Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Até breve, minha linda Veneza!

Ciao, amigos!

Ontem foi meu último dia em Veneza e como eu já havia feito praticamente tudo que tinha planejado, resolvi sair para passear sem destino. Fui andando pela margem que beira o Grande Canal, desde a Piazza de San Marco até o Giardinni Publicci, um jardim muito simpático e com muito verde. Lugar ideal para se descansar da overdose de museus e igrejas que existem na cidade. Fiquei um bom tempo ali, ouvindo meu MP3, e curtindo aquela paisagem belíssima, afinal estou em Veneza!


Depois de muitas fotos e muita música, voltei passeando e me deparei com um “Museu Histórico Naval”. Entrei e descobri coisas lindas lá dentro, incluindo aqueles aparelhos antigos de medição de tempo e espaço como o astrolábio e a bússola usados pelos colonizadores ao saírem de suas terras em busca de novos horizontes...começo a perceber que desde sempre o ser humano tem essa necessidade de desbravar lugares desconhecidos, logo, não sou muito diferente dos homens que empreenderam as grandes navegações...é assim que tenho me sentido: descobrindo novas terras e abrindo novos horizontes pessoais.





Saindo do museu fui caminhando até a outra ponta de Veneza onde está a Igreja de Nossa Senhora della Salute, contudo, pelo caminho, fui encontrando outras igrejas e acabei fazendo praticamente um tour religioso. Primeiro passei pela Igreja de Santa Maria del Giglio e depois pela Igreja de San Maurizio onde estava havendo uma exposição do Museu da música, com diversos instrumentos musicais antigos. Lindo!



Passando pela laguna dourada finamente cheguei a Ponte della Academia e peguei um vaporetto para ir até a Igreja della Salute que é muito bonita, mas o que ela tem de melhor é a vista. Sentar em seus degraus e observar Veneza é uma sensação indescritível!
Saindo dali, ainda embevecida com aquela paisagem, acabei dando a volta na Igreja e me deparei com vistas ainda mais espetaculares! E não é que pelo caminho eu acabei descobrindo um dos locais onde as gôndolas são fabricadas!? Aliás, naquele momento eu estava em um ponto bem pouco turístico de Veneza e, de onde, a vista da laguna é esplendorosa! Como era bom estar ali naquela tarde de sábado, olhando o brilho cor de ouro daquelas águas e observando a cidade mais linda que o homem já foi capaz de criar!




Ao ir embora para o hotel, peguei um vaporetto pois estava cansada de tanto andar no sol e fui arrumar minhas malas para depois ir até a Piazza San Marco, à noite, me despedir de todo aquele sonho que eu havia vivido por 10 dias. Fiquei ali, que nem boba, olhando tudo...a Basílica, o Campanário, a Torre do Relógio, o Palácio dos Doges, o café Florian e o café Quadri, cada um com sua orquestra, aquele céu anoitecendo, as luzes da praça se acendendo, tudo ficando com aquela cor meio amarelada, igual fotografia antiga...era uma Veneza em sépia, ao vivo, ali, só pra mim! Pelo menos, era assim que eu a sentia.
Veneza, meu sonho de menina que tinha se tornado uma doce realidade. Veneza, a minha cidade tão perfeita na imaginação e que tinha sido ainda mais perfeita ao vivo. Veneza, uma expectativa de tantos anos que se tornou uma vivência única. Veneza: dez dias de felicidade nas suas ruas tão diferentes, nos seus museus tão ricos, nas suas igrejas tão belas! Veneza, uma cidade que foi exatamente tudo o que eu sonhei!
Ao voltar para o hotel, naquela noite, tive a certeza de que irei retornar a Veneza. Ali, a beira do Grande Canal, parafraseando a Fontana de Trevi, joguei uma moeda e fiz a promessa: "Eu volto! Pode esperar, Veneza, que eu volto!"
No dia seguinte, acordei, fiz o check-out no hotel e peguei o vaporetto rumo à Ferrovia. Ao subir as escadas, dando uma última olhada para trás para ver o Grande Canal, dei para ele uma piscadela de cumplicidade, sorri e fui embora com a certeza de retornar em breve a esse universo paralelo de sonho e felicidade!


Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A Basílica de San Marco e o bairro judeu de Veneza

Ciao,amigos!

Hoje acordei cedo para poder ir a Basílica de San Marco, cuja fila é sempre gigantesca! Cheguei as 9h em frente à Igreja que abriu suas portas as 9h30 e pude ver aquela imensidão de mosaicos belíssimos! O lugar é um tanto escuro, mas tem um encanto especial pois mostra a união entre Oriente e Ocidente que fez de Veneza a cidade mais próspera de seu tempo!



