Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Uma ilha no meio de Paris

Bonjour, amigos!

Ontem fui passear um pouco por Paris! Como vou passar ainda um tempo por aqui e já visitei todos aqueles lugares mais turísticos no ano passado, posso me dar ao luxo de não ter de “Bater ponto” nos museus e monumentos, então posso sair sem destino pelas ruas. Afinal, estou de férias! E em Paris!
Ontem fui conhecer um pedaço da cidade que não conhecia: a Île Saint Louis. Comecei pela estátua de Rimbaud que fica na saída do metrô “Sully Morland”.


Atravessando a Ponte Sully, em frente, encontra-se um belo jardim à esquerda. Dali há uma bela vista para o Sena.


Saindo do jardim, fui até o “quai D'Anjou”, onde no número 1 fica o Hôtel Lambert, uma casa do século XVII projetada pelos mesmos arquitetos que projetaram o Palácio de Versalhes. Essa casa já foi ocupada por Voltaire, mas hoje pertence a uma família rica aqui de Paris.


Nessa mesma rua, no número 7, está o Sindicato dos padeiros (pão é coisa muito séria para os franceses e há um concurso todos os anos para escolher o padeiro oficial do presidente) e pelo cheiro que se sente nas ruas não é difícil chegar lá. Uma delícia!


No número 17 ainda do “quai D'Anjou”está o Hôtel Lauzun, com curiosos canos em formato de peixe. Esse hotel, hoje em dia, pertence à cidade de Paris e é usado em recepções.


Ainda nessa rua, no número 29, está a casa onde Hemingway editava um jornal de literatura na década de 20.


No meio do caminho, na “Rue Poulletier”que era onde a ilha se dividia antigamente por um fosso, encontrei uma escola para crianças e, ao lado, um cartaz dizendo que na época da segunda Guerra, muitas crianças que tiveram o azar de nascerem judias, foram mandadas dali aos campos de concentração. Aqui em Paris há uma preocupação muito grande em não se deixar esquecer os horrores da época do nazismo. Eles aqui tem um ditado que diz: “Perdoar sim, esquecer jamais”.


Nessa rua há uma Igreja bem bonita em homenagem a Saint Louis, que dá nome à ilha (A ilha antes se chamava “Île Notre Dame”, só depois passou a ser chamada de Saint Louis, talvez por ser estranho a ilha ter o nome de uma catedral que ficava em outro lugar) . Essa igreja já foi atingida por um raio e o pináculo anterior foi destruído numa tempestade, por isso fizeram esse atual perfurado, para permitir a passagem do vento. Há belos vitrais no interior da Igreja.




No meio do caminho esbarrei com a famosa sorveteria “Berthillon”e, claro, tive de tomar um sorvete, mas depois de tantos sorvetes deliciosos na Itália de sabores inusitados e com um preço bem baixo, o sorvete da Berthillon me pareceu caro e sem graça. Mas foi bom experimentar!


Passei pela “Rue Saint-Louis em île”, a principal rua da ilha, cheia de lojinhas de moda, roupas, doces e crepes. No número 51 dessa rua está o Hôtel Chenizot, uma mansão construída no século XVII, onde viviam famílias nobres. No século XIX virou residência do arcebispo de Paris Monseigneur Affre, que foi baleado ali mesmo, tentando acalmar a multidão na Revolução de 1848.


Andando mais um pouco, a esquina do “quai de Bethume”com a “Rue des Deux Ponts” há a casa onde morou Marie Curie, aquela cientista que descobriu o elemento rádio e que, graças a ela, hoje, muita gente se cura do câncer com a radioterapia. Ela e o marido Pierre Curie, estão enterrados no Pantheon e fui ver o túmulo deles ano passado.


Saindo da ilha, eu estava com fome, então voltei andando aqui para perto de casa e comi em um restaurante que já havia comido em julho, com a Renata. Chama-se “Le Lutéce” e tem um salmão com talharim maravilhoso!


De lá, fui passear um pouco no jardim de Luxembourg e depois fui encontrar a Renata para ela me explicar como eu chegava no apto do David, que vou alugar em setembro e que ela está alugando agora. Fica fora de Paris, em uma cidadezinha bem simpática. O David foi nos encontrar lá, ficamos algumas horas conversando e depois ele me trouxe de volta aqui pro apto no Quartier Latin. Foi um dia bem tranquilo, com cara mesmo de férias.

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO/SETEMBRO DE 2010

Paris é minha segunda Veneza



Bonjour, amigos!

Como é bom estar de volta a Paris depois de quase um mês na Itália, mas antes de falar sobre a cidade-luz, vou fazer uma avaliação do que foram esses meus dias na terra da pizza.

