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Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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domingo, 1 de setembro de 2013

Forte do Leme num dia de sol ( da série "Sendo turista na própria cidade")

Olá, amigos!

Essa semana fui visitar o Forte Duque de Caxias, também conhecido como Forte do Leme por ficar no fim do bairro do Leme, no Rio de Janeiro. Ele foi construído no fim do século XVIII, quando o Brasil, ainda colônia de Portugal, sofria a ameaça de uma invasão espanhola. Naquele época, ele era pequeno e ficou conhecido como Forte da Vigia. Como a invasão não aconteceu no Brasil (e sim no Uruguai, em Colônia do Sacramento), o forte acabou sendo desguarnecido por economia e perdeu sua função. Foi só no fim do século XIX, com a proclamação da República que ele passou a se chamar Forte do Leme e, posteriormente, Forte Duque de Caxias.

vista
 Foi apenas no início do século XX, após a conclusão da obra do Forte de Copacabana, que ele voltou a ser alvo de interesse do governo, contudo esse Forte não teve a mesma importância histórica que seu vizinho e acabou sendo desativado como tal após o início da ditadura militar.
Foi só em 2010 que ele reabriu as portas para visitação, depois de sofrer obras de revitalização.
O Forte funciona de terça a domingo, de 09h30 às 16h30. A entrada custa 4 reais (estudantes pagam meia; idosos acima de 65 anos e criança abaixo de 10 anos entram de graça). É fácil chegar lá de ônibus, basta pegar um que faz ponto final no Leme (190, 472 ou 592) e saltar no último ponto da praia. Dali é só andar alguns metros e já se vê a entrada do forte que é bem sinalizada.
Busto de Duque de Caxias

entrada do Forte
Para se chegar, de fato, ao Forte é preciso subir uma trilha de paralelepípedos que vai beirando a encosta e onde estão algumas esculturas sobre a Via Crucis de Jesus Cristo. Lá  eu fiquei sabendo, através de um filmezinho que é passado dentro do Forte, que alguns peregrinos, em determinadas épocas do ano, usam essa subida como penitência. Não é exatamente uma subida difícil (a não ser que você esteja fora de forma, como eu), mas no calor pode ser um tanto cansativa.
trilha

esculturas da Via Crucis
Essa trilha é numa área de Proteção Ambiental e existem placas explicando sobre a fauna da região. No caminho esbarramos com borboletas lindas, passarinhos, lagartos e muitos micos.

placas explicativas

miquinhos pelo caminho
Ao longo da trilha já é possível ver a bela paisagem que, quando chegarmos lá em cima, será ainda mais bela. Dá para ver a praia de Copabacana, o morro Dois Irmãos e o Cristo Redentor, além de se passear por dentro das instalações do Forte com canhões e antigos aparelhos de medição. É um passeio bem interessante.

entrada do Forte lá em cima

vista do alto do Forte

vista panorâmica

canhões

mapa

praia de Copacabana

antigo aparelho de medição de distâncias
Além disso tudo há também algumas salas onde encontram-se pinturas de várias bandeiras dos estados brasileiros; quadro com o antigo brasão imperial e uma sala em homenagem ao homem que dá nome ao Forte.

bandeiras

homenagem a Duque de Caxias

Corredores do Forte

No fim de tudo, voltamos pela mesma trilha. A única coisa ruim de lá é que não há onde comer. Existe uma máquina para se comprar refrigerante (que só aceita notas de 5 ou 2 reais e moedas),mas nenhum lugar para sentar e comer. Quando descemos, ali ao lado, na praia, existem alguns quiosques, mas acabamos não indo lá e não sei dizer se os preços valem a pena.

a volta
Ir ao Forte do Leme é um passeio que vale a pena para quem quer ter um pouco mais de contato com a natureza e se deliciar com as belas paisagens naturais que o Rio de Janeiro tem a oferecer. Recomendo!
Até Breve!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

A Nova Rodoviária Novo Rio (da série "Sendo turista na própria cidade")

Olá, amigos!

