Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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quinta-feira, 21 de abril de 2016

A Sevilha de João Cabral agora é minha também!

Hola, amigos!
Desculpem por toda essa ausência. É que ando meio sumida por conta dos novos rumos da minha vida, mas voltei para continuar a narração da minha viagem.
Saí de Madri após o café da manhã. Na estação Atocha-Renfe peguei o AVE em direção a Sevilha, capital da região da Andaluzia. São 2h30 de viagem em um trem bastante confortável. Viagem bem tranquila e céu azul lá fora. Ao chegar na estação Sevilha-Santa Justa (que é bem simpática), peguei a saída central. Bem em frente, passando o estacionamento, há um ponto de ônibus, onde peguei o ônibus 32 em direção a Plaza del Duque. Essa praça é o ponto final e são mais ou menos 15 minutos até lá, passando por ruelas estreitas, outras nem tanto e alguns lugares que eu já havia visto em fotos. Eu estava me encantando, pouco a pouco, por Sevilha mas ainda não tinha me dado conta.


Fiquei hospedada em um hostel chamado Nuevo Suizo, na calle Azofaifo, que é, na verdade, um bequinho sem saída, transversal a calle Sierpes. Super fácil de chegar a partir da Plaza del Duque.  Fiquei em um quarto individual com banheiro e gostei muito da decoração do albergue. O melhor é que o recepcionista era brasileiro e carioca, como eu.
Depois de me instalar, resolvi passear para reconhecer a área. E a cada passo que eu dava, era uma foto nova; a cada nova rua, um novo encantamento. Que cidade linda!!! Eu jamais imaginei que fosse amar tanto uma cidade, arquitetonicamente, como eu amava Veneza, mas ali em meio a laranjeiras, a construções de mais de 600 anos, a tantas culturas e religiões misturadas e, ao mesmo tempo, tão harmônicas, eu não pude conter o sorriso e as lágrimas. Estava apaixonada!


E como se só a arquitetura não fosse suficiente para me deixar feliz, andando pelas ruas, ainda dei de cara com um casal fazendo um pequeno show de flamenco na rua. Que delícia ver aquele espetáculo sentada ali no meio fio, numa tarde de inverno, com céu azul e sol! Pois é, sol! Porque, de todas as cidades que visitei nessa minha viagem, Sevilha era a mais quente. Fazia uns 15 graus, o que é  considerado bem alto para janeiro na Europa.




Depois de rodar umas 3 horas pelas ruas coloridas da cidade, resolvi almoçar em um dos pequenos restaurantes que rodeiam a catedral. E  naquele momento, sentada em frente à belíssima Catedral com sua Giralda, ouvindo um violão doloroso e solitário ao fundo, compreendi a frase de João Cabral de Mello Neto: “No hay que cilvilizar el mundo, hay que sevillizar el mundo!”


VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2016

terça-feira, 1 de março de 2016

Uma deliciosa volta à bela capital da Espanha

Hola, amigos!
Saí de Nîmes pela manhã, peguei um trem e 5h30 depois eu estava descendo na estação Atocha em Madri. Fiquei em um hostal chamado Maria Luisa, numa rua transversal a Gran Via e bem pertinho da estação de metrô de mesmo nome.  Foi fácil chegar de metrô, já que eram apenas 5 estações desde a estação Atocha Renfe. Sem precisar de baldeações, o que facilita muito quando se está de mala, contudo, minha mala não está leve e foi complicado subir algumas escadas no metrô com ela.  Saí do metrô e adivinhem? Estava chovendo! Pois é...em viagens temos que lidar com alguns imprevistos. Ainda bem que eu estava com meu casacão impermeável já que usar guarda-chuva seria impossível carregando mala, mochila e bolsa.
O hostal era perto e não tive de andar muito tempo na chuva. Ele tinha elevador, mas para chegar lá era preciso subir 2 ou 3 degraus com a mala. A moça que me recebeu era bem simpática e o pagamento é feito na chegada. O quarto era grande, com cama de casal, embora eu tenha reservado um quarto individual, ar condicionado (que obviamente não usei), TV com vários canais, frigobar e banheiro no quarto. O único inconveniente era a calefação que era ligada e desligada pelo pessoal do hostal. No quarto não há controle sobre isso e passei frio em algumas horas da noite. Mas se não for inverno, acho que é uma boa alternativa de hospedagem já que a localização é maravilhosa! A região é cheia de lojas, restaurantes, bares, mercados (tem um Carrefour a uns 20 metros do hotel), tem metrô e ônibus e dá para ir a pé a vários pontos turísticos da cidade. Passei apenas 3 noites em Madri, pois eu já conhecia a cidade, mas foi um retorno bem agradável já que vi uma Madri diferente dessa vez.
Nos dias seguintes, a chuva parou e um lindo céu azul se abriu sobre a cidade. Aproveitei pra passear um pouco e ver lugares bem lindos já que Madri  é uma cidade de belos prédios, com ruas largas e alguns monumentos bem bonitos.  Fui rever alguns lugares onde eu tinha estado em 2011 como a Plaza Mayor e a Puerta del Sol.

