Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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terça-feira, 28 de julho de 2009

fim da primeira semana em Paris

Bonjour!

Estou alguns dias atrasada nas postagens, mas é que ando muito cansada com todas essas andanças o dia inteiro que quando chego em casa só quero banho e cama!
Contudo resolvi atualizar alguma coisa hoje do que tenho vivido por aqui...
Sexta-feira acordamos cedo, como de costume ( Como é difícil acordar cedo, só vale a pena porque lá fora é Paris!!) e fomos a Igreja de Saint Chapelle, um lugar construído para abrigar a coroa de espinhos de Jesus Cristo. É interessante, mas um tanto pequena para o padrão de igreja que eu considero bonita...
Ficamos lá um tempo e depois fomos para a Conciérgerie, um local que virou prisão durante a Revolução Francesa e abrigou presos ilustres como Danton e Robespierre. É um lugar bonito, apesar de meio mórbido...na ala que foi a prisão existem bonecos em tamanho natural simbolizando o carcereiro...



















...os presos pobres que tinham de dormir no chão, apenas na palha...















….os presos que tinham um pouco mais de recurso e conseguiam um leito, numa cela dupla...














...havia também aqueles que eram ricos e conseguiam uma cela individual com leito, mesa e até janela e os nobres que ficavam em uma cela grande, com direito a um guarda particular. Era o caso da rainha Maria Antonieta, presa mais famosa do local que passou lá seus últimos momentos antes de ir para a guilhotina.














Pelo tipo de cela a gente percebe que o lema da revolução de liberdade, igualdade e fraternidade não era levado muito a sério...desde aqueles tempos que uns sempre foram “mais iguais”que outros...
Saindo da Conciérgerie, fomos ao Panthéon, uma construção linda, em estilo romano que foi feita para ser igreja, mas que acabou se tornando um mausoléu de figuras ilustres a partir de 1885 quando as cinzas do escritor Victor Hugo foram trazidas pra cá.















O lugar é belíssimo! Imponente como toda igreja parisiense! Depois a gente desce para a cripta onde estão os túmulos de Victor Hugo, Alexandre Dumas, Émile Zola, o casal Curie, entre outros...














Saindo do Panthéon fomos comer porque estávamos andando há horas! Almoçamos em uma creperia chamada “Crepe a Go Go” bem em frente ao Panthéon. Comemos crepe, é claro! Só que aqui os crepes salgados se chamam Galettes . A noite fomos até a Notre Dame para vê-la iluminada linda, linda, linda!!!! Não me canso de olhar para aquela perfeição arquitetônica!!!
Dia seguinte era aniversário da minha mãe e fomos comemorar em grande estilo indo até o Château de Vincennes. É um castelo medieval que fica praticamente dentro da cidade! A gente pegou a linha 1 do metrô e foi até a última estação, na saída demos de cara com ele!















Esse castelo foi criado para ser a morada dos reis, mas depois que eles se mudaram para Versalhes, esse castelo acabou sendo usado para guardar o arsenal bélico do país. Por isso partes dele foram destruídas e em 2006, após uma longa reforma, o governo francês abriu o castelo para visitação turística.Ele tem ponte levadiça e uma torre linda, de onde se tem uma bela vista...
Ao lado desse castelo existe um parc floral, mas ele é tão lindo que merece um post especial...vou escrevê-lo depois...
Saímos de lá e fomos almoçar no “Procope”, o restaurante mais antigo de Paris, com mais de 400 anos e que foi frequentado por todos aqueles homens que fizeram a Revolução Francesa, como Marat, Robespierre, Danton, entre outros. A comida é boa, o atendimento é ótimo e o lugar tem aquela atmosfera histórica bem interessante...















No domingo acordamos cedo e fomos até o bairro do Marais para tentar encontrar o Museu Picasso. Tivemos uma certa dificuldade, mas acabamos achando, só que não era possível fotografar, então vimos a exposição e fomos para o Centre Georges Pompidou, um museu de arte moderna construído com uma arquitetura diferente. Lá dentro existe um museu, mas o que mais vale a pena é a vista...dá pra ver toda Paris lá do alto!! Perfeita!  Almoçamos no restaurante de lá mesmo. Um pouco caro e a comida nem era isso tudo...mas paga-se pela vista...