Quando eu estava lá em Riomaggiore, comecei a me perguntar o que eu tinha ido fazer ali naquelas cidades de praia? Justo eu que detesto sol e calor! Acho que fiquei encantada com as revistas de turismo que mostravam belíssimas paisagens de Cinque Terre e diziam que aquilo ali era o paraíso. Mas, sinceramente, para quem tem o Rio de Janeiro como referência, aquilo ali é comum. O mar é bonito, o sol queima sem clemência, o céu é muito azul e o pôr do sol era realmente lindo, mas não era nada que eu não pudesse ver na minha cidade.
Aliás, desde Roma que vinha me sentindo meio iludida. Achei que encontraria, na cidade eterna, um museu a céu aberto. Realmente ele estava lá, no entanto, sem nenhuma placa para explicar o que era o quê. Só ver um monte de ruína, para mim, não interessa, quero saber o que foi aquilo para poder imaginar como era antigamente. Eu não precisava de uma aula sobre o lugar, apenas uma placa dizendo: “Túmulo de Adriano”; “Circo Massimo”; “Arco de Tito”, essas coisas...
Achei um absurdo que Roma, com tantos anos de história, parece não dar valor a seus visitantes e não há nenhuma preocupação em fazê-los entender sua história. E, mesmo estudando antes como eu fiz (quem me conhece sabe o quanto estudo antes de viajar!), havia lugares em que eu ficava sem saber o que era. É claro que isso me deixou estupefata, sendo Roma a cidade com a importância histórica que é e eu queria muito ter podido curti-la com o amor com que estudei sobre ela.

Percebi que essa falta de informação na Itália vai piorando à medida que se chega mais ao sul. Em Milão havia alguns folhetos explicativos em alguns lugares e uns cartazes também. Em Veneza os museus e Igrejas oferecem um papel plastificado na língua que você escolher (menos português, mas espanhol e italiano já me serviam bem) que é preciso devolver no final. Não se leva o folheto para casa, mas ao menos, existe explicação! Em Firenze a coisa começa a complicar. Alguns lugares têm placa, outros têm cartazes, outros têm folheto (só em inglês e italiano) e alguns poucos não têm nada. Em Roma é o caos que já expliquei. Fico imaginando como não deve ser a Sicília, que é no sul da Itália. Realmente italianos e brasileiros têm muito em comum...

No fundo, depois de tanto tempo nesse país, me senti um pouco triste, pois achei que iria amar a Itália e iria querer voltar muitas e muitas vezes, contudo, com exceção de Veneza que eu realmente amei, as outras cidades italianas não me cativaram. Pelo menos não o suficiente para querer voltar. Até Bruxelas me encantou mais que as cidades italianas.
Entretanto acho que foi muito bom eu ter podido fazer essa viagem sozinha e ter podido conhecer tão bem um país a cerca do qual todos têm tanta fantasia. Não me arrependo de ter escolhido a Itália em vez da Espanha (eram as minhas opções quando planejei a viagem). Gostei de muita coisa que vi. Respirei muita história e muita arte! Vi obras belíssimas, construções antiquíssimas e muita coisa que não teria visto fora da Itália!
Essa oportunidade de viajar por tanto tempo para tão longe é única na minha vida. Não sei quando terei outra chance de voltar ao velho mundo por tantos dias. E passar um mês na Itália me trouxe uma bagagem e uma experiência valiosíssimas! Aprendi a me adaptar em circunstâncias que não achei que viveria um dia, a me comunicar em um idioma que não domino (no fim estava até conversando com uma senhorinha na estação que resolveu me contar a vida dela!). Voltei mais plena e mais segura. Certamente voltei uma pessoa melhor!

Porém, chegar em Paris é como chegar no paraíso! Pelo menos no meu ideal de paraíso! Onde há limpeza, organização e onde há informação de tudo! Veneza é um universo paralelo, para onde quero retornar com meu amor, mas não moraria lá jamais! Já Paris é uma cidade do jeito que eu gosto, com cultura para todo lado, muita coisa gratuita e placas....muitas placas informando até o que a gente nem quer saber! Aqui eu moraria, sem dúvidas (não fosse ela tão longe da minha família e dos meus amigos)! Aqui eu me sinto na Europa! Gosto de Paris e gosto de lugares arrumados e certinhos(vai ver é minha parte alemã gritando!). Sou assim. Tenho uma amiga que disse que jamais moraria em Madri por ser certinha demais...acho que vou amar Madri, justamente por isso! A Itália foi um belo país, mas para eu ir somente uma vez, já à França quero voltar sempre que puder!

A bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO/SETEMBRO DE 2010

domingo, 22 de agosto de 2010

Um passeio por Cinque Terre

Ciao, amigos!

Essa noite eu dormi muito bem! Fazia um tempo que eu não dormia em cama de casal. O mais chato de viajar sozinha é ter de dormir em cama de solteiro, ainda mais depois de tantos anos acostumada a dormir naquela cama enorme só pra mim!
Acordei 10 horas, tomei café no apto e fui explorar as outras vilas. Comecei pela “Via dell'amore”, uma pequena trilha de 1 km à beira mar margeando o penhasco que liga Riomaggiore a vila seguinte chamada Manarola. A vista é linda! Esse caminho tem esse nome porque os casais apaixonados colocam ali seus nomes em cadeados para nunca mais se separarem. É romântico. Há um túnel com espaço nas paredes para os casais escreverem seus nomes e diz a lenda que o casal que escreve seu nome ali fica junto para sempre.




