto como idiota, como alguém que não merece ser levado a sério.
Às vezes eu fico imaginando o que aconteceria se uma tragédia como a do Japão acontecesse por aqui! Como a população se comportaria? Eu sei que existem muitos brasileiros dispostos a ajudar os outros, haja vista as campanhas feitas na época da tragédia da região serrana, mas mesmo nesse episódio, que foi a maior catástrofe natural do país, houve desvio de doações e, provavelmente, de verbas para as mesmas.
Infelizmente fomos forjados no ferro do "jeitinho brasileiro" onde todo desvio de caráter é justificável para trazer vantagens a quem o desviou.
Quem dera o Brasil pudesse aprender um pouco com os japoneses que sabem respeitar seu próximo e que pensam que o outro é um igual e não um inimigo.
Até a próxima!
Passado algum tempo do terrível terremoto/tsunami que atingiu o Japão, não venho aqui com nenhuma intenção de dar notícias sobre o assunto, até porque esse é um blog de viagens, contudo, apesar de o Japão nunca ter feito parte das minhas intenções de viagem, tenho que mencionar a admirável paciência que venho percebendo nos japoneses! É incrível como eles se importam com o outro!
Tenho um conhecido que mora lá (a cidade dele não foi atingida!) e ele já havia me falado sobre essa cultura oriental de tentar importunar o mínimo possível o outro. Ele havia dito que os japoneses usam máscaras no seu dia a dia justamente para não contaminar o outro com uma possível gripe; os japoneses, ao chegarem em casa, tiram seus sapatos para não importunar o vizinho do apartamento de baixo; ou ainda: no metrô todos ouvem suas músicas (COM FONES DE OUVIDO!!! Será que os cariocas já ouviram falar nisso??) e nem olham para os outros para não correr o risco de estarem sendo inoportunos e indelicados. Achei tudo isso muito estranho, mas agora, vendo a tragédia que se abateu sobre aquele país, percebo o quanto esse tipo de cultura é importante para manter a ordem.
Vi pessoas ficando horas (literalmente!) nas filas dos postos para abastecerem seus carros. Sem reclamar. Sem buzinar. Apenas esperando, pois todos estavam ali na mesma situação! E, como eles têm a consciência de que ninguém é melhor que ninguém, de que ninguém precisa mais que ninguém, simplesmente não há arruaça, não há confusão. TODOS esperam sua vez com calma.
Também vi senhores e senhoras ficarem horas em filas para receberem um bolinho de arroz, o que seria toda a sua refeição diária, pois é o que o governo está podendo dar a todos. Ninguém reclama ou protesta. Todos sabem que, quem está ali, naquela situação, está porque não tem o que fazer, por isso, protestar seria inútil.
Há uma cultura de paciência intrínsica aos orientais e é isso que evita o caos de saques, assaltos e imposição de toque de recolher, que é o que normalmente acontece nos países ocidentais que passam por tragédias semelhantes. Fiquei admirada em ver como um país pode reagir de forma tão positiva e pacífica a uma tragédia dessa proporção! Até tive vontade de estudar mais sobre essa cultura que, confesso, nunca me interessou muito. Porém, agora, vendo o comportamento exemplar desse povo passei a admirá-los e até a ter vontade de conhecer tudo mais de perto um dia.
Fico vendo o brasileiro que nem precisa de tragédia para mostrar seu imenso egoísmo! Sua política de "farinha pouca, o meu pirão primeiro!". É tão triste perceber o pouco que as pessoas se importam umas com as outras. Vejo gente nos ônibus, literalmente, roubando o lugar dos idosos, grávidas e deficientes. E nem se importam! Acham que têm razão! São as mesmas pessoas que ouvem música em seus celulares SEM fone de ouvindo, obrigando todo o ônibus a compartilhar de seu mau gosto musical. Certamente são as mesmas pessoas que furam fila no banco, que não devolvem um troco que recebem a mais ou que sonegam impostos inventando dependentes inexistentes para poderem pagar menos.
Todas essas atitudes revelam a falha de caráter latente no brasileiro (provavelmente na maioria dos ocidentais, mas só posso falar pelo meu país) que aprendeu que o certo é levar vantagem em tudo, mesmo que, para isso, tenha que prejudicar outras pessoas. E isso vai desde o limpador de rua até o presidente da república. São poucos os que escapam! Honestidade virou artigo de luxo nesse país! Pior: quem é honesto passou a ser visto como idiota, como alguém que não merece ser levado a sério.
Às vezes eu fico imaginando o que aconteceria se uma tragédia como a do Japão acontecesse por aqui! Como a população se comportaria? Eu sei que existem muitos brasileiros dispostos a ajudar os outros, haja vista as campanhas feitas na época da tragédia da região serrana, mas mesmo nesse episódio, que foi a maior catástrofe natural do país, houve desvio de doações e, provavelmente, de verbas para as mesmas.
