Imagine este blog como um laboratório de química: são muitas informações, sendo algumas conflitantes, algumas explosivas, algumas sem efeito, mas que no fim, acabam se transformando em um fantástico experimento! Viajar foi, sem dúvida, o melhor experimento da minha vida!
Sobre mim
Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Quero minha igreja de volta
Bonjour, amigos!
A Paris de que me lembro é sempre ensolarada. Conheci Paris no verão. Era julho e haviam acabado de montar a "Paris Plages", um evento anual curioso que traz para a cidade a aura dos dias quentes na praia, sem que, contudo, haja praia em Paris. E se ela não existe, por que não criá-la, ali, bem às margens do rio Sena? É divertido passar a tarde lendo nas espreguiçadeiras e vendo as crianças correndo e montando castelinhos com aquele areia que, de fato, nem pertence àquele lugar. A "Paris Plages" é um evento temporário e não descaracteriza a beira do rio. É diferente, é interessante, mas não dura muito.
Paris se apresentou para mim assim: linda, quente, dourada de sol e com muitos turistas sorridentes e felizes. E também foi assim que me acostumei a admirá-la, afinal, foram alguns anos indo a Paris sempre na mesma época do ano e sendo brindada com essa magia que a cidade exala no verão.
É estranho ver Paris nublada, fria e melancólica. Ruas vazias, céu cinza e vento cortante. Eu não reconheço essa Paris triste, com pessoas vestidas todas de preto ou cinza andando apressadas para fugir daquele ar frio que machuca os ossos. Essa, definitivamente, não é a minha Paris. A minha tem cores, tem azuis, amarelos, alaranjados, rosados e verdes. A minha Paris tem turistas de todas as etnias lotando suas ruas e tirando milhares de fotos, tem o bom humor dos franceses (que só aparece no verão) com sorrisos e solicitudes. Todos sempre tão dispostos a ajudar. Na minha Paris o dia amanhece as 6h mas o sol só se põe às 22h. É uma Paris de dias longos e bem aproveitados. É uma Paris com música nas ruas, nos metrôs, nas pontes. É uma Paris onde os artistas de ruas se apresentam até meia noite e trazem felicidade para tantos turistas que, como eu, nunca viram isso em seu país.
E, principalmente, a minha Paris tem uma Notre Dame imponente e que ocupa todo o centro da Île de la Cité e não essa Notre Dome acanhada em frente a uma estrutura que criaram para transformar aquele lugar num palco das comemorações pelos 850 anos da Igreja. Concordo que há motivos para comemorações, mas sem descaracterizar o local, que, infelizmente, foi o que aconteceu. Ali, onde se ficava sentado observando a grandiosidade da mais bela igreja gótica de Paris, onde alguns artistas faziam pequenos shows com fogos de artifício, agora existe uma espécie de arquibancada, onde se pode subir e ver a Notre Dame de um novo ângulo, mais alto, porém, ficou impossível tirar foto com toda a igreja ao fundo. Espero que isso seja provisório e que, passadas as comemorações, minha Notre Dame volte a ser como era, até porque, o que sempre me encantou em Paris foi justamente esse quê de passado que ela carrega mesmo estando em pleno século XXI. Não é muito difícil, vendo a Paris de hoje, imaginar como era a Paris do século XIX com seus escritores e pintores boêmios, suas dançarinas de cabarés e seus carruagens passeando pelas ruas. Paris pouco mudou desde que o barão de Haussmann foi prefeito da cidade entre 1853 e 1870. E é nisso que reside parte do charme da cidade. Torço para que a Notre Dame volte a ser a Igreja que sempre foi desde a reforma de Viollet-le-Duc no século XIX, reforma esta que acrescentou à estrutura da Igreja o que hoje é um de seus maiores símbolos: os gárgulas.
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013
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terça-feira, 4 de junho de 2013
A Paris do cinema e da vida real
Acho que eu me encantei
por Paris muito antes de, de fato, me encantar por Paris. Eu tinha
uns 14 ou 15 anos quando li “O corcunda de Notre Dame” e era ali
que eu estava me apaixonando por Paris sem perceber. A falta de
percepção se devia principalmente ao fato do meu coração
pertencer à Veneza.
Ah, Veneza...
A cidade mais romântica
do mundo que me encantou através de um filme que, curiosamente, era
passado em Paris. O nome do filme? “Um pequeno romance” com Diane
Lane (que bem mais tarde viria a protagonizar “Sob o sol de
Toscana”) e Sir Laurence Olivier. Filme adolescente e até meio
bobo, mas na época, eu também era adolescente e boba, e por isso
me identifiquei completamente com os personagens.
