Ciao,amigos!
Hoje acordei cedo para poder ir a Basílica de San Marco, cuja fila é sempre gigantesca! Cheguei as 9h em frente à Igreja que abriu suas portas as 9h30 e pude ver aquela imensidão de mosaicos belíssimos! O lugar é um tanto escuro, mas tem um encanto especial pois mostra a união entre Oriente e Ocidente que fez de Veneza a cidade mais próspera de seu tempo!
Grande parte de seu tesouro é fruto de saques, incluindo os 4 cavalos dourados que ficam no interior da Igreja mas que têm réplicas acima das portas principais. Datam do século V e foram saqueados de Constantinopla pelo venezianos durante as Cruzadas.
Há muito ouro nas paredes de mosaicos contudo o mais impressionante é o altar de ouro, chamado de Palla d'Oro que tem incrustadas mais de 2600 pedras preciosas entre rubis, esmeraldas, pérolas e outras...um escândalo!
Pode-se subir as escadas para se ter uma bela visão da Piazza lá do alto. Custa 4 euros, a escada tem degraus gigantescos, mas com o auxílio do corrimão é possível subir e ver Veneza de uma forma especial.
Depois dessa overdose de ouro, riquezas e tesouros, fui passear pelo bairro judeu aqui de Veneza. Ele fica em Cannareggio e, ali, pode-se ter uma vaga ideia da perseguição que esse povo sofreu ao longo dos séculos.
O Ghetto de Veneza foi o primeiro a existir no mundo e recebeu esse nome por causa de uma oficina de fundição de canhão do século XIV, que era chamada de “geto”. Posteriormente esse nome foi dado a qualquer território judeu pelo mundo.
O lugar é feio, maltratado e vários judeus ortodoxos passeiam pelo local. Existem dois ghettos, um novo e um velho, cada um fica de um lado do canal.
Ali há o Memorial do Holocausto, composto de sete relevos, de Albit Blatas, que mostram o extermínio dos judeus nos campos de concentração e há uma placa para que isso jamais seja esquecido! Tocante!
Ali há também o Museu Ebraico com objetos religiosos e documentos. Interessante.
Depois aproveitei um restaurantezinho simpático que havia por ali e fui almoçar uma deliciosa carne com batatas. Dessa vez, com direito a sobremesa! Delícia!
Dali fui a Igreja da Madonna dell'Orto, que ganhou esse nome por causa de uma estátua de Nossa Senhora encontrada numa plantação local (chamada de orto ) e à qual atribuíram alguns milagres. Ali está sepultado o pintor Tintoretto e pode-se ver maravilhosas pinturas dele! A igreja é mais bonita por fora que por dentro, na verdade. É uma linda construção gótica de tijolos vermelhos.
De lá, voltei para o hotel para postar aqui no blog e dizer a todos que acompanham minhas aventuras que agora só voltarei a postar provavelmente na segunda-feira, de Florença, para onde vou no domingo.
Arrivederci!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010
Imagine este blog como um laboratório de química: são muitas informações, sendo algumas conflitantes, algumas explosivas, algumas sem efeito, mas que no fim, acabam se transformando em um fantástico experimento! Viajar foi, sem dúvida, o melhor experimento da minha vida!
Sobre mim
Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Uma ilha de chuva e um bar de sonho em Veneza
Ciao, amigos!
Amanheceu chovendo em Veneza. Acho que quinta-feira é o dia da chuva na cidade! Semana passada, quando cheguei, era quinta e chovia e eu fui justamente ao Campanário de San Marco. Hoje que também chovia resolvi ir ao campanário de San Giorgio, que é uma ilhota que fica bem em frente a Veneza. Acho que gosto de visitar campanários em dias chuvosos...
Fiquei um bom tempo lá em cima observando Veneza e vendo o quanto ela consegue ficar mais e mais linda a medida que a observo com mais atenção! E de repente, o sino do campanário começou a tocar! Um barulho ensurdecedor, mas foi bem interessante estar ali e ouvi-lo tocar (no entanto, agora eu entendo por quê Quasímodo ficou surdo!). Tirei um milhão de fotos e desci para ver a Igreja de San Giorgio. Ao chegar lá embaixo, me deparo com o som do órgão! Mais uma vez fui surpreendida pelo belíssimo som que ecoava em uma acústica perfeita! Foi maravilhoso poder observar tantas obras de arte com aquela música ao fundo...há pinturas de Tintoretto de cair o queixo! Cada uma mais linda que a outra! E o melhor: pude fotografar tudo! Aliás, descobri o motivo de não se poder tirar fotos do interior dos museus e algumas igrejas, eles dizem que é porque assim as pessoas são obrigadas a comprar os postais com as ilustrações das obras! Fiquei pasma com esse motivo tão vil!! Enfim...Veneza vive do turismo. Inclusive eu percebi que os moradores reais de Veneza, aqueles que pegam o vaporetto para irem ao mercado e que fazem as coisas triviais como ir a banco e viver normalmente, esses detestam os turistas. Acham que eles sujam a cidade e eu os ouço falando mal dos turistas nos vaporettos, pois, a essa altura, já fico lá atrás, sentada com os venezianos e não mais na proa do barco para tirar fotos, como os turistas, então consigo entender pedaços de algumas conversas, afinal, italianos, assim como os brasileiros, falam bem alto nos transportes públicos.
