Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Buenos Aires é tão perto e tão bonita!

Hola, amigos!

Acabo de voltar de mais uma viagenzinha a Buenos Aires, essa cidade que tanto me encanta, apesar de todos os problemas governamentais pelos quais vem passando.
Dessa vez fomos meio de sopetão, sem grandes planejamentos. Claro que eu estou sempre planejando viagens, mas essa veio por causa de uma promoção do meu cartão de milhas e conseguimos as passagens, praticamente, de graça. Só que, como isso aconteceu já no fim do ano, nem deu para eu fazer muitas pesquisas.
Porém uma das pesquisas que fiz, e não me arrependi, foi consultar um blog chamado  http://airesbuenosblog.com/ . Através dele eu descobri que o Túlio Bragança, um brasileiro que mora há 9 anos em Baires, estava fazendo um tour guiado voltado exatamente para brasileiros que já tinham ido algumas vezes à cidade e queriam conhecer um outro lado dela. Ou seja, eu me encaixava perfeitamente! Então, mandei um email para ele e me inscrevi.
No dia e hora marcado, estávamos lá. Começamos o Tour com o encontro no Starbuks que fica na esquina da calle Peru com Belgrano. O prédio em si já é lindo e tem um monte de história, pois já foi sede do consulado Austro-húngaro na época da I Guerra Mundial, mas a guerra acabou e o império Austro- húngaro também, logo, o consulado se tornou inútil. O Túlio nos explicou que aqueles homenzinhos entalhados no teto do prédio chamam-se Atlantis e cada um representava uma das profissões que ajudaram a erguer o prédio como o carpinteiro, o ferreiro, o mestre de obras, etc...hoje em dia o prédio abriga escritórios comerciais.  É bem bonito.

O tour começa com as explicações do Túlio sobre o prédio do Starbucks


prédio do Starbucks com os Atlantis
 Dali, entramos numa van climatizada bem confortável, com uma garrafinha de água mineral nos esperando como cortesia. Lá dentro o Túlio foi explicando vários pontos turísticos, tanto os mais conhecidos como os menos. Nossa primeira parada foi a Pasaje Lanín, uma gracinha de lugar no bairro do Barracas. O lugar lembra o colorido do Caminito, porém com muito mais personalidade e muito mais tranquilo que aquele burburinho todo que vemos no bairro La Boca.
São apenas 3 quadras, todas com decoração bem interessante, mosaicos, tudo com formatos e cores bem vivas e diferentes!

Pasaje Lanín 

Pasaje Lanín

Homenagem ao criador da Pasaje Lanín

A foto da galera toda

Pasaje Lanín

O Túlio nos explicou que a decoração divertida começou com o artista Marino Persico que decorou a fachada da própria casa no início dos anos 90. Como os vizinhos gostaram, pediram para que o artista fizesse o mesmo em suas casas. Depois de um tempo já eram 35 casas coloridas alegrando a vida dos moradores daquela rua. Essa era minha sexta viagem a Buenos Aires e eu nunca tinha ouvido falar nessa passagem. Adorei conhecer o lugar!

Durante o passeio, passamos por uma linda praça na Recoleta

Também passamos pelo Hipódromo, uma febre para os argentinos

E passamos ainda pelo lindo Palácio de águas corrientes (uma espécie de CEDAE de lá)
De lá, entramos novamente na van, passeamos mais um pouco por Buenos Aires com belas explicações históricas dos lugares e paramos no Parque de la Memoria, um parque à beira do rio da Prata, bem pertinho do aeroporto menor da cidade, o Aeroparque, e perto também daquele parque temático chamado Tierra Santa ( escrevi sobre ele nesse post: http://viajecomigoamigo.blogspot.com.br/2011/01/um-dia-dedicado-religiosidade-em-buenos.html ).
Esse parque não tem o nome "de la Memoria" à toa. A ideia é não deixar que os argentinos esqueçam as agruras que passaram durante a ditadura militar no país. Existem mapas de onde moram os genocidas, uma estátua em homenagem a um escritor que foi morto por causa da ditadura, um muro com os nomes de todos os mortos durante o período negro (ainda há espaços vazios no muro, pois a cada vez que se descobre uma nova pessoa morta pela ditadura, um novo nome é acrescentado).
O lugar é, ao mesmo tempo, bonito e inquietante. Vale a pena conhecer.

monumento no Parque de la Memoria

Muro com os nomes dos mortos pela ditadura

mapa de onde moram os genocidas

monumento "Pensar é um ato revolucionário"
De lá, fizemos uma rápida parada na frente do Estádio do River Plate, onde, além de jogos clássicos de futebol, também acontecem shows de música de cantores e bandas famosas.


Dalí fomos rumo a nossa última parada: o Mercado de las Pulgas. Um local estilo brechó, onde se acha muita velharia e muita antiguidade também. É preciso saber escolher, garimpar e tentar sempre o melhor preço. Como não iríamos comprar nada, apenas tirei umas fotos e saímos.