Plaza Mayor ao anoitecer

Pôr do sol na Puerta del Sol
Fui ao Museu Thyssen-Bornemisza numa segunda-feira à tarde pois nesse dia a entrada é gratuita (nos outros dias custa 10 euros). Esse museu é lindo! Com acervo enorme e riquíssimo! Muitas e muitas salas de tirar o fôlego em seus 3 andares. Realmente, para quem gosta de arte, é um museu imperdível! E dentro dele há um café que tem um cardápio variado e não muito caro. Vale a visita.
Outro lugar bem interessante de visitar em Madri é o Mercado San Miguel, um lugar delicioso, onde podemos comer lá mesmo ou comprar algo para comer depois ou ainda comprar frutas e legumes. Tudo com qualidade excepcional e bem gostoso, além de bonitos.

Entrada do museu

Quadro de Ghirlandaio



Mas, sem dúvida, o lugar mais interessante e bonito que fui dessa vez foi a Plaza de Toro de las Ventas. É a arena, onde, até hoje acontecem touradas. É super fácil de chegar lá. Basta pegar o metrô e saltar na estação Ventas. Subindo a escada já se dá de cara com a Plaza. Uma arquitetura belíssima, de tirar o fôlego mesmo! 



O  ingresso custa 14 euros e a gente recebe um áudio guia que vai nos explicando tudo lá dentro. É bem bacana. Eles contam a história da arena e de seus mais famosos toureiros como Belmonte e Manolete. Eu não sou contra e nem a favor das touradas. Acho que cada país tem sua cultura e não cabe a mim, que nem faço parte daquele lugar, julgar qualquer coisa. Gosto de conhecer as diferentes culturas e de tentar entendê-las dentro das possibilidades que minha realidade permite, porém, nunca se apreende de todo a cultura de um lugar onde não nascemos e onde não fomos criados.  De qualquer modo eu fiquei bem emocionada ao entrar naquela arena onde tantos touros e toureiros foram mortos.

Fiquei muito encantada com a arquitetura do lugar, toda em estilo mourisco e muitíssimo bem conservada, tanto interna como externamente. No fim de tudo há um museu taurino, com quadros e roupas de toureiros, inclusive uma cheia de sangue do Manolete , um toureiro bem famoso que morreu ali.


Na área externa da arena, há uma estátua em homenagem ao médico Dr. Fleming, o descobridor da penicilina, já que essa descoberta possibilitou a cura de muitos toureiros que, antes, morreriam devido às bactérias passadas pelos chifres dos touros e não pelas chifradas em si.


Para quem é consumista, ali mesmo na Gran Via, perto do metrô, tem uma enorme loja da Primark, que é uma espécie de loja de departamentos com tudo o que se pode imaginar em termos de roupas, sapatos, acessórios, maquiagem e outras coisas mais a um preço incrivelmente barato! Acho que são 5 ou 6 andares! Enfim, se você vai em época de “rebajas”, leve uma mala extra (ou compre uma ali mesmo na Primark) porque você vai precisar!
E para coroar essa minha estadia que foi tão agradável em Madri, eu tinha que voltar ao Churros San Ginés, uma loja onde os churros finos e sem recheio são servidos com uma xícara de chocolate meio amargo daqueles grossinhos. A gente molha o churros no chocolate e come! É delicioso!!!



Gostei muito de ter voltado a Madri dessa vez. A cidade é linda, tem uma energia boa e pude conhecer alguns lugares onde eu não tinha conseguido ir em 2011.

Até a próxima!  

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2016

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Arles, um bate e volta bem interessante a partir de Nîmes.

