Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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terça-feira, 16 de julho de 2013

Um museu para quem gosta da Idade Média

Bonjour, amigos!

Um dos museus que melhor ilustra a época medieval, em Paris, é o Museu Cluny, localizado no número 6 da Place Paul Painlevé, esquina com a Boulevard Saint Michel no coração do Quartier Latin. Ali pode-se ver as cabeças dos reis de Judá, decapitadas da Notre Dame na época da Revolução Francesa; alguns vitrais de igrejas; peças religiosas bem valiosas que agora ficam no restaurado Friggidarium (onde, na época em que a França era território do Império Romano, eram as antigas termas de Cluny); belas tapeçarias que contam como era a vida naquela época tal como histórias em quadrinho; peças raras de Limoges e o famoso conjunto com 6 tapeçarias chamado de  "A Dama e o Unicórnio". Na verdade, essas tapeçarias acabam de ser restauradas e, enquanto a sala onde elas ficam é restaurada também, elas estão no Museu de Tokyo, até o fim de 2013, portanto se seu intuito era apenas vê-las, não vale a pena pagar os 8,50 euros da entrada.
Contudo eu garanto que há bem mais para se ver ali dentro que "A  Dama e o Unicórnio", mas isso só vale para quem gosta da Idade Média.
Entrada do Museu


Cabeças dos Reis de Judá

Vitrais

Aviso de que a sala da "Dama e o Unicórnio" está fechada para restauração

Pietá de Tarascon

Tapeçarias

Jóias de Limoges

Capela

Peças usadas no dia-a-dia pelas pessoas da Idade Média

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013

domingo, 14 de julho de 2013

Uma deliciosa escapada à Suíça

Bonjour, amigos!

Um dos passeios mais bacanas que fiz quando estive na Suíça em 2010 foi o passeio do Trem do Chocolate. Foi tão bom que resolvi repeti-lo na viagem desse ano. O esquema que usei foi o seguinte: Com 3 meses de antecedência da viagem, entrei no site http://www.goldenpass.ch/CMS/default.asp?ID=414    e comprei online a reserva. Imprimi e levei esse papel que vale como passagem (não é voucher, portanto, não precisará ser trocada). No dia escolhido fui até a estação de trem de Montreux (chegue sempre com uns 15 minutos de antecedência) e, da plataforma 7, saiu o trem. Pode até ser que você dê a sorte de conseguir comprar lá, na hora, mas acho bem pouco provável. Como a Suíça não é um destino em que os brasileiros costumam passar muito tempo, é melhor garantir seu passeio antes de sair do Brasil.
Ao fazer a reserva, clique em “Montreux” como estação de partida e “Broc-Chocolat” como estação de chegada. Se puder, escolha os lugares do trem que aparecem na parte superior do desenho, pois a vista é mais bonita. É sempre bom lembrar também que esse passeio só acontece entre maio e outubro (toda segunda, quarta e quinta. Em julho e agosto o trem sai todos os dias da semana). A passagem custa 99 francos suíços atualmente e é bem tranquilo de comprar com cartão de crédito, desde que seja internacional.

O passeio já começa pelo próprio trem que é todo em estilo Belle-Époque, com poltronas acolchoadas com tecido em veludo, muitos adornos dourados e janelões bem grandes para se apreciar a vista. Ali será servido um café da manhã, incluído na tarifa. Você pode escolher entre café com leite, chá ou ovomaltine. Acompanha um croissant de chocolate e um pequeno tabletinho de chocolate da fábrica que mais tarde será visitada.

Interior do trem

vista 

café da manhã servido no trem
De Montreux se vai subindo até a Fábrica de queijo Gruyére, onde se visita a fábrica (ingresso e audioguia incluídos. Não tem em português, mas há a possibilidade do espanhol). A visita é relativamente curta. Ali pode-se ver como são feitos os famosos queijos Gruyére e vemos também como são tratadas as vacas que dão o leite para fazer esse queijo, assim é possível entender porque eles são tão caros. No fim, há uma lojinha com degustação e onde pode-se comprar diversos tipos de queijos (dica: não compre chocolates ali, pois na fábrica de chocolates eles são mais variados e mais baratos!)


