Bonjour, amigos!
Saí de Paris hoje. Mas ainda não estou voltando para o Brasil. É que eu decidi passar os últimos 4 dias em Nogent-sur-Marne, uma cidade na periferia de Paris onde o David tem um apto para alugar. Eu tinha visto umas fotos do apto na internet e tinha achado bem bonitinho. Realmente é. Aliás, a cidade em si é uma gracinha! Toda arborizada e bem sossegada. O apto é super bem equipado, tem máquina de lavar, micro-ondas, geladeira, fogão elétrico e uma cafeteira que é show. Há um supermercado perto, uma boulangerie e um Office de Tourisme bem na saída do RER. Inclusive a Renata me ensinou que, para chegar aqui, vindo de Paris, basta pegar RER A na estação Auber/Ópera ou Chatêlet ou Gare de Lyon e seguir na direção de Boissy St.Leger. Ao chegar na plataforma é preciso pegar o trem que vai ou em direção a St. Leger ou em direção a La Varenne e saltar na estação de Nogent Sur Marne. Chegando, deve se seguir a placa para a “avenue Joinville côte des numéros impares”, pois já sairá do lado certo da rua bem em frente ao Franprix e ao Office de Tourisme onde se pode pegar um mapa da cidade (está fechado aos domingos). Dali você está a mais ou menos 1 km do apto, passando por ruas bem agradáveis.
Hoje eu decidi ficar por aqui mesmo, não quis voltar para Paris. Fiquei para conhecer Nogent e também para organizar minhas malas (pois é, agora isso é plural! Malas!). O apto do David fica ao lado de um parque bem bonito, principalmente nessa época do ano em que as árvores estão de cores bem diversas: algumas ainda estão bem verdes, outras amareladas, outras marrons e ainda há aquelas em que as folhas, ao ressecarem, ficam avermelhadas. É um lindo mosaico de cores variadas!
A arquitetura de Nogent também é bonita, com casinhas de muros cobertos de hera, outras com belos muros de pedra. As luminárias da cidade são uma graça e as flores espalhadas por todo canto dão um colorido todo especial!
Passei pela Igreja de Saint Saturnin que data do século XII e foi classificada como monumento histórico em 1862. Tem belos vitrais e uma fachada igualmente bela.
Gostei de passear por aqui. Tudo muito limpo, muito calmo, muito residencial e muito bonito. Não é uma cidade propriamente turística, mas vale a pena conhecer e, quem sabe, até ficar hospedado aqui, já que é tão perto de Paris. Quem quiser ficar no apto do David, o que eu recomendo muito, pode entrar em contato com ele pelo email: newdelhice@aol.com
E não se preocupe, pois ele fala português e é extremamente simpático e muito profissional! Certamente ele também se tornará seu amigo em Paris!
A Bientôt!
p.s. Esse blog não ganha nada para fazer propaganda dos serviços do David, mas como acho que ele é bom profissional, resolvi divulgar de graça mesmo, em nome da amizade que construímos.
VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO/SETEMBRO DE 2010
Imagine este blog como um laboratório de química: são muitas informações, sendo algumas conflitantes, algumas explosivas, algumas sem efeito, mas que no fim, acabam se transformando em um fantástico experimento! Viajar foi, sem dúvida, o melhor experimento da minha vida!
Sobre mim
Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Giverny,os belos jardins do mestre Monet
Bonjour, amigos!
Hoje tive de deixar o apto, então, como eu havia planejado, fui para um hotelzinho aqui na rua ao lado. Chama-se Hotel Mont Blanc e é bem simpático. Quarto grande, ar condicionado, wifi e minha janela tem vista para a Rue de la Huchette que é uma das mais movimentadas aqui do Quartier Latin. Eu adoro!
Depois de me instalar, resolvi fazer um passeio a Giverny, o local onde ficam os jardins de Monet e que ele registrou magistralmente em suas obras. É bem simples chegar lá. O embarque é na Gare Saint Lazare (então, basta seguir o passo a passo do post anterior, da minha ida a Rouen) e deve-se comprar a passagem para parar em Vernon, que é o nome da cidade onde fica Giverny. Ida e volta custaram 25,60 euros. Preste atenção ao número do trem indicado na passagem de ida, pois, geralmente, os trens não têm Vernon como destino final. Pode ser que o trem vá para Rouen ou para Havre ou para alguma outra cidade que tenha parada em Vernon, por isso fique atento ao quadro de “depárts” na Estação. E não deixe de compostar seu bilhete (passar naquela maquininha amarela na frente da plataforma para carimbar o dia e a hora), senão estará sujeito à multa.
