Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Um passeio ao Lago di Como

 Olá, amigos!


Um dos passeios que queríamos fazer a partir de Milão era ir ao Lago di Como, uma região que fica na fronteira entre a Itália e a Suíça.  Na verdade, minha mãe havia visto um filme passado nesse lugar e se encantou com a região, por isso, lá fomos nós.


Fomos até a estação de trem Cadorna, em Milão, onde compramos um bilhete de ida e volta para Como. Não há horário impresso na passagem, então, a gente pode pegar o primeiro trem que aparecer no timetable. Saltamos na estação “Como Lago Nord” que fica quase dentro do lago, não tem como errar! O lugar em si é meio sem graça. Bonito e tudo, mas nada extraordinário. Andando pela beira do lago, a gente chega até a estação do funicular, onde se paga 9 euros para subir. Achávamos que a vista lá de cima seria mais bonita. De fato, é. Mas continuou não nos encantando. Existem dois platôs de onde se pode observar o lago. Em um deles existem dois restaurantes e no outro, algumas lojinhas de lembrancinhas. Também existem banheiros e uma trilha que não seguimos, por isso, não sei onde leva.



Ficamos um tempo lá em cima e depois descemos para conhecer um pouco da cidade de Como propriamente dita. Cidade bem pequena com inúmeras lojinhas de lembranças, no melhor estilo “viu uma, viu todas”. O que realmente nos encantou na cidade foi a catedral. Essa era realmente linda! Ficamos um tempão lá dentro observando os detalhes, além de uma exposição de tapeçarias medievais bem interessante.





A visita a Como não foi o que esperávamos. Aliás, ficou muito aquém do que imaginávamos para um cenário de filme, mas valeu ter ido para conhecer. É perto de Milão, mais ou menos uma hora de trem e, para quem tem tempo ou para quem já conhece Milão, vale o passeio. 

Até a próxima!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2015

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

De volta à cidade menos italiana que eu conheci na Itália

 Olá, amigos!
Nessa minha última viagem à Europa, retornei a algumas cidades italianas que eu já conhecia, mas que minha mãe ainda não. A primeira delas foi Milão, que fica no norte da Itália. Pegamos o trem na Gare de Lyon, em Paris,  e, como eram muitas horas de viagem (7h30) , achamos por bem comprar o assento de primeira classe já que a diferença de preço para o de segunda era de apenas 15 euros.  E esses 15 euros a mais valem cada centavo, pois o conforto entre as classes faz diferença! Em primeiro lugar, a cadeira reclina! Garanto que, depois de 2h sentado em uma cadeira não-reclinável, você também vai achar que vale pagar mais. Em segundo lugar, há um garçom que nos traz um cardápio, a gente escolhe o que quer comer  e ele traz a comida na cadeira, além de vir cobrar o valor ali também (pois é, comida incluída no preço da primeira classe, só consegui mesmo no trem para a Suíça). Parece bobagem, mas quando se está num trem de alta velocidade, o fato de andarmos pelo corredor carregando uma bandeja com comida quente não parece muito seguro.  Além disso, as cadeiras têm tomada individual para carregar eletrônicos, o que, em 7h30, pode fazer alguma diferença.
Isto posto, vamos às considerações sobre Milão. Na verdade, ficamos hospedadas duas vezes em Milão nessa viagem, uma na ida e outra na volta de Paris. Muita gente acha bobagem ir e voltar pela mesma cidade, mas não me arrependi, já que nos deu mais tempo nessa cidade que descobri ser interessante e agradável.  Milão me parece uma cidade meio blasé, com um ar meio carioca que eu já tinha sentido quando fui em 2010 e isso me agrada bastante pois me dá uma sensação de acolhimento, sem falar que o fato dela estar na Itália, mas ter fronteiras muito próximas à Suíça, faz de Milão uma cidade organizada, sem aquela zona típica das cidades italianas. É uma cidade limpa e bem cuidada, onde as pessoas são educadas e não gritam o tempo todo.  Nem parece italiana!
Da primeira vez, ficamos em um hotel perto da Estação Centrale (de onde partiríamos para Florença) em um hotel chamado “Hotel New York”, que recomendo muito! Limpo, equipe simpática, com elevador, quartos grandes, com frigobar e café da manhã (que era muito gostoso!). E o melhor: preço acessível!