A história é a
seguinte: Dois jovens de 13 anos se conhecem em Paris. Ele, francês.
Ela, americana. Nasce uma paixão entre eles, principalmente pelo
fato de ambos se sentirem diferentes dos adolescentes de sua época.
A mãe dela não aprova o namoro e, ao descobrir que o pai seria
retransferido aos Estados Unidos, ela decide fugir com o rapaz para
Veneza para que pudessem fazer cumprir uma lenda que ouviram de um
velho amigo que conheceram acidentalmente.
A lenda dizia que se
dois amantes se beijassem numa gôndola, sob a ponte dos suspiros,
no pôr do sol, quando tocassem os sinos do campanário, eles se
amariam para sempre.
O filme continua com a
saga dos dois tentando concretizar essa lenda.
É um belo filme,
embora bem açucarado (mas eu adoro filmes carregados de açúcar).
Ali eu descobri Veneza e descobri o óbvio: era a cidade mais linda
do mundo! Passei quase 25 para concretizar o sonho de conhecê-la, e
para ter a plena certeza de que tudo o que eu vira no filme é
verdade: Veneza é uma cidade de sonho!
Contudo, bem antes de
eu vivenciar esse sonho, fui a Paris, assim, meio sem pretensões de
me encantar pela cidade. Na verdade, ela era a paixão da minha mãe
e como eu havia estudado francês, achei que seria boa ideia conhecer
a tal cidade da qual tantos falavam.
Quando cheguei a Paris
e me deparei com o Notre Dame, aquela do livro que eu lera há muito
tempo atrás, quase não contive as lágrimas! Foi uma visão
inesquecível. Foi ali, naquele momento, que Paris virou meu grande
amor! Era como se a literatura, que é algo tão abstrato, pudesse se
tornar concreta ali naquelas paredes, naquelas torres, naquele chão.
Veneza foi uma paixão
(que ainda aquece meu coração vez ou outra), mas amor mesmo eu
sinto por Paris. Aquele lugar para onde quero voltar sempre, aquela
cidade onde me sinto confortável, onde me sinto em casa mesmo sendo
turista. Veneza é uma cidade de sonho e Paris é a cidade real! Uma
cidade onde se pode viver, onde se pode existir!
É claro que eu não
moro em Paris e talvez nunca more, portanto, minha visão é única e
exclusivamente a visão de uma turista que volta lá todo ano ávida
por mais um pouco daquela sensação de felicidade. Não tenho a
visão de uma local e nem sei se quero ter, porque temo que isso tire
um pouco desse encanto, desse deslumbramento tão gostoso de sentir
cada vez que volto à Paris. Ser turista em uma cidade onde me sinto
tão “em casa” é maravilhoso!
Veneza me encantou por
sua peculiaridade. É uma cidade única no mundo, mas Paris me pegou
pelo seu dia-a-dia, e sem que eu percebesse, já estava amando esse
lugar tão mágico, que Wood Allen soube traduzir tão bem em seu
filme “Meia noite em Paris”.
Sou deslumbrada por
Paris sim, mas só quem foi lá e se permitiu sentir a aura da cidade
sabe do que eu estou falando e compartilha secretamente desse
deslumbramento. Quem nunca foi não faz ideia do que é Paris, não
faz ideia do que é andar por aquelas ruas, sentir aqueles cheiros,
ver aquelas cores nas vitrines, nos parques, nas construções. Ir a
paris é poder andar, ao mesmo tempo, no presente e no passado, em
uma cidade super atual que conserva seu fascínio dos séculos
anteriores. Quem nunca foi a Paris só tem duas alternativas:
desdenhar de quem foi ou se render aos encantos da cidade-luz e pegar
o próximo avião em busca do seu universo paralelo.
Boa viagem!
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Gardel: um ícone da cultura portenha
Hola, amigos!
Hoje acordamos mais tarde que de costume, pois estávamos um tanto cansadas de tanto andar em Colônia naquelas ruazinhas com calçamento pé-de-moleque. Pegamos o metrô para irmos ao bairro de Abasto onde está a Casa-museu Carlos Gardel ( calle Jean Jaurés, 735. Funciona segundas, quartas e sextas de 11h às 18h e sábados e domingos, de 10h às 19h.). Eu já conhecia esse pequeno museu que foi, na verdade, a casa onde o cantor morou até sua morte em 1935 num acidente de avião.
Bairro Abasto com homenagem a Carlos Gardel |
Lá dentro está a mobília dele, discos, filmes, revistas e jornais da época. É bem interessante para quem quer conhecer um pouco mais desse ícone do tango portenho.
