Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Estrasburgo, uma cidade de cartão postal entre a França e a Alemanha

 Bonjour, amigos! 

    Já faz muito tempo que não apareço por aqui e não pretendo reativar esse blog nos moldes em que ele foi um dia, porém, atendendo a pedidos de uma grande amiga, resolvi fazer  um post sobre minha última viagem na qual conheci Estrasburgo, cidade da região da Alsácia, na fronteira da França com a Alemanha. 

Um pedaço da Alemanha dentro da França

    Chegamos a Estrasburgo em um junho quente (muito quente!), num mês em que o fenômeno El Ninõ resolveu assolar a Europa e deixar todas as cidades fervendo mais que o inferno. A Gare de lá é pequena e, ao sair, consultei o Google Maps para saber para que lado eu deveria ir para chegar ao nosso hotel. Era perto e dava para ir a pé. Ficamos hospedadas no Aparthotel Adagio Access Strasbourg Petite France, que, como o nome já diz, é um aparthotel. E por quê? Porque ele possui cozinha e, com isso, poderíamos cozinhar em alguns dias e fazer café da manhã todos os dias barateando, portanto, os custos de uma viagem que se paga em euros. 

Cozinha bem equipada
    Para brasileiros talvez seja difícil entender essa mentalidade, pois aqui a comida comprada no mercado pode ter o mesmo preço daquela que se come em restaurantes mais populares, porém, na Europa, via de regra, comprar em mercado sai MUITO mais em conta que comer fora. Além de ter outras vantagens como a de me fazer sentir como uma local e de poder experimentar comidas diferentes e deliciosas! 
    Esse hotel faz parte da rede Adagio que existe em outras cidades da França (não sei se existem fora de lá também). Eu ja havia ficado em aparthoteis dessa rede em Paris e em Nîmes e havia gostado muito, então, dessa vez, não tive dúvida: essa seria nossa melhor escolha e esse hotel, em particular, além de ter um quarto bem espaçoso e uma cozinha muito bem equipada, também ficava, ao mesmo tempo, próximo da Gare (uns 750 metros) e próximo do Centro da cidade, onde estão as principais atrações. O staff era muito simpático e nos informou que havia um mecado bem na rua de trás, onde compramos nossos mantimentos para a semana que ficaríamos por lá.
Não vou fazer um post diário, contando os pormenores da cidade, pois já não tenho mais essa vontade aqui no blog, mas vou resumir nossa passagem em terras alsacianas. 

Parece a mesma foto de cima mas não é, toda a cidade é lindinha assim mesmo

    A cidade é linda! Muito bem cuidada, muito florida, cheia de construções históricas e de pitorescas casinhas em enxaimel. Parece um cartão postal! Só isso já valeria a visita. Mas ela tem algumas atrações bem interessantes como um bairro chamado Petite France que é visita obrigatória para qualquer turista. Lá estão as Pontes Cobertas (que já não têm mais cobertura) e é ali também que o rio se divide em quatro, porém, só um desses braços é navegável. Caso vc tenha tempo, faça o passeio de barco (Batorama) que é bem bacana e tem audioguia em vários idiomas (incluindo português de Portugal) contando a história do rio e da cidade que ele atravessa, além de uma experiência interessante em atravessar a eclusa que é, sem dúvida, o ponto alto do passeio. O passeio custa 15euros e pode ser comprado na praça principal em frente a Catedral de Notre Dame.