A noite fomos novamente ver a Notre Dame acesa, contudo demos sorte de encontrá-la aberta as 22h30! Havia algum religioso importante na cidade e eles estavam fazendo uma homenagem a ele, então aproveitei para tirar fotos do interior da igreja no escuro, coisa rara!















No dia seguinte iríamos para Bruxelas...mas essa viagem eu conto no próximo post!
A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A impressionante Paris dos impressionistas

Bonjour!

Hoje o dia amanheceu chuvoso em Paris. Refrescou um pouco, mas ainda assim faz calor. O clima aqui é bem seco e não é nada mal ter uma chuvinha de vez em quando para umedecer um pouco...


Saímos cedo em direção ao Museu D'Orsay. Esse museu era uma antiga estação de trem, me lembrou um pouco o museu da Língua Portuguesa na Estação da Luz, em São Paulo. O D'Orsay foi transformado em museu em 1986 e possui um belíssimo acervo de pinturas impressionistas, desde o pré-impressionista Manet com seu famoso "Dejeuner sur l'herbre"...


...passando pelo "Absinto" de Degas...


... A " Gare Saint-Lazare", de Monet...


..."as banhistas" e "O baile da galette" de Renoir (meu preferido)...





...até o pós-impressionista Van Gogh...


Esse é um museu bem menos famoso que o Louvre e, talvez por isso, estivesse mais vazio e mais organizado, contudo, da mesma forma que só é possível se localizar no Louvre usando um mapa, aqui também se precisa de um. A diferença é que, no balcão de informações, você encontra mapas em 10 línguas, incluindo o português, coisa rara por aqui!! O mesmo não acontece com os áudio-guias, aqueles aparelhos que servem para se ouvir a história dos quadros. Todavia não vimos necessidade de alugar um desses pois eu tinha lido um livro sobre pintura impressionista na véspera da viagem.

Ao sairmos de lá, atravessando pela Pont Royal, que separa o Louvre do D'Orsay, saímos direto no Jardin des Tuilleries, que é um parque e pleno centro da cidade!! As pessoas vão para lá para fazer ginástica, para descansar, passear e, principalmente, para fazer piquenique! Era impressionante a quantidade de pessoas sentadas nas cadeiras desse jardim, acompanhadas de seus filhos, amigos e... sanduíches!
Ali dentro há uma Roda Gigante que tem uma vista belíssima da cidade. O ingresso custa 6 euros, ela dá 5 voltas e você sai de lá querendo mais!




Saindo dali ainda embevecidas com a paisgem, fomos à Orangerie, onde estão "As Nynféias" de Monet. São 8 painéis enormes pintados pelo gênio e que demoraram 8 anos para serem concluídos. Foi a última obra de Monet. Eles realmente impressionam!














A essas alturas já estávamos mortas de fome e fomos almoçar na famosa Brasserie Lipp, no Boulevard Saint-Germain, mas antes passamos em uma das mais famosas confeitarias de Paris chamada "Ladurée", que fica na Rue Bonaparte, 21. Ali estão os "macarrons", que ao contrário do que a gente pode imaginar quando ouve o nome, nada tem a ver com o nosso macarrão ou qualquer outro tipo de massa. "Macarrons" aqui são um confeito doce, uma espécie de suspiro recheado. Há diversos sabores e a cada estação a Ladurée lança um sabor especial. É delicioso!! Crocante e, ao mesmo tempo, macio! Vale a pena! Não conheço nada parecido no Brasil.















Ao virmos para a casa (adoro dizer que moro aqui!) passamos pela Igreja de Saint Sulpice, onde o escritor Victor Hugo se casou. É linda! Aliás, como tudo por aqui!



















Ficamos um pouco em casa até a Zezé, uma amiga que trabalhou com minha mãe e que mora aqui, vir nos visitar. Saímos para jantar aqui bem perto de casa, afinal essa região é coalhada de pequenos restaurantes, bistrôs, creperias e tudo mais onde se pode comer algo gostoso e barato.

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2009

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Louvre e Museu Rodin

Bonjour!!

