Olá, amigos!
Outro dia eu estava lendo o blog da minha querida Mári Campos (
http://pelo-mundo.blogspot.com/) e ali ela comentou que era muito mais fácil planejar a viagem dos amigos que a nossa própria viagem. E é verdade!
Eu estou aqui há meses às voltas com guias, mapas, revistas, dicas de blogs, orkut e outros e ainda não consegui fechar completamente a minha viagem. Sempre aparece um lugar interessante para incluir, uma cidade que fica "no caminho" e que não posso perder, ou ainda uma barbada que, pelo preço, eu "preciso" incluir no meu roteiro!
Isso sem falar na hospedagem...cada vez que me decido por algum apartamento, albergue ou hotel, surge outro que parece mais bem localizado por um preço melhor...como é árdua a tarefa de planejar uma viagem longa! Contudo, é também prazerosa, pois a medida que vou planejando, vou viajando um pouco naqueles novos costumes, naquelas novas cidades, naquelas novas paisagens e vou acumulando um conhecimento que curso nenhum seria capaz de me dar!
Eu já pré-defini 3 países pelos quais pretendo passar, as cidades que vou visitar nesses países e agora a minha mais nova atribuição tem sido definir o que fazer em cada dia de viagem. É lógico que isso é só para ter uma base, não quer dizer, necessariamente, que eu tenha que ir àqueles lugares naqueles dias, mas isso me ajuda a planejar melhor meu tempo para que não haja erros, como por exemplo, ir visitar o Louvre numa terça-feira que é o dia em que está fechado!
É claro que quero ter lá minhas surpresas durante a viagem, mas há tanto para ver em tão pouco tempo que, sem um roteiro, fica impossível extrair o melhor das cidades!
Isso porque eu nem mencionei os deslocamentos, que, aliás, serão todos de trem. Por dois motivos: primeiro pela facilidade de se ir a qualquer cidade europeia de trem, coisa que não temos no Brasil e segundo, porque eu não sou muito amiga da invenção de Santos Dumont. Tenho um certo medo de avião, então, se posso evitá-lo, por que não fazê-lo?
Só que nos meus planejamentos já andei olhando sites de horários de trem, o que me levou a ter de sacrificar um dos dias em que eu ficaria em Cinque Terre (eram 3, agora serão apenas 2), já que não havia horário disponível para que eu chegasse em Paris numa hora em que os metrôs ainda estivessem funcionando.
Aliás, essa minha história com Cinque Terre é estranha. As cinco vilas ficam na Riviera Italiana, na região da Ligúria, e são eminentemente cidades de praia. Eu, que sempre tive aversão a sol e areia, de repente, me vi incluindo essas vilas no meu roteiro de viagem. O motivo eu não sei dizer exatamente, mas me apaixonei pela descrição do lugar quando li uma reportagem em uma revista de turismo. As fotos daquelas casinhas coloridas penduradas no morro, com o mar ali embaixo, me deram vontade de ver de perto esse lugar que muitos chamam de paraíso. E mais: existe uma trilha de 9 km que liga as cinco vilas e pretendo fazer a primeira parte desse percurso, que liga Riomaggiore a Manarola, que é o pedaço chamado de "trilha do amor". Justo eu que sempre detestei trilhas!
É, parece que viajar abre mais que apenas nossos horizontes...faz com que façamos coisas antes inimagináveis e nos torna pessoas diferentes. Acho que isso sim é o grande aprendizado da viagem: poder fazer aquilo que eu jamais pensaria em fazer e provavelmente...gostar!
Até a próxima!