A Rodoviária Novo Rio, no Rio de Janeiro, já foi bem ruim. Houve um tempo em que ela estava mais para um simples terminal de ônibus que propriamente para a principal Rodoviária de uma cidade tão grande como o Rio. Porém, isso mudou há alguns anos, quando ela foi revitalizada e passou a ter uma cara mais hospitaleira e, por que não dizer, até agradável.
Fui buscar um amigo lá um dia desses e pude ver que, agora, a Rodoviária da minha cidade conta com serviços mais dignos para o turista.
Para começar, no desembarque, logo embaixo da escada rolante, há um novo e grande posto de informações Turísticas, com funcionários simpáticos e bilíngues e material informativo de qualidade, tanto em português como em inglês. São mapas; informativos sobre as linhas de ônibus e metrô; dicas de o que fazer na cidade, tudo em um guia completinho que tem edição mensal. Ponto para a Riotur!
Fiquei muito feliz em ver que a Novo Rio agora tem esse tipo de serviço para fazer o turista se sentir mais acolhido e menos perdido ao chegar à cidade.

Posto de Informações Turísticas embaixo da escada rolante

Funcionários simpáticos dispostos a ajudar

Guia mensal informativo

mapa


Placas espalhadas pela Rodoviária
Além disso, a Rodoviária  possui também caixas eletrônicos de diversos bancos (Itaú, Bradesco, Santander e Caixa Econômica); várias lojas de roupa; doces; souvenirs, bancas de jornal; uma agência dos correios; uma casa de câmbio e um guarda-volumes. Há ainda duas praças de alimentação com algumas lanchonetes bem conhecidas como Spoleto e Girafa's. Também é possível ver muitos guardas, alguns são seguranças da própria Rodoviária, outros são da Polícia Militar.
A maioria dos balcões das Companhias de ônibus está localizada na parte de cima, mas é possível comprar as passagens com antecedência pela internet no site da Rodoviária (www.novorio.com.br) e pelos corredores é possível ver telões com os principais horários de embarque e desembarque.
Telões para conferir o embarque e o desembarque
Para quem, como eu, presenciou uma Rodoviária decadente há menos de 5 anos atrás, é muito bom poder me orgulhar dela agora. O único grande problema da Rodoviária Novo Rio continua sendo o acesso por transporte público. Na saída do desembarque há alguns balcões de táxi que cobram preço fechado para a corrida. Claro que é possível conseguir um táxi na rua, a preço de taxímetro, contudo, diante das obras que estão acontecendo ao redor da Rodoviária por causa do chamado "Porto Maravilha", essa tarefa é um pouco mais complicada já que é preciso ir para o meio da rua com malas e aquela não é uma região muito segura, especialmente à noite.
Para quem quiser sair de ônibus municipal, existe o terminal Padre Henrique Otte, que fica na rua à direita de quem sai do desembarque, dentro de um antigo galpão. Ali há diversas linhas de ônibus que atendem principalmente à Zona Sul e à Zona Central do Rio de Janeiro, contudo há o ônibus 353 que vai para a Zona Norte (Praça da Bandeira; Maracanã; Vila Isabel) e faz ponto final em Jacarepaguá, na Cidade de Deus. Como existem muitos fiscais nesse terminal, pode-se perguntar a eles qual seria o melhor ônibus para atender às suas necessidades.

Espaço de Convivência criado para a Jornada Mundial da Juventude, mas que promete permanecer

Infelizmente a Rodoviária ainda não possui uma estação de metrô (e parece que isso não acontecerá tão cedo, visto que não faz parte dos planos para as obras da prefeitura e do Estado até 2016, quando o Rio de Janeiro vai abrigar as Olimpíadas) e isso dificulta bastante, contudo creio que ela já melhorou muito e, dependendo de onde você vem e para onde você vai no Rio de Janeiro, às vezes pode ser mais fácil sair da Rodoviária que do Aeroporto.
Creio que a Novo Rio ainda pode melhorar muito e assim que terminarem as obras que acontecem em seu entorno, voltarei aqui para contar.

Até Breve e Boa Viagem!

Em tempo: Este blog não recebeu nada para fazer propaganda da Rodoviária, apenas estou orgulhosa de ver as melhorias aparecendo na minha cidade, portanto este post NÃO é patrocinado!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Uma viagem no tempo!

Olá, amigos!

