Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Uma ilha de vidro e um Museu dourado

Ciao, amigos!

Hoje fui Murano! É uma ilha a uns 40 minutos de Veneza onde está a famosa indústria de vidro. Na verdade, os vidros eram fabricados aqui em Veneza até o século XIII, mas por causa do risco de incêndio, acabaram transferindo as fábricas para Murano. A cidade tem só 5 mil habitantes e tem cara de cidadezinha do interior, contudo, me pareceu um tanto abandonada... é bonitinha, mas nada especial. Tem um farol, uma igreja e um museu do Vidro, onde estão expostas diversas peças feitas com esse material e onde é possível entender como o vidro é transformado de material ordinário em obras de arte cujo valor pode chegar a quantias exorbitantes! Cá entre nós, achei as pinturas dos tetos mais bonitas que as peças em si. Claro que não era possível fotografar, como tudo aqui em Veneza. Aliás, acho que essa é a única coisa que achei de ruim na cidade até agora: o interior dos museus quase nunca pode ser fotografado. É uma pena porque há cada coisa belíssima!


Passeei um pouco por Murano, tirei fotos de suas ruazinhas pitorescas e peguei o vaporetto de volta para Veneza, no entanto, como era hora do almoço, o vaporetto estava vazio e pude ir na proa, sentindo o vento no meu rosto e vendo Veneza ali a frente, me esperando! Naquele momento consegui compreender aquela cena de Titanic onde Leonardo DiCaprio diz “I am the king of the world!” Era assim que eu me sentia! Naquele instante ter o vento batendo no rosto, ver Veneza à minha frente com aquela laguna de águas douradas e saber que estou no lugar onde sempre sonhei era suficiente para fazer eu me sentir uma rainha! Eu estava feliz e sorrindo à toa!



Cheguei a Veneza e fui até o Ca' Rezzonico, um imenso palácio do século XVII, cheio de pinturas de cair o queixo! O lugar é um escândalo de tão lindo e mais uma vez tudo o que eu pude fotografar foi a fachada...





Fico impressionada com o luxo e a riqueza com que viviam os nobres venezianos nos séculos passados. Isso sem falar em toda a inspiração para a arte que tinham os pintores e escultores da época. É cada fachada detalhada, cada porta esculpida, cada teto pintado...um mais lindo que o outro!

Veneza é uma overdose de beleza, encanto e inspiração retratados em toda a sua arte, seja nos palácios, nas Igrejas, nas ruelas ou mesmo no simples fato de os venezianos terem tornado esse conjunto de ilhas em um dos locais mais inusitados do planeta, mantendo uma aura do século XVII presente em suas vielas e becos escondidos, tudo com um cheiro de romantismo, onde, certamente, Casanova andava a seduzir as jovens do seu tempo.

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Uma Veneza em Sépia

Ciao, amigos!

Como eu disse em meu último post, estou fascinada com a beleza deste lugar e resolvi fazer uma coleção de fotos que chamei de “A minha Veneza em sépia”. Portanto hoje o post é só fotográfico, aproveitem!

Arrivederci!





















VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

Veneza: arte em todo lugar!

Ciao, amigos!

Hoje dormi até um pouco mais tarde, pois estava cansada da empreitada de ontem a Verona. Acordei com os sinos do campanário tocando! Estou tão perto da Piazza San Marco que posso ouvi-los tocar daqui!! Fiquei muito feliz!
Hoje fui conhecer o “Museo Civico Correr” que é o museu que conta a história de Veneza desde sua fundação. É enorme! Fica ali na Piazza San Marco mesmo e aceita o Venice Card, o que me poupou 6,50 euros. O museu é muito bonito e tem esculturas de Canova, quadros de Bellini, Tiziano e Tintoretto, mas, infelizmente, como quase tudo em Veneza, não foi possível fotografar...só puder tirar fotos da fachada do museu...





Vale a pena visitá-lo, pois descobre-se muito sobre a cidade, além de poder apreciar obras antiquíssimas (tinha até uma múmia!) e livros maravilhosos da época do surgimento da imprensa! Havia também cartas de tarot pintadas a mão! Uma raridade!!!



