Olá, amigos!
Não, eu não estou viajando fisicamente. Essa última viagem do ano a qual me refiro no título desse post é uma viagem interna. Pensei muito se deveria ou não fazer um post de retrospectiva desse ano que passou e, depois de muito relutar, cá estou.
2012 não foi um ano fácil para mim. Deveria ter sido, mas não foi. Sofri inúmeras pressões, principalmente de mim mesma, querendo sempre ser melhor, querendo sempre ir adiante e esbarrando em percalços aqui e ali. Mas deixemos a filosofia de lado!
Esse foi, sem sombra de dúvida, o ano que mais viajei! Foram 5 viagens no total. Nesse sentido, foi realmente um bom ano, contudo, quantidade não é qualidade e as viagens não foram tão boas como eu esperava. Não que tenham sido ruins, longe disso, mas eu é que não estava muito bem e, por mais que a gente não queira, mesmo quando a gente viaja com a intenção de esquecer tudo, acaba levando os problemas com a gente. Contudo, esse não é o lugar nem o momento para lamentações e vamos falar do que foi bom!
Logo no início de 2012 fui ao meu paraíso particular (Conservatória) para arrecadar energia para todo o ano. Fui com a família e uma amiga. Foi um fim de semana bem bacana, afinal, não há como Conservatória ser ruim com tanta música espalhada por aquela cidade com cheiro de passado.
Depois, ainda em janeiro, fui fazer uma visita aos amigos de São Paulo e aproveitar para conhecer um pouco mais aquela terra pela qual desenvolvi um carinho imenso. O mais engraçado é que odiava Sampa quando morava lá, mas alguns anos depois que voltei ao Rio, acabei fazendo amizade com tantos paulistas e paulistanos que a cidade ficou amigável. Isso sem contar o fato de que culturalmente, acho que nenhuma cidade brasileira supera São Paulo.
Em junho, houve um grande feriado aqui no Rio por conta da "Rio+20", um encontro entre líderes mundiais após 20 anos da "Eco 92". Era um encontro para que os países fizessem alguns acordos para salvar o planeta que já pede socorro há muito tempo, mas acho que passarão mais 20 anos e nada acontecerá. De qualquer modo, aproveitei o feriado para ir a São Lourenço, uma cidade mineira que eu adorava há uns 10 anos atrás. A cidade estava bem diferente, mas a chuva acabou atrapalhando a viagem e eu fiz apenas um post sobre os dias que passei lá.
Após 3 viagens ao meu país, em novembro, fui à Europa. Foi uma viagem bem diferente das que eu costumava fazer. Primeiro pela época. Eu nunca havia viajado para a Europa no frio e estranhei bastante, não tanto pela quantidade de frio, pois estava bem suportável, mas por toda a dinâmica envolvida nesse frio, à qual não consegui me habituar. Além disso, a viagem foi diferente também porque foi a primeira vez que viajei em grupo. Éramos 8 pessoas. Nem todas viajaram para o mesmo lugar e nem ao mesmo tempo, mas durante 6 dias, ficamos todos juntos em Paris. Foi bom e foi difícil ao mesmo tempo. Me vi em situações complicadas e tive de aprender a lidar com elas. Porém, ao mesmo tempo, houve muita risada, muitas histórias e muitos passeios bem divertidos justamente porque estávamos juntos. Enfim, foi um aprendizado.
E quase emendando uma viagem na outra, logo que cheguei da Europa, acabei não resistindo a uma promoção de passagens por milhas para Buenos Aires e lá fui eu para a terra do los hermanos. Afinal não é todo dia que a gente consegue não pagar uma viagem de avião. Buenos Aires é uma paixão aqui na América do Sul. Foi a primeira cidade para a qual viajei inteiramente sozinha, foi o primeiro lugar fora do Brasil para onde fui e desenvolvi um amor especial por essa cidade tão perto e tão europeia. Essa foi minha quinta vez por lá, no entanto, a crise econômica está prejudicando muito o turismo, pelo menos o turismo no estilo mais mochileiro, já que tudo está caro demais!! DEMAIS mesmo!!!! Além disso a cidade anda mais suja que o normal e com o triplo de pedintes e moradores de rua. Eles não chegaram a me incomodar, mas andei vendo pela Tv, logo que voltei ao Brasil, que a crise está tão feia que a população está fazendo protestos saqueando lojas e mercados. Claro que isso dá margem aos bandidos agirem e a cidade acabou ficando um tanto perigosa. Uma pena. Ainda não postei sobre essa viagem, os posts ficaram para o ano que vem.
