Ciao, amigos!
Hoje foi um dia muito agradável, pois fui encontrar o Theo, um amigo da época da montanha, que mora aqui na Toscana. Saí cedo e fui até a estação de trem comprar passagem para Viareggio, que é a província onde ele mora. O trem saiu as 8 horas da manhã e durante todo o trajeto eu me senti em Uganda, devido à quantidade de africanos presentes dentro do trem! Em dado momento, olhei ao meu redor e percebi que eu era a única branca do vagão.
Todas as mulheres estavam vestidas com aquelas roupas coloridas e lenços na cabeça combinando, já os homens usavam calças quadriculadas à la Nelson Mandela e estavam todos de chinelo de dedo. Falavam uma língua estranha, talvez um dialeto, que eu não conseguia entender uma só palavra e riam! Riam alto, fazendo brincadeiras uns com os outros. Pareciam felizes!
Era engraçado ter esse contato tão direto com a África estando na Europa, contudo, tenho percebido cada vez mais a presença não só de africanos, mas de árabes e asiáticos aqui na Europa. Desde Paris que tenho notado que a quantidade de pessoas não-europeias vivendo e trabalhando aqui é muito maior do que, provavelmente, os governos gostariam. Talvez agora eu consiga entender toda a política de leis severas contra a imigração ilegal que existe por essas bandas de cá. No Brasil não temos isso. A mistura de povos se dá de uma forma pacífica e somos todos meio índios, meio europeus e meio africanos, mas aqui tudo parece bem separado. É como se existissem guetos, não propriamente físicos, mas imaginários. Aqui cada povo faz questão de manter suas tradições, seja na língua, no vestuário ou na comida. Bem diferente do Brasil, em que tudo se mescla tornando nosso país de uma pluralidade única no mundo, onde todos são apenas brasileiros.
Depois de 1h40 desses pensamentos que acabei de comentar desci em Viareggio e liguei pro Theo. Ele foi me buscar na estação e foi me mostrar a linda cidadezinha onde ele mora. É um local de praia e tem uma marina com farol e tudo.
Ele me contou que Puccini, o compositor, viveu ali e até me mostrou o piano que ele tocava. Hoje fica em uma livraria.
Viareggio tem uma arquitetura bem simpática, um clima gostoso, com uma brisa agradável. Depois de um giro pela cidade, pegamos o trem para Lucca, uma outra cidade da Toscana. Essa é bem medieval e ainda conserva as muralhas e os portões que cercavam a cidade. A gente se sente entrando em outro tempo, em uma época em que se andava a cavalo e os homens vestiam aquelas armaduras para defender sua cidade.
Fomos caminhando por Lucca e vendo toda aquela bela arquitetura medieval impressionantemente preservada! As torres, as casas com seus tijolos vermelhos, as paredes com tanta história para contar! Eu e o Theo começamos a nos perguntar quantas pessoas já teriam habitado aquelas casas, quantas pessoas teriam vivido, morrido e amado ali! Quantas festas, quanta música e quanta tragédia guardam aquelas ruas e aquelas paredes! Era muito interessante poder vivenciar em pleno século XXI a aura de uma cidade tão antiga!
Por fim, fomos a uma das torres, uma das mais antigas e que tem árvores em seu cume. Pagamos 3,50 euros para subir os 230 degraus e nos depararmos com a mais bela visão de toda a cidade!! Era deslumbrante ver tudo ali de cima! Cada torre, cada casinha, cada ruela, cada igreja, tudo podia ser visto dali! E batia um vento gostoso! Tirei milhões de fotos, é claro!
Depois eu o Theo ficamos ali apenas conversando e rindo! Rindo muito! Era divertido poder re-encontrar um amigo de tanto tempo e poder conversar em português! Contamos da nossa vida e rimos! Estávamos felizes! Tanto que as pessoas em volta, que não sabiam do que estávamos falando, também riam, só por ver a nossa alegria!
Saindo dali fomos ao Duomo da cidade e reparamos que ele foi construído grudado no campanário, provavelmente para evitar a queda deste. Eram as soluções arquitetônicas encontradas na época para se resolver os problemas de estrutura de uma edificação. Não fica bonito, mas ao menos, evita problemas.
Dali fomos para a estação de trem, pois eu voltaria para Firenze e ele para Viareggio. O trem demorou a sair e pudemos conversar mais um pouco. Por fim nos despedimos e meu trem partiu. Voltei para Firenze ouvindo MP3 e pensando em como o dia tinha sido divertido! Quanta história eu aprendi, quanta vivência diferente eu pude ter estando ali naquela cidade que se conserva ainda tão medieval, quantas risadas eu dei ao lado de um amigo que não via há tanto tempo! O dia realmente tinha sido especial! Eu estava cansada quando cheguei a Florença, mas um cansaço bom, daqueles que fazem a gente ter a certeza de que o dia valeu a pena!