A viagem demora 45 minutos e, ao chegar lá, há um ônibus (aqui eles chamam de “navette”) coordenado com o horário dos trens, que leva direto a Giverny. A pé são 6 km. O ônibus custa 4 euros (ida e volta, portanto guarde seu bilhete com cuidado!), demora uns 15 minutos e, o chegar, basta seguir por uma passagem subterrânea e depois ir em direção às placas que dizem “Fundation Claude Monet”. Dica: não siga a placa que diz “acesso direto”, pois indo por ali, você não passará pelo Office de Tourisme e não conseguirá pegar um mapa. Depois da passagem subterrânea siga em frente, em direção ao Museu dos Impressionistas, que o Office de Tourisme fica a direita.
O ingresso para os jardins e a casa onde ele morou custa 6 euros (ano passado havia diferenciação. Quem quisesse ir só aos jardins pagava 4 euros e quem quisesse, além dos jardins, entrar na casa, pagava 6. Esse ano acabou. Custa 6 e pronto!) e, passando pela roleta, você está prestes a entrar em um quadro de Monet! Os jardins são lindíssimos! Foram plantados pelo próprio pintor e, ao ver tudo aquilo, a gente consegue entender por que ele tinha tanta inspiração! O lugar é mágico!
Ano passado eu fui no alto verão e os jardins estavam mais floridos, mas esse ano, indo nesse pré-outono, apesar de ter menos flores, há uma luminosidade indescritível! Tudo parece dourado. As folhas já marrons, prestes a caírem, ficam com uma cor especial quando iluminadas pelo sol. É muito bonito!
Eu não quis entrar novamente na casa (havia entrado ano passado), pois estava muito cheia e não se pode fotografar lá dentro, então fiquei ali, passeando por aqueles jardins no fim da tarde. Tirando inúmeras fotos!
Na saída, passei pela lojinha de souvenirs (se não quiser ir à falência, melhor nem levar cartão de crédito, porque dá vontade de comprar tudo! E tudo é muito caro!) e comprei só uns guardanapos que minha mãe tinha me pedido (e uma caneta e uma lapiseira. Não resisti!) e saí rapidinho antes de cair em tentação!
Fiz um lanche em um restaurante simpático com varanda. Torta de morango e cappuccino. Aliás, o melhor cappuccino que tomei aqui na Europa!
Voltei para o estacionamento para pegar o ônibus e ir para a Gare. Outra dica: ao comprar o bilhete na ida, nesse ônibus, peça ao motorista um papel com os horários de retorno. Ali também estão os horários dos trens de volta para Paris. Peguei o trem e vim ouvindo MP3 a viagem toda. Cheguei aqui e fui comer um crepe em frente à Notre Dame para aproveitar meus últimos momentos em Paris, pois amanhã vou para Nogent sur Marne, uma cidade na periferia de Paris, onde fica o apto do David, que aluguei para ficar nos meus últimos 4 dias aqui. Pretendia ir a Estrasburgo, mas ouvi dizer que terça e quarta vai haver greve na França e não sei se os trens irão funcionar. Vamos ver.
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO/SETEMBRO DE 2010
Hoje tive de deixar o apto, então, como eu havia planejado, fui para um hotelzinho aqui na rua ao lado. Chama-se Hotel Mont Blanc e é bem simpático. Quarto grande, ar condicionado, wifi e minha janela tem vista para a Rue de la Huchette que é uma das mais movimentadas aqui do Quartier Latin. Eu adoro!
Depois de me instalar, resolvi fazer um passeio a Giverny, o local onde ficam os jardins de Monet e que ele registrou magistralmente em suas obras. É bem simples chegar lá. O embarque é na Gare Saint Lazare (então, basta seguir o passo a passo do post anterior, da minha ida a Rouen) e deve-se comprar a passagem para parar em Vernon, que é o nome da cidade onde fica Giverny. Ida e volta custaram 25,60 euros. Preste atenção ao número do trem indicado na passagem de ida, pois, geralmente, os trens não têm Vernon como destino final. Pode ser que o trem vá para Rouen ou para Havre ou para alguma outra cidade que tenha parada em Vernon, por isso fique atento ao quadro de “depárts” na Estação. E não deixe de compostar seu bilhete (passar naquela maquininha amarela na frente da plataforma para carimbar o dia e a hora), senão estará sujeito à multa.