Saindo de lá almocei uma deliciosa pizza marguerita e fui pegar o vaporetto até a estação San Tomá onde está a belíssima Igreja Santa Maria dei Frari. É simplesmente DESLUMBRANTE!!!!!!!!!!! Lá dentro há uma pirâmide branca que contém (dizem) o coração do escultor Antonio Canova, além de pinturas magníficas como “A Assunção”, de Tiziano, sobre o altar principal e “A Madona e o menino”, de Bellini, que está na sacristia. O lugar é mágico! Tem cada quadro fantástico e cada escultura de cair o queixo, mas é óbvio que não era possível fotografar seu interior (essas fotos que vocês estão vendo eu tirei dos postais que comprei!)...









De lá fui passear um pouco por Veneza, descobrir suas ruelas labirínticas, subir e descer suas pontes, olhar suas belas vitrines de máscaras. Tudo aqui é lindo e sempre acabo voltando para a Piazza San Marco na tentativa de tirar uma foto mais bonita ou de ver um céu mais azul ou uma laguna mais dourada, porém, o fato é que sempre me surpreendo com a beleza desse lugar e acho que estou vivendo uma linda história de amor com essa cidade, uma história que esperei 25 anos para viver, mas que está sendo exatamente do jeito que eu sonhei! E por incrível que pareça, apesar de eu me perder nas direções dos vaporettos, não me perco pelas ruas da cidade, parece que adquiri um misterioso senso de direção quando estou andando por suas vielas que quase nem uso o mapa... Tenho a estranha sensação de estar em casa em Veneza...

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

Verona, uma cidade nada romântica...

Ciao, amigos!

Muita coisa tem acontecido de interessante aqui em Veneza. Umas boas, outras, nem tanto...toda viagem, por mais planejada que seja, sempre tem o seu dia de azar e o meu foi ontem.
Como eu havia escrito aqui nesse blog, há algum tempo, eu comprei ingresso para ver a ópera “Aída” na Arena de Verona e, claro,como acabaria tarde, reservei um pernoite em um albergue da cidade.
Ontem, lá fui eu para a estação de trem de Veneza pegar um trem para Verona, só que a coisa já começou errada, pois acabei comprando bilhete para o trem regional que custa 1/3 do preço, mas demora o triplo do tempo! Ou seja, em vez de eu chegar em Verona em 1h, demorei quase 3h para chegar lá! Fazia um calor infernal e a estação de trem de Verona é muito mal sinalizada. Eu, sendo perdida como sou, vocês podem imaginar que, óbvio, peguei a rua para o lado errado! Depois de andar em círculos uns 20 minutos, consegui me localizar e lá fui eu fazer o check-in no albergue. Toquei a campainha e ninguém atendeu, toquei de novo e nada! Liguei para os telefones que eu tinha pego no site do albergue e a moça que atendeu disse que era engano. Voltei a tocar a campainha e nada! Ou seja, o albergue simplesmente não existe!!!! Portanto, se forem a Verona, jamais reservem o B&B Citadella porque é um golpe!
Resolvi ir até a cidade para trocar meu ingresso da ópera e ver se isso não era golpe também. Ok, a Arena existe, eles trocaram meu voucher pelo ingresso sem problemas, mas eu não tinha lugar para ficar, então voltei até a Estação de trem para achar um albergue no posto de informações ao turista. Qual não foi a minha surpresa quando descobri que não existe posto de informação ao turista nessa estação!!!!! Todas as cidades que já visitei têm um! Mas Verona não tinha! Eu estava muito cansada e com fome para pensar em qualquer outra alternativa, então, comi no Mc Donald's mais próximo e comprei a passagem de volta para Veneza (dessa vez no trem rápido!). Fiquei mais chateada por perder a ópera do que por perder o dinheiro do albergue. Se eu tivesse achado outro lugar acessível para ficar, nem teria me importado com o lance do albergue, mas como não encontrei, voltei para Veneza, onde me sinto segura e onde tenho um bom hotel para dormir.
Tirei umas poucas fotos de Verona porque, para dizer a verdade, achei a cidade bem sem graça...não sei onde Shakespeare estava com a cabeça para ambientar a história mais romântica do mundo aqui! Não foi à toa que Romeu e Julieta se mataram...