Arrivederci!
VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO DE 2010
Imagine este blog como um laboratório de química: são muitas informações, sendo algumas conflitantes, algumas explosivas, algumas sem efeito, mas que no fim, acabam se transformando em um fantástico experimento! Viajar foi, sem dúvida, o melhor experimento da minha vida!
Sobre mim
Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Uffizi e Pitti: A arte Florentina
Ciao, amigos!
Hoje o dia foi uma overdose de arte, vista sob a forma de pinturas e esculturas! É que fui fazer um dos passeios que mais queria aqui em Firenze: A Galleria degli Ufizzi! É lógico que eu já havia comprado meu ingresso pela internet, afinal, não queria perder 2 a 3 horas numa fila esperando. Foi muito fácil, em menos de 10 minutos eu troquei meu voucher pelo ingresso e estava dentro da galeria. O acervo é riquíssimo, com obras de diversas épocas e escolas italianas, contudo, a sala que mais me impressionou foi a número 14, com quadros de Botticelli. E, de repente, ali estava à minha frente "O nascimento de Vênus", um quadro de uma beleza impossível de descrever! Fiquei encantada! Parei ali uma meia hora só observando os detalhes. Passaram umas 3 excursões por mim e eu ali, que nem boba, olhando o quadro! É claro que, como todos os museus italianos, não foi possível tirar fotos, então, comprei postais e fotografei para vocês!
Há uma infinidade de obras belíssimas na Galleria. Quadros de Michelângelo; Leonardo da Vinci, no tempo em que ele andou por Florença; Tintoretto; Tiziano; Bellini; Rubens, Van Dyck; Caravaggio, deste, inclusive, está acontecendo em vários museus de Firenze, uma mostra com as obras mais famosas dele. Aqui eu pude ver "A Medusa", pintura em têmpera que ele fez sobre um escudo de bronze para captar ao máximo a ideia do reflexo da górgona no escudo feito de espelho por Perseu, antes de matá-la. Muito interessante.
Nessa galeria há uma quantidade enorme de cultura e arte que não se consegue apreender em apenas 3 ou 4 horas...mas vale a pena tentar ver e entender um pouco disso tudo. Diante de tanta arte, dá a sensação de que nos tornamos pessoas melhores...
Saindo da Uffizi fui almoçar em um restaurantezinho ótimo que fica na esquina da Via Lambertesca com Via por S. Maria. Chama-se “Orologio”e tem vários sabores de pizza a 3 euros a fatia. Cada uma mais deliciosa que a outra! Comi uma de berinjela e outra de champingnon. Huuuum!!!!
Dali, rumei para o Pallazzo Pitti, que foi a principal sede dos Médici, a família de mecenas de Florença. O lugar tem uma arquitetura fantástica já por fora! Seu projeto é de Brunelesco, o mesmo da cúpula do Duomo, e data de 1487. Pra variar, nada de fotos do interior. Só pude tirar fotos externas das réplicas que estão expostas.
Dentro desse palácio há a Galleria Palatina, um conjunto de 26 salas, todas forradas de pinturas! É muita informação pra uma pessoa só!!! Chegou um momento em que eu estava saturada de tanta pintura! Na verdade, eu gosto mesmo é dos tetos! E há uma sala dedicada a Hércules que não tem quadros, pois suas paredes são todas pintadas com passagens da vida do herói grego. Foi o que mais gostei, mas não encontrei postal para comprar...
Saí dali um tanto saturada com tanta obra de arte (ai, ai, já vi que vou ficar louca no Vaticano!), mas estava feliz por ter tido a oportunidade de ver ao vivo todas aquelas obras famosas que a gente vê em livros.
Voltei andando para o hotel, mas antes passei no Mercado San Lourenzo. É uma espécie de “camelódromo” de Firenze e vende de tudo! Comprei umas lembrancinhas e vim para o hotel, pois, a essas alturas, minhas pernas já doíam de tanto caminhar!
Arrivederci!
VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO DE 2010
Hoje o dia foi uma overdose de arte, vista sob a forma de pinturas e esculturas! É que fui fazer um dos passeios que mais queria aqui em Firenze: A Galleria degli Ufizzi! É lógico que eu já havia comprado meu ingresso pela internet, afinal, não queria perder 2 a 3 horas numa fila esperando. Foi muito fácil, em menos de 10 minutos eu troquei meu voucher pelo ingresso e estava dentro da galeria. O acervo é riquíssimo, com obras de diversas épocas e escolas italianas, contudo, a sala que mais me impressionou foi a número 14, com quadros de Botticelli. E, de repente, ali estava à minha frente "O nascimento de Vênus", um quadro de uma beleza impossível de descrever! Fiquei encantada! Parei ali uma meia hora só observando os detalhes. Passaram umas 3 excursões por mim e eu ali, que nem boba, olhando o quadro! É claro que, como todos os museus italianos, não foi possível tirar fotos, então, comprei postais e fotografei para vocês!