A viagem demora 45 minutos e, ao chegar lá, há um ônibus (aqui eles chamam de “navette”) coordenado com o horário dos trens, que leva direto a Giverny. A pé são 6 km. O ônibus custa 4 euros (ida e volta, portanto guarde seu bilhete com cuidado!), demora uns 15 minutos e, o chegar, basta seguir por uma passagem subterrânea e depois ir em direção às placas que dizem “Fundation Claude Monet”. Dica: não siga a placa que diz “acesso direto”, pois indo por ali, você não passará pelo Office de Tourisme e não conseguirá pegar um mapa. Depois da passagem subterrânea siga em frente, em direção ao Museu dos Impressionistas, que o Office de Tourisme fica a direita.
O ingresso para os jardins e a casa onde ele morou custa 6 euros (ano passado havia diferenciação. Quem quisesse ir só aos jardins pagava 4 euros e quem quisesse, além dos jardins, entrar na casa, pagava 6. Esse ano acabou. Custa 6 e pronto!) e, passando pela roleta, você está prestes a entrar em um quadro de Monet! Os jardins são lindíssimos! Foram plantados pelo próprio pintor e, ao ver tudo aquilo, a gente consegue entender por que ele tinha tanta inspiração! O lugar é mágico!
Ano passado eu fui no alto verão e os jardins estavam mais floridos, mas esse ano, indo nesse pré-outono, apesar de ter menos flores, há uma luminosidade indescritível! Tudo parece dourado. As folhas já marrons, prestes a caírem, ficam com uma cor especial quando iluminadas pelo sol. É muito bonito!
Eu não quis entrar novamente na casa (havia entrado ano passado), pois estava muito cheia e não se pode fotografar lá dentro, então fiquei ali, passeando por aqueles jardins no fim da tarde. Tirando inúmeras fotos!
Na saída, passei pela lojinha de souvenirs (se não quiser ir à falência, melhor nem levar cartão de crédito, porque dá vontade de comprar tudo! E tudo é muito caro!) e comprei só uns guardanapos que minha mãe tinha me pedido (e uma caneta e uma lapiseira. Não resisti!) e saí rapidinho antes de cair em tentação!
Fiz um lanche em um restaurante simpático com varanda. Torta de morango e cappuccino. Aliás, o melhor cappuccino que tomei aqui na Europa!
Voltei para o estacionamento para pegar o ônibus e ir para a Gare. Outra dica: ao comprar o bilhete na ida, nesse ônibus, peça ao motorista um papel com os horários de retorno. Ali também estão os horários dos trens de volta para Paris. Peguei o trem e vim ouvindo MP3 a viagem toda. Cheguei aqui e fui comer um crepe em frente à Notre Dame para aproveitar meus últimos momentos em Paris, pois amanhã vou para Nogent sur Marne, uma cidade na periferia de Paris, onde fica o apto do David, que aluguei para ficar nos meus últimos 4 dias aqui. Pretendia ir a Estrasburgo, mas ouvi dizer que terça e quarta vai haver greve na França e não sei se os trens irão funcionar. Vamos ver.
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO/SETEMBRO DE 2010
Rouen: a cidade de Joana D`Arc
Bonjour, amigos!
Sábado fui à uma cidadezinha aqui perto de Paris chamada Rouen. Ela ficou famosa por ter sido o local onde Joana D'Arc foi queimada.
O passeio começa na Gare Sait Lazare, em Paris (se for de metrô, ao saltar na estação Gare Saint Lazare, que é a última da linha 14, você terá de seguir as placas que dizem “trains grandes lignes” pois é preciso sair da estação de metrô para poder entrar na Gare, que fica ao lado.) Ao sair você verá um stand da SNCF que é onde se compra a passagem. Peça Rouen Rive Droite para poder saltar na estação correta (comprei “aller et retour”= ida e volta por 42 euros. Dizem que há promoções se comprar antes, pela internet), aí é só esperar o número do “voie” (plataforma) aparecer no quadro de “départs” (partidas), compostar o bilhete na máquina amarela na frente da plataforma e entrar no trem. 1h20 depois você chegará a Rouen. Na Gare de lá não há informações turísticas, mas há um pequeno balcão de informações onde peguei uma xerox de um pequeno mapa e perguntei para que lado era a rua principal chamada Rue Jeanne D'Arc (original, não?) e como eu chegava na Catedral de Notre Dame de Rouen, onde se pode conseguir gratuitamente o mapa turístico da cidade.