Grande parte de seu tesouro é fruto de saques, incluindo os 4 cavalos dourados que ficam no interior da Igreja mas que têm réplicas acima das portas principais. Datam do século V e foram saqueados de Constantinopla pelo venezianos durante as Cruzadas.



Há muito ouro nas paredes de mosaicos contudo o mais impressionante é o altar de ouro, chamado de Palla d'Oro que tem incrustadas mais de 2600 pedras preciosas entre rubis, esmeraldas, pérolas e outras...um escândalo!


Pode-se subir as escadas para se ter uma bela visão da Piazza lá do alto. Custa 4 euros, a escada tem degraus gigantescos, mas com o auxílio do corrimão é possível subir e ver Veneza de uma forma especial.
Depois dessa overdose de ouro, riquezas e tesouros, fui passear pelo bairro judeu aqui de Veneza. Ele fica em Cannareggio e, ali, pode-se ter uma vaga ideia da perseguição que esse povo sofreu ao longo dos séculos.
O Ghetto de Veneza foi o primeiro a existir no mundo e recebeu esse nome por causa de uma oficina de fundição de canhão do século XIV, que era chamada de “geto”. Posteriormente esse nome foi dado a qualquer território judeu pelo mundo.
O lugar é feio, maltratado e vários judeus ortodoxos passeiam pelo local. Existem dois ghettos, um novo e um velho, cada um fica de um lado do canal.
Ali há o Memorial do Holocausto, composto de sete relevos, de Albit Blatas, que mostram o extermínio dos judeus nos campos de concentração e há uma placa para que isso jamais seja esquecido! Tocante!


Ali há também o Museu Ebraico com objetos religiosos e documentos. Interessante.
Depois aproveitei um restaurantezinho simpático que havia por ali e fui almoçar uma deliciosa carne com batatas. Dessa vez, com direito a sobremesa! Delícia!



Dali fui a Igreja da Madonna dell'Orto, que ganhou esse nome por causa de uma estátua de Nossa Senhora encontrada numa plantação local (chamada de orto ) e à qual atribuíram alguns milagres. Ali está sepultado o pintor Tintoretto e pode-se ver maravilhosas pinturas dele! A igreja é mais bonita por fora que por dentro, na verdade. É uma linda construção gótica de tijolos vermelhos.




De lá, voltei para o hotel para postar aqui no blog e dizer a todos que acompanham minhas aventuras que agora só voltarei a postar provavelmente na segunda-feira, de Florença, para onde vou no domingo.

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

Uma ilha de chuva e um bar de sonho em Veneza

Ciao, amigos!

Amanheceu chovendo em Veneza. Acho que quinta-feira é o dia da chuva na cidade! Semana passada, quando cheguei, era quinta e chovia e eu fui justamente ao Campanário de San Marco. Hoje que também chovia resolvi ir ao campanário de San Giorgio, que é uma ilhota que fica bem em frente a Veneza. Acho que gosto de visitar campanários em dias chuvosos...




Fiquei um bom tempo lá em cima observando Veneza e vendo o quanto ela consegue ficar mais e mais linda a medida que a observo com mais atenção! E de repente, o sino do campanário começou a tocar! Um barulho ensurdecedor, mas foi bem interessante estar ali e ouvi-lo tocar (no entanto, agora eu entendo por quê Quasímodo ficou surdo!). Tirei um milhão de fotos e desci para ver a Igreja de San Giorgio. Ao chegar lá embaixo, me deparo com o som do órgão! Mais uma vez fui surpreendida pelo belíssimo som que ecoava em uma acústica perfeita! Foi maravilhoso poder observar tantas obras de arte com aquela música ao fundo...há pinturas de Tintoretto de cair o queixo! Cada uma mais linda que a outra! E o melhor: pude fotografar tudo! Aliás, descobri o motivo de não se poder tirar fotos do interior dos museus e algumas igrejas, eles dizem que é porque assim as pessoas são obrigadas a comprar os postais com as ilustrações das obras! Fiquei pasma com esse motivo tão vil!! Enfim...Veneza vive do turismo. Inclusive eu percebi que os moradores reais de Veneza, aqueles que pegam o vaporetto para irem ao mercado e que fazem as coisas triviais como ir a banco e viver normalmente, esses detestam os turistas. Acham que eles sujam a cidade e eu os ouço falando mal dos turistas nos vaporettos, pois, a essa altura, já fico lá atrás, sentada com os venezianos e não mais na proa do barco para tirar fotos, como os turistas, então consigo entender pedaços de algumas conversas, afinal, italianos, assim como os brasileiros, falam bem alto nos transportes públicos.