Bonjour, amigos!
Um dos passeios que fiz quando estava em Nîmes foi um bate e volta até Arles, uma cidade da região da Provence que, assim como Nîmes, também foi construída na intenção de reproduzir Roma.  Essa foi a cidade que Van Gogh escolheu para pintar mais de 300 telas, incluindo os famosos girassóis. O centro histórico de Arles ainda possui partes da muralha que cercava a cidade. Suas ruazinhas são estreitas e bonitinhas.
Saí cedo de Nîmes, peguei um trem e em menos de 30 minutos eu estava em Arles. A estação de trem não fica longe do centro da cidade, mas caso esteja chovendo ou você não queira andar, pode pegar um micro ônibus vermelho no ponto em frente à estação que ele te deixará bem no meio da cidade e o melhor: é de graça!
Ponto de ônibus em frente à estação de trem de Arles
O primeiro lugar onde fui foi, logicamente, as Arenas, o anfiteatro onde, em tempos antigos, cerca de 20 mil pessoas assistiam às lutas de gladiadores e até hoje assistem às touradas que, em Arles, tem a característica de não matar o touro no final. Funciona todos os dias de 10h às 17h e o ingresso custa 6 euros já com o audioguia incluído. Ela está bem mais bem preservada que as Arenas de Nîmes.
Dali passeei um pouco pelas ruas, fotografando a cidade e me dirigi às Termas de Constantino (ingresso a 3 euros. Funciona de 10h às 16h30). Elas ficam às margens do rio Reno e eram as termas do palácio do século III d.C. É bem grande e há explicação com desenhos no local para que a gente tente imaginar o que era o quê.

Arenas

Arenas




Pelas ruas de Arles

Cidade deserta no feriado




Termas de Cosntantino

Termas de Constantino

Ruazinha fofa ao lado das Termas 
 De lá fui até a Place du Forum, onde fica o Café Van Gogh. Este era um café que ele frequentava e que pintou em um de seus quadros. Hoje o café leva o nome do pintor. Eu até pensei em comer algo lá, mas como todo lugar famoso, tudo lá era bem caro e desisti, apenas tirei muitas fotos e preferi comer em uma creperia que encontrei quando estava indo para a gare.

Café imortalizado por Van Gogh em sua tela
Existem outras atrações em Arles, mas como eu fui lá no dia 06 de janeiro e nem me atinei que era dia de Reis e que os franceses têm essa data como feriado, muitos lugares estavam fechados.  Mas no blog da minha amiga Renata Inforzato, que passou alguns dias lá, há muitas dicas de o que fazer para quem quiser conhecer melhor a cidade. É só acessar: http://diretodeparis.com/category/franca/provence-alpes-cote-dazur/provence/arles/

Até a próxima! 

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2016

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Nîmes: A Roma francesa

Bonjour, amigos!
Depois de uma semana em  Paris, peguei um trem para Nîmes, uma cidade na região de Languedoc-Roussillon, sul da França. Essa foi uma cidade colonizada pelos romanos há mais de dois mil anos e teve seu apogeu na época do imperador Augusto, ficando conhecida como “a Roma francesa”.
Fiquei em um apart-hotel da mesma rede Adagio, aquela que fiquei em Paris. Fica bem ao lado da estação de trem e é excelente! Quarto grande, vidro duplo na janela para evitar barulhos, chuveiro bom, calefação excelente e cozinha muito bem equipada! Tem um Carrefour bem ao lado e dá para ir a pé ao Centro Histórico. Porém, andar a pé em Nîmes não é muito agradável pois o piso da cidade é todo de pedrinhas e elas machucam o pé.   

Catedral de Nîmes
Há vários prédios que ainda mantêm a arquitetura daquela época romana como o Palácio da Justiça e a Maison Carré,  este foi um templo construído no século I a.C. e é o único templo do mundo  totalmente preservado. No interior do prédio é projetado um filme (em francês, com legendas em inglês) contando os principais fatos da cidade desde sua fundação. Funciona todos os dias de 10h às 13h e de 14h às 16h30 e o ingresso custa 6 euros.
 
