Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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sábado, 1 de dezembro de 2012

A Paris sonhada por todos nós


Bonjour, amigos!

Ontem algumas amigas chegaram da Provence em Paris  e foi uma festa! Fomos todos jantar juntos num restaurante na rue Gregoire de Tours  chamado Pepone.


Somos um grupo que se conheceu justamente pelo amor em comum à cidade de Paris e ontem, pudemos estar todos juntos confraternizando justamente nessa cidade que nos uniu.  Esse mega encontro tinha sido sonhado um pouco por cada um de nós, mas lá no fundo, achávamos que seria muito difícil realizá-lo, afinal, fazer coincidir as datas de tantas pessoas diferentes, vindas de várias partes do Brasil, com profissões diferentes, compromissos diferentes, gostos diferentes, poder aquisitivo diferentes, seria muito complicado. Contudo, por alguma magia do universo (e com uma certa ajuda da nossa força de vontade), conseguimos realizar esse sonho. Ainda faltam algumas pessoas que fazem parte do grupo, mas ontem estava presente ao menos metade dele e foi muito divertido! 


Éramos  12 pessoas sentadas naquela mesa, falando sobre Paris,sobre viagens, sobre nossas vidas. Foi uma noite bem agradável.

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM NOVEMBRO DE 2012

domingo, 25 de novembro de 2012

Dias curtos em Paris


Bonjour, amigos!
Os dias em Paris têm passado rápido nessa época do ano, acho que é porque acordo mais tarde, demoro a sair de casa e as atrações fecham cedo...não tenho feito grandes coisas por aqui, tenho mais é passeado  a pé quando São Pedro colabora e não resolve fazer chover o dia todo. 
Fui ao Museu Maillol (61, rue de Grenelle. Metrô: Rue de Bac) , onde está acontecendo uma exposição do pintor veneziano Canaletto. A mostra fica até 13 de fevereiro e para quem vier a Paris nessa época, eu recomendo (o museu funciona todo dia de 10h30 às 19h, sendo às sextas até 21h). Deu uma imensa saudade de Veneza ao ver aqueles quadros, cada um mais lindo que o outro! Ingresso a 11 euros. 


Lá também está acontecendo uma outra exposição de artista chamado Alexis Poloakoff, chamada "Pixis" que é uma mostra de minuaturas feitas de chumbo bem nos moldes daqueles antigos soldadinhos de chumbo. Ele reconstrói cenas do Pequeno Príncipe; do Tintin; do Astérix; dos personagens da Disney e de uma Paris dos anos 50. Muito gracinhas! Adorei! Além da própria exposição permanente do Museu que é do escultor Aristide Maillol.
Nesses dias também fui ao Louvre, pois para mim é impensável vir a Paris e não ir , pelo menos uma vez, ao Louvre! Dessa vez fui ver a parte de pintura flamenca que eu não conhecia, onde estão alguns quadros de Rubens, entre outros...


Depois acabei caindo na ala do Egito e depois das esculturas greco-romanas. Foi bom rever alguns desse lugares que eu já havia visitado em 2009, mas que me pareceram tão diferentes dessa vez, talvez pelo fato do museu estar mais vazio. Aliás, até agora, essa é a única vantagem que tenho visto em viajar nessa época do ano: não há filas. Tudo é mais vazio, a não ser o trânsito que é uma verdadeiro confusão! Eu nunca tinha reparado como os franceses gostam de avançar o sinal vermelho aqui! Acho que no verão, por ter menos carros nas ruas, eles acabam respeitando mais. Mas no outono é um caos, buzina para tudo que é lado, carro fechando cruzamento, parando bem em cima da faixa de pedestres, ultrapassando o sinal vermelho, enfim, nada muito diferente do Rio de Janeiro ou de São Paulo (guardadas as devidas proporções, é claro!).
Uma outra coisa que só pude perceber agora é como Paris é uma cidade normal! No verão parece que ela ganha uma aura de glamour, tudo parece mais feliz e mais colorido, mas agora que tudo está no seu lugar, a vida transcorre de forma comum, cada um no seu cotidiano e não é nada diferente do cotidiano de qualquer outra cidade grande. Paris será sempre linda em qualquer época do ano,mas para mim, acostumada a vir no verão, me pareceu que nessa época há menos encanto. Continuo amando Paris, mas meu olhar sobre a cidade mudou um pouco.
Na quarta-feira, um amigo querido chegou por essas bandas para passar uma semana e resolvemos ir à Place de la Concorde, que é o lugar preferido dele aqui. Só que já eram 23h30! Foi diferente passear tão tarde por Paris. 

 Claro que eu já tinha feito isso uma ou duas vezes, mas dessa vez foi bem diferente pois já saímos tarde (em geral saio cedo e volto a essa hora!) e ficamos passeando pela beira do Sena da Notre Dame até a Ponte Alexandre III em frente ao Grand Palais! Foi bem bacana! Tiramos fotos, conversamos, rimos. Para ele, essa viagem a Paris foi a realização de um grande sonho e é muito bacana poder participar um pouco dos sonhos de quem a gente ama.
A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM NOVEMBRO DE 2012

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Uma visita ao Monte Saint Michel, na Normandia


Bonjour, amigos!
Hoje acordei super cedo pois havia comprado um passeio ao Mont Saint Michel pela agência France Tourisme (33, Quais des Grands Augustins) para hoje e sairíamos às 7h15 da manhã lá da porta da agência que fica a uns 10 minutos a pé daqui do apartamento.