Ao voltar da Igreja de San Giorgio chovia à cântaros! Igual ao dia em que cheguei! E,obviamente, voltei para o hotel, pois não há muito o que fazer em Veneza com chuva. Aproveitei para dormir um pouco e escrever posts para o blog. À noite, já havia parado de chover e fui fazer um outro passeio que eu esperava há tempos: ir ao Harry's Bar.



O Harry's Bar é o local onde foi inventado o carpaccio, um prato que eu, pessoalmente, adoro! O local ficou famoso por ter sido muito frequentado pelo escritor Ernest Hemingway e ali foi inventado também o drink que é símbolo de Veneza: o Bellini! Um suco de pêssegos brancos com champagne. Claro que eu tinha que pedir os dois: um carpaccio e um bellini! Felizmente, eles também inventaram um bellini sem álcool, que foi o que eu pedi. O serviço é impecável, a vista é fantástica, a comida é deliciosa e o preço é condizente com tudo isso. Paguei caro, mas valeu cada centavo! Aliás, Veneza está valendo cada centavo economizado durante o último ano. Algumas coisas aqui são caras, mas como era meu sonho vir para cá, acho que vale a pena investir nisso e tornar a realidade o mais perto de tudo aquilo que sonhei.



Ao sair do Harry's Bar, fui passear um pouco pela Piazza San Marco e ouvir o desafio musical que acontece entre os cafés “Florian” e “Quadri”, cada um de um lado da praça e ambos com magníficas orquestras. Um prazer ficar ali ouvindo aquela música e vendo a Piazza se iluminar aos poucos, a medida que a noite cai...


Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

Burano e Torcello, as ilhas da Laguna

Ciao,amigos!

Hoje fui passear pelas ilhas da Laguna: Burano e Torcello. Na verdade, eu queria mesmo ir a Torcello, que foi o primeiro lugar para onde foram os refugiados dos hunos no século V. Foi ali que nasceu Veneza! Contudo, não há vaporetto direto,por isso tive de ir primeiro a Burano para fazer baldeação. Para se chegar lá é preciso ir até a Fondamenta Nove e pegar o vaporetto LN que demora uns 45 minutos até Burano. A viagem é bonita, embora cansativa mas ver a laguna dourada sempre dá uma sensação especial...



Burano é uma ilha de pescadores, com casinhas coloridas e cujo principal produto de exportação é a renda. Conta a lenda que as casas eram assim coloridas para que os pescadores, ao voltarem do mar, pudessem encontrar facilmente o caminho de casa e chegar mais rápido até suas esposas que teciam suas belas rendas enquanto os esperavam. Esse artesanato é lindo e caríssimo!



Passeei um pouco pelo ilha, tirei boas fotos, almocei e peguei o vaporetto T que demora menos de 10 minutos até Torcello. Essa ilha foi muito próspera em tempos remotos e dizem que no auge do seu poder a população local chegou a 20 mil pessoas, contudo, o assoreamento do córrego que corta a ilha e a malária foram responsáveis pela sua decadência e hoje o local não tem mais que 20 pessoas morando ali. Justamente por isso é um local que transmite muita paz e tranquilidade.




Adorei passear pelas suas ruazinhas estreitas cheias de pontes pelo caminho e que desembocam na Igreja local, aliás, nas Igrejas, pois são duas, uma ao lado da outra: A Basílica de Nossa Senhora della Assunta, com um painel de tirar o fôlego...



e a Igreja de Santa Maria Fosca, bem simples e bonita...



Há também um museu com peças da época da fundação da ilha, muito interessante! Como não é possível tirar fotos lá dentro, eles colocam algumas peças do lado de fora para serem admiradas e fotografadas.



Torcello é uma gracinha! Adorei ter ido lá! A ilha tem ruínas antigas e uma aura de serenidade que faz qualquer mortal se sentir mais perto de Deus...foi um passeio gratificante!