Saldo final: 5 viagens, sendo 3 para o Brasil e 2 para fora. E durante todas elas, fiz muitas viagens internas, muitas descobertas sobre mim mesma. Aprendi em todas e entre todas. Chorei um pouco. Ri muito. Me diverti, conheci lugares novos, pessoas novas. Revi amigos antigos. Fiquei mais próxima de algumas pessoas e mais distante de outras. Descobri o que gosto, o que não gosto e aquilo que não estou mais disposta a abrir mão. Mas também descobri como coisas simples podem ser encantadoras e divertidas.
Viajar é sempre expandir a mente, abrir horizontes na cabeça e no coração e foi isso o que me aconteceu esse ano mais que em todos os outros.
Para 2013, desejo menos quantidade e mais qualidade nas viagens. E sei que isso vai acontecer, pois foi graças a esse ano de 2012 que pude descobrir que era isso que eu queria. Se eu não tivesse viajado tanto, nunca saberia. No fundo, toda experiência é boa, mesmo quando não é.
É isso, amigos! Um feliz 2013 a todos nós e, aproveitando que o mundo não acabou, façamos muitos planos de viagem!
beijos e até ano que vem!
Imagine este blog como um laboratório de química: são muitas informações, sendo algumas conflitantes, algumas explosivas, algumas sem efeito, mas que no fim, acabam se transformando em um fantástico experimento! Viajar foi, sem dúvida, o melhor experimento da minha vida!
Sobre mim
Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.
sábado, 29 de dezembro de 2012
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Dia de passear sem rumo na Paris que amo
Ontem foi meu último dia em Paris. Acordei tarde e saí para passear sem destino. Primeiro fui até a casa onde, supostamente, moraram Abelardo e Heloísa. É uma casa comum, mas tem uma placa na frente dizendo que eles moraram ali. Na verdade, Abelardo e Heloísa são como Romeu e Julieta, um casal que viveu um amor proibido e pulou da ficção para a realidade. É claro que eles não existiram de verdade, mas eu acho interessante ver que a França preserva suas histórias e sua literatura e que dá a mesma importância para uma história de ficção como dá para as histórias reais. Gostaria que no Brasil fosse assim também...
Fachada da suposta casa de Abelardo e Heloísa |
Passeio pelo Sena no outono |
Vista da Notre Dame através das folhas amarelas de outono |
Lojinha pelo caminho |
Àrvore de Natal da Laffa |
Meu omelete da Ladurée |
Religieux de pistache |
Igreja Saint Germain des Près |
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM NOVEMBRO DE 2012
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Angelina, um salão de chá na chuvosa Paris
A Bientôt!
Bonjour, amigos!
Hoje acordei tarde (como sempre!) mas estava chovendo, o que me irrita bastante, porém como eu havia marcado de encontrar uns amigos no “Angelina”, que é um salão de chá bem famoso aqui em Paris, me recusei a ir de metrô e mesmo na chuva, fui a pé até lá, afinal de contas, andar é um dos meus maiores prazeres em viagens. O "Angelina" fica na rue de Rivoli, perto do Louvre, quase em frente ao Jardim de Tuileries. É relativamente perto de onde estou hospedada e como era meu penúltimo dia na cidade, quis aproveitar para ver mais a cidade e de metrô isso não é possível.
Tomamos o famoso chocolate quente de lá. Delicioso! Daqueles bem grossinhos e com sabor de chocolate mesmo. Além disso, o lugar é uma graça e o atendimento muito simpático.
Depois fomos passear pela Fauchon, um tipo de épicerie, com muitos doces, geleias, compotas, azeites, temperos e tantas outras delícias que agradam o paladar. A chuva não estava dando trégua e acabamos voltando cedo para casa. Mais tarde, saímos novamente para um último jantar ainda com parte do grupo, pois alguns já haviam ido embora. E ainda fui com um amigo ao supermercado, pois ele ainda queria comprar umas últimas coisinhas antes de ir embora.
Como amanhã é meu último dia em Paris, já aproveitei para arrumar a mala hoje, assim não fico toda atolada para o dia seguinte. Dessa vez eu acabei comprando mais coisas que de costume, na verdade, nem foi isso, mas é que o que eu comprei nessa viagem é mais frágil, portanto, embalar na mala fica um tanto mais complicado. Mas nada que não se dê um jeito!