Fui seguindo a Rue Jeanne D'Arc e, logo no início, a esquerda, vi a Torre Jeanne D'Arc que foi o local onde a heroína ficou presa até ser queimada. Tive que parar e entrar! Descobri que essa torre foi o que sobrou de um castelo que havia sido construído, em 1204, sobre ruínas de um anfiteatro galo-romano do século II d.C., contudo, no século XVI, depois de ser parcialmente destruído por um incêndio e por conta de algumas disputas religiosas, foi ordenada a demolição do castelo. O que restou dele foi a Torre, com 35 metros de altura e mais de 100 degraus para subir.
São 3 pavimentos. Todos contando um pouco da história de Joana D'Arc e de como ela se tornou o mito que é hoje. O ingresso custa 1,50 e é uma visita bem interessante, principalmente para quem gosta dessa parte da história da França!
Saí da Torre e voltei para a rua principal. A arquitetura da cidade é bonita, bem no estilo normando, com aquelas fachadas vermelhas que a gente vê em livros. Até a livraria da cidade é uma atração arquitetônica! Passei por um parque muito simpático com um laguinho com cachoeira e cisnes. Encantador!
Parei em uma Boulangerie (uma mistura de padaria, confeitaria e café) chamada “Paul”, que tem filiais em Paris também, e comi uma tortinha de framboesa (deliciosa!!!) acompanhada de um cappuccino. Andei mais um pouco e vi, também a esquerda, o Palais de la Justice. Um prédio lindo!!!
Continuando pela rua principal, de repente, a esquerda (sempre!) apareceu a famosa Torre do Relógio. Fascinante! O relógio marca a hora, o dia da semana e a fase da lua.
Se você entrar nessa rua da Torre (rue du Gros Horloge) e passar por baixo da Torre do Relógio vai chegar a Catedral de Notre Dame de Rouen, que foi imortalizada nas pinturas de Monet. Dizem que é a mais bonita da França. Realmente ela é belíssima, mas ainda gosto mais da de Paris. Seu estilo é bem gótico e seu interior é gigantesco. E lindo! Uns vitrais de tirar o fôlego, pena que as fotos não conseguem dar essa dimensão.
Saí de lá e, logo em frente, há um Office de Tourisme, onde se pode pegar o mapa da cidade. Há versões em inglês e espanhol. Através do mapa descobri que, voltando para o outro lado da rua do relógio, pode-se ver um Museu dedicado a Joana D'Arc. Quando eu cheguei na frente do museu, achei que era só uma lojinha de souvenirs, mas o museu fica dentro dela. A entrada custa 4 euros. Ali se pode ouvir a história da vida da heroína (desde o início, quando ela recebeu o primeiro chamado até sua morte na fogueira em 1431) através de vários bonecos de cera com audio em inglês, francês, italiano e alemão. E só! Nada de espanhol. Português, então, nem pensar! Nessas horas eu agradeço ter feito curso de francês.
Eu adorei o museu. Fiquei quase duas horas lá e ele nem é tão grande. Em frente ao Museu existe uma Igreja (adivinhem o nome dela?) que foi construída no local onde Joana D'Arc foi queimada. Inclusive, do lado de fora, há uma estátua dela, em tamanho natural, no lugar exato onde ela foi morta. Através de escavações, descobriram que ali era o velho mercado, onde, em épocas remotas, os condenados eram expostos à vergonha pública e eram mortos, por enforcamento ou queimados. A Igreja tem um design super moderno e foi inaugurada em 1979. Seu arquiteto quis dar ao seu interior a forma de um barco, há pequenos vidros em formato de peixe. O exterior lembra vagamente um elmo, usado por Joana D'Arc nas guerras. Há vitrais que vieram da Igreja de São Vicente, cujas ruínas podem ser vistas em um canto da Igreja. Quem diria que uma mulher que foi queimada como herege viraria santa canonizada pela Igreja e tudo!