    Aliás, essa catedral é um caso à parte. Ela foi construída entre os séculos XI e XV. Dentro dela há um relógio astronômico fabricado em 1547. A entrada da catedral é gratuita, porém, se vc quiser ver esse relógio funcionando vai ter de desembolsar 4 euros por pessoa e ficar em uma enorme fila para conseguir comprar o ingresso e em outra fila maior ainda para poder entrar, pois durante o funcionamente do relógio só entra na igreja quem tem ingresso. Ela fica fechada para o público não pagante. Minha opinião sincera é que NÂO VALE A PENA. Explico: o relógio em si é lindo! Super detalhado e vale a pena entrar (na hora em que a catedral ainda é gratuita) e tirar muitas e muitas fotos dele. Realmente é um trabalho admirável. Entretanto...pagar 4 euros (hoje seria mais de 20 reais) para ver o mecanismo funcionando é que não vale a pena, pois vamos lá com uma expectativa enorme de ver algo muito interessante, mas a verdade é que vc fica 30 minutos de pé, vendo uma projeção de um filme que é falado em francês (com legendas em inglês e alemão) que conta toda a história da confecção desse relógio e todos os mecanismos que um dia ele teve. Nesse momento a gente vai criando mais e mais expectativas de como deve ser bacana ver tudo aquilo funcionando. Só que, na verdade, o funcionamento dele dura uns 2 minutos, se tanto. É apenas um desfile dos apóstolos diante do Cristo, que os abençoa três vezes, antes de abençoar os espectadores e um galo que canta 3 vezes em alusão à negação de Pedro. E fim. Acabou! A gente paga 4 euros, espera quase  duas horas, entre filas e a projeção do filme, para no fim ter 2 minutos do mecanismo funcionado. Decepcionante! 
E o pior é ver a reação de todos ali, incrédulos de que já havia acabado, de que era só aquilo mesmo. 

A fachada da Catedral

O relógio

Mas a Catedral vale a pena ser visitada. É muito bonita. Ela levou mais de dois séculos para ser construída, sendo concluída em 1439 no estilo gótico com algumas partes mais antigas seguindo o estilo romanesco. Porém, para o relógio, vale a pena somente ser visto, mas não pagar para ver seu parco funcionamento. A sensação que tenho é que antigamente ele funcionava melhor, talvez por mais tempo e com mais mecanismos funcionando, mas eu fiquei bem chateada de ter perdido meu tempo e meu dinheiro para ver o que eles estão apresentando agora. 
Saindo da catedral, bem ao lado dela, fica a  casa Kammerzell que é considerada a jóia da arquitetura de Strasbourg. O prédio é de 1589 e tem 75 janelas decoradas. O nome Karmmerzell vem do proprietário que a comprou no século XIX, Philippe-François Karmmerzell. Porém, desde 1879, o local pertence a cidade. Hoje abriga um restaurante, que apesar de ser bem turístico, tem uma excelente comida. 

Restaurante Casa Kammerzell

Outro passeio bacana que fizemo foi o trenzinho que sai também do centro da cidade, nas laterais da Catedral. Ele tem 2 circuitos: um mais turístico que passa pela Petite France e outro menos turístico mas igualmente interessante. O ingresso custa 8 euros por pessoa, o passeio dura de 30 a 40 minutos e tem audio guia em vários idiomas explicando tudo, incluindo português de Portugal. Para quem não gosta ou não pode andar muito é uma ótima maneira de conhecer o melhor de Estrasburgo.

O trenzinho 

Ainda na Praça da Catedral, existe ali ao lado o Palácio de Rohan, inspirado em palacetes parisienses do século XVII e que abriga 3 museus: Belas Artes; Artes Decorativas e Museu Arqueológico. Os dois primeiros custam 7 euros e o último custa 3,50. Todos têm desconto para pessoas acima de 65 anos. Fecham na terça e na quinta. Fomos apenas no de Belas Artes. É interessante se vc gosta de museu, mas caso contrário, não vale tanto a pena assim. 
Entrada do Palácio Rohan

Os 3 museus que existem no Palácio Rohan

     A 200 metros a pé da catedral está a Place Guttemberg que tem uma estátua em homenagem ao inventor da imprensa, que morou em Estrasburgo de 1434 a 1444. Embora ele não tenha criado a impressa na cidade, foi lá que ele desenvolveu o processo. A estátua divide o espaço com um carrossel, que dá um ar mais bucólico à praça e no qual andamos porque sim, adultos também andam em carrossel para deixar feliz a sua criança interior! 




