Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Genebra II, dia de sol!

Bonjour, amigos!

Hoje acordei tarde! Muito tarde! É que dormi mal à noite, pois há muito barulho aqui na rua do albergue, apesar dela ser uma rua que quase não tem trânsito, mas o que tem de criança berrando, adulto falando alto e caminhão de lixo reciclável passando é uma loucura! Enfim, como estou de férias, me dou ao luxo de acordar a hora que meu sono acabar, até porque, como eu estava ficando resfriada, achei melhor descansar um pouco mais.
Quando eu estava saindo do albergue, cruzei com um brasileiro, chamado Giovanni, fazendo check-in e saímos juntos para explorar a cidade. Fomos até a praça principal (se é que ela pode ser chamada assim porque o que mais tem por aqui é praça!) para ver a Catedral de Saint Pierre, uma Igreja de 1150 feita com elementos góticos e romanos, cuja fachada foi baseada no Pantheon romano. Dali continuei meu percurso sozinha, pois o Giovanni queria ir a outros lugares.





Durante a época da Reforma Protestante, essa igreja foi reservada aos cultos da nova religião de Calvino e Genebra acabou se tornando uma cidade protestante. Tanto que existe, ao lado da Igreja, um "Museu da Reforma" que mostra toda a trajetória dos líderes desse movimento religioso aqui na cidade. O lugar é um tanto sinistro, tem bíblias antiquíssimas e várias informações de como os protestantes foram perseguidos naquela época, mas infelizmente não é possível fotografar. O ingresso custou 10 SF (francos suiços) e acho que valeu a pena pela história do lugar.



De lá fui almoçar em um restaurantezinho bem simpático chamado "Chez ma cousine" (6, Place du Bourg-de-Four, Vieille-ville) e comi um delicioso frango com batatas e salada por menos de 20 SF, o que para os padrões suiços, é bem barato.



Voltei andando para o Jardin Anglais e resolvi fazer um passeio de trenzinho que vai beirando o lago (8 SF). Foi bom. O dia estava bonito e deu para tirar boas fotos.





Genebra não se parece muito com aquela Suiça que a gente tem na cabeça, mas é bonitinha. Contudo me arrependi um pouco de ter reservado 4 dias para ficar aqui. Dois seriam suficientes e eu poderia ter passado mais dois em Paris, mas tudo bem...nem sempre os lugares são como a gente gostaria.
As pessoas daqui são muito simpáticas e atenciosas, mas parece uma cidade cosmopolita demais. De qualquer modo, estou aproveitando e amanhã devo fazer um passeio a Yvoire de trem, naquela mesma companhia do trenzinho que andei. Yvoire é uma cidade no sul da França, mas como fica muito perto de Genebra há esse passeio de trem. Espero que seja divertido. E no domingo tem o passeio a Montreux para ir no "trem do chocolate", esse, sim, está sendo ansiosamente aguardado!
Se eu não estiver muito cansada, conto como foi no próprio domingo, senão, só quando eu chegar em Milão na segunda-feira, pois no hotel de lá a internet é grátis.

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2010

Genebra

Bonjour, amigos!

Estou em Genebra. Cheguei ontem, vinda de Paris, mas antes de contar minhas aventuras em terras suiças, vou narrar meu último dia em Paris. Na quarta-feira eu tinha ficado de me encontrar com o Leo novamente para irmos ao Museu Eugene Delacroix, mas ele se enrolou com a mudança de albergue e acabamos não nos vendo mais. Fui sozinha ao museu. Ele fica em uma pracinha simpática bem atrás da Igreja de Saint Germain des Prés. Na verdade ali foi a casa em que Delacroix viveu nos últimos anos da sua vida. Eu só conhecia uma obra dele (“ A liberdade guiando o povo” que está no Louvre). O Museu é pequeno e tem poucas obras. A maioria são quadros pequenos. Bonitos, mas bem longe da imponência do quadro que eu conhecia.