Ainda havia mais coisas para ver na cidade, mas eu estava cansada e queria voltar para casa para arrumar as malas, afinal, domingo, eu teria de sair do apto e tinha que deixar tudo em ordem. Então, voltei para a Gare, comi algo por lá mesmo e peguei o trem para Paris. A volta foi mais rápida e em uma hora eu já estava na Gare Saint Lazare. Ir a Rouen é um passeio para quem passa mais tempo aqui em Paris ou para quem não está vindo pela primeira vez. Passei uma tarde bem agradável e, de quebra, ainda aprendi um monte de coisa sobre a vida dessa mulher que foi tão importante para a História da França.
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO/SETEMBRO DE 2010
Sábado fui à uma cidadezinha aqui perto de Paris chamada Rouen. Ela ficou famosa por ter sido o local onde Joana D'Arc foi queimada.
O passeio começa na Gare Sait Lazare, em Paris (se for de metrô, ao saltar na estação Gare Saint Lazare, que é a última da linha 14, você terá de seguir as placas que dizem “trains grandes lignes” pois é preciso sair da estação de metrô para poder entrar na Gare, que fica ao lado.) Ao sair você verá um stand da SNCF que é onde se compra a passagem. Peça Rouen Rive Droite para poder saltar na estação correta (comprei “aller et retour”= ida e volta por 42 euros. Dizem que há promoções se comprar antes, pela internet), aí é só esperar o número do “voie” (plataforma) aparecer no quadro de “départs” (partidas), compostar o bilhete na máquina amarela na frente da plataforma e entrar no trem. 1h20 depois você chegará a Rouen. Na Gare de lá não há informações turísticas, mas há um pequeno balcão de informações onde peguei uma xerox de um pequeno mapa e perguntei para que lado era a rua principal chamada Rue Jeanne D'Arc (original, não?) e como eu chegava na Catedral de Notre Dame de Rouen, onde se pode conseguir gratuitamente o mapa turístico da cidade.
Fui seguindo a Rue Jeanne D'Arc e, logo no início, a esquerda, vi a Torre Jeanne D'Arc que foi o local onde a heroína ficou presa até ser queimada. Tive que parar e entrar! Descobri que essa torre foi o que sobrou de um castelo que havia sido construído, em 1204, sobre ruínas de um anfiteatro galo-romano do século II d.C., contudo, no século XVI, depois de ser parcialmente destruído por um incêndio e por conta de algumas disputas religiosas, foi ordenada a demolição do castelo. O que restou dele foi a Torre, com 35 metros de altura e mais de 100 degraus para subir.
São 3 pavimentos. Todos contando um pouco da história de Joana D'Arc e de como ela se tornou o mito que é hoje. O ingresso custa 1,50 e é uma visita bem interessante, principalmente para quem gosta dessa parte da história da França!
Saí da Torre e voltei para a rua principal. A arquitetura da cidade é bonita, bem no estilo normando, com aquelas fachadas vermelhas que a gente vê em livros. Até a livraria da cidade é uma atração arquitetônica! Passei por um parque muito simpático com um laguinho com cachoeira e cisnes. Encantador!
Parei em uma Boulangerie (uma mistura de padaria, confeitaria e café) chamada “Paul”, que tem filiais em Paris também, e comi uma tortinha de framboesa (deliciosa!!!) acompanhada de um cappuccino. Andei mais um pouco e vi, também a esquerda, o Palais de la Justice. Um prédio lindo!!!
Continuando pela rua principal, de repente, a esquerda (sempre!) apareceu a famosa Torre do Relógio. Fascinante! O relógio marca a hora, o dia da semana e a fase da lua.
Se você entrar nessa rua da Torre (rue du Gros Horloge) e passar por baixo da Torre do Relógio vai chegar a Catedral de Notre Dame de Rouen, que foi imortalizada nas pinturas de Monet. Dizem que é a mais bonita da França. Realmente ela é belíssima, mas ainda gosto mais da de Paris. Seu estilo é bem gótico e seu interior é gigantesco. E lindo! Uns vitrais de tirar o fôlego, pena que as fotos não conseguem dar essa dimensão.
Saí de lá e, logo em frente, há um Office de Tourisme, onde se pode pegar o mapa da cidade. Há versões em inglês e espanhol. Através do mapa descobri que, voltando para o outro lado da rua do relógio, pode-se ver um Museu dedicado a Joana D'Arc. Quando eu cheguei na frente do museu, achei que era só uma lojinha de souvenirs, mas o museu fica dentro dela. A entrada custa 4 euros. Ali se pode ouvir a história da vida da heroína (desde o início, quando ela recebeu o primeiro chamado até sua morte na fogueira em 1431) através de vários bonecos de cera com audio em inglês, francês, italiano e alemão. E só! Nada de espanhol. Português, então, nem pensar! Nessas horas eu agradeço ter feito curso de francês.