Há uma infinidade de obras belíssimas na Galleria. Quadros de Michelângelo; Leonardo da Vinci, no tempo em que ele andou por Florença; Tintoretto; Tiziano; Bellini; Rubens, Van Dyck; Caravaggio, deste, inclusive, está acontecendo em vários museus de Firenze, uma mostra com as obras mais famosas dele. Aqui eu pude ver "A Medusa", pintura em têmpera que ele fez sobre um escudo de bronze para captar ao máximo a ideia do reflexo da górgona no escudo feito de espelho por Perseu, antes de matá-la. Muito interessante.
Nessa galeria há uma quantidade enorme de cultura e arte que não se consegue apreender em apenas 3 ou 4 horas...mas vale a pena tentar ver e entender um pouco disso tudo. Diante de tanta arte, dá a sensação de que nos tornamos pessoas melhores...
Saindo da Uffizi fui almoçar em um restaurantezinho ótimo que fica na esquina da Via Lambertesca com Via por S. Maria. Chama-se “Orologio”e tem vários sabores de pizza a 3 euros a fatia. Cada uma mais deliciosa que a outra! Comi uma de berinjela e outra de champingnon. Huuuum!!!!
Dali, rumei para o Pallazzo Pitti, que foi a principal sede dos Médici, a família de mecenas de Florença. O lugar tem uma arquitetura fantástica já por fora! Seu projeto é de Brunelesco, o mesmo da cúpula do Duomo, e data de 1487. Pra variar, nada de fotos do interior. Só pude tirar fotos externas das réplicas que estão expostas.
Dentro desse palácio há a Galleria Palatina, um conjunto de 26 salas, todas forradas de pinturas! É muita informação pra uma pessoa só!!! Chegou um momento em que eu estava saturada de tanta pintura! Na verdade, eu gosto mesmo é dos tetos! E há uma sala dedicada a Hércules que não tem quadros, pois suas paredes são todas pintadas com passagens da vida do herói grego. Foi o que mais gostei, mas não encontrei postal para comprar...
Saí dali um tanto saturada com tanta obra de arte (ai, ai, já vi que vou ficar louca no Vaticano!), mas estava feliz por ter tido a oportunidade de ver ao vivo todas aquelas obras famosas que a gente vê em livros.
Voltei andando para o hotel, mas antes passei no Mercado San Lourenzo. É uma espécie de “camelódromo” de Firenze e vende de tudo! Comprei umas lembrancinhas e vim para o hotel, pois, a essas alturas, minhas pernas já doíam de tanto caminhar!
Arrivederci!
VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO DE 2010
Fiésole, as ruínas etruscas de Firenze
Ciao, amigos!
Hoje acordei cedo, pois queria tomar café da manhã no hotel e pegar o ônibus turístico até Fiésole, onde estão as ruínas etruscas.
O café desse hotel é ótimo! Melhor que o dos outros que fiquei! Tem até ovo cozido! Uma delícia! Depois de bem alimentada, lá fui eu até esse local que dista 9km de Firenze e que mantém preservadas as ruínas históricas. O ingresso custa 12 euros e te dá direito ao passeio completo, incluindo o Teatro Romano, Templo de Minerva, Termas e Museu arqueológico. O teatro romano é do século I d.c. e acomodava até 2000 espectadores.
O templo dedicado à deusa Menrva ( que depois os romanos vieram a chamar de Minerva) é bem interessante...
...mas o melhor de tudo são as termas! Olhar aqueles espaços em pedra onde ficavam as piscinas públicas, com águas frias (frigidarium), águas mornas (tepidarium) e águas quentes (caldarium), e imaginar como era aquilo há mais de 2000 anos, que pessoas eram aquelas que frequentavam aquele lugar, sobre o quê elas conversavam enquanto tomavam banho...foi uma verdadeira viagem no tempo!
Depois fui ao Museu arqueológico com peças etruscas do século I e até algumas mais antigas, de antes de Cristo.
De lá, peguei novamente o ônibus até o centro de Florença onde está a Casa Buonarroti, que era a casa da família de Michelângelo. Ali, há a exposição da coleção de arte que pertenceu à família, incluindo, claro, peças do próprio Michelângelo.
Saindo de lá tomei um sorvete na deliciosa “Gelateria dei Neri”, que fica na Via dei Neri 22 e rumei até a Ponte Vecchio, famosa por ser a mais antiga da cidade e a única que os nazistas não explodiram ao saírem da cidade. Ela também sobreviveu à grande enchente de 1966 e está mais ou menos do mesmo jeito desde 1345. Desde o século XVI que as lojas da ponte são laboratórios de ourives florentinos. As joias são lindas e muito caras...