      Além dos passeios que mencionei, também andamos muito pela cidade, tanto a pé como de bonde e de ônibus. Aliás o trasnporte público de Estrasburgo é excelente. Há um bondinho com várias linhas, como se fosse um metrô de superfície, que vai para toda parte. Além disso, quanto mais tempo vc fica, mais barata é a passagem. Você pode comprar  o bilhete unitário, por dia, para 3 dias ou mais. E ainda existem os cartões recarregáveis. Se vc vai ficar alguns dias, vale a pena ver o tipo de bilhete que melhor se adequa ao seu uso. Mas todos ele podem ser comprados nos pontos de bonde, onde há máquinas para isso. Só não esqueça de validar seu bilhete nas outras máquinas que ficam ao lado da de comprar. Os bondes não têm catraca mas se o fiscal te pegar dentro dele sem ter validado a passagem no ponto a multa é salgada. No caso dos ônibus, a validação se dá na máquina que fica dentro do veículo ao lado do motorista. E como aprender qual deles vc tem de pegar? Eu baixei um app no celular chamado CTS (https://www.cts-strasbourg.eu/fr/se-deplacer/info-trafic/?line=L1) que é de trasnporte público da cidade e funciona muito bem, mas vc também pode usar o CityMapper. 


Mapa no bonde e suas linhas. Excelente transporte público na cidade


     Nossa alimentação foi muito feita no hotel por motivos já mencionados, porém, em alguns dias fomos almoçar ou jantar na cidade e eu recomendo 3 restaurantes: 

    1- Aquele da casa Kammerzell que mesmo sendo turístico não é absurdamente caro. O atendimento é excelente e a comida é deliciosa. O pato que pedi lá estava delicioso! Aliás, se tem uma coisa que é bom comer na França é pato. Sempre delicioso, tanto o confit de canard (coxa do pato) como o magret de canard (filé do pato). 

     2- Flam’s, restaurante que fica na  29 rue des Frères. É um restaurante especializado em tartes flambées. Flammeküeche, nome no dialeto alsaciano, ou, em francês, tarte flambée (Flam): trata-se de uma torta de massa leve, feita com cebolas, bacon e crème fraîche – um tipo de molho branco, que é assada no forno a lenha. Existem as versões doces também. Algo que lembra bem de leve a nossa pizza aqui no Brasil, porém, bem fininha, quase um biscoito, e com recheios bem diferentes, pois não leva molho vermelho  nem queijo (a não ser que ele faça parte de algum sabor escolhido). 

     3- Au Vieux Strasbourg, restaurante que fica na 5, rue Maroquin. É um restaurante de comida tradicional da Alsace, situado numa casa antiga e típica da região, perto da catedral. O atendimento é rápido e bem simpático

     Além disso, a Rue Maroquin é ótima para passear. Tem várias lojinhas e muitos restaurantes. Todos com cardápio na porta, onde vc pode ver o que servem e os valores dos pratos. Lembrando que se vc pedir apenas água como acompanhamento (chama-se "carrafe d'eau") não vai pagar pela bebida pois na França todos os restaurantes servem água da torneira (que é potabilíssima, não se preocupem!!!) geladinha na mesa. Para quem, como eu, não bebe refrigerante e nem praticamente nenhuma bebida alcóolica é uma economia e tanto!

      Acho que é isso. Estrasburgo é uma bela cidade. Vale ser vistada (com ressalvas ao evento do relógio) e merece mais do que um bate e volta. Creio que uns 3 a 4 dias, no mínimo, para poder desfrutar de tudo de melhor que a cidade oferece. Espero que os leitores desse blog tenham gostado desse post-surpresa, em especial minha amiga Simone que tanto me pediu alguns registros dessa viagem. Não sei se vou voltar para escrever como foram meus dias em Paris, onde passei a outra parte dessa viagem, mas pelo menos Estrasburgo fica registrada!Inclusive, acabo de me dar conta que Estrasburgo é a quinquagésima cidade que registro aqui no blog. Exatamente no ano em que fiz 50 anos. Talvez haja algo de mágico ou místico nesses números ou talvez sejam apenas registros de uma viajante que ainda tem muito para ver nesse mundo!