Hoje o dia em Paris estava lindo! Céu azul e sol. Os termômetros marcavam 31 graus! Hoje foi o dia dedicado ao Louvre. Saímos cedo, passamos pela Pont neuf (que, apesar do nome, é a ponte mais antiga de Paris) e nos encaminhamos ao Museu do Louvre. Eu tinha lido que a melhor entrada era pela Porte de Lyons, depois da confusão dos turistas em excursão na entrada da pirâmide...é a última entrada, um tanto longe, mas realmente muito vazia! Foi fácil de entrar pois já tínhamos o passe (esqueci de dizer que o compramos ontem na biheteria do Arco do Triunfo) e não enfrentamos fila alguma!


O Louvre é gigantesco!O maior museu do planeta! Tem 3 alas (Denon, Richelieu e Sully) e só é possível andar dentro dele seguindo um mapa que se pega gratuitamente na entrada. Ali estão todas as salas e a localização das principais obras.
Como pretendemos voltar lá uma outra vez, hoje fizemos um circuito bem blockbuster, tentando ver as obras mais famosas.
A nossa entrada dava em uma salinha antes do museu. Lá havia uma exposição de artes da Árica, Ásia, Oceania e Américas. Subindo de elevador para o segundo andar, saímos na ala Denon, bem na parte das pinturas italianas. O primeiro quadro que fomos ver foi, talvez, o mais famoso de todo o museu: La Joconde (também conhecida como Monalisa)! A despeito de tudo o que dizem, eu achei o quadro lindo! E bem maior do que eu esperava. Eu sabia que era um quadro pequeno, pois foi o primeiro quadro a ser pintado para ser pendurado a parede, como quadro mesmo e não como painel, o que era mais comum na época do Renascimento. Ele pertenceu a Napoleão e para conseguir uma foto com ela ao fundo é preciso muita determinação e um tanto de sorte, pois há mais de 200 pessoas se acotovelando em volta dela com as mesmas intenções que você.


Dali fomos em frente até encontrar a minha escultura preferida de todo o Louvre: A Vitória de Samotrácia, uma peça encontrada em 1863 na cidade que lhe deu o nome. Supõe-se que ela date de 190 a.c. É lindíssima!


Descendo a escada a esquerda e indo direto até o fim, encontramos outra escultura grega do ano 100a.c. e que se tornou símbolo da arte clássica: A Venus de Milo


Ainda no campo das esculturas encontramos Eros e Psiquê, feita por Antonio Canova entre 1787 e 1793.


Passamos por outras esculturas lindas e fomos ver algumas pinturas famosas como "A coroação de Napoleão"( Jacques-Louis David); "A liberdade guiando o povo"(Delacroix); "A grande Odalisca" (Jean-Augusto-Dominique Ingres) e "A balsa da Medusa" (Theodore Gëricault)








Saímos do Louvre pela pirâmide, onde está a maior loja de souvenirs. Cada coisa linda! Dava vontade de levar tudo! Saímos de lá cansadas de tanto andar (e também de nos perder) pelos enormes corredores daquele museu que um dia foi um palácio, mas com a sensação de que nem que fôssemos ao Louvre todos os dias dessas duas semanas, conseguiríamos ver tudo!
De lá pegamos o metrô para o museu Rodin. Entramos sem enfrentar fila por causa do passe e começamos pelo primeiro andar da casa onde ele morou. Há belas esculturas como as famosas "O pensador" e "O beijo", mas o museu em si me decepcionou um pouco...achei que havia pouca variedade de esculturas...




...o jardim é uma atração à parte! Há uma réplica do Pensador em tamanho maior que o original e a famosa "Porta do Inferno", além de uma bela vista para Les Invalides (onde está o túmulo de Napoleão).





Saímos de lá e resolvemos passar no Cafe de Flore, um café parisiense que Sartre e Simone de Bouvoir frequentavam e onde eles escreveram partes de suas obras filosóficas. Sentamos para almoçar e eu comi um típico omelete francês delicioso!



Hoje foi essa a minha viagem...amanhã tem mais!
A bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2009

Os pontos turísticos de Paris...

Saudações!