Dali, pega-se um ônibus para a cidade de Gruyéres. Tecnicamente essa é a parada para o almoço. Fica-se umas duas horas na cidade, tempo suficiente para se conhecer as ruazinhas cheias de flores, as lojinhas repletas de souvenirs, o castelo de Gruyéres, cujo ingresso também está incluso no passeio, basta apresentar a passagem na bilheteria do castelo. Uma curiosidade: Há folheto explicativo em português explicando as mais de 20 salas que compõem o castelo. A vista é fantástica! Vale muito a visita. Além de tudo isso, ainda dá tempo de comer um crepe numa lojinha que fica bem na entrada da cidade, ao lado de uma escadinha simpática.

vista a partir do Castelo de Gruyéres

castelo de Gruyéres

Cidade de Gruyéres

Vista da cidade com o castelo ao fundo
Depois, pega-se novamente o ônibus e se vai até a Fábrica de chocolates Cailler-Nestlé, onde se pode optar pela visita em inglês, francês ou espanhol. Ingressos inclusos também. A visita pela fábrica é divertida, cheia de efeitos especiais e creio que seja um bom passeio para ser feito com crianças mais velhas (na faixa dos 10, 12 anos), desde que elas já possam entender o idioma.
No fim do passeio há a degustação. São mais de 20 tipos diferentes de chocolate para serem experimentados. Dica: preste atenção nos que você mais gostar, pois após a sala de degustação há a loja, onde se pode comprar todos aqueles chocolates maravilhosos. O preço é justo, levando em conta que é um chocolate suíço. Nada exorbitante. Na loja eles aceitam cartão de crédito e Visa Travel Money.


Dali já é hora de voltar. Pega-se o trem novamente e volta-se para Montreux pela mesma estradinha simpática.
Como eu achei Montreux uma cidade um tanto cara em termos de hospedagem, optei por ficar em um albergue em Genebra que fica a 1 hora de trem. Mesmo com a passagem, ainda saía mais barato que ficar em um hotel nas imediações da estação de Montreux. Fiquei no City Hostel Geneva (http://www.cityhostel.ch/spanish/index.html) , um albergue muito limpo e bem perto da estação de trem Cornavin, em Genebra. Já é a segunda vez que fico lá e recomendo muito pois é um albergue que tem tudo que se pode esperar (vale deixar claro que esse post não é patrocinado! Realmente conferi e gostei dos serviços desse albergue).
Para quem vai dar uma escapada à Suíça e estará na parte francesa do país, aconselho a fazer o passeio do Trem do Chocolate, pois é uma maneira bem divertida e gostosa de conhecer um pedacinho desse país tão bonito!

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Um passeio pelas ladeiras de Montmartre

Bonjour, amigos!
Montmartre é um dos bairros mais charmosos de Paris, na minha opinião. E a despeito de tudo o que dizem sobre os perigos que rondam a região, continuo achando que ele tem uma aura deliciosa e que é impossível não se apaixonar pelo bairro em uma breve caminhada por suas ladeiras cheias de história. 

Ladeira de Montmartre




Bateau Lavoir

Fotos de Modigliani (no alto, de perfil) e Picasso (sentado, embaixo), figuras ilustres do Bateau Lavoir
Um dos lugares que chamam a atenção é o Bateau Lavoir, um prédio onde moraram alguns artistas ao longo de vários anos, incluindo Picasso e Modigliani, que, inclusive, estiveram lá na mesma época. Era um local pobre, uma espécie de cortiço, mas de onde saíram algumas das maiores obras da arte moderna. Hoje o prédio propriamente dito nem existe mais, pois pegou fogo em 1970, mas há uma referência a ele com fotos de pintores e algumas histórias de seus quadros (alguns que estão, hoje, no Museu de Montmartre)

Outro local interessante de se ver é a Place Marcel Aymé, onde está a estátua conhecida como “Passe Muraille”, que é um personagem de um conto que tinha o dom de passar através das paredes, até que um dia ele fica preso entre elas. Marcel Aymé era o escritor desse conto e viveu em Montmartre, assim como diversos artistas entre escritores, pintores e escultores. Talvez seja por isso que o bairro tenha uma aura tão mágica, afinal, era o reduto dos artistas.