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Passeando em uma Porto Alegre chuvosa

Olá, amigos!

Uma das coisas que mais gostei de Porto Alegre foi a facilidade de se chegar ao Aeroporto Internacional Salgado Filho e sair de lá para o centro da cidade de transporte público, algo que no Rio de Janeiro que é a cidade onde moro, é quase impossível. 
Como eu havia comentado no post anterior, fui a Porto Alegre para ser madrinha de casamento de um amigo, então levei pouca bagagem pois passaria apenas 4 dias na cidade. Apenas uma mochila de 40 litros e uma bolsa pessoal. Isso me permitiu sair do aeroporto num transporte chamado Aeromóvel que é um trenzinho que leva até o metrô. 
É bem fácil achar o Aeromóvel. Só seguir as placas. Saindo do saguão do aeroporto ele está bem ali na frente. Aí é só comprar a passagem ( o valor é o da passagem do metrô pois o Aeromóvel em si é gratuito) e seguir viagem até o metrô. No meu caso, eu saltei na estação "Mercado" que era a última da linha e saí bem dentro do Mercado Municipal da cidade que é um lugar bem bacana para visitar. Muitos restaurantes além de lojas de comida e algum artesanato. Vale a visita. O prédio é bem bonito também. 




E é justamente numa das portinhas do Mercado Municipal que fica o Centro de Informações Turísticas no qual vc pode descobrir vários passeios bacanas e também comprar o ingresso para  o passeio de Ônibus Turístico que eu fiz num dos dias. Vou deixar o link no fim desse post.

Outra atração de Porto Alegre são os Cafés. Existe uma cafeteria que é a coisa mais linda chamada Agridoce Café. O lugar é uma graça! E o cardápio delicioso! Vale passar uma tarde chuvosa lá dentro aproveitando a música, os quitutes e a decoração.

O Café Agridoce é nessa portinha amarela




Crumble de maçã quente com sorvete e Café com leite

Outro café bacana que descobri por lá, sem querer, foi o Café Chaves, que fica dentro da Galeria Chaves na Rua dos Andradas no Centro da cidade. O lugar é pequenininho,  fica numa esquina no fim da galeria, mas é muito fofo! E tem uns doces de-li-ci-o-sos!!!! Além de uma equipe super simpática e uma decoração linda que faz a gente se sentir na casa da avó.






Eu não passei tanto tempo em Porto Alegre a ponto de poder conhecer a cidade, mas passeei pelas ruas, vi  belas paisagens, descobri algumas Igrejas e outros prédios lindos. E, como fui na primavera, vi muitas flores pela cidade. Minha viagem não foi exatamente a passeio, porém, aproveitei para ver o que me foi possível no breve tempo (chuvoso) que passei por lá. Um dia talvez eu volte para poder aproveitar mais a cidade, incluindo, quiçá, um passeio a Gramado.









Links para maiores informações:
Ônibus Turístico: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/turismo/default.php?p_secao=269
Café Agridoce: http://www.agridocecafe.com.br/
Café Chaves: https://www.facebook.com/pages/category/Coffee-Shop/Caf%C3%A9-Chaves-Cafeteria-e-Bistr%C3%B4-205815169440038/

Essa foi minha pequena viagem a Porto Alegre em setembro de 2019. Se não fosse essa pandemia que estamos vivendo, talvez eu nunca tivesse voltado a escrever aqui no blog e essa viagem tivesse ficado apenas no universo das minhas memórias. Que bom que a quarentena fez com que eu a compartilhasse com vcs!

