Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Uma viagem no tempo!

Olá, amigos!

Já postei algumas vezes nesse blog sobre Conservatória, um distrito do município de Valença onde todas as sextas e sábados à noite acontece uma serenata pelas ruas. Amo esse lugar! É certamente meu pedaço de paraíso e no último fim de semana, após 2 anos de muita complicação amorosa, finalmente voltei ao meu porto seguro! Voltei ao único lugar no mundo capaz de recarregar minhas energias e levar embora todos os meus problemas! Como eu amo aquelas ruas de pedra, aquela paisagem bucólica, aquela cidadezinha minúscula que até bem pouco tempo nem agência de banco tinha!


Dessa vez fui em família, além de levar também uma amiga para conhecer esse paraíso. Foi um fim de semana maravilhoso! Chegamos sexta, de ônibus. Ficamos na Pousada Jara, bem em frente à praça Matriz, aliás, foi a primeira vez em 11 anos que mudei de pousada! E não me arrependi! Essa também é excelente. Embora a Pousada Martinez tenha um delicioso chorinho cantado pelo Ronaldinho do Cavaquinho, ao vivo, no café da manhã, a Pousada Jara me surpreendeu pelo tamanho dos quartos e pelo maravilhoso café da manhã e lanche da tarde.

Sexta-feira à noite choveu. Mas isso não nos impediu de ir à Casa da Cultura encontrar os seresteiros e vivenciar momentos de muita felicidade ao som de belas canções. Foi uma seresta bem intimista, com várias pessoas de fora da cidade cantando. Gostei muito! E embora não tenha havido serenata, o dia foi extremamente agradável!


Sábado amanheceu um lindo sol! Não aconteceu a tradicional música na galeria da vila antiga pois as chuvas que afetaram o estado do Rio de Janeiro impediram que os seresteiros de Campos viessem. Ainda assim o dia foi gostoso. Passamos na "Casa do Poeta" onde o Moa nos recitou poemas emocionados e emociantes. Esse é um cantinho especial em Conservatória, lugar que todo visitante deve ir sem pressa, só para saborear as belas declamações do Moa. É lindo ver alguém que ama tanto a poesia e a recita de forma tão linda! Sem passar na "Casa do Poeta" uma visita à Conservatória não é completa!
E São Pedro resolveu mandar a chuva mais cedo. Resultado: na hora da seresta não tinha mais chuva! Fomos novamente à Casa da Cultura que estava lotada e cantamos, cantamos, cantamos...espantando todos os males possíveis!
Às 23h, hora de nos reunirmos em frente ao ex-museu da seresta e sairmos em serenata! Linda! Repleta de pessoas que nunca tinham estado em Conservatória e de pessoas habituadas ao lugar. Todas cantando em uma só voz. Lindo demais! E para nos brindar estavam lá o famoso seresteiro Mário Caldas, que canta "Cavalgada", de Roberto Carlos, como ninguém! Adoro aquela voz e adoro mais ainda ver o amor dele e da esposa. Como é lindo ver pessoas que se amam de verdade e há tanto tempo! Aliás, sempre que volto à Conservatória eu lembro que o amor existe e que é possível! Toda a minha desesperança se vai, dando lugar à crença de que se pode sim ser feliz no amor!
Durante a serenata, a lua cheia linda estava nos observando lá do alto! Foi tão maravilhoso! Aliás, fazia tempo que eu não me sentia tão bem, tão leve, tão feliz!


Conservatória tem esse dom: toda vez que eu vou lá, volto melhor!  E sei que não sou apenas eu. Na verdade, Conservatória tem uma magia que o visitante tem que vivenciar, sem isso, não é possível se apaixonar pela cidade. E uma vez se apaixonando, a gente quer voltar sempre e sempre! É como uma viagem no tempo! Um lugar perdido entre o passado e o presente, um momento de encanto que dura um fim de semana mas que permanece indelével na memória!


