Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Vulcão Chileno


Olá, amigos

As coisas andam complicadas no mundo...é terremoto, tsunami, vulcão...parece que o mundo está implodindo!
A última noticia que preocupou sulamericanos e até neozelandeses foi a erupção do vulcão chileno Puyehue. As cinzas expelidas por ele fecharam e ainda estão fechando o espaço aéreo de vários países, incluindo o Brasil, Argentina, Uruguai e até a Nova Zelândia que já tinha problemas suficientes com seus terremotos!
Ano passado um vulcão de nome impronunciável, na Islândia, também fechou o espaço aéreo europeu por um mês. Alguns amigos meus tiveram que cancelar ou modificar as datas de suas viagens. Esse ano a Islândia deu o ar da graça novamente com outro vulcão, mas esse era menos feroz e tudo se normalizou rápido.
Hoje eu já soube que outro vulcão em Eritreia, que fica entre o Sudão e a Etiópia, também entrou em erupção e prejudicou o espaço aéreo no Oriente Médio e na África.
O que está havendo com a Terra, afinal?
Talvez seja a resposta a anos em que ela aguentou o ser humano destruindo, desmatando, jogando resíduos em rios, gases na atmosfera e toda a sorte de malefícios que fizemos com nosso planeta nos últimos anos pós revolução industrial.
Muito triste ver que justamente agora, quando as viagens estão economicamente mais acessíveis, o planeta resolveu se vingar de tudo o que fizemos com ele e temos que deixar de viajar não por falta de dinheiro, mas por falta de condições meteorológicas provocadas por eventos que eram extremamente sazonais e que se tornaram corriqueiros.
Vamos esperar para ver como as coisas ficam nas próximas semanas, nos próximos meses e até nos próximos anos, mas algo me diz que em 2021, daqui a 10 anos, será muito mais complicado viajar, pois esses eventos serão muito mais frequentes. Não que eu seja pessimista, mas a realidade se coloca em nossa frente de uma forma tão explícita que fica difícil ter complexo de Pollyana numa hora dessas.

Até Breve!

p.s. A foto foi copiada do Google imagens, mas infelizmente não consegui descobrir o autor.

sábado, 9 de abril de 2011

Saudade




Olá, amigos!!

Ando com saudade de Paris, com saudade de Veneza, com saudade de viajar...mas acho que estou com saudade da liberdade que uma viagem sozinha me proporciona. Viajar sozinha tem inúmeras vantagens: você faz tudo no seu ritmo, sem se preocupar com ninguém. Acorda a hora que quer, planeja e replaneja o dia à medida que as vontades de ir ali ou acolá vão surgindo, come o que quer, na hora que quer e SE quiser!
Ouve a música que quer no MP3, fica no computador o tempo que achar que deve, passa nos lugares que quer e olha os museus do jeito que acha melhor, sem ter de se deter em uma obra que não interessou ou ficando mais de meia hora em frente a um quadro que ama.
Viajar sozinho só tem duas desvantagens a meu ver: não há ninguém para registrar que você esteve ali nas suas fotos e, a não ser que você seja cara de pau e peça a desconhecidos para tirarem fotos suas (que nem sempre ficam boas!), você não terá muitas fotos com a sua presença diante dos monumentos e paisagens mais interessantes que visitou.
A outra desvantagem é a conversa. Pode ficar chato passar muito tempo sem ter com quem compartilhar o que está vivendo, contudo, eu resolvi esse problema blogando e tendo o retorno dos meus amigos e leitores em tempo real, além disso, sempre que eu ouvia algum brasileiro conversando, me metia e começava a conversar também. Aliás, brasileiro tem essa característica quando viaja sozinho: não pode ouvir português que já quer logo virar amigo de infância da pessoa. Eu era meio cara de pau mesmo, mas nunca excedia os 15 minutos de conversa. Algumas vezes levei foras, mas na maioria, todos estavam querendo compartilhar suas vivências também.
Tirando isso, só vi vantagens em viajar sozinha e estou com saudade disso. Não é que eu não goste de viajar acompanhada (que isso fique bem claro!), mas acho que, vez por outra, preciso dessa liberdade de sair pelo mundo (nem precisa ser para longe, pode ser até  para São Paulo) e ver tudo no meu ritmo, do meu jeito, comigo mesma.
Nem sei explicar por que inventei de fazer esse post hoje, mas acho que, como  minha vida pessoal anda passando por turbulências, acabei lembrando de como foram prazerosas as viagens que fiz comigo.
De qualquer modo, sou uma defensora das viagens solo! Acho que, ao menos uma vez na vida, as pessoas deveriam ter o prazer e o direito de viver essa experiência!