Eu adorei o museu. Fiquei quase duas horas lá e ele nem é tão grande. Em frente ao Museu existe uma Igreja (adivinhem o nome dela?) que foi construída no local onde Joana D'Arc foi queimada. Inclusive, do lado de fora, há uma estátua dela, em tamanho natural, no lugar exato onde ela foi morta. Através de escavações, descobriram que ali era o velho mercado, onde, em épocas remotas, os condenados eram expostos à vergonha pública e eram mortos, por enforcamento ou queimados. A Igreja tem um design super moderno e foi inaugurada em 1979. Seu arquiteto quis dar ao seu interior a forma de um barco, há pequenos vidros em formato de peixe. O exterior lembra vagamente um elmo, usado por Joana D'Arc nas guerras. Há vitrais que vieram da Igreja de São Vicente, cujas ruínas podem ser vistas em um canto da Igreja. Quem diria que uma mulher que foi queimada como herege viraria santa canonizada pela Igreja e tudo!
Ainda havia mais coisas para ver na cidade, mas eu estava cansada e queria voltar para casa para arrumar as malas, afinal, domingo, eu teria de sair do apto e tinha que deixar tudo em ordem. Então, voltei para a Gare, comi algo por lá mesmo e peguei o trem para Paris. A volta foi mais rápida e em uma hora eu já estava na Gare Saint Lazare. Ir a Rouen é um passeio para quem passa mais tempo aqui em Paris ou para quem não está vindo pela primeira vez. Passei uma tarde bem agradável e, de quebra, ainda aprendi um monte de coisa sobre a vida dessa mulher que foi tão importante para a História da França.
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO/SETEMBRO DE 2010
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
As Catacumbas de Paris, um museu macabro e interessante
Bonjour, amigos!
Hoje, finalmente, fiz o passeio macabro às Catacumbas de Paris. Posso dizer que esse foi o museu mais estranho que já visitei! Comecei pegando o metrô até a estação Denfet-Rochereau. Na saída há um enorme leão de bronze feito pelo mesmo escultor da estátua da Liberdade: Bartholdi. Logo ali em frente está a entrada para as Catacumbas. O ingresso custa 8 euros. Há 130 degraus para descer e 83 para subir. Faz, em média, 14 graus lá embaixo. São 2 km de percurso, que leva mais ou menos 45 minutos para ser percorrido e não é um passeio aconselhável aos claustrofóbicos. Conta a lenda que, no século XIX, os visitantes recebiam uma vela e seguiam uma linha preta pintada no teto. Hoje o percurso é iluminado e há setas marcando o caminho.
As Catacumbas ficam dentro de uma pedreira e a primeira parte do túnel é feito com muros de pedra que sustentam o teto da pedreira, já a segunda parte é lavrada diretamente na pedra. Uma das primeiras câmaras onde se chega é aquela chamada de “Atelier”. Aqui eram realizadas reuniões clandestinas de bruxas, contrabandistas e sociedades secretas desde o século XVIII. Na época da Segunda Grande Guerra, a Resistência Francesa montou seu quartel-general aqui.
Há uma parte que está interditada com fitas, para mostrar que foi ali que aconteceu um desabamento, na época em que funcionava a pedreira, e um trabalhador, chamado Ducure, morreu.
Anda-se bastante até se chegar ao ossário. Logo na entrada há a inscrição: “Pare! Aqui é o império da morte!” e lá dentro não é possível tirar fotos com flash para não danificar os ossos (?). Acredita-se que a ossada de mais de 6 milhões de parisienses esteja aqui, a maioria vinda do “Cemitério dos Inocentes”, chamado assim porque, na época da Revolução Francesa, as pessoas mortas eram colocadas ali para apodrecerem. No início, os ossos eram apenas empilhados nas catacumbas. Mas foi por ordem de Napoleão que eles foram arrumados na forma de mosaico que vemos hoje.
Há também os restos trazidos do “Cemitério da Madelaine”, que ficava perto da Place de la Concorde e para onde iam os corpos dos guilhotinados, por isso, provavelmente, estão entre eles os ossos de Danton, Robespierre, Louis XVI e Maria Antonieta. Não se sabe ao certo porque os guilhotinados eram colocados para apodrecer em uma vala comum, até mesmo o rei que foi morto como nobre, depois foi colocado junto com os plebeus.