Após a "solarata", que acontece aos domingos 10h30, voltamos para o Rio cantarolando no ônibus aquelas músicas dos compositores locais que só aprende quem frequenta Conservatória, quem se apaixona por Conservatória e quem faz de Conservatória seu pedacinho de céu!

Até Breve!

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2012

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Fim da viagem ao Uruguai e Argentina


Hola, amigos!

Finalmente consegui dormir bem uma noite! Pena que tive de acordar tão cedo para ir ao aeroporto. Eu tinha combinado de dividir um táxi com um menino de Fortaleza que também iria embora hoje, mas ele se atrasou para acordar e ainda iria fazer check-out no albergue com o táxi esperando lá embaixo! Não deu para esperar, já que meu voo era mais cedo que o dele. Provavelmente ele ficou chateado, mas responsabilidade é uma coisas que as pessoas têm de aprender a ter quando combinam horários com outras. Paciência!
O táxi foi muito caro para o percurso! Eu sabia que seria mais caro que o valor do taxímetro, pois eu havia pedido pelo hostel, mas, obviamente, pelo preço cobrado (70 pesos) o pedágio já deveria estar incluído, mas o taxista teve a pachorra do cobrar os 2 pesos de pedágio! Mais um motivo para eu nunca mais voltar àquele hostel!
Foi bom ter chegado cedo ao aeroporto, pois trocaram meu voo da Pluna, no qual eu faria conexão em Montevidéu, pela Aerolíneas Argentinas que viria direto para o Rio de Janeiro! O tempo seria mais ou menos o mesmo, já que o avião da Aerolíneas sairia mais tarde, mas só não ter de trocar de avião já compensava!
O voo foi bem tranquilo! Nunca vim tão rápido de Buenos Aires ao Rio! 2h30! Impressionante! Cheguei aqui e tudo voltou ao normal...deixei para trás um belo país como o Uruguai que recomendo a qualquer um para conhecer! Também deixei um pouco de tristeza nas ruas sujas de Buenos Aires e no mal humor de seus atendentes, antes tão simpáticos. Outros países da América do Sul virão em mais e mais viagens. E outras cidades brasileiras também!

Até a próxima!

VIAGEM REALIZADA EM SETEMBRO DE 2011

Um domingo diferente na Feira de Mataderos em Buenos Aires

Hola, amigos!

Mais uma noite mal dormida! Dessa vez foi um pouco melhor, pois coloquei o colchão no chão e parei de brigar com o beliche, mas mesmo assim não foi bom! Levantei lá pelas 9h30 e fui tomar café. O albergue está cheio de brasileiros! Impressionante para essa época do ano!
Depois fui chamar a Cláudia para ir comigo à Feira de Mataderos, uma feira que acontece aos domingos em um bairro mais distante e que diziam que era mais barata e menos turística que a já tão batida Feira de San Telmo a qual eu já tinha ido 3 vezes.
Pegamos o ônibus 126 no início da rua Bolívar, bem ao lado da Plaza de Mayo. Mais ou menos 1 h depois, chegamos à feira. Salta-se na avenida del Directorio em frente a uma fonte estranha.

fonte estranha
Ali já começa a feira que se estende por várias ruas do bairro de Mataderos. O bairro tem esse nome por ter abrigado ali, antigamente, o matadouro dos bois que serviam de alimento para os portenhos. O matadouro não é mais ali, mas o nome permaneceu. De fato, os preços são bem melhores que os da feira de San Telmo, além de ter muito artesanato típico da Argentina e não apenas coisinhas turísticas, velharias e antiguidades. Comprei algumas lembranças.