Passe Muraille
No topo de Montmartre está a Baílica de Sacre-Coeur, uma igreja linda (embora muitos franceses não gostem dela) e que foi erguida a partir de uma pedra especial que fica cada vez mais branca em contato com a água.


Sacre-Coeur
 Do alto de Montmartre  dá para ver os tetos de Paris e dá para se sentir um pouco dentro do filme “O fabuloso destino de Amélie Poulin”. Ali no número 11 da rue du Mont Cenis existe uma lojinha chamada “Montmartre village” com diversas lembrancinhas simpáticas e a bons preços para se presentear os amigos.

Descendo Montmartre

Uma ruazinha fofa
Há muito mais para se ver em Montmartre. Há o Moulin Rouge; a Place de Tertre; o Espace Dalí; o Museu de Montmartre;  o Moulin de la Galette; o muro do "eu te amo"  e tantos outros lugares que valem a pena descobrir, por isso aconselho a todos a pegarem um mapa e irem descobrindo o bairro do seu jeito, afinal não existe apenas um modo de visitá-lo ou de conhecê-lo. Uma boa opção é pegar o  trenzinho que sai da praça em frente ao metrô Blanche, dar a volta para descobrir qual o seu cantinho preferido nesse bairro tão charmoso.

Moulin de la Galette

Muro do "eu te amo"
A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013

Feiras de bairro em Paris

Bonjour, amigos!
Um dos grandes prazeres de se morar em Paris deve ser o de poder frequentar as feirinhas que acontecem, todos os dias da semana, em bairros diferentes. A feira de Saint Germain des Prés, no 6 arrondissement, tem de tudo: cerejas enormes, do tamanho de uma bola de gude; morangos e framboesas com um aroma delicioso, legumes diferentes como aspargos frescos, mini rabanetes e mini cenouras com talos; peixes e camarões de dar água na boca e muitos condimentos interessantes. Posso imaginar que, para quem gosta de cozinhar, seja um oásis visitar um lugar como esse. O mais impressionante é que as feiras são pequenas, geralmente em uma praça, mas tem de tudo e com alta qualidade. E nada é tão caro assim que impossibilite mesmo a nós, brasileiros, de comprar bons ingredientes para um almoço de domingo.







A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Hediard, uma lojinha deliciosa em Paris

Bonjour, amigos!

Numa das minhas andanças por Paris, descobri uma lojinha muito bacana chamada “Hediard” que fica na Place de la Madeleine. É uma loja que vende desde temperos, doces, biscoitos até comida pronta, tortas, vinhos e tudo de gostoso que se puder imaginar. Fiquei encantada com o lugar, pois além de cheirosa a loja era linda com tudo ricamente organizado de forma a alegrar os olhos e abrir o apetite. Dá vontade de levar tudo! Vale o passeio!









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VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013

Rouen num domingo de chuva

Bonjour, amigos!

Rouen é uma bela cidade da Normandia conhecida por ter sido o local onde Joana D’Arc foi queimada viva em praça pública. Cheguei lá num domingo chuvoso de verão, que mais tinha cara de inverno. A cidade estava com a maioria de suas lojas fechadas e apenas poucas pessoas passeavam pelas ruas enfrentando aquele vento cortante.
O posto de informações turísticas fica na praça principal, bem em frente a Notre Dame de Rouen, igreja mais importante da cidade que foi pintada em diversas telas por Monet. Aliás, era exatamente do segundo andar de onde hoje é o posto de informações turísticas que ele sentava para pintar a bela catedral.
Ao lado dela existe um trenzinho turístico que circula pelas  principais ruas e custa 6,50. Em um dia chuvoso e frio, até que vale a pena.