Já postei algumas vezes nesse blog sobre Conservatória, um distrito do município de Valença onde todas as sextas e sábados à noite acontece uma serenata pelas ruas. Amo esse lugar! É certamente meu pedaço de paraíso e no último fim de semana, após 2 anos de muita complicação amorosa, finalmente voltei ao meu porto seguro! Voltei ao único lugar no mundo capaz de recarregar minhas energias e levar embora todos os meus problemas! Como eu amo aquelas ruas de pedra, aquela paisagem bucólica, aquela cidadezinha minúscula que até bem pouco tempo nem agência de banco tinha!


Dessa vez fui em família, além de levar também uma amiga para conhecer esse paraíso. Foi um fim de semana maravilhoso! Chegamos sexta, de ônibus. Ficamos na Pousada Jara, bem em frente à praça Matriz, aliás, foi a primeira vez em 11 anos que mudei de pousada! E não me arrependi! Essa também é excelente. Embora a Pousada Martinez tenha um delicioso chorinho cantado pelo Ronaldinho do Cavaquinho, ao vivo, no café da manhã, a Pousada Jara me surpreendeu pelo tamanho dos quartos e pelo maravilhoso café da manhã e lanche da tarde.

Sexta-feira à noite choveu. Mas isso não nos impediu de ir à Casa da Cultura encontrar os seresteiros e vivenciar momentos de muita felicidade ao som de belas canções. Foi uma seresta bem intimista, com várias pessoas de fora da cidade cantando. Gostei muito! E embora não tenha havido serenata, o dia foi extremamente agradável!


Sábado amanheceu um lindo sol! Não aconteceu a tradicional música na galeria da vila antiga pois as chuvas que afetaram o estado do Rio de Janeiro impediram que os seresteiros de Campos viessem. Ainda assim o dia foi gostoso. Passamos na "Casa do Poeta" onde o Moa nos recitou poemas emocionados e emociantes. Esse é um cantinho especial em Conservatória, lugar que todo visitante deve ir sem pressa, só para saborear as belas declamações do Moa. É lindo ver alguém que ama tanto a poesia e a recita de forma tão linda! Sem passar na "Casa do Poeta" uma visita à Conservatória não é completa!
E São Pedro resolveu mandar a chuva mais cedo. Resultado: na hora da seresta não tinha mais chuva! Fomos novamente à Casa da Cultura que estava lotada e cantamos, cantamos, cantamos...espantando todos os males possíveis!
Às 23h, hora de nos reunirmos em frente ao ex-museu da seresta e sairmos em serenata! Linda! Repleta de pessoas que nunca tinham estado em Conservatória e de pessoas habituadas ao lugar. Todas cantando em uma só voz. Lindo demais! E para nos brindar estavam lá o famoso seresteiro Mário Caldas, que canta "Cavalgada", de Roberto Carlos, como ninguém! Adoro aquela voz e adoro mais ainda ver o amor dele e da esposa. Como é lindo ver pessoas que se amam de verdade e há tanto tempo! Aliás, sempre que volto à Conservatória eu lembro que o amor existe e que é possível! Toda a minha desesperança se vai, dando lugar à crença de que se pode sim ser feliz no amor!
Durante a serenata, a lua cheia linda estava nos observando lá do alto! Foi tão maravilhoso! Aliás, fazia tempo que eu não me sentia tão bem, tão leve, tão feliz!


Conservatória tem esse dom: toda vez que eu vou lá, volto melhor!  E sei que não sou apenas eu. Na verdade, Conservatória tem uma magia que o visitante tem que vivenciar, sem isso, não é possível se apaixonar pela cidade. E uma vez se apaixonando, a gente quer voltar sempre e sempre! É como uma viagem no tempo! Um lugar perdido entre o passado e o presente, um momento de encanto que dura um fim de semana mas que permanece indelével na memória!


Após a "solarata", que acontece aos domingos 10h30, voltamos para o Rio cantarolando no ônibus aquelas músicas dos compositores locais que só aprende quem frequenta Conservatória, quem se apaixona por Conservatória e quem faz de Conservatória seu pedacinho de céu!

Até Breve!