Gramofone de Gardel |
Sorriso de Gardel: um símbolo do cantor |
Escritório de Gardel |
Banheiro de Gardel com seus apetrechos de barba |
Muito interessante também é observar o bairro de Abasto com seus filetes, um tipo de pintura característico daqui e nas ruas do entorno da casa de Gardel há músicas decorando as paredes das casas e o chão. Lembra um pouco o bairro carioca de Vila Isabel. Gostei bastante.
Pintura chamada de "Filete", um símbolo do bairro e posteriormente, de Buenos Aires |
Música no muro |
Música na calçada |
No dia seguinte foi nosso último dia em Buenos Aires então decidimos ir ao "El Ateneo", aquela livraria deliciosa que era um teatro antigo. Passamos algumas horas por lá, inclusive almoçamos lá mesmo. Comida deliciosa e nem era tão caro quanto eu imaginei que poderia ser.
Livraria El Ateneo |
Comida deliciosa no Ateneo |
De lá fomos passear um pouco na Avenida Corrientes pois eu queria procurar umas lojinhas estilo brechó que eu conheci em 2009, mas elas não existiam mais. A crise deve ter acabado com elas. Aliás, a crise econômica aqui em Buenos Aires está fortíssima e acho que vou passar, pelo menos, uns 2 anos sem voltar. Tudo está caro demais. Uma pena porque adoro essa cidade e fico triste de ver a decadência de um lugar que tinha tudo para ser maravilhoso.
Fomos para a casa para arrumar as malas, pois no dia seguinte teríamos uma longa espera no aeroporto.
Voltamos para o Brasil um pouco mais tristes de ver que os paraísos vão se esfarelando. Foi com essa sensação que voltei de uma Buenos Aires mais suja, mais violenta, mais cara. Realmente acho que "olhos de primeira vez" nos deixam meio cegos para as mazelas dos lugares que só conseguimos perceber depois de ir muitas e muitas vezes lá. Mas a despeito disso tudo, continuo amando Buenos Aires.
Até a próxima!
VIAGEM REALIZADA EM DEZEMBRO DE 2012
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Colônia do Sacramento, uma cidade perdida no passado
Hola, amigos!
Passamos o fim de semana no Uruguai. Saímos cedo em direção ao Porto para pegar o Buquebus em direção à Colônia do Sacramento (já havíamos comprado a passagem pela internet. Comprei a passagem de segunda classe para o barco rápido, que é bem confortável!) e como o porto fica a menos de 1km do apartamento e não estávamos levando muita bagagem, fomos a pé.
Em Buenos Aires tudo é diferente do que havia sido ano passado, quando vim de Colônia para cá. Aqui tudo é mais desorganizado, o barco não sai na hora e a imigração é mais demorada. O trajeto em si foi tranquilo e Colônia nos recebeu com um lindo dia de sol. Quando chegamos já eram mais de 3 da tarde, pois o Uruguai adota o horário de verão, então ele está uma hora adiantado em relação à Argentina.
Fomos até a “Posada do Rio” fazer nosso check-in, pois passaríamos uma noite na cidade, mas a pousada é bem fraquinha. Quartos apertadíssimos e pouco conforto, além de ser um tanto distante do centro histórico. Eu preferia ter ficado na mesma que fique ano passado (El viajero), mas não tinha vaga para o fim de semana, então tivemos que ficar nessa outra que eu não recomendo.
Centro de Colônia |
Dali, mais fotos, mais caminhada e voltamos até a Pousada para tomar banho, descansar e sair mais tarde. Nesse meio tempo tentei entrar na internet mas o sinal na pousada era péssimo, então desisti.
À noite fomos ver a cidade iluminada pois Colônia é cheia de arandelas com luzes amareladas que dão à cidade um ar de foto antiga, é bem bonito.
Jantamos no mesmo restaurante que eu havia ido ano passado chamado “Pulperia de los faroles” na calle des Misiones de los Tapes. Comida deliciosa! E, ao contrário de Buenos Aires, percebi que o Uruguai esse ano estava mais barato que no ano anterior. Comi uma carne deliciosa e minha mãe comeu um frango que veio muito bem servido, mas o que mais gostei foi a garrafa de água que era de uma leva comemorativa dos 120 anos daquela marca e que tinha um adesivo com desenhos de Carlos Paéz Vilaró, um artista muito conhecido aqui no Uruguai e cuja casa-ateliê eu visitei ano passado em Punta del Este . Gostei tanto da garrafa que tive a cara de pau de pedi-la como brinde. O garçom disse que ela era retornável e geralmente eles não deixam os clientes levarem, mas acabou permitindo (não deve ter muita gente que pede pra levar uma garrafa vazia) e eu voltei feliz da vida pra pousada! No caminho de volta, passamos pela Igreja Matriz e ainda vimos um casamento. A noiva havia acabado de chegar (eram 23h) e até entramos um pouquinho na Igreja só para ver melhor. Não tive coragem de tirar fotos, pois havia pouca gente na igreja e ficaria muito na cara que não éramos convidadas.