Depois de mais ou menos 30 minutos de caminhada, chega-se a Manarola, uma vilazinha bem parecida com Riomaggiore, mas com uma praia que tem uma espécie de piscina natural formada pelas pedras. Dizem que é em Manarola o melhor mergulho da região. Pelo que vi do mar, eu não duvido.


A vila seguinte chama-se Corniglia, mas resolvi pulá-la e ir, de trem, até a próxima chamada Vernazza. Comprei o “Cinque Terre Card” para um dia, custou 8,50 e dá direito a viagens de trem por todas as vilas da região, à entrada na Via dell'Amore e ao ônibus turístico que passeia em cada uma das cinco vilas (,as esse eu não usei). Vernazza é maior que as outras vilas e é bem bonitinha. Com uma praia de pedra e um mar lindo! Subi até o Castelo Dorian, de onde se tem uma vista privilegiada. Tirei várias fotos! Almocei em Vernazza. Comi bruschetta mista como entrada (mas a de Campos do Jordão continua sendo imbatível!) e pizza marguerita. Gostoso.



De lá, peguei o trem para a última das cinco vilas chamada Monterosso al Mare. Ela é praticamente só orla e é a que mais se parece com a ideia que nós, brasileiros, temos de praia, pois há uma pequena faixa de areia onde as pessoas colocam suas barracas de praia. Essa é livre e não é preciso alugar um espaço para curtir o sol. Contudo o sol, a essas alturas, já estava muito forte (pelo menos pra mim que não estou acostumada) e achei que era hora de embora.


Peguei o trem em Monterosso e depois de uns 40 minutos estava em Riomaggiore. Passei no mercado para comprar o jantar e fui para o apto pois estava cansada de andar o dia inteiro no sol, ainda mais subindo e descendo penhasco, escada e afins...
Foi bom porque pude ver o maravilhoso pôr do sol aqui da varanda do apto. Uma beleza! E fui arrumar minha mala para ir embora de volta para Milão amanhã, onde vou apenas pernoitar até segunda-feira para poder pegar meu trem de volta à Paris! Ah, Paris! Não vejo a hora de retornar à organização francesa! Estou cansada da Itália.


Estive em 6 regiões italianas e em 9 cidades diferentes (Lombardia- Milão; Vêneto- Veneza; Toscana- Firenze, Lucca e Viareggio; Lazio- Roma, Campania- Napolis e Pompeia ; Ligúria- Cinque Terre), isso porque não estou contando Verona pois só passei duas horas lá e porque estou contando as Cinque Terre apenas como uma cidade, já que fazem parte da mesma comunidade. Acho que depois disso tudo eu pude ter uma boa noção de como é a Itália e posso ter a certeza de que não quero voltar tão cedo. A não ser a Veneza, mas essa é um caso à parte! Veneza é especial demais pra mim e está nos meus planos retornar a ela com o meu amor, porém, tirando Veneza que faz parte de um universo paralelo, não pretendo mais voltar à Itália em breve. A comida é boa; as pessoas são simpáticas; a língua é, relativamente, fácil de entender, mas tudo aqui é parecido demais com o Brasil. Muito desorganizado para o padrão que eu considero como europeu. Gostei da Itália, mas não o suficiente para querer retornar (espero que o leitores desse blog não resolvam me crucificar por dizer isso!) e não vejo a hora de voltar a Paris, onde realmente me sinto na Europa. Vou aproveitar minha longa estadia para conhecer outras cidadezinhas da França e poder ter uma noção maior e melhor do país, pois até agora só conheço Paris, Vernon e Yvoire. Quero aproveitar ao máximo, pois dificilmente farei outra viagem desse tamanho à Europa novamente.


Arrivederci!

Cinque Terre, um lugar para descansar

Ciao, amigos!

Finalmente deixei a cidade eterna! E sem jogar a moeda na Fontana di Trevi, afinal, não pretendo voltar à Roma. O trem saiu na hora e cheguei em La Spezia faltando exatamente 5 minutos para fazer a baldeação com o trem que me levaria para Riomaggiore, onde aluguei um apartamento por 2 dias a 80 euros por dia. La Spezia está a apenas uma estação de Riomaggiore e quando se chega, dependendo de em qual vagão você está, irá saltar dentro de um túnel. É estranho, dá a impressão que não é ali, mas é! Eu já havia lido sobre isso em algum blog, por isso, não tive dúvidas de estar no lugar certo. Saindo do túnel, a gente dá de cara com aquele lindo mar dourado!