No dia em que chegamos, aproveitamos para conhecer (no meu caso, rever)  o Duomo de Milão. Demos sorte, pois como era pôr do sol, a luz estava especialmente bonita. Resolvemos subir no Duomo, pois eu tinha lido em vários blogs que tinha elevador, então achamos que seria um passeio tranquilo e sem  grades esforços, até porque estávamos cansadas da viagem. Doce ilusão! Compramos o ingresso numa lojinha que fica ao lado do Duomo (paga-se 2 euros para entrar na catedral e mais 15 euros para subir de elevador, caso prefira as escadas, paga-se 11 euros). Tiramos fotos dentro do Duomo, vimos tudo e, finalmente, resolvemos subir ( a subida fica fora da catedral, numa outra entrada à esquerda). Qual não foi nossa surpresa quando, lá em cima, descobrimos que o elevador só levava a um patamar e que teríamos que subir TODOS os outros de escada?
Só que ninguém avisou isso! Nem nos blogs que eu li e nem na hora que compramos o ingresso. E não eram poucos lances de escada a subir, eram mais de 10 lances com uma média de 10 a 12 degraus cada, todos em pedra, de altura irregular e sem corrimão. Ou seja, o passeio se tornou uma prova de esforço físico. Tentamos até descer pelo elevador que viemos, mas não era possível, só subindo tudo para se chegar no elevador que descia, que era outro.
A vista era bem bonita e o pôr do sol ajudou as fotos a ficarem bem bonitas, mas como  estávamos muito cansadas, nem aproveitamos direito. 



Enfim, fica a dica: se for subir ao Duomo de Milão, prepare-se para subir muitas escadas, ainda que você pague o ingresso para o elevador!
O outro hotel que ficamos em Milão ficava ao lado da outra estação de trem, a Garibaldi (de onde saía nosso trem para Paris) e esse é um lugar mais moderno e mais chique. O nome do hotel era “Atahotel executive”, na Via Don Luigi Sturzo, atravessando a rua da estação. Lindo, chique, enorme! Aliás nunca fiquei em um hotel tão chique e com um quarto tão grande. Frigobar, TV, chaleira elétrica com café e chá de cortesia, amenidades de banho de ótima qualidade e uma equipe bem simpática. O quarto tinha até sofá e mesa com 4 cadeiras! Não tomamos café da manhã (que estava incluído) pois nosso trem saía às 6h da manhã. Ao lado de hotel, almoçamos em um restaurante bem gostoso chamado “Pret a Panin” que tinha uma vibe bem natural, com muitas opções de salada. Foi maravilhoso comer legumes grelhados com frango e um tempero delicioso! Ali, bem do ladinho, também tem uma sorveteria de comer rezando! Cada sorvete incrível, aliás, como são todos os sorvetes italianos. Taí uma coisa que esse povo faz melhor que todos: sorvete!

Aproveitamos que passaríamos uma tarde em Milão e fomos conhecer a Piazza Scala, atrás da Galeria Vittorio Emmanuelle, que tem uma linda estátua de Leonardo da Vinci bem em frente ao famoso Teatro Scala de Milão (que, infelizmente, não estava aberto à visitação).

Depois pegamos aquele ônibus turístico hop on, hop off e rodamos um pouco para ver a cidade. Castelo Sforzesco, fachadas de prédios bem bonitas, a Igreja de Santa Maria della Grazie, onde está o afresco “A última ceia”, de Leonardo da Vinci, as docas da cidade, a maior e mais antiga árvore milanesa, enfim, vários lugares bonitos que valem o passeio.




