Saudações!
Conservatória foi um distrito muito rico nos áureos tempos em que o café era nossa "moeda forte" aqui no Brasil. Havia mais de 100 fazendas que plantavam o café e o escoavam pelo antigo caminho ferroviário que vinha das Minas Gerais e ia para a Corte, na cidade do Rio de Janeiro, de onde seguia para o porto e outras cidades do país. Essa cultura cafeeira utilizava largamente o trabalho escravo em suas lavouras e mesmo na construção de pontos que hoje são ícones do local como o "Túnel que chora", cujo nome se deve às gotas vindas da nascente sobre ele, que tem 100 metros de extensão e por onde trafegava a Maria Fumaça, hoje parada à entrada da cidade como atração turística. Em tempos remotos a Maria Fumaça puxava não somente vagões com a produção de café, mas também com passageiros e foi aposentada em 1960, após quase 80 anos servindo de interligação entre o vilarejo e os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Também datam do século XVIII as construções de algumas casas em estilo colonial (e preservadas até hoje!) e cujas telhas foram feitas ainda nas coxas pelas escravas.
Também datam do século XVIII as construções de algumas casas em estilo colonial (e preservadas até hoje!) e cujas telhas foram feitas ainda nas coxas pelas escravas.
Em 2008 comemoram-se 130 anos de serenatas em Conservatória, desde que Andreas Schimidt, um professor de música, resolveu sair pela noite enluarada tocando seu violino e atraindo espectadores e posteriormente, adeptos. Hoje o distrito conta com pouco mais de 4 mil habitantes, muitos transformaram suas casas em pequenas pousadas que recebem o turista com um aconchego que só é possível em uma cidade do interior. Durante o dia, o turista pode desfrutar de diversas barraquinhas e lojinhas com artesanato local; doces; licores e queijos produzidos na região. Tudo isso brindado por um céu quase sempre muito azul, uma temperatura amena e a possibilidade de ser surpreendido por uma música conhecida em qualquer esquina.
A Bientôt!
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