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM NOVEMBRO DE 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
A maior exposição de Salvador Dalí em Paris
Bonjour, amigos!
Hoje acordei bem tarde e aproveitei para passear perto do Pantheon, bem ao lado daquela rua em que o personagem do filme “Meia noite em Paris” fica esperando o carro para levá-lo aos anos 20. Mas não apareceu nenhum carro para me levar a outra época...uma pena! Então aproveitei mesmo para tirar muitas fotos.
Pantheon |
A escadinha onde o personagem de "Meia noite em Paris" espera seu carro para voltar no tempo |
Igreja Saint Etienne du Mont |
De lá fui até o Café de la Paix encontrar uns amigos e tomar um delicioso cappuccino com éclair de chocolate. Bom (e caro) demais!
Depois fui dar uma voltinha pela Laffayete Gourmet, mas não comprei quase nada. Voltamos cedo pra casa pois estávamos cansados. Chega uma hora na viagem em que a gente precisa descansar para poder continuar no pique, senão acaba ficando doente e meu dia de descanso era hoje.
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM NOVEMBRO DE 2012
VIAGEM REALIZADA EM NOVEMBRO DE 2012
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Almoçando no restaurante mais antigo de Paris
Bonjour, amigos!
Ontem foi o último dia em Paris para um casal de amigos e resolvemos nos despedir almoçando no “Le Procope”, o restaurante mais antigo e tradicional da cidade. A comida de lá estava excelente, como sempre. A maioria de nós pediu Coq au Vin que é o prato da casa e vem muito bem servido. Passamos uma tarde bem aprazível conversando e rindo.
De lá eu e um amigo fomos passear um pouco. Acabamos indo até a Champs Elysées pois ele não a tinha visto iluminada ainda, depois demos uma voltinha na Roda Gigante que esse ano está bem na Place de la Concorde e não no Jardin des Tuilleries, onde costumo vê-la no verão. O ingresso esse ano, obviamente, está mais caro (10 euros) e ela deu 4 voltas. Mas a vista da Torre Eiffel iluminada tão pertinho e da Champs Elysées com o Arco do Triunfo ao fundo iluminado é linda demais! Fiquei encantada! Pena que as fotos não fazem justiça à beleza real.
vista da Champs Elysées do alto da Roda Gigante |
Dali andamos até a Place Vendôme para tirar algumas fotos e depois até a Opera Garnier para vê-la também iluminada. Linda demais! A noite e a iluminação parisiense é algo que tenho aproveitado bastante nessa viagem , pois, geralmente como venho no verão, anoitece muito tarde e acabo não tendo oportunidade de ver as luzes da cidade. Dessa vez essa é a parte que mais estou aproveitando por aqui.
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM NOVEMBRO DE 2012
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Passeio a um lado de Montmartre que eu ainda não conhecia
Bonjour, amigos!
Hoje fomos até o bairro de Montmartre que é o bairro boêmio de Paris, onde se concentram inúmeras lojinhas, restaurantes e a Sacre-Coeur, uma das mais lindas igrejas da cidade, na minha opinião. Subimos de Funiculaire, que é uma espécie de bondinho (para subir é preciso ter um bilhete de metrô) e lá de cima tiramos muitas fotos!
Lojinha fofa em Montmartre |
Depois fomos passear. Passamos pela Praça Dalida, pela casa dela e por alguns pontos turísticos do bairro como o Passe Muraille, o Moulin de la Galette (que foi retratado num quadro de Renoir que adoro chamado “Baile do Moulin de la Galette”) e pelo famoso Moulin Rouge. Muita fotos!
Praça Dalida |
Passe Mureille |
O muro do "je t'aime" |
casa da Dalida |
Moulin Rouge |
De lá, eu e um amigo fomos até uma cidade fora de Paris para um jantar na casa de uma amiga que mora aqui e que nos ofereceu uma raclete maravilhosa! Foi uma noite deliciosa!
![]() |
Raclete deliciosa na casa de uma amiga |
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM NOVEMBRO DE 2012
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domingo, 2 de dezembro de 2012
Passeio chuvoso à Basílica de Saint Denis e à Champs Elysées nesse outono em Paris
Bonjour, amigos!