Gostei muito de rever Milão nessa viagem. Eu me lembrava pouco da cidade e foi muito bom relembrar essa cidade que, embora esteja na Itália, é tão pouco italiana.

Arrivederci! 

VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2015

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Alerta aos viajantes que andam de trem pela Europa!!

olá, amigos!


Recebi um email de uma leitora contando sua triste experiência de furto em um trem suíço. Por isso, resolvi transformar a história dela em um post, afinal, cuidado nunca é demais.

No início de outubro de 2013, ILV,  saiu de Brasília com seu filho com a intenção de aproveitar alguns dias na Suíça. Depois de uma viagem agradável que durou 1 semana, ela e o filho deveriam se deslocar a Milão para poder pegar seu avião da TAP de volta ao Brasil. Ela havia comprado as passagens de trem GENEBRA-MILÃO  em vagão de primeira classe pela internet no site da Rail Europe.
No dia marcado, ela e seu filho chegaram à estação de trem de Genebra e, logo do início, estranharam a pouca quantidade de funcionários na plataforma. Ainda assim, conseguiram ser informados que estavam no vagão errado (de segunda classe) e correram para entrar no vagão correto, já que os trens, em toda Europa, costumam ficar apenas alguns minutos parados na estação.
Eu já peguei trem em vários países europeus e,em todo espaço Schengen, uma coisa que quase não muda é a maneira como eles controlam as passagens: em todos os trens eles nunca pedem o bilhete na hora do embarque (salvo em Madri, onde há um check-in em que se passa pelo raio X e se tem de mostrar o bilhete antes de entrar na composição). Por isso, ILV e seu filho entraram no trem, colocaram suas bagagens nos compartimentos adequados e sentaram para aproveitar a vista. Em dado momento, o fiscal passou, pediu os bilhetes, carimbou e devolveu, como costuma acontecer em qualquer outro trem. Segundo ILV, o funcionário não mencionou nada sobre cuidados com a bagagem ou número de paradas até o destino.
Isso, certamente, se dá porque os europeus acreditam que as pessoas tem de cuidar, elas mesmas, de suas bagagens (incluindo a segurança das mesmas) e o número de paradas está escrito nos letreiros das estações, portanto, eles não se veem na obrigação de avisar sobre nenhuma das duas coisas.
Para ILV, isso significou que o país era seguro e que se poderia confiar nas pessoas. Qual não foi sua surpresa quando, em uma das paradas, um homem bem vestido, com uma mochila nas costas, entrou no vagão pela porta da frente, foi andando pelo corredor colocando as mãos nos compartimentos de bagagem, acima das poltronas, como se estivesse se segurando (embora o trem estivesse parado) e pegou sua mochila sem que eles percebessem. O tal homem saiu tranquilamente pela porta traseira do vagão.
Dentro da mochila: máquina fotográfica, computador, telefone, relógio, cerca de 300 euros e mais alguns outros pertences.
ILV conta que, ao dar por falta da mochila quase imediatamente, pois seu filho precisava tomar um remédio que estava dentro dela, ela correu para tentar achar algum funcionário da companhia de trem na plataforma e nada. O ladrão desaparecera com sua mochila sem deixar rastro. Segundo ela, isso é algo recorrente e feito por profissionais que acreditam que as pessoas só vão dar por falta de suas bagagens no destino final.
Como ela não poderia perder seu avião para o Brasil, visto que o prejuízo seria muito maior, resolveu seguir em frente e deu parte às autoridades quando chegou aqui, informando a Rail Europe e a Interpol. As autoridades responsáveis ainda não lhe deram qualquer resposta, mas assim que isso acontecer, volto para contar.