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2012

sábado, 27 de março de 2010

Conservatória, meu amor

Olá, amigos!

Sei que ando meio sumida e não posto há algum tempo, mas andei meio sem vontade de escrever depois do término da minha última relação amorosa (?)...enfim, passada a tempestade, veio a bonança! E veio em forma de viagem!
Resolvi comemorar meu aniversário em um dos lugares que mais amo: Conservatória!
Ganhei a viagem de presente e no dia 5 de março, sexta-feira, embarcamos eu, minha mãe e minha tia rumo aquele pedacinho do céu!

Essa viagem foi diferente de todas as outras que eu já fizera antes (acho que já fui umas 10 vezes a Conservatória) pois dessa vez eu estava sem carro! E fomos até lá de ônibus! Eu descobri que existe um ônibus direto que sai da Rodoviária Novo Rio, mas ele só sai às 20h15 de sexta-feira (é o único horário!!) e como eu não queria perder a seresta e a serenata de sexta à noite, tive que arrumar outro jeito de ir pra lá.
Pesquisei, pesquisei (viva a internet!) e descobri que a Viação Normandy nos levaria até Barra do Paraí e, de lá, pegaríamos outro ônibus até Conservatória. Pois bem. O processo foi simples:
Chegamos na Rodoviária na sexta de manhã e compramos a passagem para Barra do Piraí por R$ 34,00. Aproveitamos e já compramos a volta também! Há um ônibus direto de Conservatória para o Rio que sai aos domingos às 16h. Esse custou R$ 30,00.

A viagem até Barra do Piraí demorou umas 2h30, com direito a uma paradinha de 10 minutos em Piraí (cuidado pra não descer no lugar errado! A primeira parada é em Piraí e não em Barra! E é apenas para desembarque). Ao chegarmos no nosso destino, atravessamos a pequena rodoviária e compramos o bilhete para Conservatória pela Viação Barra do Piraí ( o nome é pomposo, mas é um ônibusinho bem comum. Quem tem passagem comprada, entra pela porta da frente, mostra a passagem ao motorista e senta no lugar marcado, quem não tem a passagem e vai pagar direto com o trocador, entra pela porta de trás) e esperamos que ele conseguisse atravessar o trânsito caótico da cidade (é incrível como certas cidades pequenas têm tráfego de cidade grande!) e nos acomodamos, pois a viagem demoraria mais 1h.
Enfim, chegamos a pequena rodoviária de Conservatória, que não mudou nada (que bom!) e que fica quase em frente ao local onde sempre nos hospedamos: A Pousada Martinez.
Só em respirar o ar de Conservatória parece que os pulmões já percebem que há algo diferente; a oxigenação do cérebro melhora e, incrivelmente, os problemas do dia a dia somem, como num passe de mágica!
Passeamos pela praça da cidade, pela rua que vem e pela rua que vai (já mencionei nesse blog que Conservatória só tem duas ruas, né?), fomos à belíssima Casa do Poeta, onde o Moa continua nos recebendo com o carinho de sempre e seus lindos versos! Passeamos, passeamos, passeamos e descobrimos, com alguma tristeza, que o Museu da Seresta foi fechado pela defesa civil. Agora os seresteiros se encontram na Casa da Cultura, que fica perto da Igreja, ao lado do cine-teatro e da escola Estadual. A seresta daquela sexta estava lotada, mas São Pedro não estava de muito bom humor, pois chovia a cântaros lá fora! Na hora de sair para a serenata (23h) os seresteiros foram e até tentaram sair cantando pela cidade, como costumam fazer, mas debaixo de chuva ficava impraticável!
Voltamos para a pousada com a sensação de que, interditando o Museu da Seresta, o movimento ficou meio órfão. Parece que nem todos os seresteiros aderiram à ideia de cantar na casa da Cultura...sentimos falta de algumas figuras ilustres de Conservatória, mas tínhamos a esperança de que no sábado tudo voltaria ao normal...
Acordamos cedo e fomos tomar café da manhã esperando encontrar o que sempre encontramos: música! Qual não foi a nossa surpresa quando descobrimos que naquela manhã não tinha nem o Ronaldinho do Cavaquinho, nem o Pedro Quinane e nem o Dehon alegrando nossa manhã...
É, Conservatória parecia sutilmente diferente das outras vezes...e eu começava a me incomodar com isso, afinal, ali é o meu paraíso!
Saímos para umas comprinhas e um passeio pela cidade. As mesmas lojas, a mesma hospitalidade, música pelas esquinas...É, parece que nem tudo está tão diferente assim. Ainda há uma esperança!
Resolvemos conhecer a tal Casa da Cultura, afinal, ela tem um acervo e não é só ponto de encontro dos seresteiros.
Há belas esculturas...