Saindo de lá, voltei a Veneza imbuída nesse espírito quase religioso e resolvi passear e visitar algumas igrejas como a Igreja de Santa Maria dei Miracoli, uma construção do século XV, toda em mármore colorido! Um encanto! O teto é deslumbrantemente trabalhado e, certamente, se eu fosse escolher uma igreja para me casar (mesmo eu não sendo nem um pouco religiosa) seria essa! Ela parece propícia a casamentos! Tem o tamanho perfeito e a arquitetura perfeita para um evento simples e, ao mesmo tempo, inesquecível...acho que hoje estou mais romântica que de costume...deve ser a saudade!


Saindo de lá, andei um pouco e cheguei em outra Igreja, chamada San Giovanni e Paolo. É a maior igreja de Veneza e foi construída pelos dominicanos entre os séculos XIV e XV.



Quando cheguei lá fui surpreendida por um coral de jovens ingleses que estão fazendo concertos por várias igrejas em Veneza nessa semana. Foi uma bela surpresa, pois fiquei ali ouvindo aquela música linda, naquela igreja com uma acústica maravilhosa, sem falar na beleza do interior dessa Igreja que é de cair o queixo (essa pode fotografar!!!),foi um momento verdadeiramente mágico! E para coroar tudo, no fim, eles ainda cantaram uma música que eu já cantei no coral há anos atrás,o que me proporcionou uma viagem no tempo indescritível!!






Saindo de lá eu estava tão feliz que voltei a pé até a Piazza San Marco, utilizando o meu misterioso senso de direção desenvolvido aqui em Veneza...comi uma pizza, andei pela praça, sem destino...e voltei para o hotel super cansada, mas muito feliz por estar tendo a oportunidade de vivenciar todos esses momentos especiais!

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

Os Doges de Veneza

Ciao, amigos!

Nossa, hoje o dia rendeu!! Fiz tanta coisa! Pra começar, hoje era o dia de trocar de hotel. É que Veneza é uma cidade com hospedagem muito cara, então eu fiquei metade da minha estadia naquele primeiro hotel, do qual falei em um post anterior e ficarei a outra metade do tempo nesse outro que é bem mais barato. Esse também é um hotel 3 estrelas,chama-se "Gorizia, a la Valigia" e fica na mesma rua do outro, mais especificamente,em frente ao anterior. Contudo, por ser 40% mais barato, tem muito menos glamour que o outro. O quarto é bom e limpo, porém, não tenho mais vista para o canal e aqueles mimos que o outro me dava ficaram pra trás...mas esse tem elevador e foi bem mais fácil subir com a mala! De qualquer modo, o que importa é a localização que não poderia ser melhor! Adoro estar ao lado da Piazza San Marco e ser acordada pelos sinos do campanário!



Depois de feito o check-in, fui passear e fazer um dos meus passeios muito esperados: O Palácio Ducal! Os Doges governaram Veneza por mil anos, eles eram nobres membros do clero que eram eleitos na cidade e conduziam um tribunal com um sistema de conselhos feito para impedir qualquer outro de tomar o poder.




O Palácio é gigantesco e toma uma manhã inteira de passeio. As salas são ricamente decoradas com pinturas de vários pintores venezianos, incluindo Tintoreto. Era impressionante a opulência de Veneza nos seus séculos de glória! Tudo era feito com muito ouro para mostrar o quanto a cidade era rica e o quanto os nobres daqui podiam viver de forma abastada e exibir ao mundo todas as suas conquistas.



Dentro do Palácio está a “Ponte dos Suspiros”, que, apesar do nome, não tem nada de romântica. Era dali que os prisioneiros condenados à morte tinham a última visão da cidade antes de serem conduzidos ao cadafalso. Apesar de essa parte do Palácio estar em reforma, ainda é possível fazer o mesmo percurso dos condenados. Fiquei ali um tempo observando Veneza por entre as treliças de pedra e tentando imaginar como se sentiam os prisioneiros que passaram por ali. Também é possível ao visitante passar pelas celas onde ficavam os prisioneiros. Foi dali que Casanova conseguiu escapar,em 1756, enquanto cumpria uma sentença de 5 anos por blasfêmia, magia e espionagem.



Deixando o Palácio dos Doges, rumei ao bairro de Dorsoduro que é um local onde se pode ver uma Veneza muito diferente dos cartões postais. Primeiro porque se passa por uma zona mais industrial, da qual pouco se ouve falar, depois porque é um lugar bem menos turístico que San Marco e, por isso, pelo canal, não se veem gôndolas passeando, apenas barcos de moradores ou táxis. Ali há uma Igreja muito bonita chamada “San Sebastiano”. Ali é a Igreja de Paolo Veronese, famoso pintor que está enterrado lá e cujas pinturas estão por toda a Igreja. Quem gosta dele deve vir ver, é lindo! O único problema é que a Igreja estava em obra e ficou complicado de captar a verdadeira beleza de suas obras.



