Hola, amigos!
Saí cedo de Sevilha. E um tanto triste por ter de deixar
para trás essa cidade que tinha arrebatado meu coração. O caminho para
Barcelona era longo. 5h30 de trem. A grande
vantagem é que eu iria direto, sem precisar fazer baldeação em Madri.
O trem era bem confortável e o vagão de primeira classe me
dava direito a uma refeição que
consistia em pão, azeite e molho de
tomate (bem espanhol!), acompanhado de uma espécie de torta de batatas com peito de
peru, frutas, uma bebida quente e outra gelada. A grande vantagem de viajar no inverno é que os trens são bem mais vazios!
Cheguei a Barcelona na
estação Sants e, ali mesmo, peguei o
metrô em direção ao meu hotel que
ficava bem em frente da estação Urquinaona. O hotel tem o mesmo nome da estação e sua localização era excelente, perto de tudo
, com muitos bares, lojas e restaurantes. Dava para fazer muita coisa a pé. Deixei minhas coisas lá e fui dar uma volta de reconhecimento, já que eu não ia a Barcelona
há 5 anos. Passeei pelas ruas
relembrando aquela Barcelona que eu
havia conhecido no verão e que me parecia tão diferente nesse mês de inverno. No entanto, a cidade estava surpreendentemente cheia. Fui até a Plaza de la Catalunya, dei uma volta
pelas famosas Ramblas, vi alguns shows de música bem interessantes pelas ruas, comprei
até um CD! E jantei paella num restaurantezinho fofo que encontrei pelo
caminho. Pena que não lembro o nome. Voltei pro hotel para descansar
pois no dia seguinte eu queria ir a Figueres.
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Passeando pela Ramblas |
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Plaza de la Catalunya |
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Plaza de la Catalunya |
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Paella deliciosa! |
Acordei cedo e fui a estação Barcelona Sants para pegar o
trem cercanias até Figueres. Não foi muito fácil de encontrar a plataforma e as pessoas que dão informações não estavam em seus dias de maior simpatia, mas acabei conseguindo descobrir. Figueres é cidade
natal de Salvador Dalí e onde ele mesmo criou, em 1974,
um museu
dentro de um antigo teatro. Eu
tinha muita vontade de conhecer esse museu já que sou apaixonada pelas obras desse pintor surrealista
e já fui a diversas exposições dele. Todas inusitadas e encantadoras. Todas deixando uma inquietação
presente na alma.
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Entrada do Teatro-Museu Dalí |
Contudo, esse é um museu com obras muito mais tocantes. Ali
está exposta toda a perturbação que assolava
a alma daquele gênio em seu nível mais
profundo. E essa pseudo- loucura está exposta brilhantemente em forma de arte. Mas é preciso tempo e disposição para poder
digerir toda a informação contida naquelas 22 salas. Não é fácil. Algumas obras machucam, doem, incomodam.
Fazem vir a tona sentimentos esquecidos. Algumas vezes eu voltei a salas pelas
quais eu já havia passado para tentar entender melhor, para tentar sentir com
mais profundidade. Saí de lá um pouco tomada
por essas perturbações que demoraram um tempo para se sedimentarem dentro de mim. Esse é um
museu para quem quer realmente mergulhar
no mais profundo da obra de Dalí. Talvez nem todos estejam preparados. Mas vale a pena.
O museu fica a uns 15 minutos caminhando da estação. Aliás, uma dica: existem duas estações de trem com o nome de Figueres, uma é Figueres mesmo e outra é Figueres-Villafant. Compre passagem para a primeira porque a Villafant fica longe do centro da cidade. A viagem dura 1h30 em média.
O museu fica a uns 15 minutos caminhando da estação. Aliás, uma dica: existem duas estações de trem com o nome de Figueres, uma é Figueres mesmo e outra é Figueres-Villafant. Compre passagem para a primeira porque a Villafant fica longe do centro da cidade. A viagem dura 1h30 em média.
Até a próxima!
VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2016