Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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domingo, 23 de junho de 2013

A noite numa cidade de conto de fada





Bonjour, amigos!

Carcassonne é uma cidade de conto de fada, pelo menos é o que dizem todos os guias de viagem quando se referem ao seu castelo que teria até inspirado a história da Bela Adormecida. Mas o que pouca gente diz é que Carcassonne é mais do que sua cidade medieval, conhecida como La Cité e que fica 2km para cima da estação de trem. Ali, bem ao lado da estação, está uma Carcassone atual, alegre e cheia de vida, com mercado de rua, lojinhas e até um Monoprix.
A parte de baixo é chamada de Bastide St. Louis e é bem grande, vale a pena dar uma voltinha no entorno para ver um pouco dessa parte da cidade. Caso haja mais tempo, ali existe também um passeio de barco que eu não cheguei a fazer, mas ouvi dizer que é bem interessante.
Para se chegar a La Cité pode-se pegar, em frente ao rio, que fica diante da estação, um ônibus de número 4, ele deixa exatamente na Porta principal de Carcassone, onde adentrando um pouco, à direita, encontra-se o balcão de informações turísticas onde se pode pegar, gratuitamente, um mapa da cidade. A cidade é pequena e até eu consigo andar por ela sem precisar de mapa, mas se seu tempo na cidade é curto, é bom pegar um para se chegar mais facilmente a Basílica Saint Nazare, que data do século IX e tem belos vitrais e rosáceas.
Basílica de Saint Nazare

Pôr do sol

lojinha de doces com apelo medieval

Na praça central há vários restaurantes, mas todos servem a especialidade local: o cassoulet, que é uma espécie de feijoada de feijão branco com bastante pimenta.
As lojinhas da região vendem diversos souvenirs com apelo medieval e há muitos sabonetes com aroma de violeta, a flor típica da região.
Contudo, na minha opinião, o mais interessante de Carcassonne acontece à noite: as muralhas da fortificação medieval se iluminam trazendo à cidade um ar antigo que conserva uma magia que não se perdeu no tempo. É lindo ver o castelo todo iluminado!

Castelo iluminado com a lua ao lado
Uma boa opção de hospedagem é o hotel “La Rapière” que fica bem em frente às muralhas e de onde se pode ter uma linda vista. Passar uma noite em Carcassonne é, certamente, uma experiência inesquecível.

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013

domingo, 16 de junho de 2013

O que há para ver em Montpellier

Bonjour, amigos!

Montpellier é uma cidade que fica na região francesa de Languedoc-Roussillon. Ela tem esse nome porque antes do francês ser imposto como língua oficial, o dialeto falado aqui era o Occitan, portanto “Languedoc” é a junção de “Langue”(língua, em francês) com d’Oc ( d’Occitan) e Roussillon é o nome de uma cidade no centro dessa região. Aquela famosa perfumaria “L’Occitanne” tem esse nome em homenagem a esse dialeto antes falado nessa região.
Montpellier é uma cidade agradável, quente e cheia de jovens por todos os lados. Sua praça principal, chamada de Place de la Comèdie, por causa do teatro de comédia feito em seu centro, fica a poucos metros da estação de trem e tem vários restaurantes, além do posto de informação turística.

catedral de Saint Pierre
Montpellier, curiosamente, não tem ônibus. Seu transporte público é o tramway, uma espécie de metrô de superfície que tem 4 linhas diferentes e atravessa a cidade de ponta a ponta, incluindo a Estação de trem (gare saint Roch) e a Place de la Comèdie. Ele só não passa por dentro do centro histórico, onde está a bela catedral de Saint Pierre, em estilo gótico fundada em 1364 (funciona todo dia de 9h às 12h e de 14h às 19h). Ao lado da igreja fica a “Tour des Pins”, ou torre dos pinheiros, uma das duas torres que sobraram das antigas muralhas da cidade, que data do século X. A outra é a “Tour de Babote”, que tem uma pracinha atrás dela com simpáticos restaurantes de comida natural.

Tour de la Babote
A linha 1 (azul) do tramway leva também até o Odysseum, um bairro planejado como centro de entretenimento com restaurantes, cinema, boliche, pista de patinação e planetário. Ali dentro existe um hipermercado fantástico (fica no andar de cima) que tem uma seção de queijos de dar água na boca. E essa linha passa ainda pela bairro de Antigone, um conjunto residencial pós moderno onde está uma filial da Gallerie Laffayette, de Paris.