Até a próxima!

quarta-feira, 27 de maio de 2020

"Deu pra ti, baixo astral! Vou pra Porto Alegre, tchau! "

Olá, amigos!! 

Eis que depois de mais de 3 anos sem postar, cá estou eu! Na verdade eu tinha decidido acabar com o blog. Não acabar propriamente mas deixá-lo inativo apenas com as informações para consulta, já que meus planos de vida haviam mudado e eu já não viajava mais como antes. Atrelado a isso, claro, tinha também o preço do euro que só subia. 

Porém, 2020 chegou e trouxe com ele uma triste doença que se espalhou pelo planeta inteiro. A covid-19, que já está sendo a maior pandemia vista pelo mundo desde a gripe espanhola em 1918. Na verdade, eu não vim aqui para falar disso, uma vez que esse é um assunto que me deixa muito triste, além disso, informações sobre a pandemia podem ser vistas aos borbotões nos jornais. 

Contudo, é justamente por causa da pandemia que, quem pode, está ficando recluso em casa (ou pelo menos, deveria) já que o isolamento social é uma das melhores maneiras de impedir o avanço da curva de contágio. E como todo quarentenado, em alguma hora, a gente começa a repensar a vida e cá estava eu lembrando das minhas doces e belas viagens e de como eu gostava de postá-las por aqui. 


Dessa feita, resolvi, então, escrever sobre uma curta viagem que fiz ano passado, para ser madrinha de casamento de um grande amigo. Ele se casou em Porto Alegre e lá fui eu conhecer a terra de Quintana, um dos meus poetas preferidos. E antes que alguém diga algo, eu sei que Mário Quintana não nasceu em Porto Alegre, porém, viveu lá a maior parte da sua vida e foi lá, no Hotel Majestic, que ele morou entre 1968 e 1980. Hoje, o hotel  abriga uma casa de cultura que leva o nome dele e tem vários espaços culturais, incluindo um terraço muito fofo cheio de plantas. 














Para maiores informações desse lugar tão gostoso, aqui vai o link: http://www.ccmq.com.br/

Na verdade eu ia falar de outras coisas sobre Porto Alegre como, por exemplo, de que maneira se sai do aeroporto e se chega a cidade de transporte público e do hotel que fiquei, mas me empolguei com Mário e o post ficou meio grande, então, voltarei em outro post para complementar essas informações.
É isso, amigos! 
Temporariamente, estou de volta! 
Até breve! 

domingo, 5 de fevereiro de 2017

O fim sempre tem um novo começo

Olá, amigos!!!

Eis que 2017 chegou!
E, com ele, vieram novos e belos projetos para a minha vida.
Convivi quase 9 anos com esse blog e, através dele, ajudei muita gente a planejar viagens. Até fiz alguns amigos pessoalmente! Vocês não imaginam o quanto foram importantes para mim e o quanto me fizeram feliz e agradecida por todo o retorno que me deram durante esse tempo...
Mas, como tudo na vida,  planos mudam, pessoas mudam e eu estou mudando também.  Por isso, meus fiéis e queridos leitores, quero dizer, em primeira mão, que estou parando de postar aqui.
O blog vai continuar no ar (enquanto o blogspot permitir) para servir como fonte de consulta, porém, eu não estarei mais por aqui para responder aos comentários ou para falar da minha última viagem a Paris... até porque, as viagens deixaram de ser a minha prioridade.
Não pensem que aconteceu algo grave. Pelo contrário! Minha vida ganhou novos rumos, o país ganhou novos rumos. E agora meus voos são muito mais internos que externos. E eu estou me adaptando e sendo feliz com isso.
Aprendi muito escrevendo aqui. Detalhei lugares, comidas, pores de sol, passeios e muitas das minhas vivências em quase uma década. Foi maravilhoso!
Agradeço a cada um que dedicou um pouco do seu tempo lendo um dos posts.
Agradeço muito aos comentários que me ajudaram a melhorar esse espaço para que vocês pudessem viajar comigo com um pouco mais de conforto.
Agradeço a cada um dos blogueiros que me inspirou a fazer e a manter esse blog que, mesmo não sendo profissional, entrou no blogroll de vários e admirados colegas de blogagem.
Agradeço aos amigos e familiares pela força durante tanto tempo.
Agora o tempo é de alçar novos voos, galgar novos degraus, percorrer novos caminhos em uma vida nova que anda se desenhando de forma tão especial para mim.
Assim como Ulisses (aquele da mitologia grega), eu também precisei de quase 10 anos viajando para poder voltar para casa inteira, plena e tendo a certeza de quem eu sou.
Aos poucos, como tudo  o que deixa de ser visto na internet, esse blog vai acabar caindo no limbo cibernético. Mas não se preocupem: ele cumpriu a sua função.
E espero que eu também tenha cumprido a minha no coração de cada viajante que passou por aqui.
Obrigada e adeus!