O tour fecha com chave de ouro, pois, dentro do pacote, está incluído um delicioso sorvete argentino ( um dos melhores que já provei, só perde para os italianos!) numa sorveteria chamada Occo, que fica na calle Dorrego 1581, (esquina com Niceto Vega). O lugar é uma gracinha, com mesinhas na calçada e um sorvete artesanal DELICIOSO!!!



Nosso passeio acabaria no bairro de Palermo, mas como o motorista da van iria mesmo voltar para o Centro, ele foi super gente boa em nos deixar no Obelisco, bem pertinho de onde estávamos hospedadas.

Túlio, nosso guia nota 10 e nosso motorista gente boa
Resultado do dia: felicidade suprema por conhecer lugares diferentes e desconhecidos em Baires!
O Túlio continuará fazendo tours pela cidade. Não apenas esse que fizemos, mas outros tipos também. Se você vai a Buenos Aires e quer ter uma experiência diferente, com um tour feito para brasileiros por brasileiros que vivem e amam Buenos Aires, entre em contato com ele. O link que explica tudo sobre o tour vai abaixo:

http://airesbuenosblog.com/aires-buenos-tour-city-tour-em-buenos-aires/

Hasta Luego!

Em tempo: Este blog não recebe comissão para falar dos serviços do Túlio, recomendo porque testei e aprovei!

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2015





segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Passeio ao Pão de Açúcar ( da série "Sendo turista na própria cidade")

Olá, amigos!
Eu sempre digo que sou uma carioca do Paraguai, porque conheço um monte de lugares bacanas pelo mundo ,mas não conheço os monumentos da minha própria cidade. No último fim de semana foi minha chance  de minimizar isso. Conheci  uma moça de São Paulo que estava vindo para o Rio passar o feriadão e me perguntou como fazia para chegar no Pão de Açúcar. Era minha oportunidade de ir a um dos cartões postais da minha cidade maravilhosa, então eu me ofereci para ir com ela no sábado.
Ela já havia ido ao Corcovado (esse eu conheço!  Rs) na quinta-feira com minha tia, que é guia de turismo, e tinha adorado! Acabou que minha tia se ofereceu para ir conosco também e fomos as três até lá em um lindo sábado de sol.
O Pão de Açúcar tem um acesso bem fácil para quem vem de transporte público. Ele fica no bairro da Urca, pertinho da Praia Vermelha. Como fomos a partir do Leme, pois fui buscar minha amiga no hotel, pegamos ali na Avenida Princesa Isabel o ônibus 511 que entra na Avenida Pasteur e saltamos no último ponto antes da praça do bondinho. Para quem vem do Centro da cidade, pode pegar o ônibus 107 na Avenida Passos e saltar no mesmo lugar.  Para quem vai de qualquer outro lugar da zona sul ou da zona norte, pode pegar qualquer ônibus que passe no shopping Rio Sul, saltar na frente dele e ir andando pelo Avenida Pasteur até o fim. É só perguntar,  mas não tem erro, é bem fácil.


Chegando lá, se você for comprar o bilhete em dinheiro, vai entrar numa fila (geralmente maior) e se for comprar em cartão de débito (não aceitam crédito), a fila é um pouco menor. O valor inteiro é de 62 reais, mas se você tiver carteira de estudante (de qualquer tipo) ou mais de 65 anos paga meia.
Depois de comprar o ingresso é só ficar na fila para entrar no bondinho que sai de 5 em 5 minutos e é todo de vidro, o que faz com que, em qualquer lugar, você possa ter uma bela vista da subida.  Cabem 65 pessoas nele e há um fiscal que fica controlando a catraca para que só passem por ela esse número de pessoas de cada vez.

Chegou nesse ponto, tem de entrar no bondinho
Uma dica: se vc quiser ir de cara para o vidro, deixe as pessoas passarem na sua frente até você  ser o primeiro da próxima leva porque ,se você passar pela catraca, vai ter de entrar no bondinho, não poderá esperar o próximo.
A subida para o morro da Urca é rápida, demora apenas 3 minutinhos. Lá em cima se tem uma linda vista da cidade.
 
os bondinhos se cruzando antes de chegar ao topo
Pode-se ver toda a baía da Guanabara com o aeroporto Santos Dumont e a ponte Rio-Niterói.
De outro ângulo podemos ver o Cristo Redentor com seus braços abertos sobre a Guanabara como bem cantou nosso mestre Tom Jobim.
Aeroporto Santos Dumont e Ponte Rio Niterói ao fundo

Cristo abençoando a  Baía de Guanabara
 Há nesse primeiro patamar dois bondinhos em exposição, um , todo aberto, que funcionou desde a fundação (1911) até ser aposentado em 1972 e outro, já mais parecido com o atual, que funcionou até 2008. Pode-se ver também a história do bondinho e de sua complexa maquinaria (provavelmente os engenheiros vão gostar dessa parte). É também nesse primeiro piso que está a casa de show do morro da Urca e de onde se tiram as melhores fotos do próprio Pão de Açúcar.