Infelizmente fomos forjados no ferro do "jeitinho brasileiro" onde todo desvio de caráter é justificável para trazer vantagens a quem o desviou.
Quem dera o Brasil pudesse aprender um pouco com os japoneses que sabem respeitar seu próximo e que pensam que o outro é um igual e não um inimigo.
Até a próxima!
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Nossos 3 últimos dias em Buenos Aires (temporada 2011)
Hola, amigos!
Na terça-feira, dia 11 de janeiro, tive que trocar dinheiro novamente lá na calle Sarmiento (que é a rua onde ficam as casas de câmbio com melhor cotação da cidade), pois, como eu já havia percebido desde que chegamos, Buenos Aires em 2011 estava bem mais cara que em 2010. Tudo subiu uma média de 80% e o dinheiro que eu achei que daria, só deu para a metade do tempo. Ainda bem que trouxe um pouco mais para emergências e também um cartão de crédito.
Pela manhã, passei na Plaza Lavalle, onde fica o famoso Teatro Colón. A reforma desse teatro durou anos e das duas primeiras vezes que fui a Buenos Aires ele estava rodeado de tapumes, mas em abril de 2010 ele foi novamente aberto e fui ali tirar umas fotos (já que não dava para entrar, pois ainda não liberaram as visitas guiadas). O teatro é bonito sim, mas nada tão espetacular...
Dali fui até o Museu Xul Solar (calle Laprida, 1212, Palermo Viejo. Abre de terça a sábado, entre 12h e 19h e a entrada custa 10 pesos). Esse é um museu dedicado a um pintor argentino, cujas pinturas são baseadas em conhecimentos de astrologia, cabala e tarot. O lugar é pequeno, não se pode tirar fotos do interior,mas o acervo vale a pena. Achei as obras desse artista muito bonitas.
No dia seguinte, acordei cedo e fui ao Parque 3 de Febrero, onde estão localizados o Pátio Andaluz...
e o Rosedal....
O lugar é lindo, bucólico, com muito verde. Um passeio bem gostoso para uma manhã. Dali parti a pé para o Malba (Museu de Arte Latino Americano), que fica na calle Figueroa Alcorta, 3415 e tem entrada a 10 pesos. Fecha às terças.
Ali no Malba é onde está o quadro famoso de Tarsila do Amaral entitulado "Abapuru" (não é possível fotografar), além de obras de Frida Kahlo, Diego Rivera, Antonio Berni e Botero. A cada ano há uma exposição temporária no andar de cima. Esse ano tinha uma espécie de "exposição de colchões", era tudo muito psicodélico e não gostei muito...mas arte moderna é isso mesmo.
Dali peguei um táxi para o centro, pois não aguentava mais andar! A noite fui ao "Siga la Vaca", um restaurante em Puerto Madero com a famosa "parillada", uma espécie de churrasco portenho. A carne da Argentina é algo singular! Não sei o que eles fazem, mas a maciez e a suculência são inigualáveis! Recomendo muito esse restaurante! Paguei 85 pesos por pessoa, com direto a comer quanta carne e acompanhamento quiser, mais um litro de bebida (cerveja, vinho da casa ou refrigerante), mais uma sobremesa a escolher. Água com ou sem gás era a vontade! Quase explodi de tanto comer!!!! Uma delícia!
Quinta-feira, dia 13, era o último dia em terras portenhas, então resolvi apenas passear um pouco. Fui a calle Florida, ao centro da cidade e comi um "pancho", que é a versão de cachorro-quente de lá. Super simples e super barato também. Vale a pena experimentar.
Á noite, arrumei a mala (foi uma ginástica conseguir fazer caber tudo! Isso que dá levar mala pequena!) e no dia seguinte, pela manhã, vim embora.
Voo tranquilo. Cheguei ao Rio por volta de 15h30 e foi muito bom chegar em casa! Adoro viajar, mas retornar é sempre muito prazeroso...mas os leitores desse blog não perdem por esperar, pois já estou nos preparativos para a próxima viagem em julho!
Hasta Luego!
VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2011
Na terça-feira, dia 11 de janeiro, tive que trocar dinheiro novamente lá na calle Sarmiento (que é a rua onde ficam as casas de câmbio com melhor cotação da cidade), pois, como eu já havia percebido desde que chegamos, Buenos Aires em 2011 estava bem mais cara que em 2010. Tudo subiu uma média de 80% e o dinheiro que eu achei que daria, só deu para a metade do tempo. Ainda bem que trouxe um pouco mais para emergências e também um cartão de crédito.