Florença está sendo uma grata surpresa. A cidade é uma gracinha, com ruelas medievais e prédios históricos. Estou gostando de admirar toda essa arquitetura tão diferente!
Arrivederci!
VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO DE 2010
Hoje acordei cedo, pois queria tomar café da manhã no hotel e pegar o ônibus turístico até Fiésole, onde estão as ruínas etruscas.
O café desse hotel é ótimo! Melhor que o dos outros que fiquei! Tem até ovo cozido! Uma delícia! Depois de bem alimentada, lá fui eu até esse local que dista 9km de Firenze e que mantém preservadas as ruínas históricas. O ingresso custa 12 euros e te dá direito ao passeio completo, incluindo o Teatro Romano, Templo de Minerva, Termas e Museu arqueológico. O teatro romano é do século I d.c. e acomodava até 2000 espectadores.
O templo dedicado à deusa Menrva ( que depois os romanos vieram a chamar de Minerva) é bem interessante...
...mas o melhor de tudo são as termas! Olhar aqueles espaços em pedra onde ficavam as piscinas públicas, com águas frias (frigidarium), águas mornas (tepidarium) e águas quentes (caldarium), e imaginar como era aquilo há mais de 2000 anos, que pessoas eram aquelas que frequentavam aquele lugar, sobre o quê elas conversavam enquanto tomavam banho...foi uma verdadeira viagem no tempo!
Depois fui ao Museu arqueológico com peças etruscas do século I e até algumas mais antigas, de antes de Cristo.
De lá, peguei novamente o ônibus até o centro de Florença onde está a Casa Buonarroti, que era a casa da família de Michelângelo. Ali, há a exposição da coleção de arte que pertenceu à família, incluindo, claro, peças do próprio Michelângelo.
Saindo de lá tomei um sorvete na deliciosa “Gelateria dei Neri”, que fica na Via dei Neri 22 e rumei até a Ponte Vecchio, famosa por ser a mais antiga da cidade e a única que os nazistas não explodiram ao saírem da cidade. Ela também sobreviveu à grande enchente de 1966 e está mais ou menos do mesmo jeito desde 1345. Desde o século XVI que as lojas da ponte são laboratórios de ourives florentinos. As joias são lindas e muito caras...
Florença está sendo uma grata surpresa. A cidade é uma gracinha, com ruelas medievais e prédios históricos. Estou gostando de admirar toda essa arquitetura tão diferente!
Arrivederci!
VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO DE 2010
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A bela e medieval Firenze
Ciao, amigos!
Saí de Veneza ontem com um certo aperto no coração e uma esperança de que Firenze (ou Florença, em português) fosse linda e acolhedora como todos diziam que era, pois, depois de Veneza, acho que seria difícil eu me encantar com outra cidade.
Depois de uma viagem de pouco mais de 2 horas num trem Eurostar, cheguei à capital da Toscana. Passei no posto de informações turísticas da estação, peguei alguns folhetos e saí para procurar meu hotel. Na verdade, quando eu escolhi ficar em Florença, recebi de uma amiga a indicação de um bom albergue próximo à estação Santa Maria Novella e havia feito reserva para um quarto compartilhado de 4 pessoas,contudo, ao longo da viagem, tenho ficado em apartamentos, albergues e hotéis sempre em quarto individual e acho que não estava me sentindo muito disposta a compartilhar um quarto com 3 desconhecidos por 6 dias! Então, cancelei a reserva desse albergue e me hospedei no Hotel Boccaccio, indicação de outra amiga, e que fica a uns 200 metros da estação em uma rua que tem de tudo: mini-market, lojas com lembrancinhas baratas, pizzarias, internet, enfim...a rua é ótima e o hotel é bem simpático. Claro que foi mais caro que ficar no albergue, mas eu havia economizado lá em Veneza já com essa intenção.
Depois de me instalar, fui passear pela cidade e, como gosto de fazer assim que chego, dei uma volta em um daqueles ônibus turísticos de 2 andares. A empresa se chama “Citysightseeig” e existe em várias cidades italianas, inclusive o meu ingresso de Milão me deu 10% de desconto no ingresso para esse passeio (custo normal: 22 euros para 48h, são duas rotas que percorrem toda a cidade, incluindo Fiésole), só que o ônibus de Milão tinha opção de língua em português, esse não tem, por isso resolvi treinar meu italiano e fiquei ouvindo a descrição do passeio na língua de Dante.
O primeiro local onde saltei foi na Piazzale Michelângelo, uma espécie de mirante de onde se pode ver toda a cidade. É lindo ver a cúpula do Duomo toda em tijolos vermelhos lá de cima, ver a sinagoga com sua cúpula verde e ver a torre do Palazzo Vecchio, além de se ter uma visão do rio Arno (que, cá entre nós, é bem sem graça).
