Hola, amigos!
Era domingo e também meu último dia nessa cidade pela qual eu havia caído de amores. Eu teria de aproveitar da melhor forma esse dia, por isso, logo após o café da manhã, saí ainda bem cedo e fui andando em direção ao Parque Maria Luisa.
Era domingo e também meu último dia nessa cidade pela qual eu havia caído de amores. Eu teria de aproveitar da melhor forma esse dia, por isso, logo após o café da manhã, saí ainda bem cedo e fui andando em direção ao Parque Maria Luisa.
A cidade estava vazia, lojas
fechadas. Os espanhóis têm a fama de acordar tarde, especialmente aos domingos.
Mas era bom passear por uma Sevilha vazia, quase uma cidade fantasma. Eu tinha
a sensação de tê-la toda para mim. Passei pelo centro histórico, tirando fotos
dos mesmos lugares pelos quais já havia passado, porém, sob novos ângulos,. Fotografei as belas vitrines sem ninguém na frente e
aproveitei para respirar a beleza de uma cidade colorida e que ganhava uma luminosidade preguiçosa que incidia lentamente
sobre suas construções.
Não havia ninguém na rua. Quando em vez eu cruzava com um atleta fazendo seu cooper matinal, mas na maior parte
do tempo éramos apenas eu e a cidade, vivendo aquela paixão silenciosa. E eu me
perguntava quando, em sã consciência, eu andaria pelo Rio de Janeiro num local
tão deserto e sem nenhuma preocupação? Desisti de me responder quando dei de
cara com a Plaza de España, uma praça simplesmente DESLUMBRANTE, que fica
dentro do Parque Maria Luisa. Ela foi construída para a exposição de 1929 e
seus azulejos, cerâmicas e detalhes, que misturam estilos, são encantadores. É
apenas uma praça, mas dá para passar o dia lá sem conseguir apreender todos os
detalhes, toda a riqueza de sua arquitetura e toda a beleza ali inserida. As
fotos, claro, não chegam nem perto da magnificência do lugar.
Depois de inúmeras fotos, de
todos os ângulos possíveis, eu não parava de me indagar como aquela cidade
podia ser tão linda. Como era possível que houvesse tamanha beleza em um único
lugar no mundo, além de Veneza.
Já, refeita do encantamento, continuei
meu passeio pelo parque Maria Luisa, pois eu queria encontrar o Museu de Artes
y costumbres (funciona de terça a sábado de 9h às 19h30 e aos domingos, de 9h às
15h30, ingresso a 1,50 euros) que ficava exatamente do outro lado do
Parque, perto de uma outra praça chamada Plaza de las Americas. A medida que eu
me aproximava, via uma bela construção, semelhante a um palácio e não podia
crer que ali fosse o museu. Mas era. Só a fachada já te deixa de queixo caído.
Ao entrar, descobrimos como vivia a sociedade espanhola da região da Andaluzia desde
priscas eras até os dias de hoje. Seus hábitos, suas festas, suas artes, seus
trabalhos, suas crenças, seus costumes. É uma viagem no tempo e na história, da
qual é impossível se sair da mesma forma que se entrou. Depois de tanta
informação dada de forma tão didática nesse museu, mudamos algo em nós sobre a
compreensão acerca desse povo andaluz. Há algo ali que nos identifica e nos
resgata. Eu realmente estava embevecida com toda aquela cultura!
Saí de lá me sentindo leve e
feliz. Fui almoçar novamente no Genova, aquele restaurante de tapas que
mencionei alguns posts atrás. Guisado de carne era a tapa do dia. Delícia!
Dali, fui a um mirante chamado Metropol, na
Plaza de la Encarnación, bem perto do meu hostel (aliás, tudo era perto do
hostel!) . O lugar é conhecido como “Las setas de la Encarnación” (“Setas”, em
espanhol, é cogumelo. E ao ver aquela arquitetura dá para entender o apelido) .
Ele foi construído em 2011 e é a maior estrutura de madeira do mundo. Tem 4
pisos. No subterrâneo, há uma espécie de antiquário com vestígios arqueológicos
da época romana e árabe. É ali também que se pega o elevador até o topo (custa
3 euros para subir). Lá de cima se pode ter uma visão de 360 graus da cidade. O
céu estava especialmente lindo nesse dia e foi uma maneira de fechar minha
estadia em Sevilha com chave de ouro.
Vista da cidade |
A estrutura de madeira |
As escadas que nos permitem ver Sevilha em 360° |
Claro que eu queria passar mais 3, 5,
1000 dias nessa cidade, mas infelizmente, não era possível. Eu já tinha
passagem de trem comprada para Barcelona no dia seguinte. Mas ali, de cima
daquele mirante, tendo toda Sevilha aos meus pés e vendo aquela beleza de
arrepiar eu me prometi voltar. Há muito ainda a se ver nessa cidade. Muito o
que explorar e conhecer. Ali em cima eu
tive a certeza de que Sevilha não seria um caso de amor passageiro. Sevilha era
para sempre. Sevilha estava agora impressa na minha alma, assim como Veneza e
Paris. Sevilha era minha! E mais do que
isso: eu, agora, também pertencia à ela.
Até a Próxima!
VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2016
VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2016