Hoje amanheceu chovendo e São Pedro não deu trégua o dia todo! Eu e dois amigos fomos até a Basílica de Saint Denis, uma igreja onde estão enterrados os reis da França. Há uma necrópole que se pode visitar (ingresso a 7,50 euros) para fotografar os túmulos. Alguns reis não estão ali de verdade, como Louis XVI e Maria Antonieta, mas foi feita uma homenagem a eles, visto que eles foram colocados em vala comum na época da Revolução Francesa.
Homenagem a Louis XVI e Maria Antonietta |
Túmulo de Maria Antonietta |
Para ser bem sincera, gostei mesmo foi dos vitrais da Basílica que são muito lindos! Em geral prefiro cores, principalmente porque nem gosto muito de ver gente morta, mas como eu queria conhecer a cidade de Saint Denis que é uma periferia de Paris, onde chega a linha 13 do metrô, acabei indo com eles no passeio. Por causa da chuva e da falta de tempo, acabei nem conseguindo ver a cidade além da Basílica, apenas percebi que o comércio é mais barato que o de Paris.
Depois pegamos o metrô até Les Invalides, onde eles queriam ver o túmulo de Napoleão. Como eu já o havia visto e não pretendia repetir a dose, nos separamos e eu fui passear pela cidade. Mais tarde saí para ver a iluminação de natal da Champs Elysées. Saltei no início dela e fui ver o Marché Nöel (feira de natal) que fazem ali todos os anos, além de ver a iluminação da rua mais famosa de Paris.
Uma parte do meu grupo de amigos ia se encontrar no Trocadéro para tirarmos aquelas fotos características de Paris com a Torre Eiffel ao fundo. Como eu fui cedo para aquela região, resolvi ir andando calmamente até o Trocadéro. Devo ter demorado mais de uma hora no trajeto que é bem longo e eu o fiz bem devagar, com direito a muitas pausas para fotos.
Dali fomos dormir, pois estávamos todos bem cansados. Vir a Paris é delicioso, mas cansa! E amanhã tem mais encontro com a galera!
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM NOVEMBRO DE 2012
sábado, 1 de dezembro de 2012
A Paris sonhada por todos nós
Bonjour, amigos!
Ontem algumas amigas chegaram da Provence
em Paris e foi uma festa! Fomos todos
jantar juntos num restaurante na rue Gregoire de Tours chamado Pepone.
Somos um grupo que se conheceu justamente
pelo amor em comum à cidade de Paris e ontem, pudemos estar todos juntos
confraternizando justamente nessa cidade que nos uniu. Esse mega encontro tinha sido sonhado um
pouco por cada um de nós, mas lá no fundo, achávamos que seria muito difícil
realizá-lo, afinal, fazer coincidir as datas de tantas pessoas diferentes,
vindas de várias partes do Brasil, com profissões diferentes, compromissos
diferentes, gostos diferentes, poder aquisitivo diferentes, seria muito complicado.
Contudo, por alguma magia do universo (e com uma certa ajuda da nossa força de
vontade), conseguimos realizar esse sonho. Ainda faltam algumas pessoas que
fazem parte do grupo, mas ontem estava presente ao menos metade dele e foi
muito divertido!
Éramos 12 pessoas
sentadas naquela mesa, falando sobre Paris,sobre viagens, sobre nossas vidas.
Foi uma noite bem agradável.
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM NOVEMBRO DE 2012
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domingo, 25 de novembro de 2012
Dias curtos em Paris
Bonjour, amigos!
Os dias em Paris têm passado rápido nessa
época do ano, acho que é porque acordo mais tarde, demoro a sair de casa e as
atrações fecham cedo...não tenho feito grandes coisas por aqui, tenho mais é
passeado a pé quando São Pedro colabora
e não resolve fazer chover o dia todo.
Fui ao Museu Maillol (61, rue de
Grenelle. Metrô: Rue de Bac) , onde está acontecendo uma exposição do pintor
veneziano Canaletto. A mostra fica até 13 de fevereiro e para quem vier a Paris
nessa época, eu recomendo (o museu funciona todo dia de 10h30 às 19h, sendo às
sextas até 21h). Deu uma imensa saudade de Veneza ao ver aqueles quadros, cada
um mais lindo que o outro! Ingresso a 11 euros.
Lá também está acontecendo uma
outra exposição de artista chamado Alexis Poloakoff, chamada "Pixis"
que é uma mostra de minuaturas feitas de chumbo bem nos moldes daqueles antigos
soldadinhos de chumbo. Ele reconstrói cenas do Pequeno Príncipe; do Tintin; do
Astérix; dos personagens da Disney e de uma Paris dos anos 50. Muito gracinhas!