Palácio da Justiça

Maison Carré

Maison Carré
Outro lugar da época romana são as Arenas, uma espécie de “coliseu” que funciona todo dia de 10h às 17h. O ingresso custa 10 euros (há também um ingresso combinado com a Maison Carré que custa 12 euros e vale a pena).  Acomoda 20 mil pessoas e até hoje acontecem touradas lá.  No momento as Arenas estão sendo restauradas (até porque, está precisando mesmo!) e a previsão é de que tudo fique pronto em 2025. Na frente dela há a estátua de um toureiro nimense e, como era início de ano, havia também uma roda gigante de um parque que foi montado para o natal e ano novo.




 Outro local com influência romana é o Jardin de la Fontaine, um parque construído no século XVIII em torno de uma fonte onde, na época romana, eram as termas. Foi o primeiro jardim público da França e, embora mal cuidado, ele é muito frequentado pelos habitantes da cidade para fazer exercícios. Vi muita gente correndo e fazendo ginástica lá.
Portão de entrada do Jardin de la Fontaine

A fonte que dá nome ao parque

Dentro desse parque há vestígios do que foi o Templo de Diana, que é do século II a.C.

Vestígios do Templo de Diana

Subindo muitas escadas também se chega  à Torre Magna, mas eu não fui até lá pois, no dia que fui ao parque, estava chuvoso e fiquei com preguiça.  Esse, inclusive, foi o mesmo motivo que me fez descobrir o ônibus que passava lá, já que eu não queria ir a pé. Há um ponto de ônibus bem em frente às Arenas e ali eu peguei o ônibus C (passagem= 1,30 euros) e saltei no terceiro ponto bem ao lado do Parque.
Outra atração que visitei em Nîmes foi o Museu de Belas Artes. Um museu pequeno, mas muito bem cuidado (ao contrário do resto da cidade) e com um acervo bem interessante.

mosaico romano dentro do museu de Belas Artes
Como fiz a maioria das minhas refeições no apart não posso indicar restaurantes, mas existem vários espalhados pela cidade e a comida não é cara.
Minha impressão sobre Nîmes é que ela não é exatamente uma cidade turística e, por isso, não é tão bem cuidada como outras da região. É bonitinha, tem uma arquitetura bacana ,mas andar nela não é fácil por causa do piso. A boa notícia é que muitos lugares da cidade estavam em reforma, o que significa que daqui a alguns anos ela vai estar bem mais cuidada e com os monumentos limpos.
Contudo, há uma coisa muito linda  nessa região da França  e que pude aproveitar bastante em Nîmes: a cor do céu! Não é à toa que os pintores impressionistas ficavam loucos com o sul do país. O céu é de um azul lindo! E no pôr do sol ele ganha cores maravilhosas! Posso imaginar que na primavera seja um deslumbre pois no inverno já era assim:




É isso, amigos. Desculpem pelo post longo, mas é que eu quis resumir tudo o que fiz nos 5 dias em que passei em Nîmes, já que a cidade não me encantou, apesar dela ter um valor histórico realmente impressionante.
Até a próxima!

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2016

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Uma França menos fria, mas ainda assim muito fria para mim

Bonjour, amigos!

Faz tempo que não dou as caras por aqui, né? É que passei um tempinho sem viajar, mas agora, cá estou para contar minhas aventuras em terras francesas nesse inverno louco que tem feito por aqui. Pois é, sei que no Brasil, especialmente na minha cidade maravilhosa, tem feito um calor senegalês, mas aqui no hemisfério norte as coisas não estão muito diferentes, não. Guardadas as devidas proporções, é claro. Aqui é inverno e a temperatura deveria estar girando por volta de zero grau, por aí, mas com o tal do fenômeno El Niño, a coisa aqui tá girando em torno dos 7, 8 graus, o que é bem quente pra essa época do ano. Todos os jornais tem comentado o inverno ´ameno`. Contudo ainda é muito frio pra essa blogueira que vos escreve. Descobri que não sei administrar a dinâmica do frio: primeiro você se encapota toda pra sair (duas calças, meia, duas blusas, casaco, echarpe, gorro, botas), daí, em qualquer lugar que vc entra tem calefação, o que faz com que vc ou cozinhe com esse monte de roupa ou tenha de tirar metade e ficar carregando, o que dificulta para tirar fotos já que as mãos ficam ocupadas. Admiro quem consegue se adaptar a essa dinâmica, mas eu administro bem melhor o calor, apesar de  não gostar dele. Na verdade, o ideal seria viajar em temperaturas medianas, nem excesso de frio e nem excesso de calor.
Mas, enfim, essa viagem foi feita no inverno e vou ter de aturar esse tira e bota de roupa até o fim, mas vamos ao que interessa: Paris!
Claro que a cidade estava linda como sempre, porque, cá pra nós, o inverno tem seu charme, com suas árvores nuas e aquelas paisagens com cara de renovação.