Pela manhã, passei na Plaza Lavalle, onde fica o famoso Teatro Colón. A reforma desse teatro durou anos e das duas primeiras vezes que fui a Buenos Aires ele estava rodeado de tapumes, mas em abril de 2010 ele foi novamente aberto e fui ali tirar umas fotos (já que não dava para entrar, pois ainda não liberaram as visitas guiadas). O teatro é bonito sim, mas nada tão espetacular...
Dali fui até o Museu Xul Solar (calle Laprida, 1212, Palermo Viejo. Abre de terça a sábado, entre 12h e 19h e a entrada custa 10 pesos). Esse é um museu dedicado a um pintor argentino, cujas pinturas são baseadas em conhecimentos de astrologia, cabala e tarot. O lugar é pequeno, não se pode tirar fotos do interior,mas o acervo vale a pena. Achei as obras desse artista muito bonitas.
No dia seguinte, acordei cedo e fui ao Parque 3 de Febrero, onde estão localizados o Pátio Andaluz...
e o Rosedal....
O lugar é lindo, bucólico, com muito verde. Um passeio bem gostoso para uma manhã. Dali parti a pé para o Malba (Museu de Arte Latino Americano), que fica na calle Figueroa Alcorta, 3415 e tem entrada a 10 pesos. Fecha às terças.
Ali no Malba é onde está o quadro famoso de Tarsila do Amaral entitulado "Abapuru" (não é possível fotografar), além de obras de Frida Kahlo, Diego Rivera, Antonio Berni e Botero. A cada ano há uma exposição temporária no andar de cima. Esse ano tinha uma espécie de "exposição de colchões", era tudo muito psicodélico e não gostei muito...mas arte moderna é isso mesmo.
Dali peguei um táxi para o centro, pois não aguentava mais andar! A noite fui ao "Siga la Vaca", um restaurante em Puerto Madero com a famosa "parillada", uma espécie de churrasco portenho. A carne da Argentina é algo singular! Não sei o que eles fazem, mas a maciez e a suculência são inigualáveis! Recomendo muito esse restaurante! Paguei 85 pesos por pessoa, com direto a comer quanta carne e acompanhamento quiser, mais um litro de bebida (cerveja, vinho da casa ou refrigerante), mais uma sobremesa a escolher. Água com ou sem gás era a vontade! Quase explodi de tanto comer!!!! Uma delícia!
Quinta-feira, dia 13, era o último dia em terras portenhas, então resolvi apenas passear um pouco. Fui a calle Florida, ao centro da cidade e comi um "pancho", que é a versão de cachorro-quente de lá. Super simples e super barato também. Vale a pena experimentar.
Á noite, arrumei a mala (foi uma ginástica conseguir fazer caber tudo! Isso que dá levar mala pequena!) e no dia seguinte, pela manhã, vim embora.
Voo tranquilo. Cheguei ao Rio por volta de 15h30 e foi muito bom chegar em casa! Adoro viajar, mas retornar é sempre muito prazeroso...mas os leitores desse blog não perdem por esperar, pois já estou nos preparativos para a próxima viagem em julho!
Hasta Luego!
VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Jardim Bothânico e Edifíco Barolo: construções de influências europeias em Buenos Aires
Hola, amigos!
Segunda acordei cedo, mas estava morta depois da odisseia do dia anterior! Mesmo assim, resolvi ir ao Parque 3 de Febrero, que fica em Palermo. Peguei o metrô até lá e, ao chegar perto da entrada, um senhor muito simpático que estava ali fazendo seu cooper me abordou e disse que, às segundas, o parque estava fechado! Raios! No meu guia de viagem diz que ele abre diariamente! Diariamente não é todo dia? Hunf!
Para não perder a viagem, resolvi ir ao Jardim Bothânico. Este estava aberto! É um belo parque, cheio de esculturas em estilo grego. É menor que o do Rio de Janeiro e tem uma variedade de flora menor também, pelo menos aparentemente.O Parque foi criado, em 1898, por Charles Thays, um paisagista francês que se inspirou no Bois de Boulogne. As estátuas colocadas ao longo do parque dão um ar antigo e gostoso!
Fiquei um tempo lá, mas estava cansada para andar demais e fui descansar um pouco antes de ir a uma visita guiada que havia marcado lá no Edifício Barolo. Esse edifício localizado ao lado do hotel, na avenida de mayo, 1370, foi inspirado na "Divina Comédia" de Dante.
É interessante visitar esse prédio que funciona como um edifício comercial, cheio de escritórios. Ele tem 22 andares, pois a maioria dos cantos da Divina Comédia tem 22 versos. No saguão, existem alguns gárgulas ou bestas para fazer referência ao "inferno" dantesco.
