Bonjour, amigos!
Ontem fui passear um pouco por Paris! Como vou passar ainda um tempo por aqui e já visitei todos aqueles lugares mais turísticos no ano passado, posso me dar ao luxo de não ter de “Bater ponto” nos museus e monumentos, então posso sair sem destino pelas ruas. Afinal, estou de férias! E em Paris!
Ontem fui conhecer um pedaço da cidade que não conhecia: a Île Saint Louis. Comecei pela estátua de Rimbaud que fica na saída do metrô “Sully Morland”.
Atravessando a Ponte Sully, em frente, encontra-se um belo jardim à esquerda. Dali há uma bela vista para o Sena.
Saindo do jardim, fui até o “quai D'Anjou”, onde no número 1 fica o Hôtel Lambert, uma casa do século XVII projetada pelos mesmos arquitetos que projetaram o Palácio de Versalhes. Essa casa já foi ocupada por Voltaire, mas hoje pertence a uma família rica aqui de Paris.
Nessa mesma rua, no número 7, está o Sindicato dos padeiros (pão é coisa muito séria para os franceses e há um concurso todos os anos para escolher o padeiro oficial do presidente) e pelo cheiro que se sente nas ruas não é difícil chegar lá. Uma delícia!
No número 17 ainda do “quai D'Anjou”está o Hôtel Lauzun, com curiosos canos em formato de peixe. Esse hotel, hoje em dia, pertence à cidade de Paris e é usado em recepções.
Ainda nessa rua, no número 29, está a casa onde Hemingway editava um jornal de literatura na década de 20.
No meio do caminho, na “Rue Poulletier”que era onde a ilha se dividia antigamente por um fosso, encontrei uma escola para crianças e, ao lado, um cartaz dizendo que na época da segunda Guerra, muitas crianças que tiveram o azar de nascerem judias, foram mandadas dali aos campos de concentração. Aqui em Paris há uma preocupação muito grande em não se deixar esquecer os horrores da época do nazismo. Eles aqui tem um ditado que diz: “Perdoar sim, esquecer jamais”.
Nessa rua há uma Igreja bem bonita em homenagem a Saint Louis, que dá nome à ilha (A ilha antes se chamava “Île Notre Dame”, só depois passou a ser chamada de Saint Louis, talvez por ser estranho a ilha ter o nome de uma catedral que ficava em outro lugar) . Essa igreja já foi atingida por um raio e o pináculo anterior foi destruído numa tempestade, por isso fizeram esse atual perfurado, para permitir a passagem do vento. Há belos vitrais no interior da Igreja.
No meio do caminho esbarrei com a famosa sorveteria “Berthillon”e, claro, tive de tomar um sorvete, mas depois de tantos sorvetes deliciosos na Itália de sabores inusitados e com um preço bem baixo, o sorvete da Berthillon me pareceu caro e sem graça. Mas foi bom experimentar!
Passei pela “Rue Saint-Louis em île”, a principal rua da ilha, cheia de lojinhas de moda, roupas, doces e crepes. No número 51 dessa rua está o Hôtel Chenizot, uma mansão construída no século XVII, onde viviam famílias nobres. No século XIX virou residência do arcebispo de Paris Monseigneur Affre, que foi baleado ali mesmo, tentando acalmar a multidão na Revolução de 1848.
Andando mais um pouco, a esquina do “quai de Bethume”com a “Rue des Deux Ponts” há a casa onde morou Marie Curie, aquela cientista que descobriu o elemento rádio e que, graças a ela, hoje, muita gente se cura do câncer com a radioterapia. Ela e o marido Pierre Curie, estão enterrados no Pantheon e fui ver o túmulo deles ano passado.
Saindo da ilha, eu estava com fome, então voltei andando aqui para perto de casa e comi em um restaurante que já havia comido em julho, com a Renata. Chama-se “Le Lutéce” e tem um salmão com talharim maravilhoso!
De lá, fui passear um pouco no jardim de Luxembourg e depois fui encontrar a Renata para ela me explicar como eu chegava no apto do David, que vou alugar em setembro e que ela está alugando agora. Fica fora de Paris, em uma cidadezinha bem simpática. O David foi nos encontrar lá, ficamos algumas horas conversando e depois ele me trouxe de volta aqui pro apto no Quartier Latin. Foi um dia bem tranquilo, com cara mesmo de férias.
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO/SETEMBRO DE 2010
Imagine este blog como um laboratório de química: são muitas informações, sendo algumas conflitantes, algumas explosivas, algumas sem efeito, mas que no fim, acabam se transformando em um fantástico experimento! Viajar foi, sem dúvida, o melhor experimento da minha vida!
Sobre mim
Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.