Pode parecer lugar-comum, mas ontem eu e minha mãe fomos ao lugar mais turístico de Paris: O Arco do Triunfo e a Torre Eiffel!
Saímos de casa lá pelas 9h30 com intenção de passar no posto de turismo e comprar o "Paris Museum Pass", um cartão que dá direito à entradas gratuitas e ilimitadas em quase todos os museus e monumentos de Paris. Ele tem validade de 2, 4 ou 6 dias consecutivos e o preço varia conforme a quantidade de dias escolhidos.
Lá fomos nós para o endereço que eu tinha...porém, fomos parando para ver as belas paisagens da cidade, sem falar nas lojas de cremes e perfumes que estavam pelo caminho. Tudo com desconto, pois é época de liquidação em Paris (as grandes liquidações aqui acontecem 2 vezes ao ano: em janeiro e em julho), então , é claro que ficamos um tempão vendo tudo. Não compramos nada, mas pequisamos preços e vimos coisas maravilhosas! Agora eu entendo porque quem tem dinheiro paga excesso de bagagem quando volta de Paris...
O local de venda do passe era nada menos que o Carrossel do Louvre, uma espécie de saguão do museu, onde estão a venda inúmeros souvenirs. Contudo, como ontem era terça e o Louvre fecha às terças, as lojas também estavam fechadas e nada de passe...

Resolvemos então pegar um metrô para ver a Torre Eiffel que é um dos poucos monumentos em que não se aceita o passe. Descemos na estação de metrô Tuileries e fomos tentar comprar o ticket no guichê eletrônico...um pouco complicado, mas conseguimos!! Descemos na plataforma e pimba: pegamos o metrô para o lado errado!!! Affe!! Tinha que ser eu! Não sei andar de metrô nem no RJ, era muita ilusão acreditar que eu ia acertar logo de primeira aqui!
Bem, resolvido esse probleminha, pegamos o outro metrô e desembarcamos na estação Charles de Gaulle-Étoile. Ao sairmos demos de cara com o Arco do Triunfo!! Lindo! Enorme! Ele foi construído por Napoleão entre 1806 e 1836, pois o imperador, após a batalha de Austerlitz, prometeu que seus soldados "só voltarão ao lar sob arcos de triunfo" ! Dito e feito! O monumento deveria dominar Paris e foi escolhida a forma de uma estrela para contorná-lo, daí o nome da estação de metrô: Étoile.


O Arco foi construído em estilo Romano e tem nada menos que 284 degraus em forma de espiral que distanciam os pobres mortais de uma vista maravilhosa que aguarda aqueles que,estoicamente, conseguirem subir todos! Eu subi! Quase morri, mas subi! Lá de cima dá para ver a tal estrela e dá também para ver toda Paris linda, linda linda!



A vista inclui a Torre Eiffel que parece ainda mais linda assim de perto...



Ficamos lá em cima algumas horas, só observando a cidade e sentindo aquele vento parisiense batendo no rosto...
Descemos! Aliás, a descida é muito rápida, quando vimos já estávamos lá embaixo! Resolvemos ir à Torre. Mais um metrô, dessa vez para o lado certo! Entre a estação e a Torre havia um lindo jardim tão bem cuidado que eu tive que tirar foto.


Fomos andando e, de repente, por detrás das árvores, surge o monumento criado por Gustave Eiffel para uma feira de exposição universal em 1889! Era para ter sido desmontada em 6 meses, mas os parisienses se encantaram tanto com sua imponência e beleza que ela não só já existe há 120 anos, como também virou o símbolo da cidade!

Para subir na Torre existem 4 elevadores, um em cada base. O que nós pegamos era o da base Leste. É fácil: você escolhe uma das quatro filas, chega no guichê, compra o bilhete até o segundo ou terceiro andar e logo ali já entra na fila do elevador. Fomos só até o segundo andar porque o terceiro só começava a vender mais tarde. A subida é rápida e não tem nada de extraordinário, mas a vista...essa vale a pena!!!


Dá pra ver toda Paris, assim como do Arco do Triunfo, contudo de um ângulo completamente diferente! Ou seja, não acreditem se disserem que basta subir em um deles para ver Paris do alto. Não é verdade. As vistas são completamente diferentes!


Ficamos lá mais umas duas ou três horas, só observando. A Torre é muito mais cheia que o Arco e os souvenirs que vendem na lojinha lá em cima também são mais caros que os do Arco e nem são mais bonitos...