Saindo de lá, resolvi passar na Igreja de Saint Germain, até porque, ano passado quando estive lá, a bateria da máquina havia acabado e não pude tirar fotos internas.
Eu não me lembrava como essa Igreja era bonita! Ela é a mais antiga de Paris, datada do ano de 900. Fiquei um tempo lá dentro. Acendi até uma vela! Eu, que nem católica sou!! Mas eu tinha lá meus motivos...Tirei fotos e fiquei apreciando o belo órgão que estava tocando. Aliás, estão acontecendo vários concertos em várias Igrejas de Paris nesse mês de julho. Pena que não poderei vê-los.
Depois da Igreja, resolvi flanar um pouco por Paris, afinal estou fazendo uma viagem com calma e com tempo para curtir as cidades sem aquele desespero de “bater ponto” nas principais atrações. Vou indo devagar, no meu ritmo. Vendo um museu aqui, uma igreja ali, um monumento acolá, porém sem pressa. Com tempo para observar as pessoas, os hábitos, ouvir a língua e apreciar o céu.
Foi imbuída por esse espírito que fui parar na beira do Sena, em plena “Paris Plages”. Esse evento acontece já há alguns anos na cidade, sempre entre julho e agosto e é quando a prefeitura coloca areia na beira do rio com cadeiras e guarda-sóis para aqueles que não puderam viajar poderem curtir o mais próximo de uma praia que o parisiense é capaz de chegar. É interessante. Há jogos para as crianças, aulas gratuitas de dança de salão e algumas atividades esportivas. Como era meu último dia na cidade, resolvi sentar em uma daquelas espreguiçadeiras e ficar lendo um pouco. Bem parisiense!



Lá pelas 18h a Renata me ligou para combinarmos de comer alguma coisa. Nos encontramos no metrô Saint Michel e fomos a um simpático restaurante chamado “Le Lutéce” no Blv. Saint Michel mesmo. Uma delícia! Pedimos o prato do dia que era salmão com macarrão e molho de mostarda! Simplesmente de-li-ci-o-so! Mas o melhor estava por vir: a sobremesa! Eu pedi um mil folhas de maçã e a Renata pediu Profiterolis de chocolate. Era de comer rezando!!!!! De lá demos uma volta para ela me mostrar onde ficava uma livraria só com livros de viagem. Um paraíso! Ainda bem que àquela hora ela já estava fechada! Como estava ficando tarde, fui pra casa arrumar minha mala e tentar dormir um pouco já que hoje eu iria viajar cedo.



Fui para a Gare de Lyon de ônibus (número 63 que passa no Blv. Saint Germain bem ao lado da estação de metrô Cluny-La Sorbonne), o que foi bem mais fácil que ir de metrô lotado com mala. Aliás, descobri que 20kg é muita coisa pra carregar, mesmo divididos entre mala e mochila. E o pior é que eu não trouxe absolutamente NADA supérfluo! Impressionante como a gente carrega tralha!
Cheguei na Gare de Lyon e descobri que existem plataformas de trem em cima e embaixo. Naquele quadro em que a gente vê o horário, antes de aparecer qual é o “voie”(plataforma) em que o trem vai parar, primeiro ele mostra um quadrado azul (plataformas de baixo, identificadas por letras) ou um quadrado amarelo (plataformas de cima, identificadas por números). Já sabendo isso, você vai para as plataformas e fica esperando, pois 20 minutos antes do horário do trem sair, aparece a letra ou o número correspondente à plataforma que se deve ir. Fácil.
Entrei no trem, coloquei minha bagagem no local correspondente e sentei no meu lugar. Seriam 3h22 de viagem e eu vim dormindo a maior parte dela. Ao chegar na Gare Cornavin em Genebra, passei no posto de informações turísticas, peguei mapa e um livreto com o que há para fazer na cidade. Aproveitei também para comprar as passagens para Milão e para Montreux.
Saí da Gare em direção ao Albergue “City Hostel Geneva” que fica na rue Ferrier, número 2. É perto da estação. Uns 10 minutos a pé, talvez nem isso, mas carregando 20kg isso parece uma eternidade. O albergue é bonzinho. Limpo, organizado e com vários serviços como internet, lavanderia e telefone público, só que são todos pagos. Tudo aqui é muito caro e é outra moeda, o franco suíço, por isso é preciso fazer câmbio, mas há uma casa de câmbio em cada esquina, com cotações bem variadas.
Saí do albergue e fui dar uma volta pra fazer um reconhecimento do território. Fui até o Jardin Anglais, um parque no centro da cidade que vai beirando o lago, chamado de Lac Léman. Nesse parque há um relógio florido, construído em homenagem à indústria de precisão de Genebra. São 6500 tipos diferentes de plantas.





No Lac Léman fica o “Jet d'eau”, um jato de água que é o símbolo da cidade. É só um chafariz, mas é bem bonito. Pena que o dia hoje estava nublado e chuvoso, mas eu tenho esperança que melhore nos próximos dias.



Depois de tudo, eu estava cansada e voltei para o albergue, até porque, com essa virada de tempo, minha garganta começou a inflamar um pouco. Como eu já sabia que isso iria acontecer, trouxe meu antiinflamatório e estou tomando, portanto, aos leitores desse blog, não se preocupem, estou bem.
Amanhã vou explorar mais a cidade e depois venho contar.

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2010
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