O rapaz do apartamento estava me esperando na estação. Passei no posto de informação turística para pegar um mapa ( que não adiantou muito porque a cidade é composta de vielas sem nome) e fui com ele até o apto que é uma gracinha, super bem localizado, com vista pra o mar! Adorei! O único inconveniente é a quantidade de escadas para subir e descer, mas eu queria o quê em uma cidade cujas casas ficam incrustadas no penhasco? O rapaz me ajudou com a mala (que a essas alturas já está realmente pesada) e me mostrou como funcionava tudo. Deixei as coisas e fui dar uma volta para me orientar e, óbvio, me perdi (até aqui eu consegui essa proeza!). Acabei indo parar na praia, que é muito diferente das praias que conheço no Brasil. A daqui não tem faixa de areia, apenas um monte de pedras onde as pessoas estendem suas cangas e tomam sol. Existem umas escadinhas de pedra para descer, achei meio perigoso, mas o povo daqui deve estar acostumado, porque essa é a terceira praia que vejo durante essa viagem que é feita de pedras. Foi assim também em Viareggio e Nápolis. Faixa de areia eu só vi no Lido de Veneza.


Tirei umas fotos e acabei achando o caminho para voltar para o centro, na rua principal (e praticamente a única!) da vila. Passei no mercadinho e comprei algumas coisas para o almoço. O apto não tem cozinha, mas tem um frigobar e um micro-ondas, suficiente para eu fazer um macarrão instantâneo com molho de tomate da região e pedacinhos de tomate-cereja. Hum! Delícia! E o mais legal foi comer na varandinha vendo um belíssimo pôr do sol!! Aliás, a vista desse apto é um escândalo de linda!





Arrumei minhas coisas e resolvi sair um pouco à noite para ver como é o vilarejo nesse horário. Todas as lojinhas já estavam fechadas, abertos só os restaurantes. Porém eu dei sorte porque ia acontecer um espetáculo de música na cidade hoje e fui para a praça central que fica a 3 minutos a pé do apto. Uma moça estava cantando músicas italianas. Foi bom. Fiquei ali um pouco, tirei umas fotos e ouvi um pouco de música. Depois voltei pra casa. Tudo muito tranquilo. Riomaggiore é uma vila de pescadores e todos se conhecem. É pitoresco. Amanhã vou conhecer as outras quatro das Cinque Terre.

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO DE 2010

Nápolis e Pompeia, um passeio pela história

Ciao, amigos!

Ontem fiz um passeio bem divertido! Fui à Pompeia, aquela cidade que foi devastada pelo Vesúvio em 79 d.C.
É que meu hotel tinha um convênio com uma companhia de viagens e fazia a excursão pra lá, então, como eu não estava gostando de Roma mesmo, resolvi ir. Foi ótimo! A primeira parada é em Nápolis, uma cidade balneária que foi colonizada pelos gregos, tanto que seu nome vem de “Nea Polis” (nova cidade). Ali tiramos umas fotos e tivemos uma bela visão do Vesúvio (cujo nome significa “montanha que cospe fogo”).



Seguimos com o ônibus para Pompeia, mas antes de visitarmos as ruínas, paramos para almoçar em um restaurante chamado “Santuário”com uma comida deliciosa, com direito a primeiro prato (macarrão a bolognesa); segundo prato (vitela com legumes) e sobremesa (melão cortado em fatias). Já abastecidos fomos ver a parte mais esperada do passeio: as ruínas de Pompeia! Tínhamos um guia local, muito simpático, que falava espanhol e ia nos explicando tudo com muita paciência.
Descobri que a cidade tinha, na época, 13 mil habitantes, dos quais cerca de 3 mil morreram com as cinzas expelidas pelo vulcão. Sim, porque o que matou aquela gente não foi a lava (esta sepultou a cidade de Herculano) e sim as cinzas e os gases provenientes da nuvem piroclástica formada pela erupção do Vesúvio.
As escavações em Pompeia começaram no ano de 1748 e ali encontraram 7 metros de cinzas. Tanto que a entrada é por algo que deveria ser uma janela, visto que está a 7 metros acima do nível da cidade.


Foi impressionante visitar o que sobrou daquela cidade que, segundo nosso guia, foi extremamente rica. Ele foi nos mostrando o teatro que tinha uma acústica perfeita e cabia 12 mil pessoas sentadas...


...As casas de pessoas abastadas, com afrescos nas paredes. Descobri que, em Pompeia, uma das coisas que as pessoas ricas gostavam de fazer para se divertirem era comer. E comer muito! Por isso, dentro das casas dessas pessoas, existia um espaço ao lado da sala de jantar chamado “vomitório”, afinal o estômago humano tem um limite e como eles passavam o dia em volta da mesa comendo, tinham que fazer caber toda aquela comida.



Também descobri que Pompeia era quase uma cidade como Sodoma e Gomorra (será que por isso ela foi banida do mapa pelo vulcão? Seria a ira de Deus?) e uma das atividades principais das mulheres era a profissão mais antiga do mundo. Visitamos um prostíbulo e vimos afrescos nas paredes que deixariam o Kama Sutra no chinelo! Impressionante!


Vimos também um local que, originalmente, era um templo e que deveriam ter várias estátuas, pois sobraram os pedestais. O guia nos contou que 10 mil pessoas sobreviveram ao vulcão, mas precisavam reconstruir sua cidade, então,passado algum tempo, elas voltaram à Pompeia para pegar o que havia sobrado e levaram consigo as estátuas que, embora fossem obras de arte (e eles sabiam bem o valor da arte), eram feitas de mármore e o mármore aquecido a 400 graus vira pó de cal, a base para a construção de novas casas. Foi assim que as obra de arte pompeanas viraram novas casas no que é conhecido hoje como “Nova Pompeia”.