De qualquer modo, uma coisa que tenho percebido com essa crise que assolou a Europa desde 2008 e, mais contundentemente em 2011, é que aquele continente não é mais tão seguro como já foi. Em um lugar onde muita gente está sem emprego e onde se pode circular livremente entre os países mais e menos abastados, é de se esperar que haja mais roubos e furtos, por isso, todo cuidado é pouco! Em especial nos trens que circulam por vários países e, cuja entrada não é controlada, é sempre bom ficar atento às suas bagagens. Eu, como carioca que sou, levo um cabo de bicicleta ou mesmo uma corrente com cadeado para prender minhas malas no trem, assim, posso viajar longe delas sem me preocupar. É claro que isso não impede o roubo, mas dificulta bastante.
É sempre bom não descuidar da segurança, especialmente com documentos, cartões e dinheiro. Aja como se estivesse numa grande cidade do Brasil. Tenha medo! Pois o medo faz com que você se cuide mais, fique mais atento e não se descuide achando que pode confiar só porque está no chamado "primeiro mundo".
A experiência de ILV, embora triste e desagradável, serve de alerta a todos nós para que tenhamos mais cuidado com nossos pertences, pois a Europa já não é mais a mesma há algum tempo...
Até a próxima!


domingo, 1 de agosto de 2010

Finalmente consegui postar! Atualizando...

Ciao, amigos,
Estou no trem, indo para Veneza e, como tenho algumas horas pela frente, resolvi escrever sobre um passeio que fiz em Milão ao Castelo Sforzesco, que é um local que simboliza a era do Renascimento Dourado. Ele foi construído pela família Visconti para ser uma fortaleza,depois se transformou em Forte Renascentista e depois em residência de nobres. Na época de Napoleão virou um quartel.
O passeio é muito bonito, o castelo tem mesmo uma aura de fortaleza, com muros, torres e o que restou das pontes levadiças...dentro dele existes diversos museus. Visitei o de arte antiga e vi cada coisa linda! Esculturas em pedra feitas em séculos em que o Brasil nem existia ainda! Impressionante!












O passeio demorou umas 3 horas, com calma. Saindo de lá, peguei novamente meu ônibus turístico e fui ver outros pontos da cidade que ainda não tinha passado...



Milão tem muitas Igrejas e uma arquitetura bem interessante. A maioria dos prédios parecem ter sido construídos há século atrás! Há algumas curiosidades como o fato de, de repente, no meio da rua, nos depararmos com um pedaço de ruína que foi preservado...


Há também alguns monumentos engraçados como uma agulha gigante que simboliza a alta costura milanesa...



Um prédio estranho chamado “Torre Velasca”que foi o primeiro arranha-céu construído em Milão...



Um jardim público muito arborizado com um planetário que eu planejava visitar, mas que acabei não tenho tempo...




Milão é uma cidade bonita, mas não tenho vontade de voltar aqui. Aliás, vejo que saí dela no dia certo, pois, pela janela do trem a chuva caía copiosamente! Gostei muito do passeio ao Cenacolo Vinciano, e aconselho a quem planejar vir a Milão, fazer a reserva pela internet, pois vale a pena (se você gostar de pintura, é claro!), mas, de um modo geral, a cidade não tem muitos atrativos e se parece bastante com o Rio de Janeiro (tirando o fato de haver asiáticos e árabes para todos os lados! Agora eu entendo as regras duras da política europeia contra a imigração!) porém sem as belezas naturais da cidade maravilhosa.



Agora estou ansiosa para chegar a Veneza,cidade com a qual sonhei por anos, desde que vi o filme “Um pequeno romance”. Dizem que Veneza é uma cidade que ou você ama, ou odeia, pois ela é muito diferente de tudo o que já se viu. Vou descobrir e espero amá-la ao vivo como a amei por tantos anos no meu imaginário. Que venha Veneza!

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ultimo dia em Milano, com Leonardo DaVinci

Ciao,amigos!