Até!

terça-feira, 22 de março de 2011

A paciência "tsunâmica" dos japoneses

Olá, amigos!

Passado algum tempo do terrível terremoto/tsunami que atingiu o Japão, não venho aqui com nenhuma intenção de dar notícias sobre o assunto, até porque esse é um blog de viagens, contudo, apesar de o Japão nunca ter feito parte das minhas intenções de viagem, tenho que mencionar a admirável paciência que venho percebendo nos japoneses! É incrível como eles se importam com o outro!
Tenho um conhecido que mora lá (a cidade dele não foi atingida!) e ele já havia me falado sobre essa cultura oriental de tentar importunar o mínimo possível o outro. Ele havia dito que os japoneses usam máscaras no seu dia a dia justamente para não contaminar o outro com uma possível gripe; os japoneses, ao chegarem em casa, tiram seus sapatos para não importunar o vizinho do apartamento de baixo; ou ainda: no metrô todos ouvem suas músicas (COM FONES DE OUVIDO!!! Será que os cariocas já ouviram falar nisso??) e nem olham para os outros para não correr o risco de estarem sendo inoportunos e indelicados. Achei tudo isso muito estranho, mas agora, vendo a tragédia que se abateu sobre aquele país, percebo o quanto esse tipo de cultura é importante para manter a ordem.
Vi pessoas ficando horas (literalmente!) nas filas dos postos para abastecerem seus carros. Sem reclamar. Sem buzinar. Apenas esperando, pois todos estavam ali na mesma situação! E, como eles têm a consciência de que ninguém é melhor que ninguém, de que ninguém precisa mais que ninguém, simplesmente não há arruaça, não há confusão. TODOS esperam sua vez com calma.
Também vi senhores e senhoras ficarem horas em filas para receberem um bolinho de arroz, o que seria toda a sua refeição diária, pois é o que o governo está podendo dar a todos. Ninguém reclama ou protesta. Todos sabem que, quem está ali, naquela situação, está porque não tem o que fazer, por isso, protestar seria inútil.
Há uma cultura de paciência intrínsica aos orientais e é isso que evita o caos de saques, assaltos e imposição de toque de recolher, que é o que normalmente acontece nos países ocidentais que passam por tragédias semelhantes. Fiquei admirada em ver como um país pode reagir de forma tão positiva e pacífica a uma tragédia dessa proporção! Até tive vontade de estudar mais sobre essa cultura que, confesso, nunca me interessou muito. Porém, agora, vendo o comportamento exemplar desse povo passei a admirá-los e até a ter vontade de conhecer tudo mais de perto um dia.
Fico vendo o brasileiro que nem precisa de tragédia para mostrar seu imenso egoísmo! Sua política de "farinha pouca, o meu pirão primeiro!". É tão triste perceber o pouco que as pessoas se importam umas com as outras. Vejo gente nos ônibus, literalmente, roubando o lugar dos idosos, grávidas e deficientes. E nem se importam! Acham que têm razão!  São as mesmas pessoas que ouvem música em seus celulares SEM fone de ouvindo, obrigando todo o ônibus a compartilhar de seu mau gosto musical. Certamente são as mesmas pessoas que furam fila no banco, que não devolvem um troco que recebem a mais ou que sonegam impostos inventando dependentes inexistentes para poderem pagar menos.
Todas essas atitudes revelam a falha de caráter latente no brasileiro (provavelmente na maioria dos ocidentais, mas só posso falar pelo meu país) que aprendeu que o certo é levar vantagem em tudo, mesmo que, para isso, tenha que prejudicar outras pessoas. E isso vai desde o limpador de rua até o presidente da república. São poucos os que escapam! Honestidade virou artigo de luxo nesse país! Pior: quem é honesto passou a ser visto como idiota, como alguém que não merece ser levado a sério.
Às vezes eu fico imaginando o que aconteceria se uma tragédia como a do Japão acontecesse por aqui! Como a população se comportaria? Eu sei que existem muitos brasileiros dispostos a ajudar os outros, haja vista as campanhas feitas na época da tragédia da região serrana, mas mesmo nesse episódio, que foi a maior catástrofe natural do país, houve desvio de doações e, provavelmente, de verbas para as mesmas.
Infelizmente fomos forjados no ferro do "jeitinho brasileiro" onde todo desvio de caráter é justificável para trazer vantagens a quem o desviou.
Quem dera o Brasil pudesse aprender um pouco com os japoneses que sabem respeitar seu próximo e que pensam que o outro é um igual e não um inimigo.