E, para salvar o dia, fui fazer o meu tão esperado passeio de gôndola! Acabei me lembrando de uma descrição sobre a fundação de Veneza que li em uma revista de turismo, cujo autor chamava-se Ronny Hein. Dizia assim:
“ Os vênetos, que não pertencem à família dos peixes (como seria legítimo supor), viveram em terra firme, em cidades como Padova e Verona, por muitos anos. No século 5, contudo, um ataque devastador de guerreiros hunos obrigou algumas comunidades a buscar refúgio nas ilhotas de uma laguna com 55 quilômetros de extensão e 13 quilômetros de largura, separada do Mar Adriático por longas restingas. Protegidos, os refugiados perceberam, então, que as águas plácidas dessa laguna escondiam um solo raso _ e sobre ele começaram a plantar estacas de madeira, que seriam a base da futura cidade.”






E assim nasceu a mais linda cidade do mundo! Assim, como uma alternativa de fuga dos hunos e os vênetos transformaram aquela laguna rasa em sua muralha! Não era preciso murar a cidade para que os inimigos não a invadissem, isso por dois motivos: primeiro porque qualquer inimigo teria que chegar por mar e seria visto muito antes de sua chegada, e segundo porque não era possível navegar pela laguna com um navio muito grande, aliás as gôndolas foram nascidas e criadas em Veneza e sobrevivem até hoje exatamente por isso: era o tipo de embarcação perfeita para os estreitos canais.


Até hoje só pode ser gondoleiro quem é nascido em Veneza, além de ser uma profissão eminentemente masculina (não vi nenhuma mulher gondoleira, embora tenha ouvido falar que existe uma). A gôndola tem mais de 1000 anos e continua sendo fabricada do mesmo jeito, artesanalmente. E seu ofício passa de pai para filho.
Descobri que existem também gôndolas piratas (nem isso ficou de fora da pirataria!) e para não se correr o risco de pegar uma falsa, observe a figura da proa, chamada de ferro pelos gondoleiros. A verdadeira gôndola tem seis ferros, alinhados um embaixo do outro e com um ao lado, eles representam os sestieri (bairros) de Veneza. Além disso, um verdadeiro gondoleiro usa o traje típico, que consiste em camisa listrada, calça preta e chapéu de palha com um laço da mesma cor das listras da camisa. Vai saber quando essa moda começou...



O fato é que os gondoleiros verdadeiros e suas gôndolas são, hoje em dia, um passeio apenas turístico, já que o preço é alto (100 euros por um passeio de 1 hora), mas acho um desperdício ir para Veneza e não aproveitar aquilo que ela tem de único! O passeio é maravilhoso!Veneza vista sob a perspectiva de uma gôndola tem um sabor completamente inusitado! Fiquei encantada com os canais, com a cidade, enfim, o dia que começou ruim, não poderia ter terminado de maneira mais veneziana. Voltei feliz para o hotel com a certeza de que a cidade mais romântica do mundo não é Verona, apesar da história de Romeu e Julieta e sim Veneza!

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

domingo, 1 de agosto de 2010

Um passeio acidental ao Lido di Venezia

Ciao, amigos!

Acordei cedo hoje! Queria aproveitar o máximo de Veneza! Desci para tomar café da manhã no hotel. É bem farto! Há cereais, yogurte, salada de frutas, croisant doce, pão salgado, queijo, presunto, manteiga, nutella, café, leite, suco e chá. Excelente!
Como eu havia comprado o Venice Card ontem, mas só vou começar a usá-lo no domingo, comprei um passe de 24h para o vaporetto que custou absurdos 18 euros e fui ao Museo dell'Accademia di Venezia (que não está nos museus contemplados pelo passe), cujo ingresso custa 6,50 e é o seu passaporte para o paraíso barroco e renascentista de Tintoretto, Veronese, Ticiano e Tiepolo. Cada quadro mais bonito e impressionante que o outro! Como não poderia deixar de ser, todos com temática religiosa.