Esse mirante, como seu nome já diz, faz uma homenagem a Michelângelo, com uma réplica em bronze de seu famoso “Davi”. Há também várias barraquinhas vendendo uma infinidade de souvenirs de todo tipo.
Saindo de lá, peguei o próximo ônibus que me deixou de volta na estação, onde troquei o cupom por meu brinde (ao comprar o tiket do ônibus a gente ganha um cupom que vale uma garrafa de água ou uma bebida gelada a base de sorvete em uma lojinha ao lado) e fui bater perna pela cidade. O primeiro lugar escolhido foi, óbvio, o Duomo, a catedral da cidade, que é dedicada à Santa Maria das Flores e teve sua construção iniciada em 1294. Vários artistas famosos como Giotto, autor do projeto do Campanário e Brunelesco, autor do projeto da cúpula, participaram de sua construção e depois de 140 anos, finalmente, a Igreja ficou pronta. É realmente linda! Parece um doce, todo colorido em mármore branco, rosa e verde. Ficar ali na piazza observando o prédio é um prazer para os olhos. Sua arquitetura é suave e, apesar da riqueza de detalhes, nada fica pesado como, por exemplo, o Duomo de Milão.
O interior da catedral é imenso e um tanto escuro, mas tem uma bela pintura no teto (eu e os tetos..adoro um teto!). Lá dentro, pode-se descer até as ruínas da antiga catedral de Santa Reparata sobre às quais o Duomo foi construído. Não desci, pois queria conhecer mais da cidade lá fora.
Na frente do Duomo está o Batistério de San Giovanni que possui uma lindíssima porta em ouro, feita por Ghiberti, que usou uma perspectiva que prolonga as cenas para um plano de fundo, o que era um conceito novo na época. Essa porta contém 10 cenas bíblicas e foi apelidada por Michelângelo de Portal do Paraíso. Realmente é um encanto poder ver essa preciosidade tão de perto.
Estava eu ali, calmamente tirando minhas fotos, quando de repente fui envolvida por uma excursão de espanhóis e, já que eu entedia o que a guia falava, fiquei ali ouvindo um pouquinho. Descobri que aquela porta que vemos hoje não é a original e sim uma réplica, pois a original foi levada pela grande enchente que houve em 1966, quando o rio Arno subiu mais de 8 metros e chegou a piazza com uma força incrível! Porém, mesmo sendo uma réplica, a porta é, literalmente, um tesouro!
Saindo dali fui procurar a Piazza della Signoria, sobre a qual eu ouvira muito falar nos livros. É um verdadeiro museu a céu aberto! Cada escultura de deixar a gente sem saber para onde olhar! Primeiro me deparei com a réplica de Davi, de Michelângelo! A escultura original ficava nessa praça, contudo, para evitar depredações e vandalismos, ela foi transferida para a Galleria dell'accademia e, para não deixar os florentinos órfãos, aqui foi colocada essa réplica. Ao lado dela está Hércules e o centauro, de Bandinelli. Ambas ficam em frente ao Palazzo Vecchio, um museu que ainda não entrei, mas que está no meus planos pois só a fachada me deixou deslumbrada!
Ao lado do castelo está a Fonte de Netuno, uma obra de Bartolomeo Ammannati que me fez ficar ali uma meia hora só observando os detalhes. Dizer que é linda seria dizer o mínimo!
Mais adiante me deparei com a estátua de Perseu, de Bevenuto Cellini. Ali ele é retratado no momento em que corta a cabeça da Medusa e não pude deixar de lembrar de quantas aulas eu dei sobre esse tema e quantas vezes passei o filme “Fúria de Titãs” ( o antigo, da década de 80, que é bem mais fiel à mitologia) para os meus alunos tentando fazê-los apreender um pouco da riqueza da cultura grega.
Sentei ali nos degraus da escadaria que leva ao Pórtico e fiquei um tempo observando e absorvendo aquelas belíssimas obras de arte. Tudo tão acessível, tudo tão bonito e tudo com tanta história!
Florença é uma bela cidade com um estilo bem medieval e muito diferente de Veneza. No entanto, ela tem seus encantos e, apesar de ser bem pequena, é uma cidade acolhedora e simpática. Um tanto zoneada, como se deve esperar das cidades italianas, mas nada que não se possa tirar de letra. Estou gostando de Firenze e amanhã vou desbravar mais um pouco dos encantos desse lugar.
Arrivederci!
VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO DE 2010
Saí de Veneza ontem com um certo aperto no coração e uma esperança de que Firenze (ou Florença, em português) fosse linda e acolhedora como todos diziam que era, pois, depois de Veneza, acho que seria difícil eu me encantar com outra cidade.