domingo, 20 de novembro de 2016

A eterna busca do meu lugar

Olá amigos!




Esses dias uma ex-aluna minha me perguntou sobre Roma. E, curiosamente, Roma, a tão aclamada cidade eterna, foi uma das poucas cidades em que estive e da qual não gostei.
Fui a Roma, a primeira vez, em 2010 e relatei aqui no blog minhas impressões dessa cidade que considerei um tanto caótica, suja e sem informações básicas para os turistas que não vão em excursão. Fui muito criticada por ousar não gostar de Roma. Algumas pessoas me consideraram quase como uma herege da religião viajante! 
Achei engraçado porque dá a impressão que, por ter um blog, eu sou obrigada a amar todos os lugares para onde vou e a falar bem de todos. Quem leu meus posts sobre Roma viu que, em nenhum momento, eu disse que a cidade não era bonita ou que não tinha uma história incrível. Pelo contrário! Foi exatamente por considerar Roma como uma "deusa" das cidades, tamanha a sua importância histórica e cultural para o mundo, que eu fiquei decepcionada em ver como eles tratavam o turista independente por lá.
Dei uma nova chance à cidade em 2015, quando fui passar uma temporada na Toscana e fiquei 2 dias em Roma. Continuei não gostando. Aliás, dessa vez foi ainda pior que da primeira, por isso nem me animei em escrever nenhum post a respeito.
Mas estou escrevendo esse post hoje porque tudo isso me fez pensar no porquê gostamos ou não de um lugar quando viajamos. Quais as nossas expectativas? Que gosto individual é esse que vai fazer eu me apaixonar por um lugar e ser indiferente a outro? 
Eu sou o tipo de pessoa que estuda e lê muito sobre os lugares para onde vou bem antes de ir. Minhas viagens começam meses antes, na leitura de guias, revistas, blogs; na busca por vídeos, por depoimentos de quem já foi, por troca de experiências através de grupos no facebook. Eu não sou o tipo de turista que vai para um lugar sem saber o que existe lá para ser visto, explorado e conhecido. 
E eu não tenho o menor problema em "ser turista". Eu faço programas clichês de turista sim. E gosto. Mas também busco outras atividades menos conhecidas (quem acompanha meu blog já viu aqui alguns programas  nessa seara). 
Eu fiquei me perguntando o que certas cidades como Conservatória, Paris e Buenos Aires têm que me encantam tanto e me fazem querer voltar sempre e sempre! (Agora Sevilha entrou nessa lista, pois fiquei extremamente encantada pela cidade andaluza) Mas que, para minha surpresa, Veneza não teve. Só fui a Veneza uma vez em 2010. Passei 10 dias lá realizando um sonho que vinha comigo desde a  adolescência. Foram 10 dias  vivendo em um universo paralelo simplesmente maravilhoso porque Veneza era tudo o que eu sonhava e até mais, porém (e curiosamente) eu nunca senti necessidade de voltar. Foi uma cidade que, certamente, encantou meu coração, assim como Madri, Bruxelas, Genebra, Montevidéu, Avignon, Colônia do Sacramento, São Paulo, Campos do Jordão e tantas outras cidades pelo mundo, contudo não são lugares em que eu "precise" voltar, como acontece com Conservatória, Paris, Buenos Aires e Sevilha. 
Há uma conhecida minha que está morando em Beirute. E, a despeito de tudo o que falam sobre as cidades árabes, ela está muito feliz. Da última vez que nos falamos, ela me disse que tinha encontrado  o seu lugar no mundo. Talvez seja esse o motivo que me faz querer voltar tantas vezes: nesses lugares eu encontro um pouco do meu lugar no mundo. Seriam lugares onde eu gostaria de morar (menos Sevilha porque é muito quente no verão) 
Acho que você, que está lendo esse blog agora, deve ter essa mesma sensação com algum dos lugares em que já esteve. Conta aí, na caixa de comentários, para qual lugar você sempre volta em toda viagem.  

