Hola, amigos!
Acordei cedo! Não via a hora de
explorar essa cidade tão bonita que eu tinha conhecido no dia anterior. Sevilha me esperava lá fora mas antes eu precisava
abastecer as energias no delicioso café da manhã oferecido pelo albergue (e que
fazia parte da diária).
O primeiro ponto que eu queria
visitar era o Real Alcazar, o palácio onde a família real fica, até hoje, quando
visita a cidade.
Sevilha foi conquistada pelos árabes em 713 e a arquitetura
mourisca do Real Alcazar mostra isso muito bem. O melhor é que, na Andaluzia, assim
como em Veneza, essas construções foram preservadas mesmo após a queda de Constantinopla
quando o mundo passou a ser cristão. Acho mesmo que eles não tiveram foi
coragem de acabar com algo tão belo. Os detalhes do teto, as pinturas das paredes,
os azulejos das escadas, os jardins tão arrumadinhos. Como destruir tanta
beleza? Eles apagaram a história e a
cobriram com a história cristã, mas a arquitetura, para nossa felicidade, foi
mantida!
Passei quase 4 horas lá dentro,
fotografando tudo o que eu podia e, acreditem, as fotos não chegam nem perto do
impacto que se tem diante de toda aquela grandiosidade. A estrutura lá dentro é
bem bacana para o turista: tem banheiros limpos, um restaurante e uma
cafeteria. Na saída, há uma lojinha com diversas lembrancinhas fofas. Um pouco
caras, mas há presentes bem originais que valem o preço.
Saindo do Real Alcazar, fui à
Catedral, que, por fora é simplesmente DESLUMBRANTE, mas que me pareceu um
tanto escura dentro, embora seja igualmente grandiosa, afinal ainda ostenta o
título de maior catedral gótica do mundo. Ela começou a ser construída por
volta de 1400, no lugar onde havia uma mesquita. O órgão é de cair o queixo de
tão lindo e diz a lenda que lá estão guardados os restos mortais de Cristóvão
Colombo, de quem os sevilhanos têm enorme orgulho, já que teria sido de lá que
o navegador teria saído para descobrir a América.
O órgão de cair o queixo |
Túmulo de Colombo |
Altar da catedral |
Dentro da Catedral há um acesso
para a Giralda, que nada mais é que o campanário da Igreja. Ela mede pouco mais
de 104 metros de altura e foi transformada em patrimônio da humanidade pela
UNESCO em 1987. São 34 pequenas rampas para subir, mas a medida que se vai
subindo, já dá para se ter, através de suas aberturas, uma ideia de como a
cidade é espantosamente linda! Quando a Giralda foi construída, ela era a
construção mais alta da sua época e foram feitas rampas, no lugar de escadas,
para que o encarregado de chamar os fiéis para a oração através dos sinos,
pudesse subir a cavalo.
A vista lá de cima é tão deslumbrante
que, para mim, só pode ser comparada à vista do campanário de Veneza. É verdade
que, a essas alturas, eu já estava perdida de amores por Sevilha, mas acho
impossível um ser humano, minimamente normal, não se encantar diante de tamanha
beleza. Nem sei quanto tempo fiquei lá em cima clicando, clicando e clicando. E
depois desse tempo, fiquei outro tanto apenas observando, apenas sentindo
aquela paisagem diante dos meus olhos, quase em êxtase.
Desci as rampas como uma criança
saltitante na floresta, feliz de ter desfrutado daquele momento especial, ainda
mais porque, quando eu estava lá em
cima, os sinos começaram a tocar, tal qual como aconteceu em Veneza.
Saindo da catedral e ainda
extasiada com tudo o que eu tinha visto, fui andando até as margens do rio
Guadalquivir, ponto de interseção entre o Mediterrâneo e o Atlântico e onde
Sevilha teve um dos mais importante portos do mundo. É ali que está uma importante
torre mourisca, construída em 1221, chamada Torre del Oro. O nome se deve aos
seus azulejos dourados da fachada. No interior há um museu naval com
gravuras de Sevilha do século XVI, além de réplicas em miniatura das mais
famosas caravelas de Colombo: Santa Maria, Pinta e Niña. São pouco mais de 100
degraus para se chegar ao topo e a vista vale a pena!
Saindo de lá, já estava cansada
e, a essas alturas morrendo de fome também, então resolvi ir a um restaurante
de tapas chamado Genova, que fica na Avenida de la Constitución, bem perto da
Catedral, em frente ao Starbucks. O lugar é delicioso e tem um cardápio com
tapas bem diferentes e baratos. Comi muito bem por menos de 15 euros, incluindo
a bebida.
Voltei andando para o albergue e observando as belas vitrines da cidade.
Voltei andando para o albergue e observando as belas vitrines da cidade.
Questões práticas: (os horários
colocados aqui são de inverno, portanto, podem sofrer alterações no verão)
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O Real Alcazar abre de segunda a domingo, de
9h30 às 17h e o ingresso custa 9,50 euros.
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A Catedral + Giralda abrem de terça a sábado, de
11h às 18h e domingo de 14h30 às 18h e o ingresso custa 9 euros (válido para
entrar nas duas).
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A Torre del Oro abre de segunda a domingo de 10h30
às 18h45 e o ingresso custa 3 euros.
VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2016