Até a próxima!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Nossos 3 últimos dias em Buenos Aires (temporada 2011)

Hola, amigos!

Na terça-feira, dia 11 de janeiro, tive que trocar dinheiro novamente lá na calle Sarmiento (que é a rua onde ficam as casas de câmbio com melhor cotação da cidade), pois, como eu já havia percebido desde que chegamos, Buenos Aires em 2011 estava bem mais cara que em 2010. Tudo subiu uma média de 80% e o dinheiro que eu achei que daria, só deu para a metade do tempo. Ainda bem que trouxe um pouco mais para emergências e também um cartão de crédito.
Pela manhã, passei na Plaza Lavalle, onde fica o famoso Teatro Colón. A reforma desse teatro durou anos e das duas primeiras vezes que fui a Buenos Aires ele estava rodeado de tapumes, mas em abril de 2010 ele foi novamente aberto e fui ali tirar umas fotos (já que não dava para entrar, pois ainda não liberaram as visitas guiadas). O teatro é bonito sim, mas nada tão espetacular...

Dali fui até o Museu Xul Solar (calle Laprida, 1212, Palermo Viejo. Abre de terça a sábado, entre 12h e 19h e a entrada custa 10 pesos). Esse é um museu dedicado a um pintor argentino, cujas pinturas são baseadas em conhecimentos de astrologia, cabala e tarot. O lugar é pequeno, não se pode tirar fotos do interior,mas o acervo vale a pena. Achei as obras desse artista muito bonitas.

No dia seguinte, acordei cedo e fui ao Parque 3 de Febrero, onde estão localizados o Pátio Andaluz...
e o Rosedal....




O lugar é lindo, bucólico, com muito verde. Um passeio bem gostoso para uma manhã. Dali parti a pé para o Malba (Museu de Arte Latino Americano), que fica na calle Figueroa Alcorta, 3415 e tem entrada a 10 pesos. Fecha às terças.
Ali no Malba é onde está o quadro famoso de Tarsila do Amaral entitulado "Abapuru" (não é possível fotografar), além de obras de Frida Kahlo, Diego Rivera, Antonio Berni e Botero. A cada ano há uma exposição temporária no andar de cima. Esse ano tinha uma espécie de "exposição de colchões", era tudo muito psicodélico e não gostei muito...mas arte moderna é isso mesmo.