Infelizmente não eram permitidas fotos. Fiquei lá umas 2 horas contemplando tudo, observando a grandiosidade daquelas obras, a noção incrível de profundidade dada pelos artistas que fazia com que eu achasse que a figuras iriam sair da tela direto para a realidade. Magnífico!
Depois que saí, resolvi passear no entorno e percebi como a visão da Igreja da Salute é bela vista da ponte da Accademia. Fiquei meio boba ali olhando tudo...e fui andar. Fazer aquilo que todo mundo faz: me perder em Veneza!!

Fui ao Campo Santo Stefano que tem uma linda Igreja, mas que não permite fotos...caminhei, virei aqui, entrei num beco acolá e descobri a Igreja de San Vidal, uma gracinha! Também descobri que é época de concertos na Igrejas venezianas e por qualquer uma que se passe é possível ouvir o som de Vivaldi, célebre compositor da cidade que criou aqui sua obra mais famosa: “As quatro estações”!




Voltei ao “pontile”( que é o píer onde se espera pelo vaporetto) com intenção de ir a Igreja da Salute (essa ao fundo da foto), mas adivinhem? Peguei o vaporetto errado!!! Ele passou direto e não parou na estação que eu queria. Resultado: fui parar em San Marco. Sem problemas. Acabei descobrindo um simpático jardinzinho público e comi uma fatia de pizza, pois, a essas alturas, já estava com fome. Dali resolvi pegar outro vaporetto e pimba! Outra vez errado! Dessa vez era o número certo, mas a direção errada! Sou uma perdida mesmo! Fui parar na Ferrovia e, nesse momento, resolvi fazer o passe de 24h valer a pena e peguei outro vaporetto (dessa vez o certo!) até o fim da linha, no Lido.




O Lido di Venezia é uma parte ligada ao continente, na verdade, é o Lido que separa Veneza Santa Lucia do mar Adriático. É uma espécie de restinga para onde vão, no verão, as pessoas que tem dinheiro, pois o Lido é o balneário de Veneza.
Já que estava indo para lá, tirei milhões de fotos de Veneza vista de longe...e ao chegar lá fui explorar um pouco a região. Ao saltar do vaporetto, depois de quase 1 hora dentro dele, eu estava meio mareada e minha labirintite dava sinais de sua existência. Mas em alguns minutos eu estava ótima e passeando pelas belas ruas da cidade. Tudo muito florido e arborizado.



Ao sair do vaporetto, você pode seguir em frente pela rua S.M. Elizabeta até uma rotatória linda, toda florida. Ali, vira-se para a esquerda e em menos de 3 minutos você se depara com a praia! Pra quem é carioca e está acostumado com praia desde criança, é engraçado ver aquela praia fechada, quase particular, cheia de cimento em volta.



Ali pode-se alugar os guarda-sóis (ombrellones) ou uma espécie de casinha onde você guarda suas coisas e tem banheiro. Você não pode simplesmente chegar e armar sua barraca. Tem de alugar um espaço para poder ir à praia! E tudo custa muito caro! Pelo menos para o meu padrão de Rio de Janeiro, em que a praia é o programa mais barato que o carioca pode fazer. Mas valeu a pena ter conhecido o Lido. Acho que se não tivesse sido assim, meio por acaso, eu não teria ido lá. Essa é a vantagem de se ficar muito tempo em um só local: dá para descobrir tudo sem ter de deixar de ver nada do que foi planejado!



Na volta, terei lindas fotos da laguna dourada pelo sol...e saltei em San Marco,em um lado que eu ainda não tinha visto. Acabei passando, sem querer, pela “Ponte dos Suspiros” e vi que o Palazzo Ducale está em reforma, portanto, não poderei passar por baixo da Ponte, como eu gostaria.



Veneza está sendo uma descoberta mágica pra mim! Estou muito feliz! Tudo o que falam de ruim da cidade parece tão ínfimo perto da grandiosidade que ela possui que ainda não fui capaz de perceber seus problemas. Tudo o que vejo é beleza!