Cá estou eu numa Lan House tentando contar pra vocês como anda minha viagem, já que, decididamente, a internet do hotel não pega nem por decreto lei!
Hoje o dia foi bom! Comecei a simpatizar com Milão, embora ache os milaneses muito parecidos com os cariocas em alguns aspectos! Aqui parece que ninguém tem pressa pra nada, todos andam pelas ruas como se estivessem passeando (e eu não estou falando dos turistas!), mas até que a cidade parece bem interessante...
Fui até a Igreja de Santa Maria della Grazie, que é na verdade um convento, onde Leonardo DaVinci pintou o famoso afresco “A última Ceia”. Como eu já tinha comprado o ingresso com antecedência pela internet (ainda bem, pois estava com lotação esgotada para as próximas duas semanas!) foi só trocar na bilheteria e esperar. Já que havia chegado cedo, resolver conhecer a Igreja, que é uma graça e tem suas paredes pintadas com afrescos de vários pintores menos famosos que DaVinci.







Quando deu a hora marcada, eu e mais 22 pessoas entramos. Como eu havia dito em um post anterior, só é possível entrar até 25 pessoas de 15 em 15 minutos. A gente passa por duas salas de “despoluição” para podermos finalmente entrar na sala com a pintura de Leonardo, já que hoje em dia a pintura é protegida por um sofisticado sistema que filtra a poluição e controla a temperatura. É enorme! Uma parede inteira (claro que não se pode fotografar para não danificar a obra)! Fiquei ali observando aquela pintura tão famosa e tão deteriorada pelo tempo. Ela já foi restaurada inúmeras vezes e a última foi em 1999, depois de mais de 20 anos de árduo trabalho, a pintura que vemos hoje é o resultado dessa restauração.
Descobri que DaVinci chegou a Milão em 1482 e recebeu dos Duques Milaneses a encomenda de inúmeros trabalhos, incluindo a “Santa Ceia” no convento de Santa Maria della Grazie. Só que ali, não usou a técnica convencional do afresco (aplicar a tinta sobre o gesso úmido) porque isso faria com ele tivesse que concluir a obra com rapidez, já que, uma vez seco, não é possível modificar a pintura. Nessa obra, ele usou uma técnica nova na época chamada “a seco” que consistia em aplicar têmpera sobre o gesso seco, o que permitia que ele obtivesse um melhor aproveitamento da luz e da sombra e pudesse demorar o tempo que quisesse para terminar, pois essa técnica permitia modificações na obra. Tanto que ele demorou 4 anos para finalizá-la, de 1494 a 1498! No entanto, essa técnica tornou a pintura extremamente frágil e documentos da época dizem que após 5 anos ela já começou a se deteriorar.
Em 1943, durante a segunda Guerra, uma bomba caiu sobre a Igreja provocando a queda do muro da sala (milagrosamente a obra sobreviveu!) e até 1947 ela ficou exposta a céu aberto, enquanto terminavam a reforma das partes destruídas.
Passados 15 minutos, somos convidados a deixar o local, mas não sem antes reparar outra obra, na parede em frente, chamada “A crucificação” de Giovanni Donato (1495), contemporâneo de DaVinci e que usou a técnica normal do afresco para fazer sua imensa e linda obra. É impressionate ver a diferença de conservação delas, pois a de Donato mantêm as cores vivas, já a de DaVinci, apesar de todas as restaurações, está esmaecida.
Na saída há uma reprodução da “Santa Ceia”, em tamanho bem menor, que se pode fotografar e uma lojinha de souvenirs com tudo o que você puder imaginar sobre a vida e a obra de Leonardo DaVinci.



Foi um passeio breve e muito enriquecedor. Gostei muito! Saí de lá leve, leve! Tanto que resolvi voltar andando até o Duomo. No caminho passei por uma Igreja lindíssimma chamada San Maurizio. É uma igreja barroca com afrescos em todas as paredes! As fotos não dão a dimensão do que é! Fiquei encantada!




Dali fui até a Via Dante, uma rua de pedestres que liga o Duomo ao Castelo Sforzesco e que tem uma estátua equestre de Garibaldi que também andou por essas bandas de cá.
Comi algo perto do Duomo e depois fui até a estação de metrô Loreto, onde, na saída, há vários camelôs vendendo malas ótimas e baratas. Como a minha mala começa a ficar pequena, resolvi comprar outra um pouco maior. Consegui até um desconto de 10 euros! Acho que meu italiano está melhorando!




