Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Um museu da Idade Média em Paris

Bonjour, amigos!

É, parece que estou mesmo morando em Paris...hoje foi o dia de me sentir uma local. Primeiro porque era dia de faxina aqui no apto e às 10h chegou uma equipe de 3 rapazes para limpar o apto. Um apartamentinho desse tamanho e, praticamente, uma confraria para limpá-lo! Impressionante! Mas acho que aqui em Paris é assim. Não existe diarista, como no Brasil, e sim empresas que mandam seus funcionários às casas para fazer a limpeza. E tendo uma equipe, o trabalho fica mais rápido. Em menos de 2h30 eles limparam e arrumaram tudo. Excelente!


Nesse meio tempo, fui a “Benlux”, uma loja de cosméticos na frente do Louvre, na rue de Rivoli. Ela é famosa por ter bons preços, ter atendentes brasileiros e fazer tax free (quando a gente compra de 175 euros para cima numa mesma loja, no mesmo dia, há a possibilidade de receber de volta até 12% de imposto, já que não somos moradores da união europeia. É preciso preencher um formulário e receber a devolução desse dinheiro em um guichê próprio no aeroporto no momento de reembarcar para o Brasil). Fui lá comprar o creme que minha mãe me encomendou e aproveitei para comprar um “J'adore”da Dior, que é meu perfume preferido, afinal, os preços compensavam! Fiz uma horinha no café do Louvre e, quando eu estava lá, resolvi pegar meu Paris Museum Passe para ver em qual museu eu iria hoje, nesse momento apareceu um cara me perguntando se aquele era o passe de museu e fazendo menção de pegar para olhar. É claro que não deixei ele pegar o passe na mão dele, mostrei de longe e toda vez que ele fazia menção e pegar, eu afastava, até que ele desistiu. Tenho a leve impressão de que ele queria me roubar o passe. Porém, ele não sabia com quem estava lidando! Sou carioca! Estou acostumada com essas manhas. Acha que vai me roubar assim na mão grande? Sem chance! Ser do Rio de Janeiro me deu malícia suficiente pra desconfiar até da minha sombra! E não adianta, porque mesmo estando fora, em outro país, eu não relaxo, continuo com os mesmos cuidados que tenho na minha cidade.
Voltei para o apto, arrumei as coisas e fui ao Museu Cluny (entrada a 8 euros, se você não tiver o Paris Museum Passe) que fica aqui em frente. É um museu dedicado à Idade Média. Ele era a residência dos abades de Cluny e o prédio abriga também as antigas Termas Galorromanas, construídas no século I d.c., mas infelizmente o “frigidarium”, local do banho de águas frias, estava fechado para reforma e só reabre dia 22 de setembro.


Nesse museu estão os 21 originais das cabeças dos reis de Judá, esculpidas em 1220 para a fachada da Notre Dame, mas que foram danificadas da época da Revolução Francesa.


Também há um conjunto de tapeçarias intitulado “A Dama e o Unicórnio”, que é umas das maiores obras medievais da Europa. Elas representam os cinco sentidos (audição, olfato, tato, paladar e visão) mais um sexto que seria o do coração. Nesse, a dama coloca em uma caixa o colar que usava nos outros cinco, com a inscrição: “para o meu último desejo”. A explicação seria de que isso simboliza a recusa da tentação e a renúncia ao prazer os outros sentidos. Eu fiquei encantada com as tapeçarias! Pena que só era possível tirar fotos sem flash e a iluminação não ajudava muito...







Depois do museu, fui ao Monoprix comprar mantimentos e, de repente, me vi comprando pelo preço, como no Brasil. É, estou mesmo morando em Paris! E morar aqui é caro!
Mais tarde fui dar uma volta para ver o pôr do sol no rio Sena e vi paisagens belíssimas. Não tem jeito, Paris nos convida a tirar fotos! A cidade é muito bonita! A arquitetura é belíssima! Sou apaixonada por esse tipo de construção que existe aqui.



Passei pela Torre de Saint Jacques, onde começa o caminho francês de Santiago de Compostela...



...e fui comer no “Deux Magots”, um famoso café no Boulevard Saint-Germain, que funciona desde 1885 e que era reduto de existencialistas como Sartre e sua turma. Comi um carpaccio e tomei um café.




É engraçado como cada povo tem suas manias gastronômicas: no Brasil as pessoas colocam arroz para acompanhar qualquer prato. Aqui eles colocam queijo. Recebi meu carpaccio com lascas de parmesão por cima. Diferente. Ficou gostoso. O café estava meio fraco (bem que dizem que os franceses fazem o pior café do mundo), mas valeu pelo clima do local. Na volta, havia um casal de senhores bem idosos tocando um violino e um pandeiro. E já eram quase 22h! Só em Paris mesmo!

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO/SETEMBRO DE 2010
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