...um quadro dos irmãos José Borges e Joubert...

...aparelhos de som bem antigos...
...até um fuso, igual ao da Bela Adormecida...

Fomos para a pousada descansar e eu acordei com o barulho da chuva lá fora...o céu caia em forma de água! Chovia muito e, naquele momento, tive a sensação de que a serenata daquela noite estava definitivamente cancelada. Mas como somos brasileiras (e não desistimos nunca!), nos encaminhamos à casa da Cultura, quando a chuva deu uma trégua.
Só tínhamos nós! Durante mais de 30 minutos ficamos lá, só nós, e um casal de senhores cujo marido canta na seresta. Só lá pelas 21h15 as pessoas foram chegando timidamente...e lá pelas 22h o local estava cheio e a seresta aconteceu lindamente! Mais linda ainda porque descobrimos que há um novo movimento na cidade que ensina os jovens a tocar alguns instrumentos para que a serenata não morra! Achei lindo! Meninos muito jovenzinhos, com uns 12 a 14 anos, já conhecendo música boa e tocando lindamente! Dava gosto de ver!


Lá pelas 23h São Pedro deu uma trégua e saímos em serenata! Foi tão bonito! Como eu gosto de estar lá! Como aquele lugar me faz bem! Cantamos durante quase duas horas! Depois dormimos leves e felizes! No dia seguinte, surpresa! Tinha música no café da manhã! Estavam lá o Ronaldinho do Cavaquinho e o Dehon! Foi ótimo! Apesar de eu já conhecer as histórias deles há anos, adoro ouvi-los pela manhã. Faz bem pra alma!
Depois, saímos para a Solarata, um movimento um pouco diferente da serenata, não apenas pelo horário, mas pelo tipo de música que é tocado. Na solarata vale todo tipo de música (boa, que fique claro!) desde Vicente Celestino até Zeca Pagodinho! Foi divertido!
Almoçamos no Dó, Ré, Mi um escondidinho de aipim com carne seca que era dos deuses! Melhor só o da minha tia!
Fizemos check-out na pousada e pegamos o ônibus ali em frente as 16h. Três horas depois estávamos na Rodoviária Novo Rio.
Vivi um Fim de semana maravilhoso, em um lugar maravilhoso, com pessoas maravilhosas! E percebi como é simples ser feliz! Por que o ser humano complica tanto?

Até breve!

VIAGEM REALIZADA EM MARÇO DE 2010

Em tempo: Voltei a Conservatória em 2013 e a não é mais a viação Normandy e sim a viação Útil que faz o trajeto até lá. 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Viagenzinha à Paquetá (Sendo turista na própria cidade)

Olá, amigos!

No último carnaval, tudo o que eu queria era paz! Queria fugir do burburinho e da confusão da minha rua, onde há uma quadra de escola de samba do Grupo especial do Rio de Janeiro, então eu e meus amigos fomos passear em Paquetá, uma ilha que fica na Baía de Guanabara, a 1h10 do Centro do RJ.
O dia amanheceu chuvoso e até pensamos em desistir do passeio, mas havíamos combinado esse piquenique há mais de um ano e, da última vez que tentamos, nos frustramos por não termos conseguido ir. Então decidimos que uma chuvinha não nos deteria! Pegamos a barca na Praça XV as 10h30 da manhã (4,50 reais a passagem de ida) e concordamos em fazer desse um passeio verdadeiramente delicioso!
Esses aí embaixo são meus amigos na barca. Fizemos uma baguncinha na proa da barca...

...passamos por baixo da Ponte Rio-Niterói que tem 14 km de comprimento e 36 anos de construção...