Lafa de Montpellier

tramway linha 1

ponto de tramway com máquinas para comprar o bilhete (em todos os pontos tem uma dessas)

máquina que vende bilhetes de tramway, só aceita moedas ou cartão de crédito com chip
Outro atrativo de Montpellier é seu famoso museu Fabbre (13, rue Montpellierèt, funciona de terça a domingo de 10h às 18h e custa 6 euros) que tem um acervo imenso, com mais de 900 obras de arte desde o século XV até os dias de hoje. Pessoalmente, eu não gostei muito desse museu, mas ele é um dos mais importante da cidade, talvez por ter sido fundado por Napoleão em 1803.

museu Fabbre

Museu Fabbre

Montpellier é uma boa cidade para se usar como base para conhecer tanto a região de Languedoc quanto a região da Provence, já que tem trens direto para quase todas as cidades, além disso, é uma cidade cuja hospedagem é barata e cujos habitantes são muito simpáticos, talvez por ser uma cidade universitária, talvez por ser verão.
O fato é que, apesar dos muitos árabes e africanos que vemos por aqui, Montpellier me pareceu ser segura e com uma boa estrutura para uma cidade pequena.

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013

Museu Jacquemart-André, um lindo lugar para passear e comer em Paris


Bonjour, amigos!
Um dos muitos museus que me encantou em Paris foi o Jacquemart-André (158, Boulevard Haussmann, aberto todos os dias de 10hàs 18h, metrô St. Augustin) que tem um belo acervo particular doado pelo casal que dá nome ao lugar. É muito interessante ver como pessoas com dinheiro e bom gosto podem deixar um belo legado para sua cidade. A casa, por si só já é um deslumbre, com suas escadas e jardins mas os quadros, tetos, móveis e esculturas que ornam seu interior são de cair o queixo. Há uma sala inteira dedicada à pintura italiana com vários Boticcelis e Tieoplos.

escada do museu


uma das lindas salas do museu


o jardim do museu

Uma parte muito agradável da mansão é seu café em estilo colonial que funciona de segunda a sábado de 11h45 às 17h30 e domingo de 11hàs 15h. Ali pode-se almoçar e depois  comer deliciosas tortas, incluindo uma feita a base de macarrons com recheio de pistache que era dos deuses!


Saindo de lá, pode-se visitar o Parc Monceau (35, Boulevard Courcelles) que funciona de 7h às 20h e fica bem pertinho do museu. É um lugar bem aprazível, cheio de pessoas fazendo piquenique, mães passeando com seus filhos e atletas fazendo cooper.

parc monceau

parc monceau
Esses são dois lugares que valem a pena conhecer em Paris.