Depois de descermos da Torre, estávamos com fome, afinal já eram quase 4 da tarde! Fomos a um bistrô chamado "Le Boujoulais" que ficava na Rue Suffren e pedimos uma "formule du jour" que compreendia um prato principal (no meu caso, escalope com fritas e no caso da minha mãe, macarrão com molho de frango) + uma sobremesa (sorvete). Para beber, "une carrafe d`eau" que é uma garrafa de água da bica, que não custa nada e tem o mesmo gosto da água mineral daqui, afinal, na Europa, pode-se tomar água direto da torneira, sem problemas.

Ao final do almoço (ou jantar?) queríamos ir ao Museu Rodin, mas não havia mais tempo, então fomos ao museu de arte moderna chamado "Centre Georges Pompidou" , mas por ser terça-feira, ele estava fechado, então só tiramos fotos e olhamos algumas lojinhas no entorno.


De lá fomos à Gare du Nord para comprar nossa passagem para a Bélgica na semana que vem. Tivemos alguma dificuldade para entender como funciona o sistema ferroviário daqui, mas depois de algumas perguntas, descobrimos onde deveríamos ir. Compramos e viemos para casa (que chique! "casa"...estou morando em Paris!). Chegamos quase 22h e ainda era dia!! Incrível como aqui anoitece tarde. Eu querendo ver a cidade iluminada e nada de escurecer!!!
Chegamos em casa, banho e cama, de novo! Podres de cansadas, mas felizes! Os dias estão sendo maravilhosos em Paris!
A Bientôt!


VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2009

terça-feira, 21 de julho de 2009

Enfim, Paris!!



Saudações!

Depois de mais de um ano de planejamentos e sonhos, cá estou eu em Paris!! Depois de mais de 10 horas de avião, estou em solo parisiene. O voo foi ótimo, céu perfeito, sem turbulência. A Air France é uma companhia cara, mas o serviço de bordo é maravilhoso! Cada um tem uma TV (sim, é individual!) com mais de 40 filmes a escolher, entre diversos gêneros, sem falar nos canais de música, séries de TV, informações, clipes musicais e informações sobre o voo. Tudo em uma telinha que deve ter umas 7 polegadas.
Como nosso voo era longo, serviram jantar em um estilo bem francês: com entrada, prato principal, sobremesa e café. Muito bom! Durante o voo podíamos ir até o bar da classe econômica (viu só, não é só a executiva que é privilegiada...) e comer sanduíches, barras de cereal, picolés, amendoins e beber todo tipo de bebida (tinha até champagne!). Ali no bar o pessoal aproveitava para fazer uma social ou ler um pouco, pois era o único lugar do avião que tinha luz, visto que era de noite e as luzes foram apagadas para quem quisesse dormir (se a pessoa se incomodasse com essa pequena luminosidade ainda recebia uma máscara para dormir acompanhada de umas borrachinhas para tampar os ouvidos e ter o sono dos anjos).
Pela manhã, um pouco antes da aterrissagem, serviram um café da manhã com fruta, café com leite, suco, yogurte, pão, queijo, presunto, manteiga e geléia. Delícia!

Chegamos no aeroporto Charles de Gaulle meia hora antes do previsto e ao desembarcarmos, passamos facilmente pela imigração e fomos pegar as bagagens...mas onde??? As escadas indicavam uma espécie de estação onde parava um trem. Estranho...fomos pedir informações (eba! vou usar o meu francês!) e descobrimos que realmente teríamos que pegar aquele trem, pois quem vem do RJ e salta no terminal 2E não pega suas bagagens direto nesse terminal, tem de ir ao outro através do trem. Ufa! Chegamos! E as malas, cadê?
A da minha mãe chegou rápido, mas a minha demorou mais de meia hora e ainda foi para a esteira errada...bem, resolvido isso, saímos e lá estava o David nos esperando!! Que alívio vê-lo ali! Ele nos levou para o apartamento. Pegamos um engarrafamento monumental, pois era segunda-feira, em pleno horário do rush.

Nosso apto fica no Quartier Latin, o quinto arrondissement (distrito) de Paris, uma zona cheia de livrarias e cafés, onde está a famosa universidade Sorbonne.
Paris é linda! Tem prediozinhos bem antigos, super bem conservados e com belas fachadas. Nem preciso dizer que me apaixonei, né?
Nosso apartamento fica em um prédio cuja entrada está entre dois restaurantes de cozinha francesa. Mais parisiense impossível! E nossa rua é super movimentada, cheia de restaurantes, bistrôs e cafés. Uma delicia!!


