Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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sábado, 1 de outubro de 2011

Colônia del Sacramento, uma linda cidade uruguaia

 Hola, amigos!

            Hoje eu deixei o hostel de Montevidéu rumo à Colônia del Sacramento, uma pitoresca cidade uruguaia que, segundo me contaram, foi a primeira cidade fundada no país.
Peguei um ônibus no Terminal Rodoviário Três Cruces da companhia COT que saiu pontualmente às 11h30 e me deixou na rodoviária de Colônia às 14h. fui me instalar na Pousada El Viajero, da mesma rede que fiquei em Montevidéu, só que aqui eu reservei um quarto privado com banheiro que era ótimo!! Grande, com cama de casal, banheiro enorme e tinha até TV no quarto! Depois de instalada, fui conhecer a cidade, cujo centro histórico é bem pequeno.
             Peguei um mapa no Centro de Informações turísticas (na calle Manuel Lobo, em frente ao Portón del Campo) e entrei na cidade velha.
 Comecei atravessando a Porta da Cidade inaugurada em 1745 e que conserva parte das muralhas que cercavam a cidade. Como estava chovendo, resolvi conhecer alguns museus. O Museu Municipal, que fica na Plaza Mayor, vende um ingresso a 50 pesos uruguaios (5 reais) e que dá direito a ele e a mais outros três museus: museu português; arquivo nacional e casa de Nacarello.
            O acervo do museu municipal é o maior, mas não se pode fotografar. Ao lado dele está a casa de Nacarello, bem pequena, mas que guarda réplicas do mobiliário do século 18 e pode-se ter uma idéia de como se vivia na época colonial.


O museu português tem móveis e cerâmicas trazidos de Lisboa numa época em que Colônia pertencia aos portugueses. Há um escudo português original que ficava no pórtico da cidade, mas que foi retirado pelo rei da Espanha em 1777, quando Colônia passou a ser domínio espanhol.
Como o tempo melhorou um pouco, resolvi dar uma volta pela cidade, visitar as  lojinhas de artesanato local e tomar um café no lindo Café 1717, que conheci através do blog (http://viajeaqui.abril.com.br/blog/direto-buenos-aires/) e que tem uma bela exposição de fotografias.


Passeei pela famosa rua dos Suspiros, uma rua toda de pedras, que dizem ser a mais antiga de Colônia. Fui à Igreja del Santíssimo Sacramento, passeei pelos restaurantes onde se pode comer dentro de carros antigos (aliás, o que mais se vê por aqui são carros antigos, parece mesmo que a cidade parou no tempo!)




Depois fui até o Bastión del Carmem e descobri que, ao longo das margens do rio, existiam fortificações (Bastiones) da época  colonial que faziam parte da muralha defensiva da cidade e o mais bem conservado é esse, que conta, inclusive, com um centro cultural muito interessante.




De lá andei mais um pouco, porém começava a ficar muito frio e fui para o albergue para arrumar minhas coisas e esperar anoitecer para sair para jantar.
À noite a cidade ganha uma iluminação toda especial. Como estava muito frio, quase não havia ninguém na rua e eu me sentia numa cidade fantasma passeando pelas ruas de Colônia. Mas era bonito ver aquelas luminárias antigas acesas e iluminando aqueles muros de pedra da época colonial.


Jantei em um ótimo restaurante chamado “Pulperia de los Faroles” que, à noite, tem música ao vivo. Aceita cartão de crédito e não é muito caro. Comida boa e ambiente agradável, tão agradável que nunca demorei tanto para tomar um café depois da refeição!
 Saí e fui para o albergue naquele frio de rachar! Eram umas 22h30 e não se via ninguém nas ruas. Havia no ar um clima de cidade antiga. Parece mesmo que Colônia parou no tempo!

Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM SETEMBRO DE 2011

Atualizando: O Café 1717, infelizmente, fechou suas portas e quando eu voltei em dezembro de 2012  ele não existia mais. 

Último dia em Montevidéu


Hola, amigos!

Essa foi a segunda noite que eu dormi sozinha no quarto em Montevidéu! Gostei! Acordei cedo e fui tomar café. Encontrei dois brasileiros com quem tinha feito amizade ontem e saímos para passear: a Daniela, de Porto Alegre e o Lucivan, de Manaus.
Fomos até a Fonte dos Cadeados, na 18 de julio, uma fonte onde os namorados prendem cadeados com seus nomes e jogam a chave na fonte. Romântico.


Dali fomos até a faculdade de medicina que tem uma réplica, em bronze, do Davi de Michelângelo.
Almoçamos no “La Pasiva”, uma rede de restaurantes conhecida por aqui por ser boa e barata. Finalmente comi o famoso “chivito”, uma espécie de “X-tudo uruguaio”. É bom, mas os brasileiros são bem melhores.

De lá voltamos para o albergue para descansar um pouco, pois à tarde eu e Lucivan faríamos a visita guiada ao Teatro Solís. A Dani não iria pois já estaria no avião rumo a Porto Alegre.
Essa visita acontece às 16 h e é gratuita nas quartas-feiras, sendo que só há em espanhol. Nos outros dias da semana também há visita, contudo, são pagas e pode-se escolher o idioma (20 pesos uruguaios em espanhol e 40, em português). O lugar é bonito. A sala principal é bem menor que a do nosso Teatro Municipal e passou por uma reforma que durou 10 anos e, hoje, abriga espetáculos variados  do mundo todo.
 