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Quero minha igreja de volta





Bonjour, amigos!
A Paris de que me lembro é sempre ensolarada. Conheci Paris no verão. Era julho e haviam acabado de montar a "Paris Plages", um evento anual curioso que traz para a cidade a aura dos dias quentes na praia, sem que, contudo, haja praia em Paris. E se ela não existe, por que não criá-la, ali, bem às margens do rio Sena? É divertido passar a tarde lendo nas espreguiçadeiras e vendo as crianças correndo e montando castelinhos com aquele areia que, de fato, nem pertence àquele lugar. A "Paris Plages" é um evento temporário e não descaracteriza a beira do rio. É diferente, é interessante, mas não dura muito.
Paris se apresentou para mim assim: linda, quente, dourada de sol e com muitos turistas sorridentes e felizes. E também foi assim que me acostumei a admirá-la, afinal, foram alguns anos indo a Paris sempre na mesma época do ano e sendo brindada com essa magia que a cidade exala no verão.
É estranho ver Paris nublada, fria e melancólica.  Ruas vazias, céu cinza e vento cortante. Eu não reconheço essa Paris triste, com pessoas vestidas todas de preto ou cinza andando apressadas para fugir daquele ar frio que machuca os ossos. Essa, definitivamente, não é a minha Paris. A minha tem cores, tem azuis, amarelos, alaranjados, rosados e verdes. A minha Paris tem turistas de todas as etnias lotando suas ruas e tirando milhares de fotos, tem o bom humor dos franceses (que só aparece no verão) com sorrisos e solicitudes. Todos sempre tão dispostos a ajudar. Na minha Paris o dia amanhece as 6h mas o sol só se põe às 22h. É uma Paris de dias longos e bem aproveitados. É uma Paris com música nas ruas, nos metrôs, nas pontes. É uma Paris onde os artistas de ruas se apresentam até meia noite e trazem felicidade para tantos turistas que, como eu, nunca viram isso em seu país.
E, principalmente, a minha Paris tem uma Notre Dame imponente e que ocupa todo o centro da Île de la Cité e não essa Notre Dome acanhada em frente a uma estrutura que criaram para transformar aquele lugar num palco das comemorações pelos 850 anos da Igreja. Concordo que há motivos para comemorações, mas sem descaracterizar o local, que, infelizmente,  foi o que aconteceu. Ali, onde se ficava sentado observando a grandiosidade da mais bela igreja gótica de Paris, onde alguns artistas faziam pequenos shows com fogos de artifício, agora existe uma espécie de arquibancada, onde se pode subir e ver a Notre Dame de um novo ângulo, mais alto, porém, ficou impossível tirar foto com toda a igreja ao fundo. Espero que isso seja provisório e que, passadas as comemorações, minha Notre Dame volte a ser como era, até porque, o que sempre me encantou em Paris foi justamente esse quê de passado que ela carrega mesmo estando em pleno século XXI. Não é muito difícil, vendo a Paris de hoje, imaginar como era a Paris do século XIX com seus escritores  e pintores boêmios, suas dançarinas de cabarés e seus carruagens passeando pelas ruas. Paris pouco mudou desde que o barão de Haussmann foi prefeito da cidade entre 1853 e 1870. E é nisso que reside parte do charme da cidade. Torço para que a Notre Dame volte a ser a Igreja que sempre foi desde a reforma de Viollet-le-Duc no século XIX, reforma esta que acrescentou à estrutura da Igreja o que hoje é um de seus maiores símbolos: os gárgulas.
A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013

terça-feira, 4 de junho de 2013

A Paris do cinema e da vida real



Acho que eu me encantei por Paris muito antes de, de fato, me encantar por Paris. Eu tinha uns 14 ou 15 anos quando li “O corcunda de Notre Dame” e era ali que eu estava me apaixonando por Paris sem perceber. A falta de percepção se devia principalmente ao fato do meu coração pertencer à Veneza.
Ah, Veneza...
A cidade mais romântica do mundo que me encantou através de um filme que, curiosamente, era passado em Paris. O nome do filme? “Um pequeno romance” com Diane Lane (que bem mais tarde viria a protagonizar “Sob o sol de Toscana”) e Sir Laurence Olivier. Filme adolescente e até meio bobo, mas na época, eu também era adolescente e boba, e por isso me identifiquei completamente com os personagens.
A história é a seguinte: Dois jovens de 13 anos se conhecem em Paris. Ele, francês. Ela, americana. Nasce uma paixão entre eles, principalmente pelo fato de ambos se sentirem diferentes dos adolescentes de sua época. A mãe dela não aprova o namoro e, ao descobrir que o pai seria retransferido aos Estados Unidos, ela decide fugir com o rapaz para Veneza para que pudessem fazer cumprir uma lenda que ouviram de um velho amigo que conheceram acidentalmente.
A lenda dizia que se dois amantes se beijassem numa gôndola, sob a ponte dos suspiros, no pôr do sol, quando tocassem os sinos do campanário, eles se amariam para sempre.
O filme continua com a saga dos dois tentando concretizar essa lenda.
É um belo filme, embora bem açucarado (mas eu adoro filmes carregados de açúcar). Ali eu descobri Veneza e descobri o óbvio: era a cidade mais linda do mundo! Passei quase 25 para concretizar o sonho de conhecê-la, e para ter a plena certeza de que tudo o que eu vira no filme é verdade: Veneza é uma cidade de sonho!
Contudo, bem antes de eu vivenciar esse sonho, fui a Paris, assim, meio sem pretensões de me encantar pela cidade. Na verdade, ela era a paixão da minha mãe e como eu havia estudado francês, achei que seria boa ideia conhecer a tal cidade da qual tantos falavam.
Quando cheguei a Paris e me deparei com o Notre Dame, aquela do livro que eu lera há muito tempo atrás, quase não contive as lágrimas! Foi uma visão inesquecível. Foi ali, naquele momento, que Paris virou meu grande amor! Era como se a literatura, que é algo tão abstrato, pudesse se tornar concreta ali naquelas paredes, naquelas torres, naquele chão.
Veneza foi uma paixão (que ainda aquece meu coração vez ou outra), mas amor mesmo eu sinto por Paris. Aquele lugar para onde quero voltar sempre, aquela cidade onde me sinto confortável, onde me sinto em casa mesmo sendo turista. Veneza é uma cidade de sonho e Paris é a cidade real! Uma cidade onde se pode viver, onde se pode existir!
É claro que eu não moro em Paris e talvez nunca more, portanto, minha visão é única e exclusivamente a visão de uma turista que volta lá todo ano ávida por mais um pouco daquela sensação de felicidade. Não tenho a visão de uma local e nem sei se quero ter, porque temo que isso tire um pouco desse encanto, desse deslumbramento tão gostoso de sentir cada vez que volto à Paris. Ser turista em uma cidade onde me sinto tão “em casa” é maravilhoso!
Veneza me encantou por sua peculiaridade. É uma cidade única no mundo, mas Paris me pegou pelo seu dia-a-dia, e sem que eu percebesse, já estava amando esse lugar tão mágico, que Wood Allen soube traduzir tão bem em seu filme “Meia noite em Paris”.
Sou deslumbrada por Paris sim, mas só quem foi lá e se permitiu sentir a aura da cidade sabe do que eu estou falando e compartilha secretamente desse deslumbramento. Quem nunca foi não faz ideia do que é Paris, não faz ideia do que é andar por aquelas ruas, sentir aqueles cheiros, ver aquelas cores nas vitrines, nos parques, nas construções. Ir a paris é poder andar, ao mesmo tempo, no presente e no passado, em uma cidade super atual que conserva seu fascínio dos séculos anteriores. Quem nunca foi a Paris só tem duas alternativas: desdenhar de quem foi ou se render aos encantos da cidade-luz e pegar o próximo avião em busca do seu universo paralelo.