Aproveitei para, no fim do dia, ir até a Estação Milano Centrale e comprar todas as minhas passagens, já que há um balcão da “Trenitlalia”, a concessionária que administra todos os trens no país. Assim eu não preciso comprar em cada estação que chegar. Fica mais fácil.
Fechei minha estadia em Milão de forma muito prazerosa e amanhã parto rumo à Veneza, a cidade dos meus sonhos há 25 anos! Espero que ela me receba com os braços abertos pois eu estou indo de coração aberto para aproveitar o melhor que a cidade tiver para me oferecer!

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2010

terça-feira, 27 de julho de 2010

Passeio do Trem do chocolate, na Suiça

Ciao,amigos!

Estou na Itália! Mais precisamente em Milão. Cheguei ontem depois de 4 dias na Suiça, porém, antes de contar como andam as coisas na terra da pizza, vou narrar meu último dia na Suiça.
Domingo eu fiz o passeio que me trouxe até Genebra:o trem do chocolate! Há algum tempo eu tinha lido na revista “Viagem e Turismo” sobre esse trem e foi por causa dele que a Suíça entrou no meu roteiro desse ano.
Eu comprei, ainda no Brasil, a passagem pelo site http://www.goldenpass.ch que me custou 89 SF. Esse trem sai de Montreux, uma cidade que fica a uma hora de trem de Genebra. Peguei o trem bem cedo, com medo de chegar lá em Montreux e ainda ter de descobrir de onde partiria o trem, mas acabei chegando cedo demais, pois o trem do chocolate parte da mesma estação onde chega o trem vindo de Genebra. Resultado: Fiquei lá mais de uma hora esperando num frio danado (pois é, na Suíça faz frio mesmo no verão!Ainda bem que eu trouxe casaco!) em uma estação em que não há absolutamente NADA para fazer. Fiquei lá subindo e descendo as escadas rolantes, lendo todos os folhetos e cartazes e ouvindo meu MP3. Finalmente o trem chegou. Devia ser umas 9h. É um trem muito bonito, estilo Belle Époque, com cadeiras enormes e confortáveis.


Há dois guia que nos acompanham por toda a viagem. O trem saiu as 9h15 (atrasado! Na minha passagem estava escrito 09h12! Cadê a precisão suíça?? rsrs) e foi subindo uma serra, subindo, subindo...de repente lá estava eu de frente para os alpes suíços, para aquelas paisagens que a gente vê em filme de casinhas incrustadas na montanha com fumaça saindo pela chaminé e vaquinhas pastando ao longe...me lembrou um pouco a “Noviça Rebelde”(ok, era na Áustria, mas é parecido!). Depois de algumas curvas é possível ver o Lac Léman embaixo e o Mont Blanc ao fundo. Bem cara de cartão postal!


A primeira parte do percurso demora mais ou menos 1 hora e é servido um café da manhã com croissant recheado de chocolate, café ou chá a nossa escolha e um tabletezinho de chocolate suíço para aguçar o paladar. Lá fui eu apreciando a paisagem e tomando café em um trem como se estivesse no século passado! Pitoresco!
A primeira parada é na “Maison Gruyéres”, uma fábrica de queijo suíço em que somos recebidos com um audioguia explicativo em que é narrada toda a fabricação do queijo. O mais curioso é que no audioguia quem narra tudo é a vaca! Ela começa dizendo: “oi,eu sou a vaca, principal fabricante do melhor queijo suíço...” é engraçado!