O subsolo funciona como uma sala de exposições e havia uma temporária muito bonita com obras em papier machê. Pode-se visitar a exposição independentemente do teatro e é grátis.
Depois tomamos um café no “Café Allegro” dentro do próprio teatro. Bom, mas um pouco caro (70 pesos por um café com leite grande, ou seja, mais ou menos, 7 reais)
Dali voltamos para o albergue pois eu tinha de arrumar minhas coisas para amanhã, já que pegaria o ônibus de 11h30 para Colônia do Sacramento.

Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM SETEMBRO DE 2011

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Dia de Museus em Montevidéu

Hola,amigos!

O dia hoje rendeu demais! Acorde reativamente cedo e fui tomar café no albergue. Nada de especial: café com leite, pão, doce de leite, manteiga, geleia, sucrilhos e iogurte. Gostosinho. Comi o suficiente para não ficar com fome e saí pra explorar mais um pouco de Montevidéu. Como ainda era cedo para os museus estarem abertos (aqui eles só abrem por volta de 11 h da manhã), fui ao píer ver a tal “vista panorâmica” que a moça do posto de informações turísticas me falou. Não gostei! O píer é feio e tem uma população estranha no entorno. Na verdade, eu li que o Uruguai é um dos países mais seguros da América do Sul, que a polícia aqui realmente funciona e tal, mas, como boa carioca, levo minha paranoia para onde quer que eu vá. Por isso achei aquele píer estranho, mas valeu conhecer de pertinho um rio que mais parece um mar.
De lá fui até o Museu Municipal. Eu havia lido que eram 4 casas que faziam parte desse museu (A Casa Rivera, a Casa de Lavalleja, a Casa Montero e a Casa de Garibaldi), mas a maioria estava fechada, só achei aberta a Casa Rivera (calle Rincón, 437) a qual visitei. Funciona de terça a sábado de 11 h às 17 h e a entrada é grátis. Ali foi a casa do primeiro presidente uruguaio. É bonita, tem muita informação sobre a formação do Uruguai como país e da cidade de Montevidéu. Tem uma parte dedicada à religião católica e às missões empreendidas pelos jesuítas para catequizar os índios por aqui também. Gostei.

Dali desci até o porto para ir ao Museu do Carnaval que fica na Rambla 25 de agosto 1825 (bem ao lado de um posto de informação turística) e vizinho do famoso Mercado do Porto. Achei que seria um museu meio sem graça, afinal os cariocas têm um dos carnavais mais famosos do mundo, mas me encantei com o lugar! O museu é lindo, com exposição de roupas, máscaras e adereços carnavalescos, além de estar com uma belíssima exposição temporária. Ali descobri a origem do carnaval uruguaio: na segunda metade do século 18, os negros vieram para cá como escravos e em seus poucos momentos de lazer eles dançavam e batiam tambores, a isso deram o nome de “candombe” (pronuncia-se candômbe). Mais tarde essas danças foram proibidas dentro da cidade e eles começaram a se agrupar fora, por isso que até hoje a maioria dos blocos desfila fora do centro. O museu funciona de terça a sábado de 11 h às 17 h, sendo que às terças a entrada é gratuita. Nos outros dias moradores de países do Mercosul têm desconto. Vale a pena visitar!




Almocei no Mercado do Porto novamente, mas dessa vez comi no balcão, pois descobri que ali não se paga pelo “cubierto”, um espécie de couvert que a gente tem de pagar nos restaurantes comendo ou não. A comida, como era de se esperar ,estava deliciosa!
Saí de lá e fui ao “Palácio Taranco”(calle 25 de mayo, 376). Esse museu, assim como os outros, tem entrada gratuita e é o museu de artes decorativas de Montevidéu. Há muitas obras de arte, mármores e móveis trazidos da Europa pela família Ortiz de Taranco, prósperos comerciantes uruguaios. No subsolo há uma exposição de arte muçulmana bem interessante.



Resolvi voltar pela peatonal Sarandí e parei para tomar um sorvete no “freddo”, a rede de sorvetes argentinos que tem filial por aqui. Mesmo no inverno o sorvete deles é muito bom!!
Estava decidida a voltar para o albergue, mas bem pertinho da Puerta de la Ciudadela esbarrei com o Museu Torres Garcia (Peatonal Sarandí, 683) e entrei. O ingresso custa 60 pesos uruguaios (mais ou menos 6 reais) e contém o acervo de Joaquim Torres Garcia, pintor uruguaio, que por ter sido criado em Barcelona, absorveu toda aquela cultura catalã modernista que também influenciou Gaudí. Apenas dois andares estavam abertos, mas os quadros que ele fez de pessoas famosas como Velazquez, Bach, Mozart, Cristóvão Colombo, etc...estavam lá. Pena que só é possível fotografar o térreo, com apenas 3 obras.

De lá voltei para o albergue super cansada, depois de andar por quase 8 horas! Mas foi um bom dia, bem proveitoso!

Hasta Luego!  

VIAGEM REALIZADA EM SETEMBRO DE 2011
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