A garrafa com desenhos de Vilaró |
Dormi mal pois o quarto é muito claro e acabei tento dificuldade para relaxar. Acordamos cedo, tomamos café composto de 2 torradas, 2 croissants, geleia, doce de leite, manteiga, suco de laranja e café com leite. E fomos fazer o check-out que era até as 11h. Deixamos nossa pouca bagagem guardada e fomos passear. Compramos, no Museu Regional, o passe para os 5 museus da cidade (custou 50 pesos uruguaios cada, cerca de 5 reais) e fomos visitar o Museu Português, a casa de Nacarello e o Museu do Azulejo (esse eu queria ver desde o ano passado, mas quando eu fui estava fechado). Todos bem interessantes mas bem pequenos.
Detalhe da Fachada do Museu do Azulejo |
Interior do Museu Português |
Depois fomos buscar nossa bagagem na pousada e nos encaminhamos ao Porto, passando por várias casas bonitinhas e tirando muitas fotos.
No Uruguai parece que tudo é mais organizado e o barco saiu na hora. Trajeto bem tranquilo. Dia lindo! Chegamos em Buenos Aires e o sol estava de rachar, então voltamos para o apartamento, deixamos as bagagens, esperamos um pouco e só depois saímos para passear um pouco. Fomos a Puerto Madero, demos umas voltas e voltamos para casa pois estávamos cansadas de tanto andar.
Hasta Luego!
VIAGEM REALIZADA EM DEZEMBRO DE 2012
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Buenos Aires pela quinta vez
Hola, amigos!
Mal cheguei da viagem da Europa e já emendei em outra para a terra de Gardel. Aproveitamos um programa de milhagens para visitar mais uma vez Buenos Aires, essa terra de que tanto gosto. Chegamos anteontem à noite, pois como viemos por milhas não tínhamos muitas opções de horários e acabamos tendo que fazer conexão em Porto Alegre. Os dois voos foram bem tranquilos e, embora eu soubesse que a Gol agora cobra pelos serviços de bordo, nos dois voos que fizemos a comida e a bebida eram gratuitas.
Dessa vez eu resolvi alugar um apartamento em Buenos Aires, do mesmo modo que costumo fazer quando vou a Paris, só que por aqui isso não é muito comum, então não foi tão fácil de encontrar. Conseguimos um estúdio na avenida Córdoba com um preço bem razoável e que acomoda até 4 pessoas! Ele tem o básico: camas, um armário bem grande, Tv com vários canais a cabo, telefone, frigobar, fogão, microondas, torradeira, utensílios de cozinha, adaptador de tomada, ferro e tábua de passar roupa, secador de cabelo, toalhas e lençóis incluídos. O único problema dele é a limpeza que deixa a desejar, mas acho que isso é cultural pois tudo o que vejo por aqui não é lá muito limpo...a vantagem é que muito bem localizado, silencioso, perto de mercados e comércio em geral e bem perto do Porto que é onde pegaremos um barco para irmos a Colônia do Sacramento, no Uruguai, no fim de semana.
No dia seguinte à nossa chegada, fomos tomar café no “Il Grand Café” que fica na esquina da Avenida Córdoba com a Calle Florida. Café da manhã bem gostoso com medialunas (que é o croissant portenho), queijo e presunto, doce de leite, suco de laranja natural e café com leite. Contudo os preços aqui estão caríssimos! Eu sabia que a inflação de Buenos Aires estava alta, mas não imaginei que fosse afetar tanto o preço da alimentação. Restaurantes caros, mercados caros, isso sem falar nas lojas que estão proibitivas. Quem ainda acha que pode vir a Buenos Aires fazer compras, tem de se preparar para gastar muito, pois tudo custa mais do que no Brasil.
Depois do café e das compras de mercado (há um Carrefour na esquina da Suipacha com Paraguay)necessárias para abastecer o apartamento, fomos passear um pouco. Primeiro andamos até a Basílica de Nossa Senhora da Merced ( Calle Reconquista, 207), muito bonita.
Basílica Nossa Senhora de la Merced |
Manzana de las luces |
exposição de roupas antigas na Manzana de las luces |
túnel dentro da Manzana de las luces |
Terminada a visita, fomos passear um pouco por San Telmo e ver a estátua da Mafalda (esquina das calles Defensa e Chile), personagem de Quino, um cartunista portenho bem querido por aqui. Tiramos fotos e depois fomos andar mais um pouco.