Há um palco, no meio da feira, onde alguns músicos se apresentam tocando música típica. E, ao contrário de San Temo, onde há casais de dançarinos profissionais que se apresentam na rua em troca de algum dinheiro, aqui, sob o palco, casais comuns dançam à sua maneira, sem se preocuparem com coreografias. É interessante. Dança quem quer e como quer.
Depois de algum tempo, almoçamos no “Bar Oviedo” que fica numa esquina em frente ao palco. Comida boa. Atendimento nem tanto, afinal estava lotado! Preço um tanto caro, mas dentro dos padrões atuais.
De lá, terminamos de ver a feira e voltamos para o albergue. Pega-se o mesmo ônibus 126 na calçada oposta da qual se salta. O problema é que o ponto só é visível por um adesivo de plástico colado no poste! Se ele soltar, nenhum turista acha mais aquele ponto! Ele não para exatamente em frente a onde se salta, mas um tanto depois, vai-se andando pela avenida del Directorio, passa-se a calle Murguiondo e depois a calle Oliden e só então se encontra o tal adesivo no poste.



O ônibus estava lotado, o que não é uma boa em Buenos Aires, pois facilita a ação dos batedores de carteira. Levaram a minha e eu nem percebi! Isso porque minha bolsa estava o tempo todo transpassada no meu corpo e na minha frente! É impressionante a rapidez! Basta um minuto de distração e pimba! Já era a carteira! Sorte que não havia praticamente nada de valor dentro dela, além de uns poucos pesos que recebi de troco das minhas compras na feira, por isso nem me estressei muito, afinal, vou embora amanhã, já comprei tudo o que queria, já paguei o hostel e tinha reservado dinheiro para o táxi do aeroporto e mais algum separado fora da carteira. Aliás, fica a dica: não coloque todo o seu dinheiro e cartões na carteira! Ainda bem que, como boa carioca, já tomo esses cuidados normalmente por aqui.
Chegamos ao hostel e ficamos de papo com a galera, depois eu fui me espalhar em meu novo quarto, já que finalmente consegui trocar para um quarto individual e terei, ao menos, a última noite para dormir bem.
Nessa viagem eu descobri que existem dois tipos de viajantes: o viajante-hotel e o viajante-albergue. Existem aqueles que não se importam de dividir quarto, de dormir com luz acesa, de ouvir os roncos alheios e de não ter o mínimo de privacidade. Compartilham banheiros como se pertencessem à mesma família sem o menor problema!
Já outros até gostam do clima de bagunça que existe nos albergues, porém desde que ele seja da porta do quarto para fora. Esse tipo de viajante gosta de ter o conforto de dormir sozinho, não gosta de compartilhar banheiros e prefere manter sua privacidade, embora goste do clima de diversão que sempre acontece nos albergues. Creio que me incluo nesse último, já que gostei muito de ter conhecido todo mundo, adorei sair e passear com a galera, mas nada como um quarto só para mim, onde posso me espalhar e fazer tudo a meu modo, sem me preocupar. Claro que se paga a mais por isso, mas, hoje em dia, acredito que vale à pena!


À noite, conhecemos uma galera de brasileiros e saímos todos para jantar em um restaurante chamado “Dalí” na avenida de Mayo. Depois fomos ao “Café Tortoni”, onde eu estava louca para tomar um chocolate com churros, pois achava que seria parecido com o que comi em Madri e adorei! Não era! O churros não era tão fino nem tão sequinho e o chocolate era líquido e não cremoso. Fiquei um tanto decepcionada mas, pelo menos, serviu para experimentar.


O Café Tortoni continua maravilhoso e eu adoro ir lá, mesmo que dessa vez a comida não tenha sido lá essas coisas. De lá voltamos pro hostel e fui arrumar minhas coisas já que amanhã pego o voo bem cedo para o Brasil.
Buenos Aires me pareceu bem diferente dessa vez. Mais suja, com pessoas mais mal humoradas, com mais mendigos nas ruas e um pouco mais perigosa que de costume. Fiquei um pouco triste pois é uma cidade da qual gosto muito. Talvez tenha sido porque não era época de férias em que os turistas invadem a cidade, talvez tenha sido apena um azar...veremos da próxima vez!

Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM SETEMBRO DE 2011
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