Dali peguei um táxi para o centro, pois não aguentava mais andar! A noite fui ao "Siga la Vaca", um restaurante em Puerto Madero com a famosa "parillada", uma espécie de churrasco portenho. A carne da Argentina é algo singular! Não sei o que eles fazem, mas a maciez e a suculência são inigualáveis! Recomendo muito esse restaurante! Paguei 85 pesos por pessoa, com direto a comer quanta carne e acompanhamento quiser, mais um litro de bebida (cerveja, vinho da casa ou refrigerante), mais uma sobremesa a escolher. Água com ou sem gás era a vontade! Quase explodi de tanto comer!!!! Uma delícia!
Quinta-feira, dia 13, era o último dia em terras portenhas, então resolvi apenas passear um pouco. Fui a calle Florida, ao centro da cidade e comi um "pancho", que é a versão de cachorro-quente de lá. Super simples e super barato também. Vale a pena experimentar.
Á noite, arrumei a mala (foi uma ginástica conseguir fazer caber tudo! Isso que dá levar mala pequena!) e no dia seguinte, pela manhã, vim embora.
Voo tranquilo. Cheguei ao Rio por volta de 15h30 e foi muito bom chegar em casa! Adoro viajar, mas retornar é sempre muito prazeroso...mas os leitores desse blog não perdem por esperar, pois já estou nos preparativos para a próxima viagem em julho!

Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2011

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Jardim Bothânico e Edifíco Barolo: construções de influências europeias em Buenos Aires

Hola, amigos!

Segunda acordei cedo, mas estava morta depois da odisseia do dia anterior! Mesmo assim, resolvi ir ao Parque 3 de Febrero, que fica em Palermo. Peguei o metrô até lá e, ao chegar perto da entrada, um senhor muito simpático que estava ali fazendo seu cooper me abordou e disse que, às segundas, o parque estava fechado! Raios! No meu guia de viagem diz que ele abre diariamente! Diariamente não é todo dia? Hunf!
Para não perder a viagem, resolvi ir ao Jardim Bothânico. Este estava aberto! É um belo parque, cheio de esculturas em estilo grego. É menor que o do Rio de Janeiro e tem uma variedade de flora menor também, pelo menos aparentemente.O Parque foi criado, em 1898, por Charles Thays, um paisagista francês que se inspirou no Bois de Boulogne. As estátuas colocadas ao longo do parque dão um ar antigo e gostoso!


Fiquei um tempo lá, mas estava cansada para andar demais e fui descansar um pouco antes de ir a uma visita guiada que havia marcado lá no Edifício Barolo. Esse edifício localizado ao lado do hotel, na avenida de mayo, 1370, foi inspirado na "Divina Comédia" de Dante.


É interessante visitar esse prédio que funciona como um edifício comercial, cheio de escritórios. Ele tem 22 andares, pois a maioria dos cantos da Divina Comédia tem 22 versos. No saguão, existem alguns gárgulas ou bestas para fazer referência ao "inferno" dantesco.


Ali há também uma curiosa estátua que mostra uma águia elevando Dante morto até o paraíso. Na verdade a intenção do construtor do edifício era trazer as cinzas de Dante para serem colocadas sob essa estátua, contudo a estátua original se perdeu na viagem de navio e o que vemos hoje é uma réplica. Além disso a Itália também não permitiu que a cinzas de seu escritor fossem mandadas para a Argentina.


Depois sobe-se (de elevador) até o 14° andar, onde começa o purgatório. Dali são 6 lances de escada (em espiral) para se chegar ao topo,ou seja, ao paraíso, onde há uma bela vista da praça do Congresso.


Dali subi mais 2 andares em uma escadinha super estreita (lembrei tanto do Vaticano!) para se chegar ao farol. Esse farol deveria se comunicar com o do Uruguai, contudo quando foram construídos os prédios, ninguém levou em conta a inclinação da Terra, então as luzes não se encontram.
Ali é o mais perto do céu que se pode chegar em Buenos Aires. Depois desci para ver o escritório do criador do edifício, com um busto de Beatriz, a amada de Dante e outro do próprio escritor.



Descobri, inclusive, que o número do prédio foi escolhido de propósito pois foi o ano em que Dante escreveu "A Divina Comédia". A visita, em si, é mais curiosa do que bonita, mas é interessante ver como um livro pode ser tão importante para uma pessoa. O passeio custou 40 pesos por pessoa e deve ser agendado com antecedência na cabine que fica no saguão. Depois disso resolvi me poupar um pouco e fui descansar no hotel.

Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2011
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