Ali mesmo, em Dorsoduro, fui visitar a “Scuola Grande dei Carmini”, que é a sede veneziana da Ordem Carmelita, ricamente decorada com pinturas de Tiepolo, que fez pinturas bem sensuais apesar de o tema ser religioso. É muito bonita!



De lá, peguei o vaporetto e fui ao “Palazzo Mocenigo”, no bairro de San Polo. Ali era a casa de uma das mais antigas e abastadas famílias venezianas. As salas dão uma ideia de como vivia a nobreza naquela época, também há exposição de trajes usados pelos membros da família. É um palácio pequeno, com apenas 9 salas, mas gostei de visitá-lo.





Na volta, peguei um vaporetto que me trouxe a San Marco vindo por um outro caminho que eu ainda não tinha feito. É impressionante como, vista desse ângulo, Veneza parece mesmo saída das águas. É como aquelas miragens no deserto em que, de repente, tudo o que se vê é uma cidade surgindo da água. Assim aparece Veneza, como uma Vênus surgindo da laguna e me deixando cada vez mais deslumbrada com sua beleza! Não sei se pode existir no mundo um lugar mais lindo...Veneza é única e tem em sua peculiaridade todo o seu encanto.

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Uma ilha de vidro e um Museu dourado

Ciao, amigos!

Hoje fui Murano! É uma ilha a uns 40 minutos de Veneza onde está a famosa indústria de vidro. Na verdade, os vidros eram fabricados aqui em Veneza até o século XIII, mas por causa do risco de incêndio, acabaram transferindo as fábricas para Murano. A cidade tem só 5 mil habitantes e tem cara de cidadezinha do interior, contudo, me pareceu um tanto abandonada... é bonitinha, mas nada especial. Tem um farol, uma igreja e um museu do Vidro, onde estão expostas diversas peças feitas com esse material e onde é possível entender como o vidro é transformado de material ordinário em obras de arte cujo valor pode chegar a quantias exorbitantes! Cá entre nós, achei as pinturas dos tetos mais bonitas que as peças em si. Claro que não era possível fotografar, como tudo aqui em Veneza. Aliás, acho que essa é a única coisa que achei de ruim na cidade até agora: o interior dos museus quase nunca pode ser fotografado. É uma pena porque há cada coisa belíssima!


Passeei um pouco por Murano, tirei fotos de suas ruazinhas pitorescas e peguei o vaporetto de volta para Veneza, no entanto, como era hora do almoço, o vaporetto estava vazio e pude ir na proa, sentindo o vento no meu rosto e vendo Veneza ali a frente, me esperando! Naquele momento consegui compreender aquela cena de Titanic onde Leonardo DiCaprio diz “I am the king of the world!” Era assim que eu me sentia! Naquele instante ter o vento batendo no rosto, ver Veneza à minha frente com aquela laguna de águas douradas e saber que estou no lugar onde sempre sonhei era suficiente para fazer eu me sentir uma rainha! Eu estava feliz e sorrindo à toa!



Cheguei a Veneza e fui até o Ca' Rezzonico, um imenso palácio do século XVII, cheio de pinturas de cair o queixo! O lugar é um escândalo de tão lindo e mais uma vez tudo o que eu pude fotografar foi a fachada...





Fico impressionada com o luxo e a riqueza com que viviam os nobres venezianos nos séculos passados. Isso sem falar em toda a inspiração para a arte que tinham os pintores e escultores da época. É cada fachada detalhada, cada porta esculpida, cada teto pintado...um mais lindo que o outro!

Veneza é uma overdose de beleza, encanto e inspiração retratados em toda a sua arte, seja nos palácios, nas Igrejas, nas ruelas ou mesmo no simples fato de os venezianos terem tornado esse conjunto de ilhas em um dos locais mais inusitados do planeta, mantendo uma aura do século XVII presente em suas vielas e becos escondidos, tudo com um cheiro de romantismo, onde, certamente, Casanova andava a seduzir as jovens do seu tempo.

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Uma Veneza em Sépia

Ciao, amigos!

Como eu disse em meu último post, estou fascinada com a beleza deste lugar e resolvi fazer uma coleção de fotos que chamei de “A minha Veneza em sépia”. Portanto hoje o post é só fotográfico, aproveitem!

Arrivederci!





















VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010
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