Depois de uma viagem de pouco mais de 2 horas num trem Eurostar, cheguei à capital da Toscana. Passei no posto de informações turísticas da estação, peguei alguns folhetos e saí para procurar meu hotel. Na verdade, quando eu escolhi ficar em Florença, recebi de uma amiga a indicação de um bom albergue próximo à estação Santa Maria Novella e havia feito reserva para um quarto compartilhado de 4 pessoas,contudo, ao longo da viagem, tenho ficado em apartamentos, albergues e hotéis sempre em quarto individual e acho que não estava me sentindo muito disposta a compartilhar um quarto com 3 desconhecidos por 6 dias! Então, cancelei a reserva desse albergue e me hospedei no Hotel Boccaccio, indicação de outra amiga, e que fica a uns 200 metros da estação em uma rua que tem de tudo: mini-market, lojas com lembrancinhas baratas, pizzarias, internet, enfim...a rua é ótima e o hotel é bem simpático. Claro que foi mais caro que ficar no albergue, mas eu havia economizado lá em Veneza já com essa intenção.
Depois de me instalar, fui passear pela cidade e, como gosto de fazer assim que chego, dei uma volta em um daqueles ônibus turísticos de 2 andares. A empresa se chama “Citysightseeig” e existe em várias cidades italianas, inclusive o meu ingresso de Milão me deu 10% de desconto no ingresso para esse passeio (custo normal: 22 euros para 48h, são duas rotas que percorrem toda a cidade, incluindo Fiésole), só que o ônibus de Milão tinha opção de língua em português, esse não tem, por isso resolvi treinar meu italiano e fiquei ouvindo a descrição do passeio na língua de Dante.
O primeiro local onde saltei foi na Piazzale Michelângelo, uma espécie de mirante de onde se pode ver toda a cidade. É lindo ver a cúpula do Duomo toda em tijolos vermelhos lá de cima, ver a sinagoga com sua cúpula verde e ver a torre do Palazzo Vecchio, além de se ter uma visão do rio Arno (que, cá entre nós, é bem sem graça).
Esse mirante, como seu nome já diz, faz uma homenagem a Michelângelo, com uma réplica em bronze de seu famoso “Davi”. Há também várias barraquinhas vendendo uma infinidade de souvenirs de todo tipo.
Saindo de lá, peguei o próximo ônibus que me deixou de volta na estação, onde troquei o cupom por meu brinde (ao comprar o tiket do ônibus a gente ganha um cupom que vale uma garrafa de água ou uma bebida gelada a base de sorvete em uma lojinha ao lado) e fui bater perna pela cidade. O primeiro lugar escolhido foi, óbvio, o Duomo, a catedral da cidade, que é dedicada à Santa Maria das Flores e teve sua construção iniciada em 1294. Vários artistas famosos como Giotto, autor do projeto do Campanário e Brunelesco, autor do projeto da cúpula, participaram de sua construção e depois de 140 anos, finalmente, a Igreja ficou pronta. É realmente linda! Parece um doce, todo colorido em mármore branco, rosa e verde. Ficar ali na piazza observando o prédio é um prazer para os olhos. Sua arquitetura é suave e, apesar da riqueza de detalhes, nada fica pesado como, por exemplo, o Duomo de Milão.
O interior da catedral é imenso e um tanto escuro, mas tem uma bela pintura no teto (eu e os tetos..adoro um teto!). Lá dentro, pode-se descer até as ruínas da antiga catedral de Santa Reparata sobre às quais o Duomo foi construído. Não desci, pois queria conhecer mais da cidade lá fora.
Na frente do Duomo está o Batistério de San Giovanni que possui uma lindíssima porta em ouro, feita por Ghiberti, que usou uma perspectiva que prolonga as cenas para um plano de fundo, o que era um conceito novo na época. Essa porta contém 10 cenas bíblicas e foi apelidada por Michelângelo de Portal do Paraíso. Realmente é um encanto poder ver essa preciosidade tão de perto.
Estava eu ali, calmamente tirando minhas fotos, quando de repente fui envolvida por uma excursão de espanhóis e, já que eu entedia o que a guia falava, fiquei ali ouvindo um pouquinho. Descobri que aquela porta que vemos hoje não é a original e sim uma réplica, pois a original foi levada pela grande enchente que houve em 1966, quando o rio Arno subiu mais de 8 metros e chegou a piazza com uma força incrível! Porém, mesmo sendo uma réplica, a porta é, literalmente, um tesouro!
Saindo dali fui procurar a Piazza della Signoria, sobre a qual eu ouvira muito falar nos livros. É um verdadeiro museu a céu aberto! Cada escultura de deixar a gente sem saber para onde olhar! Primeiro me deparei com a réplica de Davi, de Michelângelo! A escultura original ficava nessa praça, contudo, para evitar depredações e vandalismos, ela foi transferida para a Galleria dell'accademia e, para não deixar os florentinos órfãos, aqui foi colocada essa réplica. Ao lado dela está Hércules e o centauro, de Bandinelli. Ambas ficam em frente ao Palazzo Vecchio, um museu que ainda não entrei, mas que está no meus planos pois só a fachada me deixou deslumbrada!