Andando mais um pouco chega-se à Fontaine de la Samaritaine (câmara do Poço). Era um poço feito para oferecer água aos trabalhadores da pedreira, mas foi apelidado de “Banho de pés”, pois como não tinha como enxergar no escuro, toda hora as pessoas colocavam os pés dentro do poço.
Há uma cripta que foi usada como Igreja (chamada de Sacellum) e onde havia missa regularmente. Dizem que em 2 de abril de 1897 aconteceu aqui um concerto clandestino com várias marchas fúnebres. Dizem também que o rei Carlos X oferecia aqui jantares secretos. Esses muros guardam muitos mistérios...
Mais alguns minutos de caminhada e chega-se ao monumento chamado de “La lampe sépucrale” (A lâmpada sepucral), que foi o primeiro monumento das Catacumbas, onde, originalmente, ardia um braseiro para melhorar a circulação de ar.
Na última parte do túnel, olhando para cima, pode-se perceber uma câmara em forma de sino, que é o resultado do afundamento gradual do solo. Dizem que esse tipo de formação é muito perigosa, pois, como não é detectada da superfície, um carro que passe pela camada fina pode cair até 30 metros! O último desabamento ocorreu em 1995.
Ao chegar na saída, ali está a escada em caracol com 83 degraus gigantescos para subir. Há uma placa dizendo para se subir devagar. Foi o que eu fiz.
A saída é pela rua Remy-Dumoncel, onde, na outra calçada há uma lojinha de souvenirs das Catacumbas com esqueletos de borracha e coisas do gênero. O dono fala português! Aproveitei para pedir a ele algumas informações de o que fazer por ali e ele me indicou um belo parque chamado Montsouris, onde as pessoas vão para ler, descansar, tomar sol (praia de parisiense é parque!), fazer piquenique e conversar. É um local bem agradável.
Dali votei até o metrô e fui ao Café de la Paix, um famoso (e chique!) café parisiense, onde tomei um capuccino e comi uma bomba de chocolate.
Depois fui andando até a Place Vendôme, uma praça inaugurada em 1699 em cujo centro há uma coluna, chamada coluna Vendôme (que original!) erguida no século XIX como tributo a Napoleão.
Dali, a pé, rapidinho já se chega ao Jardin de Tuileries, lindo, lindo! E dali até o Louvre é um pulinho. Aproveitei para tirar mais fotos da pirâmide do Louvre, dessa vez, durante o dia.
Voltei andando para casa e tirando lindas fotos, afinal, Paris no fim do dia tem uma luminosidade única e hoje, particularmente, as cores estavam especiais! Vi o belo pôr do sol da Pont Neuf (que apesar de se chamar “Ponte nova” é a mais antiga da cidade) e passei pela simpática Praça Dauphine.
E como não poderia deixar de ser, antes de ir embora, dei uma passadinha na Notre Dame só para dar uma olhada e tirar mais algumas fotos dessa Igreja que não canso de fotografar!
No fim, ainda deu tempo de passar no supermercado e vir para casa para tomar banho, comer e dormir!
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO/SETEMBRO DE 2010
Hoje, finalmente, fiz o passeio macabro às Catacumbas de Paris. Posso dizer que esse foi o museu mais estranho que já visitei! Comecei pegando o metrô até a estação Denfet-Rochereau. Na saída há um enorme leão de bronze feito pelo mesmo escultor da estátua da Liberdade: Bartholdi. Logo ali em frente está a entrada para as Catacumbas. O ingresso custa 8 euros. Há 130 degraus para descer e 83 para subir. Faz, em média, 14 graus lá embaixo. São 2 km de percurso, que leva mais ou menos 45 minutos para ser percorrido e não é um passeio aconselhável aos claustrofóbicos. Conta a lenda que, no século XIX, os visitantes recebiam uma vela e seguiam uma linha preta pintada no teto. Hoje o percurso é iluminado e há setas marcando o caminho.
As Catacumbas ficam dentro de uma pedreira e a primeira parte do túnel é feito com muros de pedra que sustentam o teto da pedreira, já a segunda parte é lavrada diretamente na pedra. Uma das primeiras câmaras onde se chega é aquela chamada de “Atelier”. Aqui eram realizadas reuniões clandestinas de bruxas, contrabandistas e sociedades secretas desde o século XVIII. Na época da Segunda Grande Guerra, a Resistência Francesa montou seu quartel-general aqui.