Ao voltar da Igreja de San Giorgio chovia à cântaros! Igual ao dia em que cheguei! E,obviamente, voltei para o hotel, pois não há muito o que fazer em Veneza com chuva. Aproveitei para dormir um pouco e escrever posts para o blog. À noite, já havia parado de chover e fui fazer um outro passeio que eu esperava há tempos: ir ao Harry's Bar.
O Harry's Bar é o local onde foi inventado o carpaccio, um prato que eu, pessoalmente, adoro! O local ficou famoso por ter sido muito frequentado pelo escritor Ernest Hemingway e ali foi inventado também o drink que é símbolo de Veneza: o Bellini! Um suco de pêssegos brancos com champagne. Claro que eu tinha que pedir os dois: um carpaccio e um bellini! Felizmente, eles também inventaram um bellini sem álcool, que foi o que eu pedi. O serviço é impecável, a vista é fantástica, a comida é deliciosa e o preço é condizente com tudo isso. Paguei caro, mas valeu cada centavo! Aliás, Veneza está valendo cada centavo economizado durante o último ano. Algumas coisas aqui são caras, mas como era meu sonho vir para cá, acho que vale a pena investir nisso e tornar a realidade o mais perto de tudo aquilo que sonhei.
Ao sair do Harry's Bar, fui passear um pouco pela Piazza San Marco e ouvir o desafio musical que acontece entre os cafés “Florian” e “Quadri”, cada um de um lado da praça e ambos com magníficas orquestras. Um prazer ficar ali ouvindo aquela música e vendo a Piazza se iluminar aos poucos, a medida que a noite cai...
Arrivederci!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010
Amanheceu chovendo em Veneza. Acho que quinta-feira é o dia da chuva na cidade! Semana passada, quando cheguei, era quinta e chovia e eu fui justamente ao Campanário de San Marco. Hoje que também chovia resolvi ir ao campanário de San Giorgio, que é uma ilhota que fica bem em frente a Veneza. Acho que gosto de visitar campanários em dias chuvosos...
Fiquei um bom tempo lá em cima observando Veneza e vendo o quanto ela consegue ficar mais e mais linda a medida que a observo com mais atenção! E de repente, o sino do campanário começou a tocar! Um barulho ensurdecedor, mas foi bem interessante estar ali e ouvi-lo tocar (no entanto, agora eu entendo por quê Quasímodo ficou surdo!). Tirei um milhão de fotos e desci para ver a Igreja de San Giorgio. Ao chegar lá embaixo, me deparo com o som do órgão! Mais uma vez fui surpreendida pelo belíssimo som que ecoava em uma acústica perfeita! Foi maravilhoso poder observar tantas obras de arte com aquela música ao fundo...há pinturas de Tintoretto de cair o queixo! Cada uma mais linda que a outra! E o melhor: pude fotografar tudo! Aliás, descobri o motivo de não se poder tirar fotos do interior dos museus e algumas igrejas, eles dizem que é porque assim as pessoas são obrigadas a comprar os postais com as ilustrações das obras! Fiquei pasma com esse motivo tão vil!! Enfim...Veneza vive do turismo. Inclusive eu percebi que os moradores reais de Veneza, aqueles que pegam o vaporetto para irem ao mercado e que fazem as coisas triviais como ir a banco e viver normalmente, esses detestam os turistas. Acham que eles sujam a cidade e eu os ouço falando mal dos turistas nos vaporettos, pois, a essa altura, já fico lá atrás, sentada com os venezianos e não mais na proa do barco para tirar fotos, como os turistas, então consigo entender pedaços de algumas conversas, afinal, italianos, assim como os brasileiros, falam bem alto nos transportes públicos.
Ao voltar da Igreja de San Giorgio chovia à cântaros! Igual ao dia em que cheguei! E,obviamente, voltei para o hotel, pois não há muito o que fazer em Veneza com chuva. Aproveitei para dormir um pouco e escrever posts para o blog. À noite, já havia parado de chover e fui fazer um outro passeio que eu esperava há tempos: ir ao Harry's Bar.