Depois de desfazermos as malas fomos dar uma volta. Primeira providência: ir a um supermercado abastecer a despensa. A menos de 300 metros existe um "monoprix" que é uma rede de mercados bem famosa aqui por ter preços baixos. Despensa abastecida, era hora de passear por Paris! Meu sonho era ver a Igreja de Notre Dame de perto! Desde que li "O corcunda de Notre Dame" que sou apaixonada por esse lugar! Fomos caminhando (para o lado errado, claro! Eu e meu incrível senso de direção)! E quando vimos estávamos diante da Sorbonne, com sua linda fachada. É, se perder em Paris tem lá suas vantagens...Nos demos conta de que estávamos indo para o caminho oposto, então mudamos de direção. Fomos andando, andando, andando e de repente...


... lá estava ela! Com toda sua majestosa imponência!! Linda, linda, linda!! Só a fachada já vale uma boa meia hora de observação. Sentamos ali e ficamos contemplando toda aquela imensa beleza.
Entramos! A entrada só da igreja é gratuita, só se paga para ver o tesouro e a cripta. E, claro, para subir os 387 degraus e ver a vista junto com os gárgulas lá de cima. Não fomos. Estávamos cansadas demais e só vimos o interior da igreja. Contudo ele é tão lindo que ficamos lá mais de uma hora, só reparando nos detalhes dos vitrais, dos lustres, da arquitetura interna e da rosácea!



Saí de lá feliz! Um sonho realizado!
Fomos passear pela beira do Sena e ver os bouquinistes (é a versão parisiense dos camelôs), onde vimos miniaturas de torre eiffel, miniaturas de notre dame, miniaturas de gárgulas, enfim, era Paris em miniatura ao alcance das mãos! Tudo relativamente barato se pensarmos em termos de euros...
Terminamos o dia comprando um crepe de queijo e presunto na esquina da nossa rua e vindo comer em casa. Depois, banho e cama!! Até o dia seguinte onde teríamos um longo dia pela frente...

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2009

sábado, 11 de julho de 2009

A uma semana da cidade-luz!


Saudações!

Somente uma semana me separa de Paris! Não vejo a hora de chegar lá! Já estou com praticamente tudo pronto, faltando apenas alguns pequenos detalhes de última hora! Já fiz nosso roteiro para a primeira semana, visto que pretendemos comprar o "Paris Museum Pass" que é um passe cultural que dá direito a entrada gratuita em diversos museus. Mas como ele tem um número de dias limitado, eu fiz o roteiro de modo a abarcar a maior parte dos museus nessa primeira semana, incluindo, é claro, o Louvre! Aliás, teremos um dia inteiro dedicado ao Louvre, porque eu não vou me abalar do Brasil para Paris para fazer só uma visitinha rápida à Monalisa...tenho consciência de que é impossível ver tudo mesmo em um dia inteiro, mas já separei as alas que mais me interessam, como a ala grega, a egípcia e a dos impressionistas. Vou ver tudo o que minhas pernas aguentarem e minha mente conseguir registrar...o Louvre é um sonho! O maior museu do mundo! Na segunda semana também teremos mais uma tarde dedicada a ele, mas dessa vez usaremos o ingresso que minha tia nos deu quando esteve lá ano passado.
Paris tem tantos lugares a ver que mesmo passando duas semanas lá acho que não conseguiremos ver nem a metade!
Aliás, falando em roteiro, consegui, finalmente, terminar meu roteiro da Bélgica e descobri que há coisas interessantíssimas para serem feitas em Bruxelas! Talvez nem valha a pena ir a Antuérpia ou a Bruges, talvez seja melhor ficarmos mesmo em Bruxelas para aproveitar tudo o que a cidade oferece...todavia, vamos ver como será na hora, porque por mais que façamos roteiros prévios, a viagem sempre se modifica ao longo do caminho, sempre descobrimos novos caminhos, sempre entramos em ruas que não imaginávamos e acabamos vendo uma cidade mais interessante do que se tivéssemos ficado com aquele roteiro engessado. E a graça de viajar é justamente essa! O roteiro é só para dar um norte, mas não é para ser seguido ao pé da letra! Principalmente se começarmos a entrar em ruas desconhecidas e nos perdermos no meio do caminho...mas, cá entre nós, difícil imaginar uma cidade melhor para se perder do que Paris!