No fim tem degustação de queijo, claro! E uma lojinha para quem quiser comprar mais. Dali um ônibus nos conduz a “Gruyére Village”, a pequena cidadezinha medieval onde morava o conde de Gruyéres (dizem que ele ganhou esse nome por causa de um pássaro da região chamado 'grue'). Nessa cidadezinha existe o castelo que pertenceu a essa família e a visitação fazia parte do ingresso do trem (para quem quisesse ir, não era obrigatório, muita gente ficou só olhando as lojinhas da cidade). O castelo é lindo! É uma mistura de 8 séculos de arquitetura, história e cultura. Ele é datado de 1270 e foi sofrendo várias modificações ao longo dos anos.



São 20 aposentos a serem visitadas no total, mas a que mais me impressionou foi a chamada “sala dos cavaleiros”! Os murais foram pintados no século XIX e tentam retratar aquela época medieval em que os cavaleiros lutavam por honra, justiça e dignidade.



O castelo por fora também é lindo e tem atrás um jardim em “estilo francês” ( Realmente lembra muito os jardins do palácio de Versailles), adorei o muro e a visão panorâmica que se tem lá de cima! Terminada a visita ao castelo, fui passear pelas ruelas de pedra, com casinhas cheias de flores nas janelas.


Fui até a Igreja, olhei alguma lojas, comi um crepe, comprei um ímã de geladeira como lembrança e já era hora de partir. O mesmo ônibus nos levou, então, para a cidade de Broc, onde fica nada mais, nada menos que a fábrica de chocolates da Cailler-Nestlé. Por fora parece uma fábrica comum, mas quando entrei a sensação que eu tive foi de estar na fábrica do Willy Wonka (só faltaram os Lumpa-Lumpas)! É que o passeio começa em um elevador cujas paredes são em alto relevo com motivos astecas e depois, a cada porta que se abre, entramos em uma nova sala com luzes, som, efeitos especias, cheiros e tudo mais que é possível para contar a história do chocolate, dede sua origem, até chegar a Suíça e se tornar a iguaria mais famosa de lá. É realmente um passeio encantador! No fim de tudo, chegamos a fábrica propriamente dita, vimos como o chocolate é feito, processado e embalado e por fim, abre-se à nossa frente uma sala com 22 tipos diferentes de chocolate para degustação! Uma delícia! E no fim de tudo, a loja, para quem quiser levar para casa aquele que mais gostou durante a degustação.


Saindo da fábrica, pegamos novamente o trem e retornamos a Montreux. De lá, eu ainda peguei outro trem e mais 1 hora de viagem até Genebra. Voltei direto para o albergue. Estava casada, mas com uma sensação boa de ter valido a pena! O passeio foi muito bonito e foi, sem dúvida, o melhor da minha estadia na Suíça. Foi exatamente como eu esperava!


Tentei dormir cedo pois meu trem saía hoje as 07h42 e seriam 4 horas até Milão. As duas primeiras foram boas pois as poltronas ao meu lado e à minha frente estavam vazias e pude ficar mais confortável, mas em dado momento, o trem foi enchendo e todas foram ocupadas. Dormi uma parte da viagem, mas é meio complicado dormir em trem, ainda mais viajando de segunda classe em que a poltrona nem reclina. Ouvi música, olhei a paisagem e pensei muito! Pensei em tudo o que eu estou vivendo, tudo o que estou descobrindo, tudo o que abri mão para estar aqui, todo o estudo e planejamento que vai virando realidade, toda a cultura que é tão diferente fora do nosso país, o jeito das pessoas reagirem, a maneira como elas se tratam...enfim, tive bastante tempo para pensar!
Eis que, finalmente, depois de 4 longas horas, cheguei a estação Central de Milão. Desci e descobri que estava mesmo na Itália! Muita gente se esbarrando, um tumulto só, um povo falando alto, muito calor e uma sensação de que brasileiros e italianos não são lá muito diferentes...mas o idioma, esse sim é bem diferente! Eu entendo tudo o que eles falam, mas quem disse que consigo lembrar das palavras na hora de falar? Me fazer entender está sendo um desafio, principalmente porque vim parar em um hotel em que os donos são tailandeses ou coreanos ou chineses ou de qualquer lugar da Ásia. A questão é que eles falam muito mal o italiano e eu não falo inglês, logo a nossa comunicação tem sido basicamente por mímica! Deus me livre de um dia ir a um país que eu no entendo a língua! Aqui já está sendo complicado...
O hotel se chama “San Tomaso” e, tirando a localização que é boa, o resto é lamentável. É estranho, sujo, com um staff que não fala italiano! Tinha que ser eu mesma para achar um hotel na Itália com pessoas que não falam a língua!Mas serão só 3 dias, então, posso aguentar.
Como eu cheguei muito cansada aqui, fiz pouca coisa hoje. Apenas fui ao Duomo (lindo, lindo, lindo!!!! De impressionar!) e à Galleria Vittorio Emmanuelle II, que é onde ficam as famosas marcas italianas: Gucci, Dolce & Gabanna, Armani, etc, etc, etc...A galeria tem uma arquitetura bem bonita.