O Harry's Bar é o local onde foi inventado o carpaccio, um prato que eu, pessoalmente, adoro! O local ficou famoso por ter sido muito frequentado pelo escritor Ernest Hemingway e ali foi inventado também o drink que é símbolo de Veneza: o Bellini! Um suco de pêssegos brancos com champagne. Claro que eu tinha que pedir os dois: um carpaccio e um bellini! Felizmente, eles também inventaram um bellini sem álcool, que foi o que eu pedi. O serviço é impecável, a vista é fantástica, a comida é deliciosa e o preço é condizente com tudo isso. Paguei caro, mas valeu cada centavo! Aliás, Veneza está valendo cada centavo economizado durante o último ano. Algumas coisas aqui são caras, mas como era meu sonho vir para cá, acho que vale a pena investir nisso e tornar a realidade o mais perto de tudo aquilo que sonhei.
Ao sair do Harry's Bar, fui passear um pouco pela Piazza San Marco e ouvir o desafio musical que acontece entre os cafés “Florian” e “Quadri”, cada um de um lado da praça e ambos com magníficas orquestras. Um prazer ficar ali ouvindo aquela música e vendo a Piazza se iluminar aos poucos, a medida que a noite cai...
Arrivederci!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010
Burano e Torcello, as ilhas da Laguna
Ciao,amigos!
Hoje fui passear pelas ilhas da Laguna: Burano e Torcello. Na verdade, eu queria mesmo ir a Torcello, que foi o primeiro lugar para onde foram os refugiados dos hunos no século V. Foi ali que nasceu Veneza! Contudo, não há vaporetto direto,por isso tive de ir primeiro a Burano para fazer baldeação. Para se chegar lá é preciso ir até a Fondamenta Nove e pegar o vaporetto LN que demora uns 45 minutos até Burano. A viagem é bonita, embora cansativa mas ver a laguna dourada sempre dá uma sensação especial...
Burano é uma ilha de pescadores, com casinhas coloridas e cujo principal produto de exportação é a renda. Conta a lenda que as casas eram assim coloridas para que os pescadores, ao voltarem do mar, pudessem encontrar facilmente o caminho de casa e chegar mais rápido até suas esposas que teciam suas belas rendas enquanto os esperavam. Esse artesanato é lindo e caríssimo!
Passeei um pouco pelo ilha, tirei boas fotos, almocei e peguei o vaporetto T que demora menos de 10 minutos até Torcello. Essa ilha foi muito próspera em tempos remotos e dizem que no auge do seu poder a população local chegou a 20 mil pessoas, contudo, o assoreamento do córrego que corta a ilha e a malária foram responsáveis pela sua decadência e hoje o local não tem mais que 20 pessoas morando ali. Justamente por isso é um local que transmite muita paz e tranquilidade.
Adorei passear pelas suas ruazinhas estreitas cheias de pontes pelo caminho e que desembocam na Igreja local, aliás, nas Igrejas, pois são duas, uma ao lado da outra: A Basílica de Nossa Senhora della Assunta, com um painel de tirar o fôlego...
e a Igreja de Santa Maria Fosca, bem simples e bonita...
Há também um museu com peças da época da fundação da ilha, muito interessante! Como não é possível tirar fotos lá dentro, eles colocam algumas peças do lado de fora para serem admiradas e fotografadas.
Torcello é uma gracinha! Adorei ter ido lá! A ilha tem ruínas antigas e uma aura de serenidade que faz qualquer mortal se sentir mais perto de Deus...foi um passeio gratificante!
Saindo de lá, voltei a Veneza imbuída nesse espírito quase religioso e resolvi passear e visitar algumas igrejas como a Igreja de Santa Maria dei Miracoli, uma construção do século XV, toda em mármore colorido! Um encanto! O teto é deslumbrantemente trabalhado e, certamente, se eu fosse escolher uma igreja para me casar (mesmo eu não sendo nem um pouco religiosa) seria essa! Ela parece propícia a casamentos! Tem o tamanho perfeito e a arquitetura perfeita para um evento simples e, ao mesmo tempo, inesquecível...acho que hoje estou mais romântica que de costume...deve ser a saudade!
Saindo de lá, andei um pouco e cheguei em outra Igreja, chamada San Giovanni e Paolo. É a maior igreja de Veneza e foi construída pelos dominicanos entre os séculos XIV e XV.