Adorei! Além da própria exposição permanente do Museu que é do escultor
Aristide Maillol.
Nesses dias também fui ao Louvre, pois
para mim é impensável vir a Paris e não ir , pelo menos uma vez, ao Louvre!
Dessa vez fui ver a parte de pintura flamenca que eu não conhecia, onde estão
alguns quadros de Rubens, entre outros...
Depois acabei caindo na ala do Egito e
depois das esculturas greco-romanas. Foi bom rever alguns desse lugares que eu
já havia visitado em 2009, mas que me pareceram tão diferentes dessa vez,
talvez pelo fato do museu estar mais vazio. Aliás, até agora, essa é a única
vantagem que tenho visto em viajar nessa época do ano: não há filas. Tudo é
mais vazio, a não ser o trânsito que é uma verdadeiro confusão! Eu nunca tinha
reparado como os franceses gostam de avançar o sinal vermelho aqui! Acho que no
verão, por ter menos carros nas ruas, eles acabam respeitando mais. Mas no
outono é um caos, buzina para tudo que é lado, carro fechando cruzamento,
parando bem em cima da faixa de pedestres, ultrapassando o sinal vermelho,
enfim, nada muito diferente do Rio de Janeiro ou de São Paulo (guardadas as
devidas proporções, é claro!).
Uma outra coisa que só pude perceber
agora é como Paris é uma cidade normal! No verão parece que ela ganha uma aura
de glamour, tudo parece mais feliz e mais colorido, mas agora que tudo está no
seu lugar, a vida transcorre de forma comum, cada um no seu cotidiano e não é
nada diferente do cotidiano de qualquer outra cidade grande. Paris será sempre
linda em qualquer época do ano,mas para mim, acostumada a vir no verão, me
pareceu que nessa época há menos encanto. Continuo amando Paris, mas meu olhar
sobre a cidade mudou um pouco.
Na quarta-feira, um amigo querido chegou
por essas bandas para passar uma semana e resolvemos ir à Place de la Concorde,
que é o lugar preferido dele aqui. Só que já eram 23h30! Foi diferente passear
tão tarde por Paris.
Claro que eu já tinha feito isso uma ou duas vezes, mas
dessa vez foi bem diferente pois já saímos tarde (em geral saio cedo e volto a
essa hora!) e ficamos passeando pela beira do Sena da Notre Dame até a Ponte
Alexandre III em frente ao Grand Palais! Foi bem bacana! Tiramos fotos,
conversamos, rimos. Para ele, essa viagem a Paris foi a realização de um grande
sonho e é muito bacana poder participar um pouco dos sonhos de quem a gente
ama.
A Bientôt!
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terça-feira, 20 de novembro de 2012
Uma visita ao Monte Saint Michel, na Normandia
Bonjour, amigos!
Hoje acordei super cedo pois havia comprado um passeio ao
Mont Saint Michel pela agência France Tourisme (33, Quais des Grands Augustins)
para hoje e sairíamos às 7h15 da manhã lá da porta da agência que fica a uns 10
minutos a pé daqui do apartamento.
Saí de casa ainda era noite. Muito diferente ver Paris antes
dela acordar. Tudo fechado, pouca gente
na rua, quase nenhum carro, só uns pobres mortais encasacados indo para trabalho (lembrei da época em que eu pegava no
trabalho às 7h30 da manhã) e eu ali naquele vento da beira do Sena indo para a
agência. Cheguei lá e ela estava fechada. Preocupei, mas sentei na mureta e
fiquei esperando. Uns 5 minutos depois chegou um casal de japoneses, depois um
outro de nacionalidade que não consegui identificar, depois mais um casal
mexicano e por fim, uma senhora também mexicana. Às 7h10 a menina veio abrir a
agência, conferir nossos bilhetes e dar o aval para o motorista. Entramos os 8
malucos numa van, às 7h20 da manhã, num frio danado, indo para um lugar ainda
mais frio que era o Mont Saint Michel.
O motorista falava inglês e espanhol (pra variar, eu era a
única do grupo que não falava inglês, mas apesar dos mexicanos falarem, eles se
sentiram mais a vontade falando espanhol, o que fez eu não me sentir tão
estranha no ninho). São mais de 3 horas até lá! Muito chão! Paramos num posto
de gasolina para tomar um café e ir ao banheiro e depois, pé na estrada. Dormi,
acordei, dormi de novo e ainda estávamos no caminho!