Ali há também uma curiosa estátua que mostra uma águia elevando Dante morto até o paraíso. Na verdade a intenção do construtor do edifício era trazer as cinzas de Dante para serem colocadas sob essa estátua, contudo a estátua original se perdeu na viagem de navio e o que vemos hoje é uma réplica. Além disso a Itália também não permitiu que a cinzas de seu escritor fossem mandadas para a Argentina.
Depois sobe-se (de elevador) até o 14° andar, onde começa o purgatório. Dali são 6 lances de escada (em espiral) para se chegar ao topo,ou seja, ao paraíso, onde há uma bela vista da praça do Congresso.
Dali subi mais 2 andares em uma escadinha super estreita (lembrei tanto do Vaticano!) para se chegar ao farol. Esse farol deveria se comunicar com o do Uruguai, contudo quando foram construídos os prédios, ninguém levou em conta a inclinação da Terra, então as luzes não se encontram.
Ali é o mais perto do céu que se pode chegar em Buenos Aires. Depois desci para ver o escritório do criador do edifício, com um busto de Beatriz, a amada de Dante e outro do próprio escritor.
Descobri, inclusive, que o número do prédio foi escolhido de propósito pois foi o ano em que Dante escreveu "A Divina Comédia". A visita, em si, é mais curiosa do que bonita, mas é interessante ver como um livro pode ser tão importante para uma pessoa. O passeio custou 40 pesos por pessoa e deve ser agendado com antecedência na cabine que fica no saguão. Depois disso resolvi me poupar um pouco e fui descansar no hotel.
Hasta Luego!
VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2011
Segunda acordei cedo, mas estava morta depois da odisseia do dia anterior! Mesmo assim, resolvi ir ao Parque 3 de Febrero, que fica em Palermo. Peguei o metrô até lá e, ao chegar perto da entrada, um senhor muito simpático que estava ali fazendo seu cooper me abordou e disse que, às segundas, o parque estava fechado! Raios! No meu guia de viagem diz que ele abre diariamente! Diariamente não é todo dia? Hunf!
Para não perder a viagem, resolvi ir ao Jardim Bothânico. Este estava aberto! É um belo parque, cheio de esculturas em estilo grego. É menor que o do Rio de Janeiro e tem uma variedade de flora menor também, pelo menos aparentemente.O Parque foi criado, em 1898, por Charles Thays, um paisagista francês que se inspirou no Bois de Boulogne. As estátuas colocadas ao longo do parque dão um ar antigo e gostoso!
Fiquei um tempo lá, mas estava cansada para andar demais e fui descansar um pouco antes de ir a uma visita guiada que havia marcado lá no Edifício Barolo. Esse edifício localizado ao lado do hotel, na avenida de mayo, 1370, foi inspirado na "Divina Comédia" de Dante.
É interessante visitar esse prédio que funciona como um edifício comercial, cheio de escritórios. Ele tem 22 andares, pois a maioria dos cantos da Divina Comédia tem 22 versos. No saguão, existem alguns gárgulas ou bestas para fazer referência ao "inferno" dantesco.
Ali há também uma curiosa estátua que mostra uma águia elevando Dante morto até o paraíso. Na verdade a intenção do construtor do edifício era trazer as cinzas de Dante para serem colocadas sob essa estátua, contudo a estátua original se perdeu na viagem de navio e o que vemos hoje é uma réplica. Além disso a Itália também não permitiu que a cinzas de seu escritor fossem mandadas para a Argentina.
Depois sobe-se (de elevador) até o 14° andar, onde começa o purgatório. Dali são 6 lances de escada (em espiral) para se chegar ao topo,ou seja, ao paraíso, onde há uma bela vista da praça do Congresso.
Dali subi mais 2 andares em uma escadinha super estreita (lembrei tanto do Vaticano!) para se chegar ao farol. Esse farol deveria se comunicar com o do Uruguai, contudo quando foram construídos os prédios, ninguém levou em conta a inclinação da Terra, então as luzes não se encontram.
Ali é o mais perto do céu que se pode chegar em Buenos Aires. Depois desci para ver o escritório do criador do edifício, com um busto de Beatriz, a amada de Dante e outro do próprio escritor.
Descobri, inclusive, que o número do prédio foi escolhido de propósito pois foi o ano em que Dante escreveu "A Divina Comédia". A visita, em si, é mais curiosa do que bonita, mas é interessante ver como um livro pode ser tão importante para uma pessoa. O passeio custou 40 pesos por pessoa e deve ser agendado com antecedência na cabine que fica no saguão. Depois disso resolvi me poupar um pouco e fui descansar no hotel.
Hasta Luego!
VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2011
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