Olá, amigos!
Enquanto minha nova viagem não chega, resolvi postar um "pequeno manual" com algumas dicas que aprendi ao longo dos meus dois últimos anos de viagem.
1- Seguro-viagem: faça o seu!
Toda viagem à Europa necessita de um seguro-saúde no valor de 30.000 euros. O quanto você vai pagar por esse seguro depende do número de dias que vai ficar lá, da sua idade e de qual seguradora vai escolher. Eu fiz o meu na casa de câmbio em que troco meus euros, mas você pode fazer direto pela internet ou em uma agência de viagem, tanto faz. O importante é fazer, porque apesar de 99% das vezes eles não pedirem isso quando se passa na imigração, você não vai querer voltar para o Brasil por ter caído justamente no 1% restante, vai?
Uma dica: Passei 57 dias na Europa em 2010 e gastei R$350,00 com o seguro que cobriria qualquer eventualidade médica de que eu pudesse precisar nesse tempo. Graças a Deus não usei, mas conheço várias pessoas que já precisaram! Faça o seu! É um gasto a mais, contudo você viaja descansado!
2- Visa Travel Money
A maioria das pessoas já conhece, porém não custa nada fazer mais um post sobre o assunto. Esse é um cartão que tem a bandeira VISA e que se faz em qualquer casa de câmbio ou mesmo pela internet no Banco Rendimento (www.rendimentovtm.com.br) e funciona como um cartão de débito.
É o seguinte: Você deposita aqui no Brasil a quantidade de reais que quiser nesse cartão (lembrando que cada depósito mínimo é o do valor correspondente a 200 euros/dólares) e vai acumulando ali esse dinheiro como uma espécie de poupança. Ao chegar na Europa, procura qualquer estabelecimento que aceite VISA e pode pagar suas compras com ele, debitando o valor do que estava lá previamente depositado. A vantagem em relação ao cartão VISA internacional (aquele tradicional do seu banco) é que você não paga IOF, o que se gasta é exatamente o que será debitado. Outra super vantagem para quem faz viagens longas é que ele pode ser abastecido aqui no Brasil por alguém que se escolha e você resgata o dim-dim lá fora. É preciso fazer uma procuração na própria casa de câmbio onde se adquire o cartão em nome dessa outra pessoa.
A única desvantagem dele é que se você quiser sacar no caixa eletrônico lá fora (sim, ele tem essa função!) você pagará uma taxa de 2,50 euros por saque, logo a ideia é sacar uma quantia grande pois serão os mesmos 2,50 para um saque de 100 ou de 500 euros.
Contudo, uma outra vantagem é que se perder ou for roubado, pode suspender o crédito e mandar vir outro cartão onde você estiver (grátis só da primeira vez que isso acontece) e transferir seu saldo para esse novo cartão. E você ainda pode acompanhar todas as suas compras, débitos e saldo pela internet.
Dica: Usei em inúmeros lugares, desde farmácia, restaurante, supermercado, compra de passagem de trem até entradas de museu. Muito prático! E mais: para quem quiser há a versão em dólar no mesmo esquema.
3- Vacinação
Descobri que Portugal é o único país da Europa que exige certificado de vacinação contra febre amarela. Claro que isso é teoricamente, nunca ouvi falar de ninguém que voltou porque não tinha tomado a vacina, entretanto, não acho prudente correr o risco de cair naquele 1%, portanto...
O esquema é assim: você vai ao posto de saúde mais perto da sua casa, toma a vacina com pelo menos 10 dias de antecedência da data da sua viagem, e pega o comprovante de vacinação. Ao chegar no aeroporto vai até o posto da Anvisa e transforma esse seu comprovante em um "certificado de vacinação internacional". Para tanto, chegue com antecedência ao aeroporto.
4- Estudo
Eu sei que nem todo mundo tem a paciência de ficar lendo guias, revistas, blogs e tópicos no orkut , facebook e no twitter sobre os lugares para onde quer ir, mas estudar o mínimo a cidade para onde se vai otimiza o tempo e faz com que não se caia nas roubadas típicas para turistas. Por isso, procure se informar sobre o que há para fazer naquela cidade; os horários em que abrem e fecham as atrações que você quer ver naquela época do ano (os horários costumam ser menores no inverno e mais extensos no verão); como é o transporte público e qual a melhor forma de se locomover (em Buenos Aires, por exemplo, pegar táxi pra todo canto é prático e barato, porém, na Europa esse hábito pode arruinar seu orçamento); onde ficam os mercados mais próximos do seu hotel; quais os restaurantes que têm uma boa relação custo-benefício e, se puder, compre com antecedência, pela internet, a entrada para aquele museu concorridíssimo ou para aquela peça imperdível, pois isso, além de garantir sua entrada, evita horas desnecessárias e preciosas na fila.