Ao lado do castelo está a Fonte de Netuno, uma obra de Bartolomeo Ammannati que me fez ficar ali uma meia hora só observando os detalhes. Dizer que é linda seria dizer o mínimo!
Mais adiante me deparei com a estátua de Perseu, de Bevenuto Cellini. Ali ele é retratado no momento em que corta a cabeça da Medusa e não pude deixar de lembrar de quantas aulas eu dei sobre esse tema e quantas vezes passei o filme “Fúria de Titãs” ( o antigo, da década de 80, que é bem mais fiel à mitologia) para os meus alunos tentando fazê-los apreender um pouco da riqueza da cultura grega.
Sentei ali nos degraus da escadaria que leva ao Pórtico e fiquei um tempo observando e absorvendo aquelas belíssimas obras de arte. Tudo tão acessível, tudo tão bonito e tudo com tanta história!
Florença é uma bela cidade com um estilo bem medieval e muito diferente de Veneza. No entanto, ela tem seus encantos e, apesar de ser bem pequena, é uma cidade acolhedora e simpática. Um tanto zoneada, como se deve esperar das cidades italianas, mas nada que não se possa tirar de letra. Estou gostando de Firenze e amanhã vou desbravar mais um pouco dos encantos desse lugar.
Arrivederci!
VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO DE 2010
Até breve, minha linda Veneza!
Ciao, amigos!
Ontem foi meu último dia em Veneza e como eu já havia feito praticamente tudo que tinha planejado, resolvi sair para passear sem destino. Fui andando pela margem que beira o Grande Canal, desde a Piazza de San Marco até o Giardinni Publicci, um jardim muito simpático e com muito verde. Lugar ideal para se descansar da overdose de museus e igrejas que existem na cidade. Fiquei um bom tempo ali, ouvindo meu MP3, e curtindo aquela paisagem belíssima, afinal estou em Veneza!
Depois de muitas fotos e muita música, voltei passeando e me deparei com um “Museu Histórico Naval”. Entrei e descobri coisas lindas lá dentro, incluindo aqueles aparelhos antigos de medição de tempo e espaço como o astrolábio e a bússola usados pelos colonizadores ao saírem de suas terras em busca de novos horizontes...começo a perceber que desde sempre o ser humano tem essa necessidade de desbravar lugares desconhecidos, logo, não sou muito diferente dos homens que empreenderam as grandes navegações...é assim que tenho me sentido: descobrindo novas terras e abrindo novos horizontes pessoais.
Saindo do museu fui caminhando até a outra ponta de Veneza onde está a Igreja de Nossa Senhora della Salute, contudo, pelo caminho, fui encontrando outras igrejas e acabei fazendo praticamente um tour religioso. Primeiro passei pela Igreja de Santa Maria del Giglio e depois pela Igreja de San Maurizio onde estava havendo uma exposição do Museu da música, com diversos instrumentos musicais antigos. Lindo!
Passando pela laguna dourada finamente cheguei a Ponte della Academia e peguei um vaporetto para ir até a Igreja della Salute que é muito bonita, mas o que ela tem de melhor é a vista. Sentar em seus degraus e observar Veneza é uma sensação indescritível!
Saindo dali, ainda embevecida com aquela paisagem, acabei dando a volta na Igreja e me deparei com vistas ainda mais espetaculares! E não é que pelo caminho eu acabei descobrindo um dos locais onde as gôndolas são fabricadas!? Aliás, naquele momento eu estava em um ponto bem pouco turístico de Veneza e, de onde, a vista da laguna é esplendorosa! Como era bom estar ali naquela tarde de sábado, olhando o brilho cor de ouro daquelas águas e observando a cidade mais linda que o homem já foi capaz de criar!
Ao ir embora para o hotel, peguei um vaporetto pois estava cansada de tanto andar no sol e fui arrumar minhas malas para depois ir até a Piazza San Marco, à noite, me despedir de todo aquele sonho que eu havia vivido por 10 dias. Fiquei ali, que nem boba, olhando tudo...a Basílica, o Campanário, a Torre do Relógio, o Palácio dos Doges, o café Florian e o café Quadri, cada um com sua orquestra, aquele céu anoitecendo, as luzes da praça se acendendo, tudo ficando com aquela cor meio amarelada, igual fotografia antiga...era uma Veneza em sépia, ao vivo, ali, só pra mim! Pelo menos, era assim que eu a sentia.
Veneza, meu sonho de menina que tinha se tornado uma doce realidade. Veneza, a minha cidade tão perfeita na imaginação e que tinha sido ainda mais perfeita ao vivo. Veneza, uma expectativa de tantos anos que se tornou uma vivência única. Veneza: dez dias de felicidade nas suas ruas tão diferentes, nos seus museus tão ricos, nas suas igrejas tão belas! Veneza, uma cidade que foi exatamente tudo o que eu sonhei!