Finalmente depois de quase 4 horas de viagem, chegamos ao
estacionamento que fica bem distante do Monte propriamente dito (antigamente os
carros podiam chegar até bem perto, mas por causa do peso na ponte que dava
acesso ao lugar, eles resolveram proibir os veículos de irem até lá). Dali
andamos mais ou menos 1 quilômetro até um ônibus gratuito que nos deixa mais
perto do monte. Ainda assim, andamos mais 1 quilômetro. Finalmente, lá estava ele!
O frio até que deu
uma trégua e não estava tão absurdo como achei que poderia estar, só uma blusa de manga comprida de lã e um casaco deram conta . O motorista
nos deixou no início da subida, nos deu o ingresso da Abadia, ao qual tínhamos
direito ao comprar o passeio e foi embora. Disse que nos encontraria no carro
às 16h. Eram 12h e teríamos bastante tempo para ver tudo, pois na verdade, não
há muito o que ver, além da Abadia.
A história do Monte é a seguinte: Em 708, o bispo de Avranches,
depois de um sonho, mandou construir um santuário para Saint Michel no topo do
Monte. A partir daí, o lugar passou a ser um local importante de peregrinação e
no século X os beneditinos foram para a abadia. Foi só então que se desenvolveu
a aldeia no sopé do monte. Por conta de suas muralhas e também das marés que
sobem numa velocidade incrível, o Monte era considerado um Forte quase
impenetrável, tanto que durante um tempo, ele funcionou como prisão. Em 1979,
tornou-se patrimônio mundial da Unesco.
O lugar é bonito, não há dúvida, mas eu esperava um pouco
mais, principalmente do seu entorno. Achava que existiam várias ruazinhas antes
de se chegar ao topo, mas na verdade existe apenas uma rua onde se concentra o
comércio da região, com restaurantes, lanchonetes e aquelas lojinhas de
lembrancinhas do tipo “viu uma, viu todas”. O passeio é bonito e cansativo (sobe, sobe e sobe!). Cheguei ao
topo e fui visitar a Abadia chamada de “La merveille” (em francês, significa “a
maravilha”), porém, eu esperava algo mais suntuoso, mais maravilhoso (acho que
tenho que parar de ter expectativas sobre os lugares, talvez assim eu aproveite
mais as visitas), mas de qualquer maneira, rendeu belas fotos. Pena que hoje
não tinha maré alta, então só se via um grande pântano em volta do monte.
Estão fazendo uma grande obra no Monte, com a intenção de
construir uma ponte mais alta e uns diques que consigam controlar a força das
águas para que elas não destruam tudo.
Depois da Abadia, fui passear na única ruazinha do lugar,
fui às lojinhas, especialmente a “Le mére Poulard” que é restaurante de um lado
e loja do outro. Essa é a marca mais famosa daqui. Conta a lenda que a senhora
Poulard abriu um restaurante para receber os peregrinos e servir a eles um omelete
que era fonte de energia, fácil de fazer e podia ser feito a qualquer hora do
dia ou da noite. Esse omelete ficou famoso e hoje em dia é a marca registrada
do Monte. Eu acabei nem comendo, pois o achei caro e vi que ele era meio mole
por dentro, então achei melhor comer um crepe mesmo. Mas comprei os caramelos
de manteiga salgada que também são típicos da Normandia.
Tirei muitas fotos, encontrei dois casais de brasileiros
pelo caminho com quem conversei um pouco, fui ao “Museu do mar e da Ecologia”
que conta toda a história do Monte, da sua flora, sua fauna, da Mére Poulard e
ainda tem uma exposição de diversas embarcações interessantes.
Na saída, reencontrei o casal de mexicanos que vieram comigo
e fomos juntos até o estacionamento, o que foi ótimo, pois conversamos um pouco
e treinei meu “portunhol”. Descobri que me comunico melhor em francês, embora
entenda bem melhor o espanhol. Mais 3
horas para voltar, já de noite, e como os radares não funcionam na estrada à
noite, o motorista sentou o pé e mesmo com a parada no posto, fizemos em menos
de 3 horas!
No geral, o passeio foi bom. Eu queria muito conhecer o Mont
Saint Michel e foi um sonho realizado, mas estou com a sensação de não estar
tão feliz com essa viagem como estive das outras vezes. Talvez tenha a ver como
o clima, já que o frio traz em si uma certa melancolia.
A Bientôt!
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