...e finalmente chegamos à ilha de Paquetá, que tem apenas 400 habitantes fixos, mas que pode chegar a 3000 pessoas nos fins de semana e feriados prolongados...


Logo que chegamos, fomos ao Parque Ecológico de Paquetá, um belo parque com entrada grátis que fica na ponta esquerda da ilha. Ali sentamos em alguns bancos e fizemos nosso piquenique...e, claro, tiramos fotos! Aliás, o lugar, apesar do dia estar nublado, era lindo! E valia a pena tirar fotos com aquele belo cenário ao fundo...
Após a comilança, tínhamos que gastar aquele monte de calorias ingeridas, então resolvemos andar pela ilha. Andamos, andamos e andamos! Não satisfeitos, resolvemos fazer uma pequena trilha que leva a um belo mirante, muito usado pelos namorados. Subimos e apreciamos a linda vista...





Depois que descemos do mirante, continuamos passeando para ver outros pontos turísticos de Paquetá, como a estátua de golfinhos...


...que fica bem em frente à casa que pertenceu a José Bonifácio, o patrono da Independência...


...outro lugar muito bonito foi um caramanchão de pedra que encontramos pelo caminho...


...Há também pedalinhos em forma de cisne para quem quiser se aventurar a pedalar nas águas na Baía de Guanabara. Pessoalmente, eu não aconselho, a não ser que seu sonho de consumo em uma viagem seja voltar para casa com hepatite. Mas que os pedalinhos são lindinhos, isso são!



Foi em Paquetá que Joaquim Manoel de Macedo ambientou seu famoso livro "A moreninha" (que também virou novela da Globo). E assim como a catedral de Notre Dame ficou famosa pelo corcunda Quasímodo ou as ruas de Verona ficaram famosas por serem o cenário dos apaixonados Romeu e Julieta, Paquetá também tem seu local famoso, que salta da literatura para a realidade e que é conhecido como "A pedra da Moreninha", onde a protagonista Carolina espera pelo seu amado Augusto. O autor explica, no livro, a origem de uma fonte de águas cristalinas que teria existido ali até o século XIX. É uma história baseada em uma lenda indígena e também conta a origem do local que é hoje conhecido como "O túnel do Amor"...



...passando por esse pequeno e estreito túnel chega-se à praia conhecida como "Praia da Moreninha"...


...ao lado há uma pequena trilha (mais uma! Pra quem não gosta de trilhas, duas no mesmo dia está de bom tamanho!) que leva ao topo da pedra...



...mas só se chega ao topo, de fato, depois de passar por uma sinistra ponte de madeira que, pelo estado em que se encontra, deve ser do tempo que Joaquim Manoel de Macedo escreveu o livro. Enfim, depois do sacrifício, a vista vale a pena!...




Depois dessa meia-maratona de subidas e descidas, ainda nos faltava ver metade da ilha (e eu que achava que ela era pequena...), então resolvemos fazer um passeio de charrete (50 reais para 40 minutos de passeio. O preço é por passeio e não por pessoa!), aliás, um dos poucos meios de transporte que existem por lá. Ela só compete com o cavalo e a bicicleta, já que carros e ônibus não existem na cidade.
Descobrimos alguns lugares interessantes, com casinhas singelas de varandas floridas...



...pracinhas arborizadas com mesas para jogar damas...



...um cemitério de pássaros...


...e a lenda do baobá, que é uma árvore centenária apelidada de "Maria Gorda". Diz a lenda:
"Sorte por longo prazo
a quem me beija e respeita
Mas sete anos de atraso
a cada maldade a mim feita"


Achamos a cidade toda muito bucólica e interessante, ótima para o passeio de uma tarde, principalmente porque o dia estava relativamente fresco e pudemos passear bastante sem nos cansar muito.


Ás 17h30 há uma barca de volta e foi essa que pegamos. O dia foi muito divertido! É muito bom poder passar um dia feliz com pessoas que eu amo e que sei que me amam também. Amigos são um bem precioso na vida e Deus me brindou com alguns muito especiais! Afinal, amigos são os irmãos que escolhemos!

Até breve!

VIAGEM REALIZADA EM FEVEREIRO DE 2010
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