Depois peguei um daquele ônibus turísticos para ter uma ideia da cidade, mas, como estava cansada, não fiz aquele esquema de subir e descer. Só passeei mesmo. Amanhã vou pegá-lo novamente e saltar para ver uns pontos turísticos. Comi uma pizza (deliciosa!) e voltei para o hotel. Minha primeira impressão de Milão é que ela se parece muito com o Rio de Janeiro. É quente, mas sopra uma brisa, tem gente para todo lado, todos muito simpáticos e uma arquitetura que mistura o antigo com o moderno. Contudo, amanhã irei conhecê-la melhor.

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Cenacolo Vinciano em Milão


Olá, amigos!

Esse título estranho do post se deve ao afresco da "Última ceia" de Leonardo da Vinci para o qual eu acabo de fazer reserva!
Na verdade, descobri, nas minhas andanças pela internet, que esse quadro fica em Milão, em uma igreja chamada Santa Maria delle Grazie (ok, eu também achava que ficava no Vaticano ou no Louvre, mas está em Milão!) e que para visitá-lo é preciso fazer reserva nesse site aqui ó:


Funciona da seguinte forma: cada dia possui alguns horários disponíveis para reserva e você só entra com o bilhete da reserva paga (na verdade você recebe um voucher por email que deve ser trocado na bilheteria 20 minutos antes do horário agendado). Não adianta chegar lá e tentar o "jeitinho brasileiro" sem reserva porque não cola. Só entram 25 pessoas de cada vez e só é possível ficar lá por 15 minutos, visto que é um afresco e que, embora já tenha sido restaurado inúmeras vezes, está se deteriorando a cada dia. A técnica do afresco consiste em pintar sobre o gesso ainda molhado, fazendo com que a pintura seja absorvida pelo gesso e fique impressa ali para sempre (teoricamente, é claro!). Fato é que esse tão famoso quadro do pintor da Monalisa corre o risco de deixar de existir em alguns anos e,como eu iria mesmo passar por Milão, não queria perder essa preciosidade artística e histórica!
Acontece que estarei em Milão por apenas 3 dias, por isso, passei mais de um mês entrando todos os dias no site para esperar abrirem as reservas para o mês de julho e hoje, finalmente, estavam abertas! Para minha sorte, dos três dias que estarei lá, um deles estava disponível e, mais do que depressa, reservei meu lugar para chegar mais perto da obra de DaVinci! É uma das poucas atrações pagas que irei em Milão, pois a maioria das atrações da cidade é cara e eu preferi optar pelos museus e igrejas gratuitos, já que Milão está no meu roteiro só por ser caminho para Veneza e não propriamente porque eu sonhava em conhecê-la.

De qualquer maneira, estou curtindo a ideia de ver uma obra tão famosa e que foi pintada há tanto tempo e tem tanta história...aliás, essa viagem será basicamente histórica e cultural. Estou indo ao velho continente em busca de história e cultura e, um pouco, em busca de mim mesma, pois a cada viagem, me encontro mais comigo e me descubro uma pessoa melhor.
Até breve!

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