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

Veneza: a realização de um sonho!

Ciao, amigos!

Finalmente, depois de quase 25 anos de espera, realizei um dos meus grandes sonhos: Estou em Veneza!!! Estou tão feliz e emocionada que é até difícil descrever em palavras o que estou sentindo! Mas vou tentar...vamos lá...
O trem saiu da Estação Milano Centrale no horário. É um trem rápido chamado Eurostar City. A viagem foi bem tranquila e a medida que o trem começava a parar em cidades conhecidas, meu coração ia acelerando! Primeiro Verona, depois Vicenza, Pádua, Veneza mestre e finalmente...Veneza Santa Lucia!!! Ao se aproximar da laguna o trem vai indo cada vez mais devagar e já deu pra ver que a cidade era mesmo tudo o que se vê nos livros!
Desembarquei sem pressa e fui até o balcão de informações turísticas comprar o “Venice Card”, um passe que dá direito a uso ilimitado de vaporettos, entradas gratuitas e com desconto em vários museus e igrejas e direito ao uso dos banheiros públicos da cidade. Para 7 dias paguei 96 euros (sem o alilaguna que é o transporte até o aeroporto Marco Polo. Como sairei de Veneza de trem não havia necessidade de pagar esse suplemento) .
Só então saí da estação e me deparei com tudo o que vi em filmes a vida inteira! Uma cidade sobre a água! Simplesmente um sonho!


Entrei no vaporetto número 1 com destino ao Rialto e fui fotografando todo o caminho. O dia não estava bonito, fazia frio, ventava um pouco e havia um prenúncio de chuva no ar, mas ainda assim, Veneza parecia tão bonita como em todos os cartões postais que eu já vira. Estar ali, dentro daquele vaporetto, atravessando o Grande Canal rumo ao meu hotel era a certeza de que tudo valera a pena! Todo o planejamento ao longo de tanto tempo, todo o estudo, toda a economia feita para poder viajar, tantas coisas das quais abri mão, tudo e todos que deixei lá no Brasil...sim, estar em Veneza era a certeza de que sonhos podem se realizar e que, às vezes, a realidade é melhor que o próprio sonho!


Chegando na estação Rialto, peguei a Calle Bembo ( que é um beco super estreito) e fui andando até chegar ao hotel que eu havia reservado. O nome dele é “Al Gambero”(calle dei Fabbri, 4687) e é um hotel 3 estrelas a 2 minutos da Piazza San Marco. Fiz o check-in e, tirando o fato de ter de subir 3 lances de escada com minha malinha rosa pesada, me senti muito chique! Tudo é muito limpo, muito luxuoso e bonito. Fiquei encantada com o quarto! É do jeitinho que mostra no site! Lindo! Tem até uma chaleira térmica para esquentar água e eles deixam em uma bandeja café solúvel e chá! Uma graça! Mas o melhor foi o banheiro! Tinha até uma banheira!! o hotel custou 95 euros por noite, mas valeu cada centavo investido! Principalmente porque, ao abrir a janela, me deparo com um Canal e vejo gôndolas passando lá embaixo! Me senti dentro de um filme!!









Depois de curtir um pouco meu quarto, fui passear. Andei alguns metros e lá estava ela: a Piazza San Marco! Linda! Enorme! Do lado esquerdo a Basílica e uma fila enorme para entrar...o lado, a torre do Relógio e em frente, o Campanário! Era ali que eu queria ir no meu primeiro dia em Veneza!







Subi de elevador (8 euros) e lá de cima pude ter a noção exata de como Veneza é encantadora! A cidade parece flutuar na laguna! É mágico! Tirei um milhão de fotos, fiquei um bom tempo observando tudo e, de repente, aquele prenúncio de chuva virou realidade e vi, aos poucos, aquela nuvem cinza se aproximando...foi então que o vento se intensificou e, sem demora, começou a soprar acompanhado de um fina camada de água. Certamente deve ser lindo subir no Campanário em um dia de sol, mas ver a chuva cobrindo a cidade lá de cima foi, em dúvida, inusitado. Poucos turistas já devem ter tido essa visão.