Boa viagem!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Gardel: um ícone da cultura portenha


Hola, amigos!

Hoje acordamos mais tarde que de costume, pois estávamos um tanto cansadas de tanto andar em Colônia naquelas ruazinhas com calçamento pé-de-moleque. Pegamos o metrô para irmos ao bairro de Abasto onde está a Casa-museu Carlos Gardel ( calle Jean Jaurés, 735. Funciona segundas, quartas e sextas de 11h às 18h e sábados e domingos, de 10h às 19h.). Eu já conhecia esse pequeno museu que foi, na verdade, a casa onde o cantor morou até sua morte em 1935 num acidente de avião.
Bairro Abasto com homenagem a Carlos Gardel

Lá dentro está a mobília dele, discos, filmes, revistas e jornais da época. É bem interessante para quem quer conhecer um pouco mais desse ícone do tango portenho.

Gramofone de Gardel

Sorriso de Gardel: um símbolo do cantor

Escritório de Gardel

Banheiro de Gardel com seus apetrechos de barba

Muito interessante também é observar o bairro de Abasto com seus filetes, um tipo de pintura característico daqui e nas ruas do entorno da casa de Gardel há músicas decorando as paredes das casas e o chão. Lembra um pouco o bairro carioca de Vila Isabel. Gostei bastante.

Pintura chamada de "Filete", um símbolo do bairro e posteriormente, de Buenos Aires

Música no muro

Música na calçada
Ao chegarmos no metrô de volta começou a chover forte então voltamos para o apartamento e mais tarde, que pretendíamos ir ao Café Tortoni, acabamos nem indo e só fomos até o Havanna pois eu queria muito tomar um submarino, que é um leite quente com chocolate derretido. Dali voltamos para casa.
No dia seguinte foi nosso último dia em Buenos Aires então decidimos ir ao "El Ateneo", aquela livraria deliciosa que era um teatro antigo. Passamos algumas horas por lá, inclusive almoçamos lá mesmo. Comida deliciosa e nem era tão caro quanto eu imaginei que poderia ser.