domingo, 17 de julho de 2016

Flanar, o verbo que os franceses conjugam melhor que ninguém

Bonjour, amigos!

Uma das coisas que eu fiz em Paris, nessa viagem, foi flanar! Aproveitei que o tempo estava bom (leia-se: sem chuva, porém não sem frio) e andei muito! Tanto a pé como de ônibus. Aliás, baixei vários aplicativos de transporte de ônibus em Paris. Todos super úteis e gratuitos. Os que mais usei foram o Terminus (https://play.google.com/store/apps/details?id=fr.dechriste.android.terminus); o Paris Go (https://play.google.com/store/apps/details?id=fr.dechriste.parisgo) e o Paris Bus Map ( https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ilicit.paris.bus.hd). Andar de ônibus comum em Paris vale muito a pena! As paisagens são sempre lindas! 
Fui novamente a lugares já conhecidos, como a Place des Vosges e Montmartre,o famoso bairro boêmio e artístico, para onde sempre volto em todas as viagens, tamanho é o charme desse bairro alto.


Place des Vosges 

Place des Vosges

Place des Vosges

Place des Vosges



Carrossel com a Sacre Coeur ao fundo em Montmartre

Esse dispensa apresentações

Quadrinhos que são a marca registrada de Montmartre

As belas escadas de Montmartre

Passeei pelo Opera e fui à Galerias Laffayette em pleno pôr do sol, o que me garantiu lindas fotos a partir do terraço.

Cúpula da Laffa

O belo pôr do sol visto do terraço
Também fui a Place de la Republique, local que ficou conhecido pelo tributo aos mortos nos atentados de Paris (tanto o do Charlei Hebdo como o do Bataclan). Confesso que deu uma certa angústia ler todas aquelas frases, ver todas aquelas bandeiras de vários países e aquelas velas acesas, mesmo depois de 2 meses do último atentado. 
Place de la Republique e o tributo feito por e para pessoas de vários países do mundo

Tributo emocionante
E andei muito. Passeei muito pela margem do Sena, observando os bouquinistes, passei várias vezes em frente a Notre Dame, ao Louvre e a Torre Eiffel. Andei por ruas conhecidas e desconhecidas. Descobri lugares novos e revi os antigos. 

A Pont des Arts, famosa por seus cadeados, teve seus painéis trocados por painéis de vidro para a preservação da ponte

Pont des Arts

Esse artista estava ali, ao lado da Notre Dame, tocando "La vie en Rose" quando eu passei. Tinha como encerrar minha estadia na França de forma melhor? 

Enfim, tive Paris só para mim naqueles 10 dias em que estive lá e fui só dela. Vivemos nosso lindo e sazonal caso de amor e voltei feliz para o Brasil, com as energias renovadas e sempre a espera do nosso próximo encontro!
A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2016 
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