Ao longo do passeio fomos descobrindo hábitos comuns aos habitantes de Pompeia, como por exemplo, quando queriam escovar os dentes eles usavam uma mistura de pó de pedra pome com urina (não existia pasta de dente naquela época!), depois para desinfetar a boca, lavavam-na com uma mistura de água, vinho e mel.
Descobrimos também que o hábito de abrir a porta para dentro de casa foi criado ali, pois o espaço público terminava na soleira da porta, dali para dentro era espaço privado, logo, abrir a porta para dentro significava não pagar impostos. E os pompeanos já tinham até um sistema de porta de correr. Bem evoluídos!
No fim da visita chega-se ao ponto mais macabro e mais triste: os corpos preservados. A história é a seguinte: Quando começaram as escavações, em 1748, acharam ali quase 3 mil corpos preservados pelas cinzas, contudo, a medida que eles iam entrando em contato com o ar, iam se decompondo, já que não havia mais material orgânico dentro dos corpos. E ao se decomporem iam perdendo a forma original em que foram encontrados. Em 1800, um cientista chamado Fiorelli teve a brilhante ideia de injetar gesso líquido dentro dos corpos, assim conseguiria preservá-los na posição original. É isso o que vemos hoje. São corpos, mas com gesso dentro. Por isso são chamados de moldes. É uma visão impressionante, principalmente quando se percebe que alguns tinham a exata noção do que aconteceria com eles, pois estavam com as mãos na frente do nariz e da boca, como que querendo se proteger da inalação dos gases. Muito triste.



Depois ainda vistamos a termas com um incrível sistema para a condensação de água nas paredes e o passeio termina.



Voltamos no ônibus até perto do hotel. Cerca de 3 horas de viagem. Dali ainda saí com a Beatriz,, uma brasiliense que conheci na excursão e fomos dar uma última volta por Roma para vê-la iluminada. Não vi muita graça, não, mas de qualquer modo, foi um dia realmente divertido! Com muita história e muitas coisas diferentes para ver! Gostei de ter ido a Pompeia, foi um dinheiro bem gasto! Cheguei ao hotel tarde, tomei um banho e caí na cama, pois hoje teria de acordar cedo para fazer o check-out e me dirigir a Cinque Terre. Nesse momento em que escrevo esse post, estou no trem a caminho de La Spezia, onde farei uma baldeação até Riomaggiore, a primeira das cinco terras que irei visitar. Vou passar apenas dois dias lá em um apartamento alugado e espero que seja o mais próximo possível do que eu planejei. Provavelmente não terei internet por lá e vocês estarão lendo esse post na segunda, quando eu já estiver em Paris.

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO DE 2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Um dia na Roma Antiga

Ciao, amigos!

Hoje acordei mais tarde para compensar o tanto que acordei cedo ontem e, como não poderia faltar em uma visita à Roma, fui visitar as ruínas da chamada “Roma Antiga”que compreende o Foro Romano, Palatino e Coliseu.
Comecei meu percurso pelo “Circo Massimo” que era o local onde aconteciam as corridas de bigas e quadrigas (vide filme “Ben Hur”). Hoje, ali é apenas um descampado, e se não fosse eu já ter estudado antes sobre a cidade e já ter passado por ali com o ônibus turístico, esse local passaria batido pois, pra variar, não há nenhuma placa indicando o que foi aquilo ali um dia.


Andando pela via di San Gregorio, chega-se ao Arco de Constantino, que foi construído em homenagem a esse que foi o primeiro imperador romano a conceder liberdade de culto aos cristãos, em 326 d.c. Conta a lenda que Constantino sonhara com uma enorme cruz sendo incendiada e que, no sonho, dizia que aquela cruz seria seu caminho, por isso ele resolveu aceitar o cristianismo. Em 330 ele fundou Constantinopla, que mais tarde veio a se tornar a nova sede do império romano oriental.


Passei do Arco e fui em direção ao Foro Romano para comprar meu ingresso, pois ouvi dizer que no Foro há menos filas e como o sol estava de rachar, não queria perder muito tempo numa fila. Realmente ali a fila era pequena e andava bem depressa, acho que fiquei só uns 15 minutos até chegar na bilheteria. O ingresso dá direito a visitar o Foro Romano, o Palatino e o Coliseu, custa 12 euros e vale por dois dias consecutivos. Pode-se começar a visita por qualquer um dos monunentos, mas como eu já estava ali, resolvi começar pelo Foro mesmo.