Livraria El Ateneo

Comida deliciosa no Ateneo

 De lá fomos passear  um pouco na Avenida Corrientes pois eu queria procurar umas lojinhas estilo brechó que eu conheci em 2009, mas elas não existiam mais. A crise deve ter acabado com elas. Aliás, a crise econômica aqui em Buenos Aires está fortíssima e acho que vou passar, pelo menos, uns 2 anos sem voltar.  Tudo está caro demais. Uma pena porque adoro essa cidade e fico triste de ver a decadência de um lugar que tinha tudo para ser maravilhoso.
Fomos para a casa para arrumar as malas, pois no dia seguinte teríamos uma longa espera no aeroporto.
Voltamos para o Brasil um pouco mais tristes de ver que os paraísos vão se esfarelando. Foi com essa sensação que voltei de uma Buenos Aires mais suja, mais violenta, mais cara. Realmente acho que "olhos de primeira vez" nos deixam meio cegos para as mazelas dos lugares que só conseguimos perceber depois de ir muitas e muitas vezes lá. Mas a despeito disso tudo, continuo amando Buenos Aires.
Até a próxima!

VIAGEM REALIZADA EM DEZEMBRO DE 2012

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Colônia do Sacramento, uma cidade perdida no passado



Hola, amigos!
Passamos o fim de semana no Uruguai. Saímos cedo em direção ao Porto para pegar o Buquebus em direção à Colônia do Sacramento (já havíamos comprado a passagem pela internet. Comprei a passagem de segunda classe para o barco rápido, que é bem confortável!) e como o porto fica a menos de 1km do apartamento e não estávamos levando muita bagagem, fomos a pé.
Em Buenos Aires tudo é diferente do que havia sido ano passado, quando vim de Colônia para cá. Aqui tudo é mais desorganizado, o barco não sai na hora e a imigração é mais demorada. O trajeto em si foi tranquilo e Colônia nos recebeu com um lindo dia de sol. Quando chegamos já eram mais de 3 da tarde, pois o Uruguai adota o horário de verão, então ele está uma hora adiantado em relação à Argentina.
Fomos até a “Posada do Rio” fazer nosso check-in, pois passaríamos uma noite na cidade, mas a pousada é bem fraquinha. Quartos apertadíssimos e pouco conforto, além de ser um tanto distante do centro histórico. Eu preferia ter ficado na mesma que fique ano passado (El viajero), mas não tinha vaga para o fim de semana, então tivemos que ficar nessa outra que eu não recomendo.

Centro de Colônia
Saímos para dar uma volta, olhar as lojinhas e comer alguma coisa. Fomos a um restaurante na Calle del Comércio chamado “Colônia Verde”, fica numa esquinazinha simpática e é muito gostoso! Comemos uma pizza deliciosa! Bem fininha, massa bem leve e recheio saboroso. Além disso o atendimento é muito simpático e o ambiente é bem acolhedor. Adoramos!


Dali, mais fotos, mais caminhada e voltamos até a Pousada para tomar banho, descansar e sair mais tarde. Nesse meio tempo tentei entrar na internet mas o sinal na pousada era péssimo, então desisti.
À noite fomos ver a cidade iluminada pois Colônia é cheia de arandelas com luzes amareladas que dão à cidade um ar de foto antiga, é bem bonito.
Jantamos no mesmo restaurante que eu havia ido ano passado chamado “Pulperia de los faroles” na calle des Misiones de los Tapes. Comida deliciosa! E, ao contrário de Buenos Aires, percebi que o Uruguai esse ano estava mais barato que no ano anterior. Comi uma carne deliciosa e minha mãe comeu um frango que veio muito bem servido, mas o que mais gostei foi a garrafa de água que era de uma leva comemorativa dos 120 anos daquela marca e que tinha um adesivo com desenhos de Carlos Paéz Vilaró, um artista muito conhecido aqui no Uruguai e cuja casa-ateliê eu visitei ano passado em Punta del Este . Gostei tanto da garrafa que tive a cara de pau de pedi-la como brinde. O garçom disse que ela era retornável e geralmente eles não deixam os clientes levarem, mas acabou permitindo (não deve ter muita gente que pede pra levar uma garrafa vazia) e eu voltei feliz da vida pra pousada! No caminho de volta, passamos pela Igreja Matriz e ainda vimos um casamento. A noiva havia acabado de chegar (eram 23h) e até entramos um pouquinho na Igreja só para ver melhor. Não tive coragem de tirar fotos, pois havia pouca gente na igreja e ficaria muito na cara que não éramos convidadas.
A garrafa com desenhos de Vilaró

Dormi mal pois o quarto é muito claro e acabei tento dificuldade para relaxar. Acordamos cedo, tomamos café composto de 2 torradas, 2 croissants, geleia, doce de leite, manteiga, suco de laranja e café com leite. E fomos fazer o check-out que era até as 11h. Deixamos nossa pouca bagagem guardada e fomos passear. Compramos, no Museu Regional, o passe para os 5 museus da cidade (custou 50 pesos uruguaios cada, cerca de 5 reais) e fomos visitar o Museu Português, a casa de Nacarello e o Museu do Azulejo (esse eu queria ver desde o ano passado, mas quando eu fui estava fechado). Todos bem interessantes mas bem pequenos.