Ao voltar para o hotel, naquela noite, tive a certeza de que irei retornar a Veneza. Ali, a beira do Grande Canal, parafraseando a Fontana de Trevi, joguei uma moeda e fiz a promessa: "Eu volto! Pode esperar, Veneza, que eu volto!"
No dia seguinte, acordei, fiz o check-out no hotel e peguei o vaporetto rumo à Ferrovia. Ao subir as escadas, dando uma última olhada para trás para ver o Grande Canal, dei para ele uma piscadela de cumplicidade, sorri e fui embora com a certeza de retornar em breve a esse universo paralelo de sonho e felicidade!
Arrivederci!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010
Ontem foi meu último dia em Veneza e como eu já havia feito praticamente tudo que tinha planejado, resolvi sair para passear sem destino. Fui andando pela margem que beira o Grande Canal, desde a Piazza de San Marco até o Giardinni Publicci, um jardim muito simpático e com muito verde. Lugar ideal para se descansar da overdose de museus e igrejas que existem na cidade. Fiquei um bom tempo ali, ouvindo meu MP3, e curtindo aquela paisagem belíssima, afinal estou em Veneza!
Depois de muitas fotos e muita música, voltei passeando e me deparei com um “Museu Histórico Naval”. Entrei e descobri coisas lindas lá dentro, incluindo aqueles aparelhos antigos de medição de tempo e espaço como o astrolábio e a bússola usados pelos colonizadores ao saírem de suas terras em busca de novos horizontes...começo a perceber que desde sempre o ser humano tem essa necessidade de desbravar lugares desconhecidos, logo, não sou muito diferente dos homens que empreenderam as grandes navegações...é assim que tenho me sentido: descobrindo novas terras e abrindo novos horizontes pessoais.
Saindo do museu fui caminhando até a outra ponta de Veneza onde está a Igreja de Nossa Senhora della Salute, contudo, pelo caminho, fui encontrando outras igrejas e acabei fazendo praticamente um tour religioso. Primeiro passei pela Igreja de Santa Maria del Giglio e depois pela Igreja de San Maurizio onde estava havendo uma exposição do Museu da música, com diversos instrumentos musicais antigos. Lindo!
Passando pela laguna dourada finamente cheguei a Ponte della Academia e peguei um vaporetto para ir até a Igreja della Salute que é muito bonita, mas o que ela tem de melhor é a vista. Sentar em seus degraus e observar Veneza é uma sensação indescritível!
Saindo dali, ainda embevecida com aquela paisagem, acabei dando a volta na Igreja e me deparei com vistas ainda mais espetaculares! E não é que pelo caminho eu acabei descobrindo um dos locais onde as gôndolas são fabricadas!? Aliás, naquele momento eu estava em um ponto bem pouco turístico de Veneza e, de onde, a vista da laguna é esplendorosa! Como era bom estar ali naquela tarde de sábado, olhando o brilho cor de ouro daquelas águas e observando a cidade mais linda que o homem já foi capaz de criar!
Ao ir embora para o hotel, peguei um vaporetto pois estava cansada de tanto andar no sol e fui arrumar minhas malas para depois ir até a Piazza San Marco, à noite, me despedir de todo aquele sonho que eu havia vivido por 10 dias. Fiquei ali, que nem boba, olhando tudo...a Basílica, o Campanário, a Torre do Relógio, o Palácio dos Doges, o café Florian e o café Quadri, cada um com sua orquestra, aquele céu anoitecendo, as luzes da praça se acendendo, tudo ficando com aquela cor meio amarelada, igual fotografia antiga...era uma Veneza em sépia, ao vivo, ali, só pra mim! Pelo menos, era assim que eu a sentia.
Veneza, meu sonho de menina que tinha se tornado uma doce realidade. Veneza, a minha cidade tão perfeita na imaginação e que tinha sido ainda mais perfeita ao vivo. Veneza, uma expectativa de tantos anos que se tornou uma vivência única. Veneza: dez dias de felicidade nas suas ruas tão diferentes, nos seus museus tão ricos, nas suas igrejas tão belas! Veneza, uma cidade que foi exatamente tudo o que eu sonhei!
Ao voltar para o hotel, naquela noite, tive a certeza de que irei retornar a Veneza. Ali, a beira do Grande Canal, parafraseando a Fontana de Trevi, joguei uma moeda e fiz a promessa: "Eu volto! Pode esperar, Veneza, que eu volto!"
No dia seguinte, acordei, fiz o check-out no hotel e peguei o vaporetto rumo à Ferrovia. Ao subir as escadas, dando uma última olhada para trás para ver o Grande Canal, dei para ele uma piscadela de cumplicidade, sorri e fui embora com a certeza de retornar em breve a esse universo paralelo de sonho e felicidade!
Arrivederci!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010
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