O Foro Romano foi o centro político, religioso e comercial da república romana do século VI antes de Cristo até o século I depois de Cristo. Ele compreende o Comitium (local onde o povo vinha escutar os magistrados); a Cúria (sede do Senado), as Basílicas (que na época não eram Igrejas e sim centros de assuntos políticos e econômicos) e os Templos (esses sim, de culto aos deuses como Saturno e Vesta). O difícil era conseguir identificar tudo isso, pois não existe nenhum folheto explicativo (estou me repetindo, eu sei, mas em Roma não há explicação de nada e isso me deixa louca porque numa cidade como essa, com tanta história, eles deviam, no mínimo, colocar uma plaquinha ao lado das coisas pra gente saber o que é o quê!). Algumas coisas eu consegui saber por já ter estudado antes, outras por saber um pouco de latim e ler metade do que sobrou de algumas placas da época antiga. O Foro é bonito e seria um passeio realmente inesquecível se houvesse alguma informação.



Dali, passa-se ao Palatino, o monte onde Rômulo fundou a cidade e Roma em 753 antes de Cristo. Conta a lenda que Rômulo e Remo foram abandonados na floresta para serem devorados pelos lobos, contudo, uma loba se afeiçoou às crianças e os adotou amamentando-os. Eles cresceram e um dia resolveram fundar uma cidade, mas Remo queria fundá-la à margem do rio Tibre, já Rômulo queria construí-la na montanha do Palatino. Eles brigaram e Rômulo matou o irmão e fundou cidade onde queria. Deu a ela o nome de Roma em homenagem ao irmão morto.



É ali no Palatino que estão as ruínas dos palácios imperiais, aliás, o nome “palácio”vem exatamente de “palatino” e ali dá pra perceber bem tudo aquilo que a gente estuda nos livros (em tempo: estude antes de vir a Roma senão não saberá o que é o quê!), todas aquelas construções antigas. É bem bacana. De todas os três conjuntos de ruínas que o ingresso dá direito, o Palatino foi, sem dúvida, o que mais gostei! Só ali que percebi a Roma dos livros de História. Nem no Coliseu! Mas isso eu conto daqui a pouco....acho que foi porque ali no Palatino as ruínas estão mais bem preservadas e há algumas (poucas!) indicações do que eram aquelas construções.


Saindo do Palatino, me encaminhei até a horda de turistas que lotavam a entrada do Coliseu. Ainda bem que comprei o ingresso no Foro, pois a fila era colossal (com o perdão do trocadilho tosco)! Mas entrei rapidinho pela parte de quem já possuía o bilhete. Eu tinha uma grande expectativa em relação ao Coliseu. Depois de ver tantos filmes sobre gladiadores ao longo da vida, não há como não imaginar como seria aquela arena repleta de pessoas que iam assistir àquelas verdadeiras carnificinas. Pois bem, estava eu ali diante de tudo aquilo imaginando uma mega construção quando olhei para o centro do estádio e me perguntei...é só isso?? É impressionante como nos filmes de Hollywood o Coliseu parece imenso! Mas ali, ao vivo, ele era pequeno. Pelo menos para os padrões que eu imaginei! Fiquei um tanto decepcionada...



Mas vamos à história: O Coliseu foi erguido em 72 depois de Cristo e seu nome verdadeiro é “Anfiteatro Flávio”, o apelido veio de uma estátua chamada “Colosso de Nero”que foi encontrada ali durante a construção do estádio. Ao longo de sua história eram realizadas lutas violentas que sempre terminavam em morte e mais de 65 mil romanos recebiam ingressos que eram distribuídos gratuitamente para essas lutas. Em 523 depois de Cristo esses espetáculos deixaram de ser realizados.



Havia uma mostra chamada “Gladiadores” lá no Coliseu com reproduções de roupas usadas na época em que esses homens lutavam por sua vida. Havia alguns adereços que eram mesmo daquela época como elmos e protetores para braços e pernas feitos de bronze.


Ao sair eu ia ao Campidoglio, mas estava muito cansada, fazia muito calor e eu estava meio decepcionada com a cidade, pois o Coliseu era um dos passeios que achei que seria legal por aqui...
Passei pelo Campo dei Fiori que é o principal mercado de Roma e onde está a estátua de Giordano Bruno, filósofo, que em 1600 foi queimado vivo ali pela Inquisição.


Terminado o passeio à história antiga de Roma, voltei ao hotel. Amanhã vou para Nápoles e Pompeia. Espero que seja um passeio agradável! Sexta-feira finalmente vou embora para Cinque Terre, na Ligúria. Lá não terei internet, então, provavelmente meu próximo post será só na segunda, quando eu retornar à Paris.

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO DE 2010

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Vaticano, um país dentro de uma cidade

Ciao, amigos!

Ontem acordei cedo! Tinha horário marcado para ir aos Museus do Vaticano. Mais um dos ingressos que comprei pela internet em um site chamado “Florence Tickets”.Eu teria de estar lá às 9 horas da manhã pra encontrar o rapaz da agência e trocar meu voucher pelo ingresso. Às 8h45 eu já havia chegado. Entramos eu e um grupo de mais 13 pessoas, a maioria franceses. O ingresso era só pra entrar, não incluía visita guiada. Ao passar da roleta era cada um por si. A gente entra e dá em um jardim com uma escultura esférica no meio que fica girando. Não consegui descobrir o que ela significava pois nada por aqui parece ter explicação. Ou você compra o guia na entrada ou fica sem saber. Aqueles folhetos de explicação básica que existem em todo lugar, aqui parece que ainda não inventaram...enfim...a escultura é bonita e tem um brilho singular.