Há uma parte que está interditada com fitas, para mostrar que foi ali que aconteceu um desabamento, na época em que funcionava a pedreira, e um trabalhador, chamado Ducure, morreu.
Anda-se bastante até se chegar ao ossário. Logo na entrada há a inscrição: “Pare! Aqui é o império da morte!” e lá dentro não é possível tirar fotos com flash para não danificar os ossos (?). Acredita-se que a ossada de mais de 6 milhões de parisienses esteja aqui, a maioria vinda do “Cemitério dos Inocentes”, chamado assim porque, na época da Revolução Francesa, as pessoas mortas eram colocadas ali para apodrecerem. No início, os ossos eram apenas empilhados nas catacumbas. Mas foi por ordem de Napoleão que eles foram arrumados na forma de mosaico que vemos hoje.
Há também os restos trazidos do “Cemitério da Madelaine”, que ficava perto da Place de la Concorde e para onde iam os corpos dos guilhotinados, por isso, provavelmente, estão entre eles os ossos de Danton, Robespierre, Louis XVI e Maria Antonieta. Não se sabe ao certo porque os guilhotinados eram colocados para apodrecer em uma vala comum, até mesmo o rei que foi morto como nobre, depois foi colocado junto com os plebeus.
Andando mais um pouco chega-se à Fontaine de la Samaritaine (câmara do Poço). Era um poço feito para oferecer água aos trabalhadores da pedreira, mas foi apelidado de “Banho de pés”, pois como não tinha como enxergar no escuro, toda hora as pessoas colocavam os pés dentro do poço.
Há uma cripta que foi usada como Igreja (chamada de Sacellum) e onde havia missa regularmente. Dizem que em 2 de abril de 1897 aconteceu aqui um concerto clandestino com várias marchas fúnebres. Dizem também que o rei Carlos X oferecia aqui jantares secretos. Esses muros guardam muitos mistérios...
Mais alguns minutos de caminhada e chega-se ao monumento chamado de “La lampe sépucrale” (A lâmpada sepucral), que foi o primeiro monumento das Catacumbas, onde, originalmente, ardia um braseiro para melhorar a circulação de ar.
Na última parte do túnel, olhando para cima, pode-se perceber uma câmara em forma de sino, que é o resultado do afundamento gradual do solo. Dizem que esse tipo de formação é muito perigosa, pois, como não é detectada da superfície, um carro que passe pela camada fina pode cair até 30 metros! O último desabamento ocorreu em 1995.
Ao chegar na saída, ali está a escada em caracol com 83 degraus gigantescos para subir. Há uma placa dizendo para se subir devagar. Foi o que eu fiz.
A saída é pela rua Remy-Dumoncel, onde, na outra calçada há uma lojinha de souvenirs das Catacumbas com esqueletos de borracha e coisas do gênero. O dono fala português! Aproveitei para pedir a ele algumas informações de o que fazer por ali e ele me indicou um belo parque chamado Montsouris, onde as pessoas vão para ler, descansar, tomar sol (praia de parisiense é parque!), fazer piquenique e conversar. É um local bem agradável.
Dali votei até o metrô e fui ao Café de la Paix, um famoso (e chique!) café parisiense, onde tomei um capuccino e comi uma bomba de chocolate.
Depois fui andando até a Place Vendôme, uma praça inaugurada em 1699 em cujo centro há uma coluna, chamada coluna Vendôme (que original!) erguida no século XIX como tributo a Napoleão.
Dali, a pé, rapidinho já se chega ao Jardin de Tuileries, lindo, lindo! E dali até o Louvre é um pulinho. Aproveitei para tirar mais fotos da pirâmide do Louvre, dessa vez, durante o dia.
Voltei andando para casa e tirando lindas fotos, afinal, Paris no fim do dia tem uma luminosidade única e hoje, particularmente, as cores estavam especiais! Vi o belo pôr do sol da Pont Neuf (que apesar de se chamar “Ponte nova” é a mais antiga da cidade) e passei pela simpática Praça Dauphine.
E como não poderia deixar de ser, antes de ir embora, dei uma passadinha na Notre Dame só para dar uma olhada e tirar mais algumas fotos dessa Igreja que não canso de fotografar!
No fim, ainda deu tempo de passar no supermercado e vir para casa para tomar banho, comer e dormir!
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO/SETEMBRO DE 2010
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