Detalhe da Fachada do Museu do Azulejo

Interior do Museu Português
Almoçamos pizza novamente no “Colonia verde” e depois tomamos sorvete na Freddo que é uma sorveteria argentina mas que abriu uma filial aqui. Ano passado ainda não existia. Aliás, ao lado da Freddo, em plena Plaza Matriz, há uma casa de câmbio que abre nos fins de semana e tem boa cotação, o que também é novidade, pois ano passado ou a gente trocava dinheiro na rodoviária ou no porto ou nas ruas fora do centro histórico. É bom ter uma casa de câmbio bem no Centro histórico, principalmente para aquelas pessoas que fazem um bate e volta à Colônia desde Buenos Aires.
Depois fomos buscar nossa bagagem na pousada e nos encaminhamos ao Porto, passando por várias casas bonitinhas e tirando muitas fotos.



No Uruguai parece que tudo é mais organizado e o barco saiu na hora. Trajeto bem tranquilo. Dia lindo! Chegamos em Buenos Aires e o sol estava de rachar, então voltamos para o apartamento, deixamos as bagagens, esperamos um pouco e só depois saímos para passear um pouco. Fomos a Puerto Madero, demos umas  voltas e voltamos para casa pois estávamos cansadas de tanto andar.
Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM DEZEMBRO DE 2012

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Buenos Aires pela quinta vez


Hola, amigos!
Mal cheguei da viagem da Europa e já emendei em outra para a terra de Gardel. Aproveitamos um programa de milhagens para visitar mais uma vez Buenos Aires, essa terra de que tanto gosto. Chegamos anteontem à noite, pois como viemos por milhas não tínhamos muitas opções de horários e acabamos tendo que fazer conexão em Porto Alegre. Os dois voos foram bem tranquilos e, embora eu soubesse que a Gol agora cobra pelos serviços de bordo, nos dois voos que fizemos a comida e a bebida eram gratuitas.
Dessa vez eu resolvi alugar um apartamento em Buenos Aires, do mesmo modo que costumo fazer quando vou a Paris, só que por aqui isso não é muito comum, então não foi tão fácil de encontrar. Conseguimos um estúdio na avenida Córdoba com um preço bem razoável e que  acomoda até 4 pessoas! Ele tem o básico: camas, um armário bem grande, Tv com vários canais a cabo, telefone, frigobar, fogão, microondas, torradeira, utensílios de cozinha, adaptador de tomada, ferro e tábua de passar roupa, secador de cabelo, toalhas e lençóis incluídos. O único problema dele é a limpeza que deixa a desejar, mas acho que isso é cultural pois tudo o que vejo por aqui não é lá muito limpo...a vantagem é que muito bem localizado, silencioso, perto de mercados e comércio em geral e bem perto do Porto que é onde pegaremos um barco para irmos a Colônia do Sacramento, no Uruguai, no fim de semana.
No dia seguinte à nossa chegada, fomos tomar café no “Il Grand Café” que fica na esquina da Avenida Córdoba com a Calle Florida. Café da manhã bem gostoso com medialunas (que é o croissant portenho), queijo e presunto, doce de leite, suco de laranja natural e café com leite. Contudo os preços aqui estão caríssimos! Eu sabia que a inflação de Buenos Aires estava alta, mas não imaginei que fosse afetar tanto o preço da alimentação. Restaurantes caros, mercados caros, isso sem falar nas lojas que estão proibitivas. Quem ainda acha que pode vir a Buenos Aires fazer compras, tem de se preparar para gastar muito, pois tudo custa mais do que no Brasil.
Depois do café e das compras de mercado (há um Carrefour na esquina da Suipacha com Paraguay)necessárias para abastecer o apartamento, fomos passear um pouco. Primeiro andamos até a Basílica de Nossa Senhora da Merced ( Calle Reconquista, 207), muito bonita.