o primeiro bondinho, de 1911

o segundo bondinho, que funcionou até 2008

engrenagens

Ele: o Pão de Açúcar! 
Depois de ficarmos um bom tempo ali, tiramos milhares de fotos, já que o dia estava ajudando muito com um lindo céu azul, resolvemos subir para o segundo patamar. Mais uma fila e outro bondinho de 3 minutos. Lá de cima a vista é ainda mais espetacular. Realmente minha cidade é linda!


só observando como a cidade é bonita

por trás das árvores

a baía

já na descida, o Pão de açúcar visto de baixo
Lá em cima há uma lanchonete (fraca) e umas lojinhas de lembrancinhas. Há bebedouro perto da catraca do bondinho, portanto, leve uma garrafinha! E também há banheiros (que são bem limpinhos).
Muitas fotos depois, descemos e fomos andando pela avenida Pasteur até o Rio Sul. Dali passamos pelo túnel subterrâneo próprio para pedestres (não tente atravessar a rua por cima, é perigoso!) e pegamos o ônibus para Copacabana, pois iríamos terminar o dia de um jeito bem brasileiro: comendo uma deliciosa pizza!
Foi um dia divertido! Fiz uma nova amiga, conheci um pouco mais da minha cidade e, de quebra, fiquei conhecendo várias historinhas sobre o Pão de Açúcar que minha tia-guia contou.  Aliás, para quem quiser contratar os serviços dela, é só enviar um email para: mariliacallado@yahoo.com.br e dizer que leu aqui no blog. Aí você garante um descontinho em algum desses passeios cariocas, como Corcovado, Centro Histórico ou o próprio Pão de Açúcar.

Para quem quiser mais informações sobre o passeio: http://www.bondinho.com.br/

Até a próxima!

Em Tempo: Esse blog não recebe NENHUMA comissão para fazer propaganda dos serviços dos guias. Todos os serviços de guia recomendados nesse blog foram utilizados pela blogueira e estão aqui por eu ter gostado deles. 


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Lugares diferentes pra se conhecer na Terra da Garoa

oi, amigos!

Faz um bom tempo que não apareço por aqui....algumas resoluções pessoais me fizeram ficar um pouco afastada do blog, mas, aos poucos, vou retomando as atividades normais!
Hoje venho falar de dois lugares bem bacanas que conheci na minha última ida (super rápida!) a São Paulo: A Casa Modernista e o Museu Lasar Segall.

A Casa Modernista foi a primeira casa feita em estilo modernista no Brasil. Criada pelo arquiteto Gregori Warchavchic em 1927 essa casa inovava pelo estilo diferente do usado na Europa (e que sempre era copiado por aqui). Sua intenção era integrar a casa à paisagem e ao clima de São Paulo da época, criando um projeto que permitisse boa iluminação e ventilação.
Pra quem gosta de arquitetura, é um local que vale a pena visitar. São dois andares. A casa não tem mobília, apenas se vê a funcionalidade do projeto e os materiais usados à época.
O jardim, bem conservado, rende belas fotos e há um filmezinho no térreo que explica a história da casa.
Fica no bairro de Vila Mariana - Rua Santa Cruz, 325. O metrô mais próximo é o Santa Cruz, que pertence à Linha Azul. Funciona de terça a domingo, de 9h às 17h e a entrada é gratuita.

Logo na entrada do jardim


Lateral da casa


Jardim visto da varanda de cima da casa


 Mais adiante,ainda no bairro de Vila Mariana, pode-se encontrar o Museu Lasar Segall. Ali era a casa e ateliê do artista e ela foi projetada pelo mesmo arquiteto da Casa Modernista que, por acaso, era concunhado de Segall. O estilo Modernista se mantém e há, inclusive, uma árvore que foi preservada no meio da propriedade, tendo sido feita a casa à sua volta. O Museu fica na Rua Berta 111 e tem entrada gratuita. Parte dele está fechada para reforma até 2015, mas há uma sala onde é possível ver alguns quadros do pintor russo naturalizado brasileiro.
Imagino que, após a reforma, o museu estará bem mais interessante, afinal seu acervo é riquíssimo e conta não apenas com pinturas, gravuras e desenhos como também com fotografias, mobiliário e documentos que não estavam, infelizmente, à disposição dos visitantes.



A natureza integrada à arquitetura


Não lembra a Casa Modernista?



"O menino e a lagartixa", uma das obras mais famosas de Lasar Segall

Influência do modernismo brasileiro





O site do museu é http://www.museusegall.org.br/

Acho que esses lugares são boas maneiras de se conhecer um pouco da cultura paulistana fugindo do lugar-comum.
Até a próxima!
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