Notre Dame de Rouen

Rosácea da Notre Dame de Rouen
Ali perto está a praça do Vieux Marché (velho mercado), onde, em 1431, Joana D’Arc foi queimada. Hoje nesse mesmo local existe uma igreja em homenagem à guerreira com uma estátua  dela  no local exato da fogueira. Nessa praça existe um restaurante chamado “La terrasse” com preços razoáveis e comida deliciosa. Atendimento muito simpático!
Um outro atrativo da cidade que não tem o apelo “joana d’arc” é o Museu de Belas Artes, contudo, o acervo permanente não é muito interessante, mas dei sorte de ver uma exposição temporária dos mestres do impressionismo, com obras de Monet, Renoir, Signac, Cezanne e outros que eu nem conhecia!

Quadro de Modigliani no museu de Belas Artes

Relógio astrológico

Torre da Joana D'Arc
 A arquitetura do museu é bem bonita e em seu interior existe um café muito bacana. Essa exposição temporária vai até 30 de setembro de 2013, portanto se você estiver em Paris nessa época vale um bate e volta até Rouen (menos às terças pois o museu não abre!). Aliás, é bem fácil chegar em Rouen vindo de Paris, basta ir até a gare Saint Lazare e seguir as placas que indicam “trains grands lignes” e comprar uma passagem para “Rouen Rive Droite”. A viagem dura 1h10 e chegando lá é só seguir pela Rue Joanne D’Arc até o ver o relógio astrológico à esquerda, entrando ali, já se está de frente para a Notre Dame e ao lado do Posto de informação turística onde se pode pegar um mapa da cidade (inclusive em português).

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013

Em Tempo: O Museu de Cera com a história da Joana D'Arc que existia bem no meio da praça central, quando fui em 2010, não existe mais. Fiquei sabendo que era um museu particular e que o dono morreu e seus herdeiros não quiseram continuar com o museu sem ajuda do governo. Também me disseram que um novo Museu de Cera será construído pela prefeitura. Aguardemos.

As passagens cobertas de Paris

Bonjour, amigos!
Um dos charmes de Paris são as chamadas “passagens cobertas”, que nada mais são que galerias decoradas em estilo Belle Époque que possuem lojinhas e restaurantes em seu interior. Essas passagens eram feitas em bairros mais nobres para que as pessoas pudessem passar de uma rua para outra sem se molhar na chuva ou se sujar com a lama que ficava nas ruas nos dias chuvosos. É lógico que suas lojas foram inicialmente criadas para pessoas que tinham dinheiro mas hoje em dia existe todo tipo de loja ali dentro, desde lugares caros e chiques até sebos que vendem livros de arte a 10 euros.
A Passagem Vivienne e a Passagem Colbert eram as mais luxusosas.  Elas ficam lado a lado no Boulevard Montmartre. A Colbert só vale pela arquitetura pois há muito pouco em seu interior além de um restaurante, já a Vivienne possui um chão de mosaico não muito bem cuidado e algumas lojas interessantes.
Além dessas há as passagens mais populares como a Passagem des Panoramas, também na Boulevard Montmartre, que mais parece um mercado árabe com seus restaurantes cheirando a curry e outros temperos exóticos.

interior da Passagem Colbert

Entrada da Galerie Vivienne

o chão de mosaico da Galerie Vivienne
De todas a mais divertida, na minha opinião, foi a Passagem Jouffroy que fica atravessando a rua após a Passagem des Panoramas. Ali estão diversas lojinhas com muitas lembrancinhas diferentes e interessantes de Paris.


lojinha dentro da Jouffroy

lembrancinhas fofas de Paris dentro da Passagem Jouffroy

Lojinha da Passagem Jouffroy

 Vale a pena dar uma olhada nem que seja para fazer como eu: apenas tirar belas fotos.
A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013
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