Dali caí no Museu de arte Egípcia. Muito interessante! Tinha uma múmia super bem conservada e os vasos canopos onde eram colocados os órgãos retirados pelo processo de mumificação. O único órgão não retirado era o coração. Essa parte do Egito me desperta bastante curiosidade e fiquei um tempo ali naquele museu.


Saindo dele, cheguei ao Salão Octagonal com esculturas greco-romanas. Bonitas, mas nada de especial. A única particularidade é que a religião católica mandou cobrir, com uma folha de parreira, todos os nus. Então a gente vê aquelas estátuas antiquíssimas, de religião totalmente pagã, com aquela ridícula folhinha que dá pra perceber que foi colocada depois...ai, ai, a hipocrisia da Igreja...mas deixemos isso pra lá que esse blog não tem intenções filosóficas ou religiosas.


Porém, meu maior interesse no Vaticano era ver a Capela Sistina (meu e de 99% das pessoas que entram ali nos Museus!) e fui seguindo as placas que indicavam “Capela Sistina, percurso curto”, afinal, eu queria chegar lá o mais breve possível, antes de estar muito cansada de andar e, principalmente, antes da horda de turistas com seus guias. Fui andando, andando, até que me deparei com uma placa que indicava uma escadinha sinistra, num cantinho, meio escura e vazia. Achei que não poderia ser ali, mas como quem tem boca vai a Roma e eu já estou em Roma, resolvi perguntar ao segurança do museu se eu poderia descer ali e se daria na Capela Sistina. Ele afirmou que sim e lá fui eu. Não é que, ao descer, logo a esquerda, ali estava ela!? Linda! Realmente Michelângelo era um gênio! Dá pra ficar um tempão ali observando cada cena do antigo e do novo testamento. Desde a criação do mundo por Deus, passando pela célebre Criação do homem, depois a da mulher, onde Eva parece mesmo saindo da costela de Adão, a Arca de Noé, o nascimento de Jesus, até o juízo final. Aliás, essa foi a única foto que consegui tirar antes do segurança gritar (pra mim e para uma multidão de turistas): “No photo, please!” Guardei a máquina e fiquei ali vendo os detalhes de toda aquela beleza. Depois de quase uma hora ali dentro, voltei para os museus, pois queria ver as salas de Rafael. Eu não gosto muito da pintura dele, pelo menos do que eu conheci em Milão, Veneza e Firenze, mas dessas eu até gostei. Acho que são de outra fase. Lá estava a famosa “Escola de Atenas”onde ele pintou os grandes nomes do pensamento e da ciência como Platão, Aristóteles, Pitágoras, Epicuro, Sócrates, etc, etc, etc....






Saindo dali, passei por mais algumas salas interessantes, incluindo uma com pinturas modernas onde estava um quadro de Van Gogh. No fim de tudo, voltei à Capela Sistina para poder sair para a Basílica de San Pietro, dei mais uma olhada na belíssima obra de Michelângelo e saí. Contudo, antes de chegar ao interior da basílica há uma entrada para subir até o Domo (cúpula) e, lá fui eu. Subi os 320 degraus (na verdade, são 320 porque eu poupei 217 subindo de elevador, pois no total são 537).Pode-se pagar 5 euros para subir todos de escada ou 7 euros para subir só os 320. Mas o pior é que a escada vai ficando cada vez mais estreita e quando se acha que não pode piorar, a parede inclina e você se sente na Torre de Pisa, andando meio de lado e subindo degraus irregulares. Quem criou aquilo devia estar pagando alguma penitência. A vista lá de cima é bonita, mas, sinceramente, não vale o esforço. Uma vez eu li, em algum lugar, que ali de cima o ser humano tem a noção de que é o mais perto que se pode chegar de Deus, mas, cá entre nós, com toda aquela opulência que há no Vaticano, não consigo ver muito Deus ali por perto, não...me senti muito mais próxima dele no alto da Notre Dame, mas isso é uma outra história ( e que alguns leitores desse blog não venham querer dizer que estou comparando Roma com Paris, “pelamordedeus”!).



Depois de algumas fotos e uma água para recompor as energias, desci para ver o interior da Basílica de San Pietro. Ela é o mais importante santuário católico do mundo e todos os elementos são em ouro, bronze e mármore (este, roubado do Coliseu). Tem 186 metros de altura. A história dessa Igreja é a seguinte: no século XVI, Júlio II decidiu reconstruir a “Basílica de Constantino”, que era do século IV e que tinha sido erguida sobre o túmulo de São Pedro. Vários artistas participaram: Bramante fez o esboço da obra; Michelângelo fez a cúpula; Maderno fez a nave e a fachada e Bernini construiu o púlpito (que parece um relicário de bronze), protegendo assim, o túmulo de São Pedro. A basílica atual já passou por diversas reformas e os pontos mais importantes dentro dela, para mim, foram: A Pietá, do mestre Michelângelo, que é deslumbrante, fica na primeira capela à direita de quem entra pela porta principal e está protegida por um vidro blindado (vai entender....aqui em Roma uma obra de Michelângelo precisa ser protegida por vidro blindado, lá em Firenze o Davi, do mesmo artista, está sem nenhuma proteção além de uma grade baixa! Depois eu que implico com Roma, mas os próprios romanos parecem que sabem com quem estão lidando...)


