Hola, amigos!
Saí de Nîmes pela manhã, peguei
um trem e 5h30 depois eu estava descendo na estação Atocha em Madri. Fiquei em
um hostal chamado Maria Luisa, numa rua transversal a Gran Via e bem pertinho
da estação de metrô de mesmo nome. Foi
fácil chegar de metrô, já que eram apenas 5 estações desde a estação Atocha
Renfe. Sem precisar de baldeações, o que facilita muito quando se está de mala,
contudo, minha mala não está leve e foi complicado subir algumas escadas no
metrô com ela. Saí do metrô e adivinhem?
Estava chovendo! Pois é...em viagens temos que lidar com alguns imprevistos.
Ainda bem que eu estava com meu casacão impermeável já que usar guarda-chuva
seria impossível carregando mala, mochila e bolsa.
O hostal era perto e não tive de
andar muito tempo na chuva. Ele tinha elevador, mas para chegar lá era preciso
subir 2 ou 3 degraus com a mala. A moça que me recebeu era bem simpática e o
pagamento é feito na chegada. O quarto era grande, com cama de casal, embora eu
tenha reservado um quarto individual, ar condicionado (que obviamente não
usei), TV com vários canais, frigobar e banheiro no quarto. O único
inconveniente era a calefação que era ligada e desligada pelo pessoal do
hostal. No quarto não há controle sobre isso e passei frio em algumas horas da
noite. Mas se não for inverno, acho que é uma boa alternativa de hospedagem já
que a localização é maravilhosa! A região é cheia de lojas, restaurantes,
bares, mercados (tem um Carrefour a uns 20 metros do hotel), tem metrô e ônibus
e dá para ir a pé a vários pontos turísticos da cidade. Passei apenas 3 noites
em Madri, pois eu já conhecia a cidade, mas foi um retorno bem agradável já que
vi uma Madri diferente dessa vez.
Nos dias seguintes, a chuva parou
e um lindo céu azul se abriu sobre a cidade. Aproveitei pra passear um pouco e
ver lugares bem lindos já que Madri é
uma cidade de belos prédios, com ruas largas e alguns monumentos bem
bonitos. Fui rever alguns lugares onde
eu tinha estado em 2011 como a Plaza Mayor e a Puerta del Sol.
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Plaza Mayor ao anoitecer |
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Pôr do sol na Puerta del Sol |
Fui ao Museu Thyssen-Bornemisza
numa segunda-feira à tarde pois nesse dia a entrada é gratuita (nos outros dias
custa 10 euros). Esse museu é lindo! Com acervo enorme e riquíssimo! Muitas e
muitas salas de tirar o fôlego em seus 3 andares. Realmente, para quem gosta de
arte, é um museu imperdível! E dentro dele há um café que tem um cardápio
variado e não muito caro. Vale a visita.
Outro lugar bem interessante de
visitar em Madri é o Mercado San Miguel, um lugar delicioso, onde podemos comer
lá mesmo ou comprar algo para comer depois ou ainda comprar frutas e legumes.
Tudo com qualidade excepcional e bem gostoso, além de bonitos.
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Entrada do museu |
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Quadro de Ghirlandaio |
Mas, sem dúvida, o lugar mais
interessante e bonito que fui dessa vez foi a Plaza de Toro de las Ventas. É a
arena, onde, até hoje acontecem touradas. É super fácil de chegar lá. Basta
pegar o metrô e saltar na estação Ventas. Subindo a escada já se dá de cara com
a Plaza. Uma arquitetura belíssima, de tirar o fôlego mesmo!
O ingresso custa 14 euros e a
gente recebe um áudio guia que vai nos explicando tudo lá dentro. É bem bacana.
Eles contam a história da arena e de seus mais famosos toureiros como Belmonte e
Manolete. Eu não sou contra e nem a favor das touradas. Acho que cada país tem
sua cultura e não cabe a mim, que nem faço parte daquele lugar, julgar qualquer
coisa. Gosto de conhecer as diferentes culturas e de tentar entendê-las dentro
das possibilidades que minha realidade permite, porém, nunca se apreende de
todo a cultura de um lugar onde não nascemos e onde não fomos criados. De qualquer modo eu fiquei bem emocionada ao
entrar naquela arena onde tantos touros e toureiros foram mortos.
Fiquei muito encantada com a
arquitetura do lugar, toda em estilo mourisco e muitíssimo bem conservada,
tanto interna como externamente. No fim de tudo há um museu taurino, com
quadros e roupas de toureiros, inclusive uma cheia de sangue do Manolete , um toureiro bem famoso que morreu ali.
Na área externa da arena, há uma
estátua em homenagem ao médico Dr. Fleming, o descobridor da penicilina, já que
essa descoberta possibilitou a cura de muitos toureiros que, antes, morreriam
devido às bactérias passadas pelos chifres dos touros e não pelas chifradas em si.
Para quem é consumista, ali mesmo
na Gran Via, perto do metrô, tem uma enorme loja da Primark, que é uma espécie
de loja de departamentos com tudo o que se pode imaginar em termos de roupas,
sapatos, acessórios, maquiagem e outras coisas mais a um preço incrivelmente
barato! Acho que são 5 ou 6 andares! Enfim, se você vai em época de “rebajas”,
leve uma mala extra (ou compre uma ali mesmo na Primark) porque você vai
precisar!
E para coroar essa minha estadia
que foi tão agradável em Madri, eu tinha que voltar ao Churros San Ginés, uma
loja onde os churros finos e sem recheio são servidos com uma xícara de
chocolate meio amargo daqueles grossinhos. A gente molha o churros no chocolate
e come! É delicioso!!!
Gostei muito de ter voltado a
Madri dessa vez. A cidade é linda, tem uma energia boa e pude conhecer alguns
lugares onde eu não tinha conseguido ir em 2011.
Até a próxima!
VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2016
VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2016