Dica: Para quem vai a Florença, na Itália, ou ao Vaticano, existe um site excelente chamado Florece Tickets (www.florence-tickets.com) no qual se compra as entradas com bastante antecedência e evita as monstruosas filas da Galleria Uffzi ou dos museus do Vaticano, por exemplo. Eu comprei e achei um excelente custo-benefício.
5- Hospedagem
O melhor lugar para se hospedar em uma cidade é aquele que fica mais perto de tudo o que você considera mais importante!E isso, é claro, varia de pessoa para pessoa. Tem gente que detesta carregar mala, então o melhor lugar para se hospedar é perto do aeroporto ou da estação de trem; tem gente que curte baladas e bares então o melhor lugar para se hospedar é na parte mais boêmia da cidade; tem gente que prefere uma viagem cultural então o melhor lugar para se hospedar é perto de onde se concentram os principais museus e igrejas da cidade; tem gente que gosta de fazer viagem para comprar então o melhor lugar para se hospedar é perto das ruas de compras mais badaladas ou dos shoppings mais famosos. Tudo depende do seu perfil de viajante. Seja ele qual for o importante é conseguir um hotel que atenda às suas necessidades e um dos sites mais interessantes para isso é o www.booking.com onde você pode ver comentários sobre os hotéis e a média das notas dadas pelos hóspedes.
Dica: Prefira hotéis ou albergues em que não se tenha que fazer um depósito prévio e possa cancelar com até 2 dias de antecedência da chegada, porque se você quiser mudar seus planos de uma hora para outra (como aconteceu comigo em Veneza, antes de chegar a Florença) fica mais fácil de minimizar os prejuízos.
6- Visto
Esse tópico ficou por último porque, na minha pouca experiência em viagens internacionais, nunca precisei de visto para onde fui.
Sei o seguinte: Para quem vai a Europa ficar até 90 dias não é necessário ter visto, basta um passaporte válido por, no mínimo, mais 6 meses a partir da sua data de viagem. É só disso que se vai precisar para entrar em qualquer país do chamado "Espaço Schengen". É um acordo firmado entre as 24 nações da União Europeia ( Alemanha, Áustria,Bélgica, Bulgária, Chipre,Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suécia) sobre uma política de livre circulação de pessoas no espaço geográfico da Europa. Na prática, isso permite que você faça a imigração em um país e possa andar livremente por qualquer outro sem ter de carimbar novamente seu passaporte.
Aqui no Mercosul temos um esquema parecido entre Brasil, Argentina Paraguai e Uruguai. Pode-se circular por esses países apenas com a carteira de identidade, sem haver necessidade de passaporte, contudo a cédula de identidade deve estar em bom estado e ter menos de 10 anos de expedição.
Para países da América do Norte como Estados Unidos, Canadá e México é preciso tirar visto, geralmente com alguma antecedência, pois o processo demora um pouco. Descobri, outro dia, que quem tem visto para os Estados Unidos pode entrar no México com ele, sem precisar de outro específico, acho que isso também vale para o Canadá, mas não tenho certeza.
Dica: Há vários sites na internet que falam sobre visto, portanto se você vai para algum país fora esses que eu citei, procure se informar a respeito para não ser surpreendido na hora do embarque.
Creio que essas informações podem ajudar aos leitores desse blog a planejarem melhor suas viagens. Quem quiser também pode trocar dicas aqui na caixa de comentários. Assim como os blogs que li foram de fundamental importância para que eu tornasse minhas viagens quase perfeitas, espero poder ajudar àqueles que leem esse blog na busca de mais informações no que se refere ao tema.
Obrigada aos queridos leitores e até janeiro, na minha próxima viagem, onde eu convido a todos os amigos a viajarem comigo mais uma vez!
p.s. Todos os sites citados nesse post são ou foram usados pela autora e este blog não recebe nada por isso.