E o túmulo do papa João Paulo II. Eu estava ouvindo uma explicação de uma guia em espanhol que dizia o seguinte: a maioria dos papas vêm de famílias nobres, que tem um brasão. E quando eles são enterrados aqui, coloca-se o brasão da família e o nome do papa morto, mas João Paulo II vinha de uma família pobre, sem brasão, então, ao morrer, criaram para ele um brasão onde o M é de Maria, já que ele era muito devoto da mãe de Jesus. O nome dele está em latim, como o de todos os papas, aliás, aqui no Vaticano existem duas línguas oficiais: o italiano e o latim e é nessa última que as missas ainda são rezadas.


Da basílica a gente sai na Piazza San Pietro, que foi projetada por Bernini (esse foi, sem dúvida, o maior arquiteto da Roma seiscentista) em 1630 com a ideia de reproduzir um grande abraço e que permitisse ao papa ser visto pelo maior número possível de fiéis (naquela época não existiam os telões que existem hoje). No centro dela há um obelisco que marca onde havia “O circo de Nero”, local em que São Pedro foi martirizado em 64 d.c. Eu descobri que para construírem a via della Conciliazione, que liga o castelo de Sant'Angelo à Basílica foram destruídas várias casas medievais e uma Igreja de Nossa Senhora da Conciliação (essa foi reconstruída mais tarde na ilha Tiberina, no rio Tibre). Essa passagem não era apenas por cima, mas também por baixo da terra, em corredores secretos que permitiam ao papa fugir em caso de necessidade extrema, como aconteceu com o papa Clemente em 1527.
Em tempo: Não se entra na basílica com os ombros e/ou os joelhos de fora. Nem adianta tentar que eles barram mesmo! Pode-se ir de bermuda e camiseta só aos museus e à Cúpula, mas no interior da Basílica, sem chance, portanto cubra os joelhos com uma saia ou calça e leve um xale para cobrir os ombros (aliás, em praticamente todas as igrejas aqui na Itália há essa regra, e como faz um calor infernal aqui no verão, quase todas oferecem um pano feito de TNT para que as pessoas desavisadas possam entrar, e não perder a viagem, mas adivinhem? Na Basílica de São Pedro eles não têm, ou seja, se você for de bermuda, perde a viagem!).
Almocei ali pelo Vaticano mesmo. Comi salada. Uma delícia! Como eu ainda tinha direito ao ônibus turístico, peguei-o para voltar pro hotel. Porém, no caminho, resolvi descer na Basílica de Santa Maria Maggiore. Dizem que é uma das mais bem conservadas aqui de Roma. Tem uma estátua do papa Pio X e um museu bem bonito, cheio de relíquias papais. Hoje foi um dia dedicado à religiosidade em Roma.
Voltei andando para o hotel, tomei banho e saí de novo. Eu queria ver a Fontana di Trevi iluminada, mas como ainda era cedo pra cair a noite, fui a um passeio diferente: o Time Elevator.



É uma espécie de simulador onde se vê um filme em 3D sobre a história de Roma (há fones de ouvido em várias línguas, escolhi espanhol, pois não havia em português) e as cadeiras são móveis e vão se movimentando e acordo com a história contada. Há um sistema que nos dá a sensação de vento e chuva. É muito divertido! São 25 minutos, custa 12 euros. Conta toda a história desde que Rômulo e Remo foram abandonados e adotados pela Loba, até a fundação de Roma e a cosntrução de seus monumentos, a morte de Julio César, as obras de Michelângelo, enfim....é muito bacana! Vale a pena!
Ao voltar para a fontana, comprei um crepe e sentei ali na frente dela para vê-la ir se iluminando à medida que a noite caía. É uma fonte bonita, obra de Nicoló Salvi, em 1762, mas que ficou imortalizada mesmo no filme de Fellini.


O dia terminou e voltei pro hotel cansada. Continuo achando Roma uma cidade dispensável no meu roteiro, mas como diz um amigo meu “se você está no inferno, abrace o capeta!”, então estou tentando tornar esses meus dias aqui no melhor possível. Vi coisas bonitas no Vaticano, principalmente as obras de Michelângelo que eu amo em qualquer lugar do mundo! Mas não vou jogar a moeda na Fontana di Trevi, pois Roma é uma cidade para a qual jamais pretendo voltar.

Arrivederci!

p.s. Aos leitores de plantão: não estou revoltada com nada, pelo contrário! Estou amando poder viajar e ver tudo o que estou vendo, apenas não gostei de Roma e ponto. Sem comparações com nenhuma outra cidade.

VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO DE 2010
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