Mafalda |
No outro dia, amanheceu um céu azul e um lindo sol, nem parecia que havia chovido tanto no dia anterior. Saímos cedo e fomos ao Jardim Bothanico, que tem um metrô bem na porta chamado “Plaza Italia". Por algum motivo desconhecido não estavam cobrando entrada no metrô, então fomos e voltamos de graça. Talvez tenho sido para compensar o caos do dia anterior.
Jardim Bothanico |
Finalmente conseguimos ir ao Museu que é bem bonitinho e tem uma coleção objetos de prata bem interessante. Estava acontecendo também uma exposição de presépios artesanais e uma outra com miniaturas em madeira e papel machê muito bacana.
exposição de presépios |
De lá fomos conhecer a fachada da casa onde viveu o poeta Jorge Luis Borges e caminhamos até uma lojinha bem divertida que eu havia conhecido através de outro blog (http://finestrino.com.br/?p=11192) e que vende doces em forma de remédio para curar males da alma. O nome da loja é Dr. Candy e fica na Pasaje Santa Rosa 4985, bem perto da Plaza Cortázar.
fachada da casa de Jorge Luis Borges |
Hasta Luego!
VIAGEM REALIZADA EM DEZEMBRO DE 2012
sábado, 29 de dezembro de 2012
Última viagem de 2012
Olá, amigos!
Não, eu não estou viajando fisicamente. Essa última viagem do ano a qual me refiro no título desse post é uma viagem interna. Pensei muito se deveria ou não fazer um post de retrospectiva desse ano que passou e, depois de muito relutar, cá estou.
2012 não foi um ano fácil para mim. Deveria ter sido, mas não foi. Sofri inúmeras pressões, principalmente de mim mesma, querendo sempre ser melhor, querendo sempre ir adiante e esbarrando em percalços aqui e ali. Mas deixemos a filosofia de lado!
Esse foi, sem sombra de dúvida, o ano que mais viajei! Foram 5 viagens no total. Nesse sentido, foi realmente um bom ano, contudo, quantidade não é qualidade e as viagens não foram tão boas como eu esperava. Não que tenham sido ruins, longe disso, mas eu é que não estava muito bem e, por mais que a gente não queira, mesmo quando a gente viaja com a intenção de esquecer tudo, acaba levando os problemas com a gente. Contudo, esse não é o lugar nem o momento para lamentações e vamos falar do que foi bom!
Logo no início de 2012 fui ao meu paraíso particular (Conservatória) para arrecadar energia para todo o ano. Fui com a família e uma amiga. Foi um fim de semana bem bacana, afinal, não há como Conservatória ser ruim com tanta música espalhada por aquela cidade com cheiro de passado.
Depois, ainda em janeiro, fui fazer uma visita aos amigos de São Paulo e aproveitar para conhecer um pouco mais aquela terra pela qual desenvolvi um carinho imenso. O mais engraçado é que odiava Sampa quando morava lá, mas alguns anos depois que voltei ao Rio, acabei fazendo amizade com tantos paulistas e paulistanos que a cidade ficou amigável. Isso sem contar o fato de que culturalmente, acho que nenhuma cidade brasileira supera São Paulo.
Em junho, houve um grande feriado aqui no Rio por conta da "Rio+20", um encontro entre líderes mundiais após 20 anos da "Eco 92". Era um encontro para que os países fizessem alguns acordos para salvar o planeta que já pede socorro há muito tempo, mas acho que passarão mais 20 anos e nada acontecerá. De qualquer modo, aproveitei o feriado para ir a São Lourenço, uma cidade mineira que eu adorava há uns 10 anos atrás. A cidade estava bem diferente, mas a chuva acabou atrapalhando a viagem e eu fiz apenas um post sobre os dias que passei lá.
Após 3 viagens ao meu país, em novembro, fui à Europa. Foi uma viagem bem diferente das que eu costumava fazer. Primeiro pela época. Eu nunca havia viajado para a Europa no frio e estranhei bastante, não tanto pela quantidade de frio, pois estava bem suportável, mas por toda a dinâmica envolvida nesse frio, à qual não consegui me habituar. Além disso, a viagem foi diferente também porque foi a primeira vez que viajei em grupo. Éramos 8 pessoas. Nem todas viajaram para o mesmo lugar e nem ao mesmo tempo, mas durante 6 dias, ficamos todos juntos em Paris. Foi bom e foi difícil ao mesmo tempo. Me vi em situações complicadas e tive de aprender a lidar com elas. Porém, ao mesmo tempo, houve muita risada, muitas histórias e muitos passeios bem divertidos justamente porque estávamos juntos. Enfim, foi um aprendizado.