Basílica Nossa Senhora de la Merced
 Dali andamos até a Plazoleta San Francisco (esquina das calles Alsina e Defensa), mas quase não a reconhecemos de tão depredada que estava. Uma pena! Em frente, havia uma outra Igreja dedicada a São Francisco de Assis, e, ao lado dela, um pequeno museu gratuito que fomos visitar. Depois fomos fazer a visita guiada à “Manzana de las Luces” que é o quarteirão das luzes, sendo que aqui “luzes” tem o significado de “ideias”, pois era o lugar onde estava o conhecimento na época da fundação da cidade. Havia colégios, conventos, igrejas, tudo feito incialmente pelos jesuítas. A visita é bem interessante e custa 15 pesos por pessoa. Acontece todos os dias às 15h, sendo que nos fins de semana há também visitas às 16h30 e às 18h.

Manzana de las luces

exposição de roupas antigas na Manzana de las luces

túnel dentro da Manzana de las luces

Terminada a visita, fomos passear um pouco por San Telmo e ver a estátua da Mafalda (esquina das calles Defensa e Chile), personagem de Quino, um cartunista portenho bem querido por aqui. Tiramos fotos e depois fomos andar mais um pouco.

Mafalda 
Chegamos em casa bem cansadas e dormimos cedo. No dia seguinte, saímos para trocar dinheiro na Calle Sarmiento que é onde ficam algumas casas de câmbio confiáveis por aqui. Na saída do banco, sentimos um cheiro estranho no ar, continuamos andando e fomos envolvidas por uma névoa com um cheiro adocicado bem forte que lembrava aqueles carro de “fumacê” que passam no Rio na época da dengue. Fomos direto para casa e lá descobrimos que havia acontecido um acidente no porto, onde um container com pesticida vazou e transformou a cidade num caos. Prédios foram evacuados, as crianças saíram mais cedo das escolas e o trânsito ficou complicado. Como se não bastasse, São Pedro devia estar de mau humor porque mandou uma chuva absurda para cá que alagou vários bairros. Resultado: metrôs foram fechados, os ônibus não conseguiam passar e o trânsito que já estava difícil, simplesmente parou. A sorte é que estávamos em casa vendo tudo pela Tv, pois diante da nuvem de pesticida, alertaram para que as pessoas não saíssem de suas casas para evitar inalar aquele cheiro e irem parar no hospital como havia acontecido com algumas.

No outro dia, amanheceu um céu azul e um lindo sol, nem parecia que havia chovido tanto no dia anterior. Saímos cedo e fomos ao Jardim Bothanico, que tem um metrô bem na porta chamado “Plaza Italia". Por algum motivo desconhecido não estavam cobrando entrada no metrô, então fomos e voltamos de graça. Talvez tenho sido para compensar o caos do dia anterior.

Jardim Bothanico
De lá tentamos ir ao Museu Evita, mas ele estava fechado (mais outro mistério da capital portenha), então seguimos até o Museu de Arte Popular José Hernadez (Avenida del Libertador, 2373), porém chegamos cedo demais já que de quarta a sexta, ele só abre de 13h às 19h (sábado e domingo ele funciona de 10h às 20h), então fomos fazer uma hora almoçando num restaurante em frente chamado “Dandy” que tinha uma comida horrível e cara, mas como não havia outro pela região, acabamos tendo que comer ali mesmo. Não recomendo a ninguém.
Finalmente conseguimos ir ao Museu que é bem bonitinho e tem uma coleção objetos de prata bem interessante. Estava acontecendo também uma exposição de presépios artesanais e uma outra com miniaturas em madeira e papel machê muito bacana.


exposição de presépios

De lá fomos conhecer a fachada da casa onde viveu o poeta Jorge Luis Borges e caminhamos até uma lojinha bem divertida que eu havia conhecido através de outro blog (http://finestrino.com.br/?p=11192)     e que vende doces em forma de remédio para curar males da alma. O nome da loja é Dr. Candy e fica na Pasaje Santa Rosa 4985, bem perto da Plaza Cortázar.

fachada da casa de Jorge Luis Borges
Já cansadas de tanto andar, voltamos para casa para descansar um pouco e depois saímos novamente apenas para dar uma voltinha e tomar um café com alfajor no Havanna, pois vir a Buenos Aires e não comer no Havanna não tem graça.
Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM DEZEMBRO DE 2012
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