Descemos e, quando cheguei lá embaixo, chovia à cântaros!! Era tanta chuva que, dos gárgulas da Basílica, se podia ver escoar aquela cachoeira! Era uma visão esplêndida! Eu sempre quis ver como seria a água escoando pelos gárgulas e Veneza me deu esse presente! Parecia ridículo, mas eu estava feliz mesmo com a chuva!



Fiquei quase 1 hora no Campanário esperando que estiasse um pouco, afinal eu tinha medo de me molhar e pegar outro resfriado. Assim que deu, saí e a primeira providência foi fazer o que todo mundo estava fazendo: comprar uma capa de chuva!
Parei em um restaurante para almoçar/jantar e esperar a chuva passar de todo. A comida estava ótima. Lasagna!


Ao sair, fui até ponte do Rialto passear um pouco. Vi várias máscaras lindas! Dá vontade de comprar tudo! Veneza é um paraíso para os olhos! Tudo é muito bonito e muito colorido!
Depois de algum tempo começou a chover novamente e resolvi voltar para o hotel, tomar um delicioso banho de banheira e me organizar para passear amanhã.
O que posso dizer até agora é que Veneza flutua entre o sonho e a realidade e eu me sinto em um universo paralelo onde tudo pode ser possível e onde o terreno do onírico se confunde com o terreno do real numa parceria simbólica tornando a cidade o resultado entre a inspiração humana e a divina.

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

Finalmente consegui postar! Atualizando...

Ciao, amigos,
Estou no trem, indo para Veneza e, como tenho algumas horas pela frente, resolvi escrever sobre um passeio que fiz em Milão ao Castelo Sforzesco, que é um local que simboliza a era do Renascimento Dourado. Ele foi construído pela família Visconti para ser uma fortaleza,depois se transformou em Forte Renascentista e depois em residência de nobres. Na época de Napoleão virou um quartel.
O passeio é muito bonito, o castelo tem mesmo uma aura de fortaleza, com muros, torres e o que restou das pontes levadiças...dentro dele existes diversos museus. Visitei o de arte antiga e vi cada coisa linda! Esculturas em pedra feitas em séculos em que o Brasil nem existia ainda! Impressionante!












O passeio demorou umas 3 horas, com calma. Saindo de lá, peguei novamente meu ônibus turístico e fui ver outros pontos da cidade que ainda não tinha passado...



Milão tem muitas Igrejas e uma arquitetura bem interessante. A maioria dos prédios parecem ter sido construídos há século atrás! Há algumas curiosidades como o fato de, de repente, no meio da rua, nos depararmos com um pedaço de ruína que foi preservado...


Há também alguns monumentos engraçados como uma agulha gigante que simboliza a alta costura milanesa...



Um prédio estranho chamado “Torre Velasca”que foi o primeiro arranha-céu construído em Milão...



Um jardim público muito arborizado com um planetário que eu planejava visitar, mas que acabei não tenho tempo...




Milão é uma cidade bonita, mas não tenho vontade de voltar aqui. Aliás, vejo que saí dela no dia certo, pois, pela janela do trem a chuva caía copiosamente! Gostei muito do passeio ao Cenacolo Vinciano, e aconselho a quem planejar vir a Milão, fazer a reserva pela internet, pois vale a pena (se você gostar de pintura, é claro!), mas, de um modo geral, a cidade não tem muitos atrativos e se parece bastante com o Rio de Janeiro (tirando o fato de haver asiáticos e árabes para todos os lados! Agora eu entendo as regras duras da política europeia contra a imigração!) porém sem as belezas naturais da cidade maravilhosa.



Agora estou ansiosa para chegar a Veneza,cidade com a qual sonhei por anos, desde que vi o filme “Um pequeno romance”. Dizem que Veneza é uma cidade que ou você ama, ou odeia, pois ela é muito diferente de tudo o que já se viu. Vou descobrir e espero amá-la ao vivo como a amei por tantos anos no meu imaginário. Que venha Veneza!

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010
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