E quase emendando uma viagem na outra, logo que cheguei da Europa, acabei não resistindo a uma promoção de passagens por milhas para Buenos Aires e lá fui eu para a terra do los hermanos. Afinal não é todo dia que a gente consegue não pagar uma viagem de avião. Buenos Aires é uma paixão aqui na América do Sul. Foi a primeira cidade para a qual viajei inteiramente sozinha, foi o primeiro lugar fora do Brasil para onde fui e desenvolvi um amor especial por essa cidade tão perto e tão europeia. Essa foi minha quinta vez por lá, no entanto, a crise econômica está prejudicando muito o turismo, pelo menos o turismo no estilo mais mochileiro, já que tudo está caro demais!! DEMAIS mesmo!!!! Além disso a cidade anda mais suja que o normal e com o triplo de pedintes e moradores de rua. Eles não chegaram a me incomodar, mas andei vendo pela Tv, logo que voltei ao Brasil, que a crise está tão feia que a população está fazendo protestos saqueando lojas e mercados. Claro que isso dá margem aos bandidos agirem e a cidade acabou ficando um tanto perigosa. Uma pena. Ainda não postei sobre essa viagem, os posts ficaram para o ano que vem.
Saldo final: 5 viagens, sendo 3 para o Brasil e 2 para fora. E durante todas elas, fiz muitas viagens internas, muitas descobertas sobre mim mesma. Aprendi em todas e entre todas. Chorei um pouco. Ri muito. Me diverti, conheci lugares novos, pessoas novas. Revi amigos antigos. Fiquei mais próxima de algumas pessoas e mais distante de outras. Descobri o que gosto, o que não gosto e aquilo que não estou mais disposta a abrir mão. Mas também descobri como coisas simples podem ser encantadoras e divertidas.
Viajar é sempre expandir a mente, abrir horizontes na cabeça e no coração e foi isso o que me aconteceu esse ano mais que em todos os outros.
Para 2013, desejo menos quantidade e mais qualidade nas viagens. E sei que isso vai acontecer, pois foi graças a esse ano de 2012 que pude descobrir que era isso que eu queria. Se eu não tivesse viajado tanto, nunca saberia. No fundo, toda experiência é boa, mesmo quando não é.
É isso, amigos! Um feliz 2013 a todos nós e, aproveitando que o mundo não acabou, façamos muitos planos de viagem!
beijos e até ano que vem!
Não, eu não estou viajando fisicamente. Essa última viagem do ano a qual me refiro no título desse post é uma viagem interna. Pensei muito se deveria ou não fazer um post de retrospectiva desse ano que passou e, depois de muito relutar, cá estou.
2012 não foi um ano fácil para mim. Deveria ter sido, mas não foi. Sofri inúmeras pressões, principalmente de mim mesma, querendo sempre ser melhor, querendo sempre ir adiante e esbarrando em percalços aqui e ali. Mas deixemos a filosofia de lado!
Esse foi, sem sombra de dúvida, o ano que mais viajei! Foram 5 viagens no total. Nesse sentido, foi realmente um bom ano, contudo, quantidade não é qualidade e as viagens não foram tão boas como eu esperava. Não que tenham sido ruins, longe disso, mas eu é que não estava muito bem e, por mais que a gente não queira, mesmo quando a gente viaja com a intenção de esquecer tudo, acaba levando os problemas com a gente. Contudo, esse não é o lugar nem o momento para lamentações e vamos falar do que foi bom!
Logo no início de 2012 fui ao meu paraíso particular (Conservatória) para arrecadar energia para todo o ano. Fui com a família e uma amiga. Foi um fim de semana bem bacana, afinal, não há como Conservatória ser ruim com tanta música espalhada por aquela cidade com cheiro de passado.
Depois, ainda em janeiro, fui fazer uma visita aos amigos de São Paulo e aproveitar para conhecer um pouco mais aquela terra pela qual desenvolvi um carinho imenso. O mais engraçado é que odiava Sampa quando morava lá, mas alguns anos depois que voltei ao Rio, acabei fazendo amizade com tantos paulistas e paulistanos que a cidade ficou amigável. Isso sem contar o fato de que culturalmente, acho que nenhuma cidade brasileira supera São Paulo.