Dessa vez eu fiquei num apart-hotel chamado Adagio Access. É uma rede de aparts que existe por toda a França. Em Paris existem vários, mas como eu fui para passar a virada do ano, os hotéis mais próximos do centro  estavam bem caros, então optei por ficar em uma cidade limítrofe chamada Charenton le Port. O apart fica exatamente na divisa entre Paris e essa cidade e é servido por 2 metrôs : estação Charenton le port e estação Liberté. Ambos a mais ou menos uns 5 a 10 minutos a pé. Também tem ônibus que vai pra lá, o que é, aliás, meu transporte público preferido em Paris, já que dá pra ver a paisagem. Tem um ônibus (87) que vai e volta da Gare de Lyon, então, se vc chegar de trem a Paris nessa gare, pode ser uma boa opção. O apart é ótimo, super limpo, equipe simpática e cozinha bem equipada. Perto dele tem alguns mercados, o que fez com que eu economizasse bastante com comida, já que comi no apart a maioria das vezes, inclusive o jantar de ano novo que fiz uma mesa bem bacaninha com muitas coisinhas gostosas.
O único problema desse apart é a distância. Ele é muito longe do centro de Paris. Umas 20 estações de metrô, o que acaba ficando bem cansativo. Não fosse isso, ele seria perfeito!
minha ceia de ano novo no apart: macarrão com camarões, fois gras com chutney, cerejas, grissins, biscoito de chocolate, pão de mel, macarrons e suco de maçã


Apesar do frio, tem feito dias lindos por aqui e eu aproveitei para fazer alguns passeios que tava querendo, como voltar ao Musée D`orsay, por exemplo. (entrada a 12 euros) Eu tinha ido em 2009 e nunca mais voltei, então, aproveitei uma exposição que tava tendo lá e que me interessava e enfrentei a fila de quase 1 hora para rever o museu que está bem diferente. Muitas salas mudaram de lugar e a disposição agora ficou bem melhor.


meu querido Renoir
Adoro esse quadro de Manet

A bela estrutura do museu que já foi estação de trem

Também fiz alguns passeios gratuitos como o Hôtel de la Marine, um prédio na Place de la Concorde, que não era aberto ao público e que esse ano ficou excepcionalmente aberto no primeiro fim de semana gratuitamente. Ele vai entrar em reforma e depois vai virar um museu (pago) mas só reabrirá em 2018. Então aproveitei pra vê-lo. Lugar lindo!
 
Também fiz outro passeio gratuito que me prometo fazer há anos e nunca consigo: a visita guiada à Notre Dame.  Quem me conhece sabe que sou apaixonada por essa igreja e volto todas as vezes para observá-la, mas nunca tinha conseguido fazer essa visita, então esse ano, me comprometi e fui no horário. As visitas, em francês, acontecem todos os dias as 14h, e começam bem embaixo do órgão. Em princípio, éramos 5 ou 6 pessoas, mas o povo foi indo embora e lá pela metade da visita, só tinha eu e a guia. O que foi ótimo, pois me permitiu entrar e fotografar lugares que, normalmente, são interditados ao público. Também descobri que entendo e falo bem  mais francês do que eu imaginava! Adorei a visita!



E, já que eu estava mesmo no Quartier Latin, resolvi dar uma passadinha na livraria ´Shakespeare and Company` e pude entrar e vê-la nos mínimos detalhes, já que não tinha quase ninguém (taí uma vantagem de viajar no inverno, talvez uma das poucas, na minha opinião, mas é, sem dúvida, uma vantagem!). Pena que as fotos são proibidas lá dentro, mas recomendo a entrada para quem quiser se aproximar um pouco do universo daqueles escritores dos ano 20. O lugar guarda muita história! E descobri que, ao lado da livraria, agora existe um café! E tudo ali, bem em frente à Notre Dame! Tem como ser melhor?

 Aguardem, amigos, pois ainda tenho muitas histórias para contar!

A Bientôt! 

VIAGEM REALIZADA EM DEZEMBRO DE 2015
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