Quando cheguei lá fui surpreendida por um coral de jovens ingleses que estão fazendo concertos por várias igrejas em Veneza nessa semana. Foi uma bela surpresa, pois fiquei ali ouvindo aquela música linda, naquela igreja com uma acústica maravilhosa, sem falar na beleza do interior dessa Igreja que é de cair o queixo (essa pode fotografar!!!),foi um momento verdadeiramente mágico! E para coroar tudo, no fim, eles ainda cantaram uma música que eu já cantei no coral há anos atrás,o que me proporcionou uma viagem no tempo indescritível!!
Saindo de lá eu estava tão feliz que voltei a pé até a Piazza San Marco, utilizando o meu misterioso senso de direção desenvolvido aqui em Veneza...comi uma pizza, andei pela praça, sem destino...e voltei para o hotel super cansada, mas muito feliz por estar tendo a oportunidade de vivenciar todos esses momentos especiais!
Arrivederci!
VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010
Hoje fui passear pelas ilhas da Laguna: Burano e Torcello. Na verdade, eu queria mesmo ir a Torcello, que foi o primeiro lugar para onde foram os refugiados dos hunos no século V. Foi ali que nasceu Veneza! Contudo, não há vaporetto direto,por isso tive de ir primeiro a Burano para fazer baldeação. Para se chegar lá é preciso ir até a Fondamenta Nove e pegar o vaporetto LN que demora uns 45 minutos até Burano. A viagem é bonita, embora cansativa mas ver a laguna dourada sempre dá uma sensação especial...
Burano é uma ilha de pescadores, com casinhas coloridas e cujo principal produto de exportação é a renda. Conta a lenda que as casas eram assim coloridas para que os pescadores, ao voltarem do mar, pudessem encontrar facilmente o caminho de casa e chegar mais rápido até suas esposas que teciam suas belas rendas enquanto os esperavam. Esse artesanato é lindo e caríssimo!
Passeei um pouco pelo ilha, tirei boas fotos, almocei e peguei o vaporetto T que demora menos de 10 minutos até Torcello. Essa ilha foi muito próspera em tempos remotos e dizem que no auge do seu poder a população local chegou a 20 mil pessoas, contudo, o assoreamento do córrego que corta a ilha e a malária foram responsáveis pela sua decadência e hoje o local não tem mais que 20 pessoas morando ali. Justamente por isso é um local que transmite muita paz e tranquilidade.
Adorei passear pelas suas ruazinhas estreitas cheias de pontes pelo caminho e que desembocam na Igreja local, aliás, nas Igrejas, pois são duas, uma ao lado da outra: A Basílica de Nossa Senhora della Assunta, com um painel de tirar o fôlego...
e a Igreja de Santa Maria Fosca, bem simples e bonita...
Há também um museu com peças da época da fundação da ilha, muito interessante! Como não é possível tirar fotos lá dentro, eles colocam algumas peças do lado de fora para serem admiradas e fotografadas.
Torcello é uma gracinha! Adorei ter ido lá! A ilha tem ruínas antigas e uma aura de serenidade que faz qualquer mortal se sentir mais perto de Deus...foi um passeio gratificante!
Saindo de lá, voltei a Veneza imbuída nesse espírito quase religioso e resolvi passear e visitar algumas igrejas como a Igreja de Santa Maria dei Miracoli, uma construção do século XV, toda em mármore colorido! Um encanto! O teto é deslumbrantemente trabalhado e, certamente, se eu fosse escolher uma igreja para me casar (mesmo eu não sendo nem um pouco religiosa) seria essa! Ela parece propícia a casamentos! Tem o tamanho perfeito e a arquitetura perfeita para um evento simples e, ao mesmo tempo, inesquecível...acho que hoje estou mais romântica que de costume...deve ser a saudade!
Saindo de lá, andei um pouco e cheguei em outra Igreja, chamada San Giovanni e Paolo. É a maior igreja de Veneza e foi construída pelos dominicanos entre os séculos XIV e XV.
Quando cheguei lá fui surpreendida por um coral de jovens ingleses que estão fazendo concertos por várias igrejas em Veneza nessa semana. Foi uma bela surpresa, pois fiquei ali ouvindo aquela música linda, naquela igreja com uma acústica maravilhosa, sem falar na beleza do interior dessa Igreja que é de cair o queixo (essa pode fotografar!!!),foi um momento verdadeiramente mágico! E para coroar tudo, no fim, eles ainda cantaram uma música que eu já cantei no coral há anos atrás,o que me proporcionou uma viagem no tempo indescritível!!
Saindo de lá eu estava tão feliz que voltei a pé até a Piazza San Marco, utilizando o meu misterioso senso de direção desenvolvido aqui em Veneza...comi uma pizza, andei pela praça, sem destino...e voltei para o hotel super cansada, mas muito feliz por estar tendo a oportunidade de vivenciar todos esses momentos especiais!
Arrivederci!
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