Em junho, houve um grande feriado aqui no Rio por conta da "Rio+20", um encontro entre líderes mundiais após 20 anos da "Eco 92". Era um encontro para que os países fizessem alguns acordos para salvar o planeta que já pede socorro há muito tempo, mas acho que passarão mais 20 anos e nada acontecerá. De qualquer modo, aproveitei o feriado para ir a São Lourenço, uma cidade mineira que eu adorava há uns 10 anos atrás. A cidade estava bem diferente, mas a chuva acabou atrapalhando a viagem e eu fiz apenas um post sobre os dias que passei lá.
Após 3 viagens ao meu país, em novembro, fui à Europa. Foi uma viagem bem diferente das que eu costumava fazer. Primeiro pela época. Eu nunca havia viajado para a Europa no frio e estranhei bastante, não tanto pela quantidade de frio, pois estava bem suportável, mas por toda a dinâmica envolvida nesse frio, à qual não consegui me habituar. Além disso, a viagem foi diferente também porque foi a primeira vez que viajei em grupo. Éramos 8 pessoas. Nem todas viajaram para o mesmo lugar e nem ao mesmo tempo, mas durante 6 dias, ficamos todos juntos em Paris. Foi bom e foi difícil ao mesmo tempo. Me vi em situações complicadas e tive de aprender a lidar com elas. Porém, ao mesmo tempo, houve muita risada, muitas histórias e muitos passeios bem divertidos justamente porque estávamos juntos. Enfim, foi um aprendizado.
E quase emendando uma viagem na outra, logo que cheguei da Europa, acabei não resistindo a uma promoção de passagens por milhas para Buenos Aires e lá fui eu para a terra do los hermanos. Afinal não é todo dia que a gente consegue não pagar uma viagem de avião. Buenos Aires é uma paixão aqui na América do Sul. Foi a primeira cidade para a qual viajei inteiramente sozinha, foi o primeiro lugar fora do Brasil para onde fui e desenvolvi um amor especial por essa cidade tão perto e tão europeia. Essa foi minha quinta vez por lá, no entanto, a crise econômica está prejudicando muito o turismo, pelo menos o turismo no estilo mais mochileiro, já que tudo está caro demais!! DEMAIS mesmo!!!! Além disso a cidade anda mais suja que o normal e com o triplo de pedintes e moradores de rua. Eles não chegaram a me incomodar, mas andei vendo pela Tv, logo que voltei ao Brasil, que a crise está tão feia que a população está fazendo protestos saqueando lojas e mercados. Claro que isso dá margem aos bandidos agirem e a cidade acabou ficando um tanto perigosa. Uma pena. Ainda não postei sobre essa viagem, os posts ficaram para o ano que vem.
Saldo final: 5 viagens, sendo 3 para o Brasil e 2 para fora. E durante todas elas, fiz muitas viagens internas, muitas descobertas sobre mim mesma. Aprendi em todas e entre todas. Chorei um pouco. Ri muito. Me diverti, conheci lugares novos, pessoas novas. Revi amigos antigos. Fiquei mais próxima de algumas pessoas e mais distante de outras. Descobri o que gosto, o que não gosto e aquilo que não estou mais disposta a abrir mão. Mas também descobri como coisas simples podem ser encantadoras e divertidas.
Viajar é sempre expandir a mente, abrir horizontes na cabeça e no coração e foi isso o que me aconteceu esse ano mais que em todos os outros.
Para 2013, desejo menos quantidade e mais qualidade nas viagens. E sei que isso vai acontecer, pois foi graças a esse ano de 2012 que pude descobrir que era isso que eu queria. Se eu não tivesse viajado tanto, nunca saberia. No fundo, toda experiência é boa, mesmo quando não é.
É isso, amigos! Um feliz 2013 a todos nós e, aproveitando que o mundo não acabou, façamos muitos planos de viagem!
beijos e até ano que vem!
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Dia de passear sem rumo na Paris que amo
Ontem foi meu último dia em Paris. Acordei tarde e saí para passear sem destino. Primeiro fui até a casa onde, supostamente, moraram Abelardo e Heloísa. É uma casa comum, mas tem uma placa na frente dizendo que eles moraram ali. Na verdade, Abelardo e Heloísa são como Romeu e Julieta, um casal que viveu um amor proibido e pulou da ficção para a realidade. É claro que eles não existiram de verdade, mas eu acho interessante ver que a França preserva suas histórias e sua literatura e que dá a mesma importância para uma história de ficção como dá para as histórias reais. Gostaria que no Brasil fosse assim também...
Fachada da suposta casa de Abelardo e Heloísa |
Passeio pelo Sena no outono |
Vista da Notre Dame através das folhas amarelas de outono |
Lojinha pelo caminho |
Àrvore de Natal da Laffa |
Meu omelete da Ladurée |
Religieux de pistache |
Igreja Saint Germain des Près |
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM NOVEMBRO DE 2012
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Angelina, um salão de chá na chuvosa Paris
A Bientôt!
