Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Verona, uma cidade nada romântica...

Ciao, amigos!

Muita coisa tem acontecido de interessante aqui em Veneza. Umas boas, outras, nem tanto...toda viagem, por mais planejada que seja, sempre tem o seu dia de azar e o meu foi ontem.
Como eu havia escrito aqui nesse blog, há algum tempo, eu comprei ingresso para ver a ópera “Aída” na Arena de Verona e, claro,como acabaria tarde, reservei um pernoite em um albergue da cidade.
Ontem, lá fui eu para a estação de trem de Veneza pegar um trem para Verona, só que a coisa já começou errada, pois acabei comprando bilhete para o trem regional que custa 1/3 do preço, mas demora o triplo do tempo! Ou seja, em vez de eu chegar em Verona em 1h, demorei quase 3h para chegar lá! Fazia um calor infernal e a estação de trem de Verona é muito mal sinalizada. Eu, sendo perdida como sou, vocês podem imaginar que, óbvio, peguei a rua para o lado errado! Depois de andar em círculos uns 20 minutos, consegui me localizar e lá fui eu fazer o check-in no albergue. Toquei a campainha e ninguém atendeu, toquei de novo e nada! Liguei para os telefones que eu tinha pego no site do albergue e a moça que atendeu disse que era engano. Voltei a tocar a campainha e nada! Ou seja, o albergue simplesmente não existe!!!! Portanto, se forem a Verona, jamais reservem o B&B Citadella porque é um golpe!
Resolvi ir até a cidade para trocar meu ingresso da ópera e ver se isso não era golpe também. Ok, a Arena existe, eles trocaram meu voucher pelo ingresso sem problemas, mas eu não tinha lugar para ficar, então voltei até a Estação de trem para achar um albergue no posto de informações ao turista. Qual não foi a minha surpresa quando descobri que não existe posto de informação ao turista nessa estação!!!!! Todas as cidades que já visitei têm um! Mas Verona não tinha! Eu estava muito cansada e com fome para pensar em qualquer outra alternativa, então, comi no Mc Donald's mais próximo e comprei a passagem de volta para Veneza (dessa vez no trem rápido!). Fiquei mais chateada por perder a ópera do que por perder o dinheiro do albergue. Se eu tivesse achado outro lugar acessível para ficar, nem teria me importado com o lance do albergue, mas como não encontrei, voltei para Veneza, onde me sinto segura e onde tenho um bom hotel para dormir.
Tirei umas poucas fotos de Verona porque, para dizer a verdade, achei a cidade bem sem graça...não sei onde Shakespeare estava com a cabeça para ambientar a história mais romântica do mundo aqui! Não foi à toa que Romeu e Julieta se mataram...





E, para salvar o dia, fui fazer o meu tão esperado passeio de gôndola! Acabei me lembrando de uma descrição sobre a fundação de Veneza que li em uma revista de turismo, cujo autor chamava-se Ronny Hein. Dizia assim:
“ Os vênetos, que não pertencem à família dos peixes (como seria legítimo supor), viveram em terra firme, em cidades como Padova e Verona, por muitos anos. No século 5, contudo, um ataque devastador de guerreiros hunos obrigou algumas comunidades a buscar refúgio nas ilhotas de uma laguna com 55 quilômetros de extensão e 13 quilômetros de largura, separada do Mar Adriático por longas restingas. Protegidos, os refugiados perceberam, então, que as águas plácidas dessa laguna escondiam um solo raso _ e sobre ele começaram a plantar estacas de madeira, que seriam a base da futura cidade.”






E assim nasceu a mais linda cidade do mundo! Assim, como uma alternativa de fuga dos hunos e os vênetos transformaram aquela laguna rasa em sua muralha! Não era preciso murar a cidade para que os inimigos não a invadissem, isso por dois motivos: primeiro porque qualquer inimigo teria que chegar por mar e seria visto muito antes de sua chegada, e segundo porque não era possível navegar pela laguna com um navio muito grande, aliás as gôndolas foram nascidas e criadas em Veneza e sobrevivem até hoje exatamente por isso: era o tipo de embarcação perfeita para os estreitos canais.


Até hoje só pode ser gondoleiro quem é nascido em Veneza, além de ser uma profissão eminentemente masculina (não vi nenhuma mulher gondoleira, embora tenha ouvido falar que existe uma). A gôndola tem mais de 1000 anos e continua sendo fabricada do mesmo jeito, artesanalmente. E seu ofício passa de pai para filho.
Descobri que existem também gôndolas piratas (nem isso ficou de fora da pirataria!) e para não se correr o risco de pegar uma falsa, observe a figura da proa, chamada de ferro pelos gondoleiros. A verdadeira gôndola tem seis ferros, alinhados um embaixo do outro e com um ao lado, eles representam os sestieri (bairros) de Veneza. Além disso, um verdadeiro gondoleiro usa o traje típico, que consiste em camisa listrada, calça preta e chapéu de palha com um laço da mesma cor das listras da camisa. Vai saber quando essa moda começou...



O fato é que os gondoleiros verdadeiros e suas gôndolas são, hoje em dia, um passeio apenas turístico, já que o preço é alto (100 euros por um passeio de 1 hora), mas acho um desperdício ir para Veneza e não aproveitar aquilo que ela tem de único! O passeio é maravilhoso!Veneza vista sob a perspectiva de uma gôndola tem um sabor completamente inusitado! Fiquei encantada com os canais, com a cidade, enfim, o dia que começou ruim, não poderia ter terminado de maneira mais veneziana. Voltei feliz para o hotel com a certeza de que a cidade mais romântica do mundo não é Verona, apesar da história de Romeu e Julieta e sim Veneza!

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

sábado, 29 de maio de 2010

Verona, de Romeu e Julieta


olá, amigos!


Fiz mais uma reserva para a minha viagem! Dessa vez na cidade mais romântica da Itália: Verona! Descobri que a cidade imortalizada por Shakespeare em "Romeu e Julieta" tem um dos mais antigos anfiteatros do mundo, datado do século I d.c.!
Ele é simplesmente chamado de "Arena de Verona", fica na piazza central da cidade e foi palco de lutas entre gladiadores na época do império Romano. Também era palco de grandes espetáculos naquela época...e ainda é!

Descobri que entre julho e agosto ocorre, todos os anos, na cidade um festival de ópera. Claro que mais que depressa eu entrei no site http://www.arena.it/ e procurei para saber se haveria alguma apresentação nos dias em que eu estaria em Veneza. E havia! Dia 31 de julho vai ter "Aída", de Verdi. Mega produção! Fiquei super feliz e reservei um ingresso!
Já imaginaram eu ali, numa Arena do século I ( por onde já passaram gladiadores, imperadores, cristãos condenados à morte, peças de teatro antigas) assistindo a uma ópera composta no século XIX??

Ok, eu não entendo nada de ópera, provavelmente não vou entender uma palavra, pois será em italiano arcaico, mas sei que vou adorar! Só estar naquele lugar impregnado de tanta história vivendo esse momento já vale o ingresso!
E depois irei contar tudinho aqui...aguardem até 31 de julho!

Até breve!
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