Saí de casa ainda era noite. Muito diferente ver Paris antes dela  acordar. Tudo fechado, pouca gente na rua, quase nenhum carro, só uns pobres mortais encasacados  indo para  trabalho (lembrei da época em que eu pegava no trabalho às 7h30 da manhã) e eu ali naquele vento da beira do Sena indo para a agência. Cheguei lá e ela estava fechada. Preocupei, mas sentei na mureta e fiquei esperando. Uns 5 minutos depois chegou um casal de japoneses, depois um outro de nacionalidade que não consegui identificar, depois mais um casal mexicano e por fim, uma senhora também mexicana. Às 7h10 a menina veio abrir a agência, conferir nossos bilhetes e dar o aval para o motorista. Entramos os 8 malucos numa van, às 7h20 da manhã, num frio danado, indo para um lugar ainda mais frio que era o Mont Saint Michel.
O motorista falava inglês e espanhol (pra variar, eu era a única do grupo que não falava inglês, mas apesar dos mexicanos falarem, eles se sentiram mais a vontade falando espanhol, o que fez eu não me sentir tão estranha no ninho). São mais de 3 horas até lá! Muito chão! Paramos num posto de gasolina para tomar um café e ir ao banheiro e depois, pé na estrada. Dormi, acordei, dormi de novo e ainda estávamos no caminho!
Finalmente depois de quase 4 horas de viagem, chegamos ao estacionamento que fica bem distante do Monte propriamente dito (antigamente os carros podiam chegar até bem perto, mas por causa do peso na ponte que dava acesso ao lugar, eles resolveram proibir os veículos de irem até lá). Dali andamos mais ou menos 1 quilômetro até um ônibus gratuito que nos deixa mais perto do monte. Ainda assim, andamos mais 1 quilômetro.  Finalmente, lá estava ele! 


O frio até que deu uma trégua e não estava tão absurdo como achei que poderia estar, só uma blusa de manga comprida de lã e um casaco deram conta . O motorista nos deixou no início da subida, nos deu o ingresso da Abadia, ao qual tínhamos direito ao comprar o passeio e foi embora. Disse que nos encontraria no carro às 16h. Eram 12h e teríamos bastante tempo para ver tudo, pois na verdade, não há muito o que ver, além da Abadia.



A história do Monte é a seguinte: Em 708, o bispo de Avranches, depois de um sonho, mandou construir um santuário para Saint Michel no topo do Monte. A partir daí, o lugar passou a ser um local importante de peregrinação e no século X os beneditinos foram para a abadia. Foi só então que se desenvolveu a aldeia no sopé do monte. Por conta de suas muralhas e também das marés que sobem numa velocidade incrível, o Monte era considerado um Forte quase impenetrável, tanto que durante um tempo, ele funcionou como prisão. Em 1979, tornou-se patrimônio mundial da Unesco.


O  lugar é bonito, não há dúvida, mas eu esperava um pouco mais, principalmente do seu entorno. Achava que existiam várias ruazinhas antes de se chegar ao topo, mas na verdade existe apenas uma rua onde se concentra o comércio da região, com restaurantes, lanchonetes e aquelas lojinhas de lembrancinhas do tipo “viu uma, viu todas”. O passeio é bonito e  cansativo (sobe, sobe e sobe!). Cheguei ao topo e fui visitar a Abadia chamada de “La merveille” (em francês, significa “a maravilha”), porém, eu esperava algo mais suntuoso, mais maravilhoso (acho que tenho que parar de ter expectativas sobre os lugares, talvez assim eu aproveite mais as visitas), mas de qualquer maneira, rendeu belas fotos. Pena que hoje não tinha maré alta, então só se via um grande pântano em volta do monte.



Estão fazendo uma grande obra no Monte, com a intenção de construir uma ponte mais alta e uns diques que consigam controlar a força das águas para que elas não destruam tudo.
Depois da Abadia, fui passear na única ruazinha do lugar, fui às lojinhas, especialmente a “Le mére Poulard” que é restaurante de um lado e loja do outro. Essa é a marca mais famosa daqui. Conta a lenda que a senhora Poulard abriu um restaurante para receber os peregrinos e servir a eles um omelete que era fonte de energia, fácil de fazer e podia ser feito a qualquer hora do dia ou da noite. Esse omelete ficou famoso e hoje em dia é a marca registrada do Monte. Eu acabei nem comendo, pois o achei caro e vi que ele era meio mole por dentro, então achei melhor comer um crepe mesmo. Mas comprei os caramelos de manteiga salgada que também são típicos da Normandia.



Tirei muitas fotos, encontrei dois casais de brasileiros pelo caminho com quem conversei um pouco, fui ao “Museu do mar e da Ecologia” que conta toda a história do Monte, da sua flora, sua fauna, da Mére Poulard e ainda tem uma exposição de diversas embarcações interessantes.




Na saída, reencontrei o casal de mexicanos que vieram comigo e fomos juntos até o estacionamento, o que foi ótimo, pois conversamos um pouco e treinei meu “portunhol”. Descobri que me comunico melhor em francês, embora entenda bem melhor o espanhol.  Mais 3 horas para voltar, já de noite, e como os radares não funcionam na estrada à noite, o motorista sentou o pé e mesmo com a parada no posto, fizemos em menos de 3 horas!
No geral, o passeio foi bom. Eu queria muito conhecer o Mont Saint Michel e foi um sonho realizado, mas estou com a sensação de não estar tão feliz com essa viagem como estive das outras vezes. Talvez tenha a ver como o clima, já que o frio traz em si uma certa melancolia.
A Bientôt! 

VIAGEM REALIZADA EM NOVEMBRO DE 2012
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