Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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sábado, 21 de março de 2009

Vai pra onde?

Saudações!

É tão estranho como o abstrato vai se concretizando diante dos nossos olhos e nem nos damos conta de tal transformação...
Antes eu planejava minha vida em função dos meses do ano, por exemplo: janeiro é mês de férias; fevereiro é carnaval; em março é meu aniversário; julho é aniversário da minha mãe e assim por diante...ou seja, minha linha do horizonte se expandia de acordo com os acontecimentos fixos que existiam no meu calendário. Agora, de uns dois meses pra cá, começei a planejar minha vida em função das minhas viagens e só agora me dei conta disso! Por exemplo: janeiro é mês de estudar em Buenos Aires; em abril, vou a São Paulo; em julho, Europa e assim por diante... cada vez que começo a fazer um plano para um futuro levemente distante, eu acabo pensando :" Ah, quando eu voltar de tal lugar, penso nisso".
Quando eu lia alguns blogueiros viajantes, que também faziam seu calendário de acordo com suas viagens, achava um exagero. Achava impossível alguém viver pensando em viajar. Como podia mal a pessoa chegar de uma viagem e já estar pensando em outra?? Isso era algo impensável pra mim, afinal, uma viagem era pra ser curtida muito tempo depois que ela acabasse, como se fosse um remédio cujo efeito pudesse durar aguns meses...até que fui contaminada por esse espírito viajandão e hoje em dia impensável, para mim, é examente a possibilidade de não viajar. Na verdade, agora vejo não como um remédio, mas como uma droga que vicia e que se quer cada vez mais. Contudo não é uma droga maléfica, pelo contrário! Ela traz em si um benefício que dificilmente será encontrado em outro lugar: a sensação de liberdade, a sensação de que o mundo é, ao mesmo tempo, menor e maior do que se pode imaginar!
Acredito que viajar dá essa sensação exata de quem nós somos naquele momento e, principalmente, faz com que a gente perceba a metamorfose em tempo real. Quando olhamos no espelho novamente nos damos conta de quem nos tornamos e de como foi esse processo! Talvez por isso ela seja tão viciante...
O que sei é que agora minha vida se divide em viagens. Sejam aquelas já feitas; sejam as planejadas e quase concretizadas ou sejam aquelas que ainda estão na categoria de sonho/desejo/objetivo. E minha mais frequente pergunta tem sido: pra onde?

Hasta Luego
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