A bientôt!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Parace que os caminhos só levam a Roma, mas e à Bélgica?

Saudações!

Quando resolvemos mudar o itinerário da viagem, eu não podia imaginar como seria difícil achar informações sobre a Bélgica. Simplesmente NÂO EXISTEM guias impressos sobre o país em português! E olha que fui a várias livrarias (Fnac, Saraiva, Siciliano, Livraria da Travessa e outras menores, de bairro)e em nenhuma encontrei um guia especificamente da Bélgica. Há guias da Europa que incluem a Bélgica, mas um guia próprio do país...fiquei querendo!
Quando os atendentes da livraria pesquisavam nos computadores com os nomes "Bélgica", "Bruxelas" ou mesmo "Benelux" (que é o bloco formado por Bélgica, Holanda e Luxemburgo) até encontravam alguns guias, mas TODOS fora de linha, nenhum para repôr no estoque, nem sob encomenda!! Fiquei impressionada!! Como é que um país que tem a sede da união Europeia pode não ter um guia? Ainda se fosse um lugar sem atrativos turísticos, eu entenderia, mas não é o caso! Bruxelas, por exemplo, tem a praça central tida como uma das mais belas do mundo!! Bruges é chamada de "Veneza do Norte" pela sua quantidade de canais e a Antuérpia é famosa por seus diamantes.
Então por que eu não consigo um guia em português sobre esses lugares??? Acho que essa é uma questão sem resposta...

Ao que parece, bem poucos brasileiros viajam para a Bélgica, pois se até pra Bancoc existe guia, creio que as viagens à terra dos smurfs estão meio em baixa por aqui.
O fato é que eu estou tendo um trabalho absurdo! Ficando horas e horas e horas na frente do computador tentando achar na grande rede algo que sirva para guiar meus passos por lá.
Em uma das livrarias citadas acima, tudo o que encontrei de Bruxelas foi um mapa turístico, que comprei, é lógico, para tentar me localizar antes de chegar lá.
Encontrei muita informação na internet, o problema é que estão todas desconectadas. Resultado: eu, igual a uma louca, tentando unir todas as pontas! Me sinto como Teseu , no labirinto do Minotauro! Estou, praticamente, criando um guia personalizado da Bélgica. Ao menos de Bruxelas, que é de onde encontro mais informações. Bruges e Antuérpia ainda estão bastante nebulosas pra mim.

Contudo o que mais de deixa,ao mesmo tempo, triste e perplexa, é ver como uma cidade como Bruxelas com tanto potencial turístico parece esquecida pelas agências de viagens e pelos turistas autônomos! Claro que tem um monte de gente que "dá uma passadinha" em Bruxelas e diz que dá pra ver tudo em um dia! Affe! Nem Conservatória dá pra ver toda em um dia!
Pelo que eu tenho pesquisado existem lugares maravilhosos para se conhecer em Bruxelas, diversos parques, museus, monumentos. Mas parece que os turistas e/ou viajantes preferem ignorar tudo e tratar a Bélgica como um país frio, sem importância e sem glamour!
Certamente Bruxelas não tem o glamour de Paris, tampouco a história de Roma, nem mesmo a movimentada noite de Madrid, mas ela tem seus encantos! Ela pode até não ter a tradição Renascentista de Florença ou a liberdade de Amsterdã, mas Bruxelas abriga um Parlamento europeu, onde as grandes potências do mundo se reúnem para discutir os rumos de seu continente. Democracia de dar inveja a qualquer grego.
Entretanto, reproduzo aqui um parágrafo de um livro que li há algum tempo, de Helena Perim Costa, "O Guia Michelíndio", que parece sintetizar o pensamento dos brasileiros a respeito da Bélgica:
" Se existe um lugar desperdiçado no mundo é este país. É mais ou menos como você ter um apartamento de frente pro mar. Só que de fundos. Ou seja, super bem localizado, mas você não vê nada. Tirando Bruges, uma cidade inesquecível, o resto você esquece. Esquece de ir, esquece que viu, esquece que foi..."

Espero, sinceramente, conseguir ver mais magia nesse país (que, durante minhas pesquisas, tem parecido tão interessante) do que a autora!

A bientôt!
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