Bonjour, amigos!
Hoje acordei tarde (como sempre!) mas estava chovendo, o que me irrita bastante, porém como eu havia marcado de encontrar uns amigos no “Angelina”, que é um salão de chá bem famoso aqui em Paris, me recusei a ir de metrô e mesmo na chuva, fui a pé até lá, afinal de contas, andar é um dos meus maiores prazeres em viagens. O "Angelina" fica na rue de Rivoli, perto do Louvre, quase em frente ao Jardim de Tuileries. É relativamente perto de onde estou hospedada e como era meu penúltimo dia na cidade, quis aproveitar para ver mais a cidade e de metrô isso não é possível.
Tomamos o famoso chocolate quente de lá. Delicioso! Daqueles bem grossinhos e com sabor de chocolate mesmo. Além disso, o lugar é uma graça e o atendimento muito simpático.
Depois fomos passear pela Fauchon, um tipo de épicerie, com muitos doces, geleias, compotas, azeites, temperos e tantas outras delícias que agradam o paladar. A chuva não estava dando trégua e acabamos voltando cedo para casa. Mais tarde, saímos novamente para um último jantar ainda com parte do grupo, pois alguns já haviam ido embora. E ainda fui com um amigo ao supermercado, pois ele ainda queria comprar umas últimas coisinhas antes de ir embora.
Como amanhã é meu último dia em Paris, já aproveitei para arrumar a mala hoje, assim não fico toda atolada para o dia seguinte. Dessa vez eu acabei comprando mais coisas que de costume, na verdade, nem foi isso, mas é que o que eu comprei nessa viagem é mais frágil, portanto, embalar na mala fica um tanto mais complicado. Mas nada que não se dê um jeito!
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM NOVEMBRO DE 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
A maior exposição de Salvador Dalí em Paris
Bonjour, amigos!
Hoje acordei bem tarde e aproveitei para passear perto do Pantheon, bem ao lado daquela rua em que o personagem do filme “Meia noite em Paris” fica esperando o carro para levá-lo aos anos 20. Mas não apareceu nenhum carro para me levar a outra época...uma pena! Então aproveitei mesmo para tirar muitas fotos.
Pantheon |
A escadinha onde o personagem de "Meia noite em Paris" espera seu carro para voltar no tempo |
Igreja Saint Etienne du Mont |
De lá fui até o Café de la Paix encontrar uns amigos e tomar um delicioso cappuccino com éclair de chocolate. Bom (e caro) demais!
Depois fui dar uma voltinha pela Laffayete Gourmet, mas não comprei quase nada. Voltamos cedo pra casa pois estávamos cansados. Chega uma hora na viagem em que a gente precisa descansar para poder continuar no pique, senão acaba ficando doente e meu dia de descanso era hoje.
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM NOVEMBRO DE 2012
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Almoçando no restaurante mais antigo de Paris
Bonjour, amigos!
Ontem foi o último dia em Paris para um casal de amigos e resolvemos nos despedir almoçando no “Le Procope”, o restaurante mais antigo e tradicional da cidade. A comida de lá estava excelente, como sempre. A maioria de nós pediu Coq au Vin que é o prato da casa e vem muito bem servido. Passamos uma tarde bem aprazível conversando e rindo.
De lá eu e um amigo fomos passear um pouco. Acabamos indo até a Champs Elysées pois ele não a tinha visto iluminada ainda, depois demos uma voltinha na Roda Gigante que esse ano está bem na Place de la Concorde e não no Jardin des Tuilleries, onde costumo vê-la no verão. O ingresso esse ano, obviamente, está mais caro (10 euros) e ela deu 4 voltas. Mas a vista da Torre Eiffel iluminada tão pertinho e da Champs Elysées com o Arco do Triunfo ao fundo iluminado é linda demais! Fiquei encantada! Pena que as fotos não fazem justiça à beleza real.
vista da Champs Elysées do alto da Roda Gigante |
Dali andamos até a Place Vendôme para tirar algumas fotos e depois até a Opera Garnier para vê-la também iluminada. Linda demais! A noite e a iluminação parisiense é algo que tenho aproveitado bastante nessa viagem , pois, geralmente como venho no verão, anoitece muito tarde e acabo não tendo oportunidade de ver as luzes da cidade. Dessa vez essa é a parte que mais estou aproveitando por aqui.
A Bientôt!
VIAGEM REALIZADA EM NOVEMBRO DE 2012
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