Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Um castelo sob o sol de Paris

Bonjour!

Uma das visitas que eu tinha muita vontade de fazer quando fosse a Paris era ao Castelo de Versalhes. Havia toda uma questão histórica envolvida, pois eu tinha estudado sobre a Revolução Francesa, em que o povo, revoltado por estar morrendo de fome enquanto sua monarquia vivia sob toda aquela pompa e circunstância, saiu de Paris e marchou até os portões do palácio para tirar satisfações com seu rei. Havia também aquela famosa frase de Maria Antonieta ("Se não têm pão, que comam brioches") que os historiadores juram que ela jamais proferiu; havia o salão dos espelhos ricamente decorado; havia a sala em que o tratado (aquele mesmo, o de Versalhes!) foi assinado, dando fim à primeira guerra mundial; enfim, havia uma infinidade de fatores que me faziam querer conhecer esse lugar que, de casa de caça da família real, se transformara no maior símbolo de ostentação da nobreza da França em meados do século XVI.
E foi assim que, naquela quinta-feira, pela manhã, saímos de casa com direção à História!
Eu já havia me informado como chegar lá, sabia que havia um trem direto e era justamente o RER linha C, com destino a "Versailles Rive Gauche" que deveríamos pegar. Acontece que o metrô de Paris está em obras e o RER que saía da estação Saint Michel (ao lado do nosso ap) não estava operando. Pensei: "E agora? Como faremos para chegar lá?", mas Paris é uma cidade preparada para os turistas e a moça no guichê do metrô nos disse que poderíamos pegar um ônibus bem ali ao lado que nos deixaria na próxima estação de RER após a obra. Detalhe: O tal ônibus era gratuito!
Isso é que é uma cidade preocupada com os turistas!
Bem, pegamos o tal ônibus e de lá, fomos até a estação "Invalides" onde pegamos o RER C- Versailles Rive Gauche, que segundo minhas informações, nos deixaria bem perto do castelo.
A viagem dura em média uns 45 minutos e o trem é confortável, com poltronas acolchoadas, bem diferente dos outros trens RER...
Ao sair da estação é bem simples: basta atravessar no sinal, virar à direita e depois à esquerda na primeira avenida grande (depois de um Hotel Ibis e um Mc Donald's) e voilá! Você já estará na frente do palácio! Aí é só andar até os portões dourados. Logo na entrada há uma estátua do Rei-Sol Louis XIV.




Acontece que justamente naquele dia fazia um calor quase desértico na França! Parecia que tinham aberto a porta do inferno e deixado escapar seu vapor quente! Estava insuportável! A tal ponto de abrirmos nossos guarda-chuvas para tentar fazer alguma sombra! Quando chegamos, nos deparamos com uma fila gigantesca!!!! Embaixo daquele sol de meio dia! Olhamos bem, analisamos a nossa capacidade física e, com dó no coração, desistimos de entrar no palácio! Até porque teríamos de enfrentar duas filas: uma para comprar o ingresso (13,50 euros) e outra para entrar.
Mas não queríamos que a viagem fosse (totalmente) perdida, então fomos passear pelos jardins do castelo...



A visita aos jardins é gratuita e pode-se ter uma vaga ideia da opulência com que os reis viviam...o local é todo planejado e tem várias estátuas em estilo grego.
Mais adiante há um trenzinho (6 euros) que se pode pegar para dar a volta por toda a propriedade. Esse trem te dá a possibilidade de saltar no Petit Trianon; no Grand Trianon ou nos domínios de Maria Antonieta, onde ela simulou ter uma fazenda e brincava de ser camponesa. Depois, para voltar, é só pegar o próximo trem. Contudo, nós não saltamos, apenas demos a volta de trem. O calor estava assando todo mundo que ousasse ficar fora da sombra!





Fizemos um pequeno piquenique antes de irmos embora. Sanduíche, suco e água, que havíamos levado de casa. Passamos na lojinha de souvenirs e compramos uns postais do interior do castelo, já que não tiramos fotos, pois não entramos...voltamos para a estação.
Na volta, por volta de 15h já não havia mais fila para entrar e até pensei que poderíamos, finalmente, entrar, mas o calor nos deixara muito cansadas e acabamos mesmo indo embora. Pegamos o RER para voltar, depois o ônibus até a estação Saint Michel e chegamos em casa com a estranha sensação de termos perdido o melhor da festa...paciência...Versailles fica pra uma próxima visita a Paris...

No entanto, eu descobri uma coisa importante: além de não ter mais fila depois de 15h, o ingresso que custava originalmente 13,50 cai para 10 euros depois desse horário, ou seja, se vc planeja ir a Versalhes no verão europeu, programe-se para ir à tarde, pois certamente irá aproveitar bem mais do que eu...

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO DE 2009
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